TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015.

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1 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
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7 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Além de passar o dia inteiro no colégio e no cursinho, Amanda estudava cerca de sete horas diárias quando voltava para casa. A dedicação a ajudou a conquistar um lugar no seleto grupo de 104 estudantes que tiraram a nota máxima na redação do Enem de A estudante diz que teve de abdicar de muitos momentos de lazer, mas não de todos: "Saía com meus amigos sempre que podia e procurava aproveitar ao máximo os momentos de diversão. Isso é muito importante para esfriar a cabeça em meio a tanto conteúdo. Sem uma pausa, o estudo para de render", recomenda. Além da leitura, que ela diz ser uma das atividades preferidas desde pequena, a receita para o texto nota mil incluiu muita atenção às notícias e a prática da escrita. O treino, garante, é o mais importante: "Fiz muitas redações ao longo do ano e isso ajudou no desenvolvimento do texto na hora da prova". Na redação, abordou a incoerência de serem registrados milhares de casos de agressões às mulheres em um momento em que elas vêm conquistando mais espaço nas relações sociais, políticas e econômicas. A estudante quer cursar direito, como o pai, e foi aprovada na PUC-SP, no Mackenzie, na UFMG (federal de Minas Gerais) e na Unesp. Decidiu, porém, fazer mais um ano de cursinho para alcançar seu objetivo, que é estudar na USP. NOME: Amanda Della Togna Torres IDADE: 17 DE ONDE É: Novo Horizonte, SP PASSOU EM: Direito na PUC-SP, no Mackenzie, na UFMG e na Unesp, mas vai tentar a USP de novo

8 Desconstruindo ideologias: sob a égide da democracia
TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Desconstruindo ideologias: sob a égide da democracia O preconceito contra o sexo feminino é um problema que assola o cotidiano pós-moderno, sendo inúmeras as formas por meio das quais tal discriminação se apresenta. Seja por meio da violência física, psicológica, sexual ou patrimonial, as mulheres têm sofrido nas mãos de agressores que veem no sexo feminino um elemento "frágil", ideologia que é a completa antítese das democracias contemporâneas, supostamente liberais e igualitárias. Nesse contexto, deve-se discutir a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. Desde os primórdios da civilização, foi criado um estereótipo que reservava às mulheres apenas as funções domésticas e de procriação, excluindo a possibilidade de seu ingresso nas esferas da política ou mesmo do trabalho. Todavia, tal estereótipo vem sendo desconstruído, ao passo que as mulheres conquistam mais espaço nas relações sociais, políticas e econômicas ao redor do mundo. Toma-se como exemplo as lideranças políticas alemã, argentina e, principalmente, brasileira: hoje, tais cargos são exercidos por mulheres, realidade improvável há algumas décadas. Todavia, ideologias preconceituosas e agressivas ainda são inerentes à sociedade brasileira, constituindo um entrave ao progresso da nação como um todo. Este quadro se torna evidente ao serem apresentados dados disponibilizados no site da revista "Istoé": no período de setembro de 2006 a março de 2011, mais de 330 mil processos com base na Lei Maria da Penha foram instaurados nos juizados e varas especializados. É no mínimo incoerente que, em pleno século XXI, junto a um cenário pautado pelas ideias de igualdade e liberdade como base fundamental de toda e qualquer democracia, ainda existam milhares de mulheres sofrendo por agressões de natureza absolutamente injustificável. Assim, é imprescindível que medidas sejam tomadas para a compleição de uma democracia justa e igualitária em sua plenitude. Desse modo, cabe ao Governo tornar mais rígida a legislação concernente ao bem-estar do sexo feminino, tomando as devidas providências quando algo estiver em desacordo com o que prega a Lei; às escolas, cabe o dever de instruir as gerações futuras quanto à igualdade entre os cidadãos de uma democracia, conscientizando-os do caráter absurdo presente em atos discriminatórios e agressivos. Por fim, lança-se um apelo às vítimas, ressaltando-se que a denúncia é a forma mais eficiente de se combater o problema. Afinal, à guisa de Simone de Beauvoir, o opressor não seria tão forte se não encontrasse cúmplices entre os próprios oprimidos.

