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Enquadramento teórico Pensamento, linguagem e cognição.

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1 Enquadramento teórico Pensamento, linguagem e cognição

2 Conteúdos Nucleares I. Princípios teóricos 1.A questão: o mal da escrita e da escola. 2.A oportunidade: ineficácia das soluções tradicionais. 3.A motivação: arte da palavra, humanização e justiça social. 4.A teoria: linguagem e cognição; comunicação e retórica. 5.O modelo: P. António Vieira; Sermão da Sexagésima. II.Preceitos técnicos – Lições do Sermão da Sexagésima 6.Teoria da matéria 7.Teoria da elaboração 8.Um modelo de processo: ESCREVER = PENSAR + TEXTUALIZAR III.Aplicação prática – O Centro de Escrita 9.O conceito de centro de escrita: o que não é; o que é. 10.Estratégias: Foco no produto, Foco no processo, Foco na competência 11.Atividades de Orientação a.Orientação à distância b.Orientação presencial c.Formação temática d.Plano Personalizado de Desenvolvimento da Escrita (PPDE)

3 Conteúdos Nucleares I. Princípios teóricos A.A questão: o mal da escrita e da escola. B.A justificação: insuficiência das soluções tradicionais. C.A motivação: arte da palavra, humanização e justiça social. D.A teoria: linguagem e cognição; comunicação e retórica. E.O modelo: P. António Vieira; Sermão da Sexagésima. II.Preceitos técnicos A.Teoria da matéria B.Teoria da elaboração C.Um modelo de processo: ESCREVER = PENSAR + TEXTUALIZAR III.Aplicação prática – O Centro de Escrita A.Orientação presencial a.Foco no produto b.Foco no processo B.Orientação à distância C.Orientar a pesquisa D.Orientar a criatividade E.Orientar a composição F.Orientar a revisão: palavra, frase, texto. G.Orientar o pensamento crítico H.Ensinar através e para além do erro I.Ferramentas TIC: Flip 9; Referências no MsWord

4 6 de Setembro de 2008António Mendes 4 A Linguística Cognitiva

5 6 de Setembro de 2008António Mendes 5 O que é a Linguística Cognitiva?  A Linguística Cognitiva (LC) não é uma única teoria da linguagem.  A Linguística Cognitiva é conjunto de programas de investigação genericamente compatíveis, quer em termos teóricos quer em termos metodológicos.

6 6 de Setembro de 2008António Mendes 6 Tendências metodológicas  Fenomenológica: introspecção; análise teórica  Fisicalista: método experimental (NTL)  Empírica: métodos estatísticos; linguística de corpus  Biosemiótica: modelização matemática (teoria das catástrofes) de sistemas dinâmicos

7 6 de Setembro de 2008António Mendes 7 O que é um significado?  Um significado consiste num conteúdo (conceptual, perceptual, etc.) e numa forma particular de construir, configurar esse conteúdo.  Significado = Base conceptual + Construal

8 6 de Setembro de 2008António Mendes 8 Caso I – Significado flexível 1.Exemplo Clássico (Frege, 1892)  estrela da manhã, estrela da tarde  ESTRELA DA MANHÃ, ESTRELA DA TARDE  Planeta Vénus 2.Léxico da chuva (Kimbundu, Angola)  Ixi ia nvula  TERRA DE CHUVA  Mvúla  CHUVA;  Kusonha  PINGAR, GOTEJAR, CHUVISCAR  Uaia  SOM DA CHUVA AO CAIR

9 6 de Setembro de 2008António Mendes 9 Caso I – Significado flexível 3.Fruta / Fruto (Teixeira, 2005)

10 6 de Setembro de 2008António Mendes 10 Caso I – Significado flexível 3.Fruta / Fruto (Teixeira, 2005)

11 6 de Setembro de 2008António Mendes 11 Caso I – Significado flexível 3.Fruta / Fruto (Teixeira, 2005)

12 6 de Setembro de 2008António Mendes 12 Caso I – Problemas  Há diferentes palavras porque, por razões de sobrevivência, os falantes percepcionam instintivamente realidades diferentes ou percebem realidades distintas porque são condicionados pela existência de diferentes palavras (unidades significante/significado) ?

