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PublicouMatheus Henrique Azeredo Prada Alterado mais de 8 anos atrás
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HOSPITALIDADE PROF. DR. LEANDRO B. BRUSADIN TEXTO IV: O Comércio da Hospitalidade é Possível? Anne Gotman
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AUTORA: ANNE GOTMAN Doutora em Sociologia pela Université de Paris, Mestre em Geografia Urbana pela Université de Lyon, Licenciada em Geografia e Bacharel em Filosofia. Pesquisadora habilitada e Diretora de Pesquisa do Centre de Recherche sur les Liens Sociaux (CNRS/CERLIS) da Université Paris V René Descartes, França.
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O ARTIGO CIENTÍFICO -REVISTA HOSPITALIDADE – UNIVERSIDADE ANHEMBI – MORUMBI - Tradução autorizada pela autora de comunicação originalmente apresentada no Colloque franco-brésilien ‘Hospitalité et développement durable’, CRLMC – Université Blaise Pascal, Clermont-Ferrand, por Luiz Octávio de Lima Camargo.
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HOSPITALIDADE GRATUITA X HOSPITALIDADE PAGA A hospitalidade gratuita era celebrada dentro os antigos para os que tinha carta de nobreza. A hospitalidade paga foi entendida como uma hospitalidade prejudicada reservada a viajantes desprovidos de relações locais e de reputação “medíocre”. Nem sempre a hospitalidade paga foi entendida como perversão da DÁDIVA. O Comércio da Hospitalidade recorre as Leis da Dádiva tanto em SENTIDO OPOSTO COMO EM SUA DIREÇÃO.
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PARADOXOS DA HOSPITALIDADE Hospitalidade Relação comercial Hospitalidade Relação comercial
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DÁDIVAS E RELAÇÃO COMERCIAL: ANTINOMIAS Hospitalidade: sinônimo de grife na hotelaria com o termo “acolhimento”. O dinheiro estabelece um equilíbrio entre os protagonistas (anfitrião e hóspede) em uma relação anômica. Hospedar-se em um hotel dispensa o esforço de sociabilidade pressuposto na dádiva. O hotel se esforça por uma personalização pressuposta nas leis da dádiva com pressuposto da retribuição. ANTINOMIA = contradição entre quaisquer princípios, doutrinas ou prescrições. Conflito entre duas ideias ou entre consequências que advêm delas. Ocorre quando se pretende provar a validade de cada proposição.
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HOSPITALIDADE ANTIGA GRATUITA As regras clássicas de hospitalidade grega recomendava ir de encontro ao visitante e minimizar as suas atribuições. Hospitalidade no contexto da Religião Cristã: divisão dos alimentos e acolhimento dos necessitados como sinônimo de bom homem cristão.
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HOSPITALIDADE URBANA - COMERCIAL O “sorriso” na hospitalidade comercial dado a todo cliente advém da própria estrutura das relações impessoais das cidades. O tom igual e inalterado exibido pelos recepcionistas é uma atitude de conveniência diante da frieza das relações pessoais da metrópole e do A hospitalidade comercial reflete o quadro social do ambiente urbano ao qual está inserido dado restaurante ou meio de hospedagem.
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HOSPITALIDADE, DÁDIVA E FIDELIZAÇÃO A relação comercial libera as obrigações do hóspede e desliga-os de qualquer obrigação de dádiva. A empresa pretende despertar a sensação de retornar no “cliente-rei” (hóspede). Introduz uma pequena diferença “plus”: A RELAÇÃO PESSOAL COMO ATO OCASIONAL. Uma garrafa de champanhe deve ser excepcionalmente ou sempre que hóspede se hospedar?