9 Desconstruindo ideologias: sob a égide (proteção) da democracia
TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 INTRODUÇÃO: Tópico frasal + Tema+ Tese Desconstruindo ideologias: sob a égide (proteção) da democracia O preconceito contra o sexo feminino é um problema que assola o cotidiano pós-moderno, sendo inúmeras as formas por meio das quais tal discriminação se apresenta.(Tópico frasal – Afirmação) Seja (elemento de coesão) por meio da violência física, psicológica, sexual ou (elemento de coesão) patrimonial, as mulheres têm sofrido nas mãos de agressores que veem no sexo feminino um elemento "frágil", ideologia que é a completa antítese das democracias contemporâneas, supostamente liberais e igualitárias.(Relacionando o tópico frasal com o tema) Nesse contexto (elemento de coesão), deve-se discutir a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. (Defesa da tese)

10 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 ARGUMENTAÇÃO: Tópico frasal + argumento+ prova (justificativa, exemplo, comparação, etc) Desde os primórdios da civilização (elemento de coesão – enlace com o parágrafo anterior), foi criado um estereótipo que reservava às mulheres apenas as funções domésticas e de procriação, excluindo a possibilidade de seu ingresso nas esferas da política ou mesmo do trabalho. Todavia, tal estereótipo vem sendo desconstruído, ao passo que as mulheres conquistam mais espaço nas relações sociais, políticas e econômicas ao redor do mundo. Toma-se como exemplo as lideranças políticas alemã, argentina e, principalmente, brasileira: hoje, tais cargos são exercidos por mulheres, realidade improvável há algumas décadas. (Prova, com exemplificação) Todavia, ideologias preconceituosas e agressivas ainda são inerentes à sociedade brasileira, constituindo um entrave ao progresso da nação como um todo. Este (Esse) quadro se torna (torna-se) evidente ao serem apresentados dados disponibilizados no site da revista "Istoé": no período de setembro de 2006 a março de 2011, mais de 330 mil processos com base na Lei Maria da Penha foram instaurados nos juizados e varas especializados.(Coletânea) É no mínimo incoerente que, em pleno século XXI, junto a um cenário pautado pelas ideias de igualdade e liberdade como base fundamental de toda e qualquer democracia, ainda existam milhares de mulheres sofrendo por agressões de natureza absolutamente injustificável.(Argumentação com a interpretação dos dados e posicionamento da articulista – opinião que corrobora a tese: deve-se discutir...)

11 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 CONCLUSÃO: Conector conclusivo + reafirmação da tese + apresentação da proposta de intervenção: O que será feito? Quem vai fazer (agentes sociais)? Como será feito? Para quê? Assim (conector conclusivo), é imprescindível que medidas sejam tomadas para a compleição (constituição) de uma democracia justa e igualitária em sua plenitude.(Retomada da TESE) Desse modo, cabe ao Governo (agente social) tornar mais rígida a legislação concernente ao bem-estar do sexo feminino (o que deve ser feito), tomando as devidas providências quando algo estiver em desacordo com o que prega a Lei (como deve ser feito); às escolas (agente social), cabe o dever de instruir as gerações futuras quanto à igualdade entre os cidadãos de uma democracia (o que deve ser feito), conscientizando-os do caráter absurdo presente em atos discriminatórios e agressivos (como deve ser feito). Por fim, lança-se um apelo às vítimas (agente social), ressaltando-se que a denúncia é a forma mais eficiente de se combater o problema (como deve ser feito). Afinal, à guisa de Simone de Beauvoir, o opressor não seria tão forte se não encontrasse cúmplices entre os próprios oprimidos. (Para quê?)