13 6 de Setembro de 2008António Mendes 13 Caso IV – Espaço e texto  Experiência muito simples: pedir aos alunos que pusessem uma cruz à frente de uma palavra (Amigo) escrita no centro de um pedaço de papel em branco (6x4 cm, aproximadamente).

14 6 de Setembro de 2008António Mendes 14 À frente é…

15 6 de Setembro de 2008 António Mendes 15 Como se cria significado?  Apresentação  Uma percepção actual que ressoa como um “presente recordado” do aqui-e-agora  O Que é?  Representação  Uma variação imaginativa que cria entidades, eventos, estados ou processos hipotéticos ou contrafactuais do ali-e-depois  E se…?  Meta-Representação:  Uma representação fictiva que projecta o ali- e-depois no aqui-e-agora perceptivo  Como se Fig. 1 – Experiências conduzidas por Pöpell (1994; 1997) sobre os mecanismos temporais da percepção correlacionam distintos tempos de processamento neuro-conceptual com diferentes conteúdos processados.

16 6 de Setembro de 2008 António Mendes 16  Existe um nível intermédio em que apresentação e representação se encontram (Brandt 1998:468)  O organismo toma consciência, sente que algo afectou, alterou o seu estado de homeostasia e, mais, sente que é ele e não qualquer outra coisa que possui a imagem (padrão neuronal em qualquer das modalidades sensoriais) de um objecto ou entidade (Damásio 1999). Fig. 1 – Experiências conduzidas por Pöpell (1994; 1997) sobre os mecanismos temporais da percepção correlacionam distintos tempos de processamento neuro-conceptual com diferentes conteúdos processados.

17 6 de Setembro de 2008 António Mendes 17  O significado emerge na integração dos níveis natural e fenomenal.  Estes significados básicos invocam uma auto-cognição,  um acesso do organismo a si mesmo e à sua experiência,(core consciousness de Damásio,1999) Fig. 1 – Experiências conduzidas por Pöpell (1994; 1997) sobre os mecanismos temporais da percepção correlacionam distintos tempos de processamento neuro-conceptual com diferentes conteúdos processados.

18 6 de Setembro de 2008António Mendes 18  Quatro domínios igualmente básicos  D1-D4: físico, social, mental e intersubjectivo  Diferentes interacções (percepção, acção, reflexão e expressão) entre o sujeito ‘individual’ (S) e os seus ‘mundos’ exteriores (D1, D2, D4) e interior (D3).

19 6 de Setembro de 2008António Mendes 19 Ponto de Situação  O significado é, pois, intrinsecamente perspectivista, flexível, enciclopédico, experiencial.  O conhecimento do mundo é uma construção activa, emotiva e imaginativa e não uma reflexão fria e passiva de um mundo objectivamente dado, havendo diferenças entre culturas, entre grupos sociais e entre indivíduos.  O conhecimento linguístico é mais procedimental que declarativo

20 Rede Simbólica

21 Funções da língua  De acordo esta perspectiva, uma língua tem duas funções principais:  capacitar o falante para simbolizar as suas experiências cognitivas numa forma perceptível e significativa;  capacitar o falante para comunicar representações cognitivas e partilhá-las com outros..

22 Princípios da L. Cognitiva  Ao exprimir os seus pensamentos, os falantes precisam de escolher que palavras e construções gramaticais usar.  Esta necessidade de escolha indica que uma das assumpções básicas da linguística cognitiva:  a linguagem não é um módulo independente da mente mas baseia-se, de facto, em habilidades ou capacidades cognitivas gerais que estruturam tanto as conceptualizações quanto as unidades linguísticas usadas para as exprimir

23 Teses da Linguística Cognitiva  O núcleo teórico da linguística cognitiva é formado por três teses principais:  (i) a tese da primazia da semântica na análise linguística;  (ii) a tese da natureza enciclopédica da língua;  (iii) a tese do perspectivismo do significado linguístico.

24 Teses da L. Cognitiva (2)  A ideia da primazia da semântica deriva imediatamente do propósito cognitivista adoptado:  se a função básica da linguagem é a categorização, então a significação deve ser o fenómeno linguístico primário.  As duas outras teses especificam a natureza do próprio fenómeno da significação.  Se a linguagem é um sistema e instrumento para a categorização do mundo, segue-se que não é necessário postular um nível sistémico ou estrutural do significado linguístico distinto do nível onde se associam conhecimento enciclopédico e formas linguísticas.

