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PublicouMarco Bayer Lobo Alterado mais de 8 anos atrás
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TEORIA E CRÍTICA DA ARTE Prof. Dr. Isaac Antonio Camargo Departamento de Arte Visual Universidade Federal de Uberlândia TEORIA E CRÍTICA DA ARTE Prof. Dr. Isaac Antonio Camargo Departamento de Arte Visual Universidade Federal de Uberlândia
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A CRÍTICA DE ARTE A CRÍTICA DE ARTE
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Crítica Do grego Kritiké no latim Criticus/Critica
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Crítica de Arte: Habilidade, capacidade de apreciar, examinar, avaliar, julgar, inferir ou atribuir valor às obras de arte com vistas à mediação entre produtores e público
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Norman Rockwell
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Boucher Observar e mediar o fazer do outro
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Rockwell
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Pressupostos para o exercício crítico
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Domínio do conhecimento geral e específico da área: históricos, estéticos e sociais; princípios teóricos, e conceituais; pressupostos filosóficos e científicos
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A manifestação crítica enquanto ocorrência sócio-cultural
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HEINRICH KLEY 1863 – 1945
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A acidez da crítica ou... Raoul Hausmann
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...ou a cabeça do crítico
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A crítica de arte não é uma coisa nova, existe desde que o ser humano se expressa por meio da arte
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Tradicionalmente, a manifestação crítica ocorre no contexto da cultura erudita, sob a forma de texto, mediante um gênero literário, o crítico
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São conhecidos muitos textos que avaliam/criticam obras de arte desde a antiguidade
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Falas de filósofos, artistas ou apreciadores chegam a nós, desde os primórdios da história, dando conta das especulações, em torno da arte, auxiliando-nos na produção do conhecimento artístico
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Dificilmente se faz arte sem se fazer, paralelamente, crítica de arte
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A questão é identificar quem e em que nível de profundidade ou de pertinência esta crítica é realizada
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A crítica pode não estar à altura da obra
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A visão conservadora é, quase sempre, um empecilho para que a crítica seja feita com maior liberdade
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Nem sempre se quer mudar, a tendência é permanecer dentro do “status quo”, ou seja, deixar as coisas como estão
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É mais cômodo nos mantermos dentro do que já se admite do que lutar para que as coisas mudem
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A primeira mudança radical de temos notícia foi a da Modernidade, nela os artistas romperam, de fato, com os padrões ou dogmas conservadores
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Entretanto a crítica feita por aquele que produz, nem sempre é a crítica feita por aquele que lê
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Um artista realiza a crítica de um modo, que é diferente da crítica realizada por um esteta, um filosofo, por um historiador ou por qualquer pessoa que expresse sua opinião sobre a arte
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Portanto, a crítica pode ser superficial ou profunda, dependendo de quem e como a faz
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A priori, sabemos que o nível de conhecimento é importante e diferencia o bom do mau crítico
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Não é possível fazer boa crítica sem boa formação teórica e um bom conhecimento sobre arte, seus procedimentos, períodos, desenvolvimento e transformações
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Os modos de fazer crítica mudam, como mudam também os modos de se fazer arte
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Nem sempre há uma relação direta entre estes dois procedimentos (modos de fazer arte e modos de fazer crítica), no entanto, um pode influenciar o outro
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Como dissemos a crítica, como gênero literário, é mais recente do que a crítica proferida pelos filósofos ou pelos próprios criadores, falando de seus fazeres ou do fazer de seus pares
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A profissionalização do crítico, o surgimento de associações, entidades e publicações especializadas em crítica, fizeram avançar o pensamento crítico, mas não necessariamente o fazer da arte
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De modo geral, a crítica, tem por meta apreciar, esclarecer e difundir aquilo que chamamos de arte na sociedade, mas não é sua meta impor procedimentos, condutas ou estilos que determinem o fazer daqueles que produzem arte
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Arte e Crítica de Arte são fazeres diferentes, embora atuem no mesmo nicho social
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É aceitável e necessário que o crítico se debruce sobre o fazer da arte para produzir o seu trabalho, mas não é necessário que o produtor de arte se paute pela crítica para fazer o seu trabalho
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A crítica observa o trabalho já realizado pela arte, portanto é um olhar sobre o produzido, o instaurado, o feito, com todas as influências ou designações sociais anteriormente propostas
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Mas, o fazer da arte, não deve se pautar pelo analisar do crítico pois, nem sempre a sintonia crítica se orienta pelo avanço, mas pelo status quo
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A crítica consciente deve se manter no contexto da observação e da análise da produção artística, e não no da orientação estética
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É necessário o conhecimento da crítica para perceber a sintonia entre aqueles que produzem e os que lêem arte, mas não para tomá-la como referência para o fazer
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A crítica não deve subverter o fazer da arte, é mais uma difusora da produção e orientadora da leitura do que uma prescritora de ações
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Em última instância, o foco da crítica é o leitor, o apreciador e não o produtor, o artista
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Crítica de arte e produção artística são fazeres importantes, mas diferentes, cumprem funções distintas num mesmo contexto social
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