12 Desconstruindo ideologias: sob a égide (proteção) da democracia
TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Desconstruindo ideologias: sob a égide (proteção) da democracia O preconceito contra o sexo feminino é um problema que assola o cotidiano pós-moderno, sendo inúmeras as formas por meio das quais tal discriminação se apresenta.(Tópico frasal – Afirmação) Seja por meio da violência física, psicológica, sexual ou patrimonial, as mulheres têm sofrido nas mãos de agressores que veem no sexo feminino um elemento "frágil", ideologia que é a completa antítese das democracias contemporâneas, supostamente liberais e igualitárias.(Relacionando o tópico frasal com o tema Nesse contexto, deve-se discutir a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. (Defesa da tese) Desde os primórdios da civilização (elemento de coesão – enlace), foi criado um estereótipo que reservava às mulheres apenas as funções domésticas e de procriação, excluindo a possibilidade de seu ingresso nas esferas da política ou mesmo do trabalho. Todavia, tal estereótipo vem sendo desconstruído, ao passo que as mulheres conquistam mais espaço nas relações sociais, políticas e econômicas ao redor do mundo. Toma-se como exemplo as lideranças políticas alemã, argentina e, principalmente, brasileira: hoje, tais cargos são exercidos por mulheres, realidade improvável há algumas décadas. (Prova, com exemplificação) Todavia, ideologias preconceituosas e agressivas ainda são inerentes à sociedade brasileira, constituindo um entrave ao progresso da nação como um todo. Este (Esse) quadro se torna (torna-se) evidente ao serem apresentados dados disponibilizados no site da revista "Istoé": no período de setembro de 2006 a março de 2011, mais de 330 mil processos com base na Lei Maria da Penha foram instaurados nos juizados e varas especializados.(Coletânea) É no mínimo incoerente que, em pleno século XXI, junto a um cenário pautado pelas ideias de igualdade e liberdade como base fundamental de toda e qualquer democracia, ainda existam milhares de mulheres sofrendo por agressões de natureza absolutamente injustificável.(Argumentação com a interpretação dos dados e posicionamento da articulista – opinião que corrobora a tese: deve-se discutir...) Assim (conector conclusivo), é imprescindível que medidas sejam tomadas para a compleição de uma democracia justa e igualitária em sua plenitude.(Retomada da TESE) Desse modo, cabe ao Governo (agente social) tornar mais rígida a legislação concernente ao bem-estar do sexo feminino (o que deve ser feito), tomando as devidas providências quando algo estiver em desacordo com o que prega a Lei (como deve ser feito); às escolas (agente social), cabe o dever de instruir as gerações futuras quanto à igualdade entre os cidadãos de uma democracia (o que deve ser feito), conscientizando-os do caráter absurdo presente em atos discriminatórios e agressivos (como deve ser feito). Por fim, lança-se um apelo às vítimas (agente social), ressaltando-se que a denúncia é a forma mais eficiente de se combater o problema (como deve ser feito). Afinal, à guisa de Simone de Beauvoir, o opressor não seria tão forte se não encontrasse cúmplices entre os próprios oprimidos. (Para quê?)

13 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Escrever sempre foi um prazer para Ana. Além dos textos para o colégio, a também estudante de teatro já escreveu uma peça e, de vez em quando, se dedica a crônicas, gênero de que gosta pela possibilidade de usar o humor como forma de fazer crítica. "Sempre li muito desde pequena, e isso despertou meu interesse pela escrita", conta. Entre suas obras preferidas estão as de ficção científica, como as de George Orwell, e as dramatúrgicas –do paraibano Ariano Suassuna ao norte-americano Tennessee Williams. Ana considera ter tido sorte com o tema da prova deste ano. A discussão sobre preconceito e desigualdade de gêneros foi debatida no colégio onde estudava (Móbile, na zona sul de SP) e motivou a criação de um coletivo feminista, do qual ela fez parte. Em seu texto, ela argumentou que o combate à violência contra a mulher tem tido avanços, como a lei Maria da Penha, mas também muitos regressos. Um dos motivos para isso, explica, é a imagem inferiorizada da mulher na sociedade, reforçada pela publicidade. "Com as propagandas de cerveja, de produtos de limpeza, o brasileiro se acostuma com a ideia de que a mulher é inferior. Essa publicidade ajuda a naturalizar a violência", diz. Ana agora estuda psicologia na USP e passou no mesmo curso na PUC-SP e na UFRJ (federal do Rio de Janeiro). NOME: Ana Santana Moioli IDADE: 18 DE ONDE É: São Paulo, SP PASSOU EM: Psicologia na USP

