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PublicouKerysson De Andrade Alterado mais de 8 anos atrás
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-O desejo de filosofia contém uma “revolta lógica” -Revolta: porque a filosofia está sempre descontente com o mundo tal como ele é. Descontente com o saber tal como ele é. -Essa é a função crítica da filosofia: uma revolta do pensamento.
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-Mas há também uma lógica. A revolta filosófica exige a discussão. Ela se submete a uma razão. Ela busca a construção de argumentos. Ela admira a racionalidade científica. -O desejo de filosofia afirma que “todo pensamento emite um lance de dados.
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-Nessa fórmula, temos ao mesmo tempo a “universalidade” (todo pensamento) e a idéia de “acaso”, de aposta (o lance de dados). -Há na filosofia um desejo de universalidade. A filosofia se dirige a todo pensamento, sem exceção. Ela não é nacional, mas internacional. Ela quer ultrapassar toda cultura particular, toda tradição.
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-O verdadeiro destino da filosofia não é a sala de conferência, mas a rua, a praça pública, o mundo inteiro. -Mas essa universalidade não é dada. Ela supõe uma ruptura, um engajamento, uma aposta. A universalidade está ligada a uma decisão arriscada, onde há um acaso.
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-O desejo de filosofia é o desejo de universal e, também, sentimento da potência singular do risco e do acaso.
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* A revolta, a recusa a ficar instalado e satisfeito * A lógica, o desejo de uma razão coerente * O universal, a recusa do que é particular e fechado * A aposta, o gosto pelo encontro, pelo acaso e risco.
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-Nosso mundo não gosta da revolta nem da crítica. É um mundo que crê na gestão e na ordem natural das coisas. É um mundo que não oferece nenhuma perspectiva de revolta. Ele pode a cada um para adaptar-se. É um mundo do simples cálculo individual.
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-Nosso mundo não gosta da lógica nem da coerência racional. Ele está submetido à comunicação, às imagens. O mundo das imagens, o mundo da mídia, é instantâneo e incoerente. É um mundo muito rápido e sem memória. Um mundo em que as opiniões são ao mesmo tempo extremamente móveis e extremamente frágeis.
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-Nosso mundo não gosta da universalidade. Ou melhor: a única universalidade que ele conhece é a do dinheiro. Fora da universalidade do mercado e da moeda, cada um está encerrado em sua própria tribo. Cada um defende sua particularidade. Nosso mundo justapõe a falsa universalidade do capital e gueto das culturas, das classes, das raças, das religiões.
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-Nosso mundo não gosta da aposta, do acaso, do risco, do engajamento. É um mundo obcecado pela segurança; é um mundo onde cada um deve, o mais possível, calcular e proteger o seu futuro. É um mundo da carreira e da repetição. Um mundo onde o acaso é perigoso. Um mundo onde não devemos nos abandonar aos encontros.
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