25 Teses da L. Cognitiva (3)  Além do mais, se na sua função categorizadora a linguagem impõe estruturas e formas ao conhecimento enciclopédico, então:  o mundo não é reflectido objectivamente na linguagem:  em vez de espelhar simplesmente a realidade objectiva, a linguagem é uma modalidade da cognição, é um instrumento de construir significações, conhecimentos sobre o mundo, que integram necessidades, interesses e experiências tanto individuais quanto e culturais.

26 Engenho analógico natural…  O engenho associativo e analógico de Vieira não brota de uma qualquer artificialidade idiossincrática mas sim da naturalidade de uma série de rotinas neurocognitivas (Langacker 1990: 291) que permitem a qualquer falante:  estruturar conceptualizações de dados de experiência em vários domínios;  perceber e articular sequências fonológicas e gráficas;  simbolizar as unidades conceptuais através das unidades fonológicas;  categorizar uma estrutura através de outra;  conceber uma situação com vários graus de abstracção (esquematizar);

27 Engenho analógic o natural…  O engenho associativo e analógico de Vieira não brota de uma qualquer artificialidade idiossincrática mas sim da naturalidade de uma série de rotinas neurocognitivas (Langacker 1990: 291) que permitem a qualquer falante:  detectar similaridades entre duas estruturas;  estabelecer correspondências entre elementos de domínios diferentes;  compor estruturas complexas combinando outras mais simples;  impor uma segregação figura/fundo numa cena;  construir diferentes conceptualizações de uma mesma situação, seja adoptando perspectivas distintas seja salientando diferentes elementos.

28 A via vieirina para uma pedagogia da escrita 5.

29 Resumindo e concluindo…  O engenho de Vieira escritor opera a dois níveis:  A nível profundo, exercita e aplica capacidades neurolinguísticas comuns aos falantes de uma língua;  Ao nível superficial, dos comportamentos observáveis, o seu rosto de escritor define-se nos seguintes traços:  i) observa e anota as ideias, os sentimentos, as imagens e os exemplos que descobre em si e à sua volta a propósito de um determinado tema;  ii) desenvolve essa matéria-prima meditando-a como um objecto em si ou em relação com outros, procurando sempre o exemplo eloquente;

30 Resumindo e concluindo…  iii) selecciona e dispõe os materiais elaborados segundo um plano ou representação conceptual do texto adequado à finalidade pretendida, persuadir;  iv) redige um borrão ou esboço inicial, arranjando os materiais de acordo com esse plano;  v) memoriza o plano e o borrão e expõe oralmente as suas reflexões a outras pessoas;  vi) redige borrões ou esboços sucessivos, avançando através e para além do erro até à elocução correcta e eficaz;  vii) torna públicos os seus textos.

31 Resumindo e concluindo, o engenho de Vieira escritor opera a dois níveis: a nível profundo, exercita e aplica capacidades neurolinguísticas comuns aos falantes de uma língua; ao nível superficial, dos comportamentos observáveis, o seu rosto de escritor define-se nos seguintes traços: i) observa e anota as ideias, os sentimentos, as imagens e os exemplos que descobre em si e à sua volta a propósito de um determinado tema; ii) desenvolve essa matéria-prima meditando-a como um objecto em si ou em relação com outros, procurando sempre o exemplo eloquente; iii) selecciona e dispõe os materiais elaborados segundo um plano ou representação conceptual do texto adequado à finalidade pretendida, persuadir; iv) redige um borrão ou esboço inicial, arranjando os materiais de acordo com esse plano; Resumindo e concluindo…

32 Resumindo e concluindo, o engenho de Vieira escritor opera a dois níveis: a nível profundo, exercita e aplica capacidades neurolinguísticas comuns aos falantes de uma língua; ao nível superficial, dos comportamentos observáveis, o seu rosto de escritor define-se nos seguintes traços: v) memoriza o plano e o borrão e expõe oralmente as suas reflexões a outras pessoas; vi) redige borrões ou esboços sucessivos, avançando através e para além do erro até à elocução correcta e eficaz; vii) torna públicos os seus textos. Resumindo e concluindo…


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