14 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Figuras como Simone de Beauvoir, pensadora francesa, revolucionaram a discussão sobre igualdade de gênero em escala global, dando grande força ao movimento feminista nas últimas décadas. Inspirada na teoria existencialista de seu parceiro Sartre, Simone propôs que a existência precede a essência em todos os seres humanos, homens ou mulheres, de modo que a hierarquização ligada ao sexo biológico fosse uma completa convenção social. Apesar disso, no Brasil, o gênero feminino ainda encontra grandes dificuldades a serem superadas, com ênfase na persistente violência contra a mulher. Embora já tenha havido notáveis avanços nessa luta, a mulher brasileira ainda é vítima de diversos tipos de agressões. A Lei Maria da Penha, que estabelece punições aos agressores, é um exemplo de conquista do movimento, tendo levado à justiça mais de 330 mil casos entre setembro de 2006 e março de 2011, segundo dados divulgados pela revista "IstoÉ". Por outro lado, neste mês de outubro, discute-se no poder legislativo a ideia de tornar novamente proibido o aborto em caso de estupro. Isto representa o risco de inúmeras mulheres (sobretudo as menos favorecidas), cuja dignidade já foi ferida no abuso sexual, perderem suas vidas em abortos clandestinos. Desse modo, é importante reconhecer que já houve, sim, vitórias, mas ainda se veem fortes resistências à batalha feminina. Algo que contribui para o enraizamento da noção de inferioridade da mulher na mente dos brasileiros e, portanto, para a persistência de tal violência é a representação feminina na mídia. Mesmo em 2015, comerciais de cerveja, por exemplo, reduzem a figura das brasileiras a objetos sexuais, cujo único objetivo é servir os homens. Ao mesmo tempo, propagandas de produtos de limpeza a ainda existente relação aparentemente natural entre a mulher e a cozinha, sendo o marido o único capaz de trabalhar na sociedade e sustentar a família. Assim, a diferenciação entre gêneros torna-se quase inconsciente, o que acaba servindo como justificativa para que os números de mulheres agredidas não sejam levados tão a sério. Os apontamentos acima evidenciam a necessidade de que sejam tomadas medidas a fim de proteger a mulher brasileira. O Estado deve ampliar a legislação voltada para a publicidade que expõe a figura feminina. É também preciso que escolas públicas e privadas invistam em discussões sobre gêneros, visando desconstruir convenções sociais. A mídia, na mesma linha, em vez de reificar a mulher, deveria promover programas de conscientização sobre o tema. Por fim, cabe à sociedade pressionar o governo em nome da regulamentação da prática do aborto, cuja proibição representa a falta de reconhecimento de uma violência em massa contra as mulheres.

15 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou em 230% no período de 1980 a Além da física, o balanço de 2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas. (Texto de Amanda Carvalho Maia Castro)

16 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 [A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas]. [De acordo com o Mapa da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou em 230% no período de 1980 a 2010]. [Além da física, o balanço de 2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre esses a psicológica]. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas. (TESE) O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se dá porque, ainda no século XXI, existe uma espécie de determinismo biológico em relação às mulheres. Contrariando a célebre frase de Simone de Beavouir “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, a cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a função social de se submeter ao masculino, independentemente de seu convívio social, capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, os comportamentos violentos contra as mulheres são naturalizados, pois estavam dentro da construção social advinda da ditadura do patriarcado. Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é dificultada pelos traços culturais existentes, e, assim, a liberdade para o ato é aumentada. Além disso, já o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a ideologia da superioridade do gênero masculino em detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse viés, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer para o homem, e são ensinadas desde cedo a se submeterem aos mesmos e a serem recatadas. Dessa maneira, constrói-se uma cultura do medo, na qual o sexo feminino tem medo de se expressar por estar sob a constante ameaça de sofrer violência física ou psicológica de seu progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o número de casos de violência contra a mulher reportados às autoridades é baixíssimo, inclusive os de reincidência. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas brasileiras dificultam a erradicação da violência contra a mulher no país. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, para que seja possível diminuir a reincidência. Quem sabe, assim, o fim da violência contra a mulher deixe de ser uma utopia para o Brasil. (Texto de Amanda Carvalho Maia Castro)

17 REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Parte desfavorecida
TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Parte desfavorecida De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI as mulheres ainda são alvos de violência. Esse quadro de persistência de maus tratos com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorização do sexo masculino e de punições lentas e pouco eficientes por parte do Governo.