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DÁDIVA NA HOSPITALIDADE: ATO INESPERADO OCASIONAL
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HOSPITALIDADE DOMÉSTICA GRATUITA Praticada no espaço doméstico com a intenção de oferecer ao visitante um espaço digno. O visitante em seu próprio espaço é, ao mesmo tempo, excluído dos demais espaços da casa. A dificuldade da hospitalidade doméstica se dá no próprio dono em continuar dono do seu próprio território e protege-lo contra as invasões do hóspede. Nesse caso deve ser realizado uma separação mais flexível sem restrição aparente a ponto de incluir o hóspede neste espaço sem ser desapropriado.
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DE QUE(M) DEPENDE HOSPEDAR EM CASA?
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HOSPITALIDADE COMERCIAL NEUTRA Espaço diferenciado e privativo. Poucos riscos de invasões e promiscuidades. O espaço neutro do quarto não o fará sentir-se em casa e nem na casa do “outro”. A distância entre o hóspede e o anfitrião (hotel) é um redutor de riscos.
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RECEPÇÃO HOTELEIRA: ORGANIZAÇÃO COMO SINÔNIMO DE FRIEZA OU GENEROSIDADE? A recepção é a versão organizada da hospitalidade: tudo é antecipado e previsto. Quanto mais formal, menos a recepção permite contatos. O cliente que procura a recepção se torna fonte de problemas? O generosidade deve ser o “plus” para ir além da equivalência qualidade – preço ao figurar como Dádiva.
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DÁDIVA NA HOSPITALIDADE COMERCIAL Não basta dar conta dos deveres que estão nos Contrato Comerciais. Não se trata de atribuir sorrisos para atenuar a frieza da cidade. O hóspede é por definição aquele que está em necessidade ou mesmo em dificuldade privado de sua casa. Conforto : ajuda, socorro, assistência e consolo e não elementos materiais. SOCIABILIDADE COMO INGREDIENTE MAIOR DA HOSPITALIDADE.
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TRATO HOSPITALEIRO: MATERIAL OU AFETIVO? O ensino da “Postura Comercial” está substituindo a generosidade às pessoas as custas de um suposto profissionalismo impessoal. “O extra” da hospitalidade está sendo confundido com elementos materiais: chocolate e balas que esperam o cliente sob o travesseiro. O Zelo das sociedades passadas entendidos como dádivas deve ser retomado como ideia de EMPATIA (sentimento).
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RELAÇÃO COM O OUTRO NA HOSPITALIDADE O visitante desperta estranhamento. As diferenças não podem ser reduzidas a um denominados comum ou a seus estereótipos. A “outrificação” representa uma forma de acabar com a alteridade necessária a qualquer forma de hospitalidade. A busca do hóspede pelo autêntico gerou na hotelaria um comércio da hospitalidade “estandardizada”. Exemplo: resorts na Bahia
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SOB O PONTO DE VISTA DO HÓSPEDE A lembrancinha sem garantia ou pedido (gorjeta) é uma manifestação do resíduo de troca hospitaleira no ambiente comercial. O mesmo pode se dar quanto se retribui com um presente na hospitalidade doméstica?
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HOSPITALIDADE COMÉRCIO: ANTINOMIA OU COMPLEMENTARIDADE Se a hospitalidade pode penetrar na relação comercial, é unicamente pela introdução de uma margem de improvisação permitindo, se for o caso, uma relação pessoal mas não personalizada - entre o hoteleiro e o cliente. O hoteleiro deve se converter a um hospedeiro e o hóspede em convidado. A hospitalidade não pode servir para mascarar a impessoalidade da indústria do turismo.
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HOSPITALIDADE: SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA Releitura das relações do Turismo sob o ponto de vista da Sociologia e da Antropologia. Pesquisa da Hospitalidade pela Etnologia: pesquisa de campo aplicada juntamente com comunidades o qual permite uma relação participativa. O pesquisador deve habituar os locais de sua presença avançando com cautela atuando como “cidadãos normais” mesmo com observador. Estudar a hospitalidade dos lugares e sua alteridade –identidade dos tipos de turismo como forma de “ENCENAÇÃO DA HOSPITALIDADE”.
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