18 TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Parte desfavorecida – por Anna Beatriz Alvares Simões Wreden  De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI as mulheres ainda são alvos de violência. Esse quadro de persistência de maus tratos com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorização do sexo masculino e de punições lentas e pouco eficientes por parte do Governo. Ao longo da formação do território brasileiro, o patriarcalismo sempre esteve presente, como por exemplo na posição do “Senhor do Engenho”, consequentemente foi criada uma noção de inferioridade da mulher em relação ao homem. Dessa forma, muitas pessoas julgam ser correto tratar o sexo feminino de maneira diferenciada e até desrespeitosa. Logo, há muitos casos de violência contra esse grupo, em que a agressão física é a mais relatada, correspondendo a 51,68% dos casos. Nesse sentido, percebe-se que as mulheres têm suas imagens difamadas e seus direitos negligenciados por causa de uma cultural geral preconceituosa. Sendo assim, esse pensamento é passado de geração em geração, o que favorece o continuismo dos abusos. Além dessa visão segregacionista, a lentidão e a burocracia do sistema punitivo colaboram com a permanência das inúmeras formas de agressão. No país, os processos são demorados e as medidas coercitivas acabam não sendo tomadas no devido momento. Isso ocorre também com a Lei Maria da Penha, que entre 2006 e 2011 teve apenas 33,4% dos casos julgados. Nessa perspectiva, muitos indivíduos ao verem essa ineficiência continuam violentando as mulheres e não são punidos. Assim, essas são alvos de torturas psicológicas e abusos sexuais em diversos locais, como em casa e no trabalho. A violência contra esse setor, portanto, ainda é uma realidade brasileira, pois há uma diminuição do valor das mulheres, além do Estado agir de forma lenta. Para que o Brasil seja mais articulado como um “corpo biológico” cabe ao Governo fazer parceria com as ONGs, em que elas possam encaminhar, mais rapidamente, os casos de agressões às Delegacias da Mulher e o Estado fiscalizar severamente o andamento dos processos. Passa a ser a função também das instituições de educação promoverem aulas de Sociologia, História e Biologia, que enfatizem a igualdade de gênero, por meio de palestras, materiais históricos e produções culturais, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com o patriarcalismo. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: “O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação. ”

19 REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Conserva a Dor
TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Conserva a Dor O Brasil cresceu nas bases parternalistas da sociedade europeia, visto que as mulheres eram excluídas das decisões políticas e sociais, inclusive do voto. Diante desse fato, elas sempre foram tratadas como cidadãs inferiores cuja vontade tem menor validade que as demais. Esse modelo de sociedade traz diversas consequências, como a violência contra a mulher, fruto da herança social conservadora e da falta de conscientização da população.

20 REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Conserva a Dor – por Caio Nobuyoshi Koga
TEMA: A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2015 Conserva a Dor – por Caio Nobuyoshi Koga O Brasil cresceu nas bases parternalistas da sociedade europeia, visto que as mulheres eram excluídas das decisões políticas e sociais, inclusive do voto. Diante desse fato, elas sempre foram tratadas como cidadãs inferiores cuja vontade tem menor validade que as demais. Esse modelo de sociedade traz diversas consequências, como a violência contra a mulher, fruto da herança social conservadora e da falta de conscientização da população. Casos relatados cotidianamente evidenciam o conservadorismo do pensamento da população brasileira. São constantes as notícias sobre o assédio sexual sofrido por mulheres em espaços públicos, como no metrô paulistano. Essas ações e a pequena reação a fim de acabar com o problema sofrido pela mulher demonstram a normalidade da postura machista da sociedade e a permissão velada para o seu acontecimento. Esses constantes casos são frutos do pensamento machista que domina a sociedade e descende diretamente do paternalismo em que cresceu a nação. Devido à postura machista da sociedade, a violência contra a mulher permanece na contemporaneidade, inclusive dentro do Estado. A mulher é constantemente tratada com inferioridade pela população e pelos próprios órgãos públicos. Uma atitude que demonstra com clareza esse tratamento é a culpabilização da vítima de estupro que, chegando à polícia, é acusada de causar a violência devido à roupa que estava vestindo. A violência se torna dupla, sexual e psicológica; essa, causada pela postura adotada pela população e pelos órgãos públicos frente ao estupro, causando maior sofrimento à vítima. O pensamento conservador, machista e misógino é fruto do patriarcalismo e deve ser combatido a fim de impedir a violência contra aquelas que historicamente sofreram e foram oprimidas. Para esse fim, é necessário que o Estado aplique corretamente a lei, acolhendo e atendendo a vítima e punindo o violentador, além de promover a conscientização nas escolas sobre a igualdade de gênero e sobre a violência contra a mulher. Cabe à sociedade civil, o apoio às mulheres e aos movimentos feministas que protegem as mulheres e defendem os seus direitos, expondo a postura machista da sociedade. Dessa maneira, com apoio do Estado e da sociedade, aliado ao debate sobre a igualdade de gênero, é possível acabar com a violência contra a mulher.


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