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Pensamento pré-socrático
A passagem do mito ao logos. Na história do pensamento ocidental, a filosofia nasce na Grécia entre os séculos VII e VI a. C., promovendo a passagem do saber mítico (alegórico) ao pensamento racional ( logos). Essa passagem ocorreu durante longo processo histórico, sem um rompimento brusco imediato com as formas de conhecimento utilizadas no passado.
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Pólis e razão Segundo análise do historiador francês Jean-Pierre Vernant ( ), o momento histórico da Grécia antiga em que se afirma a utilização do logos ( a razão) para resolver os problemas da vida estaria vinculado ao surgimento da pólis, cidade-Estado grega. A pólis foi uma nova forma de organização social e política desenvolvida entre os séculos VIII e VI a.C. Nela, eram os cidadãos que dirigiam os destinos da cidade. Como criação dos cidadãos e não dos deuses, a pólis estava organizada e podia ser explicada de forma racional, isto é, de acordo com a razão.
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Pré-sócratico Os primeiros filósofos
De acordo com a tradição histórica, a fase inaugural da filosofia grega é conhecida como período pré-socrático ( anterior a Sócrates). A Grécia era o conjunto de muitas cidades-Estado (pólis),independentes umas das outras e muitas vezes rivais. No vasto mundo grego, a filosofia teve como berço a cidade de Mileto, situada na Jônia, litoral da Ásia. Caracterizada por múltiplas influências culturais e por um rico comércio, Mileto abrigou os três primeiros pensadores da história ocidental a quem atribuímos filósofos. São eles: Tales, Anaximandro e Anaxímenes.
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Destaca-se entre os objetivos desses primeiros filósofos, a construção de uma cosmologia – explicação racional e sistemática das características do universo, que substituísse a antiga cosmogonia- explicação sobre a origem do universo baseada nos mitos. Tentaram descobrir, com base na razão e não na mitologia, o princípio substancial ou substância primordial (arché, em grego) existente em todos os seres materiais. Ou seja, pretendiam encontrar a “matéria-prima” de que são feitas todas as coisas.
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Tales: a água Tales de Mileto ( a.C) é tido como o pensador que início à indagação racional sobre o universo. Ele dizia: “Tudo é água”. Para ele a água por permanecer basicamente a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados, seria a arché, a substância primordial, a origem única de todas as coisas, presente m tudo o que existe. Como princípio vital, a água penetraria todas as coisas e tudo seria animado por ela, de tal modo que tudo teria alma. Por isso, tudo seria divino, não havendo separação entre sagrado e divino.
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Anaximandro: o indeterminado
Anaximandro ( a. C), discípulo de Tales, procurou aprofundar as concepções do mestre sobre a origem única de todas as coisas. Acreditava não ser possível eleger uma única substância material como princípio primordial de todos os seres, a arché. Ele dizia que tinha de ser alguma substância diferente, ilimitada, e que dela nascessem o céu e todos os mundos nele contido. Assim, para esse filósofo, o princípio primordial deveria ser algo que transcendesse os limites do observável, ou seja, não se situaria em uma realidade ao alcance dos sentidos. Por isso, denominou-o ápeiron, termo grego que significa “o indeteminado”, “o infinito” no tempo.
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Anaxímenes: o ar Anaxímenes ( a.C), discípulo de Anaximandro, concordava que a origem de todas as coisas é indeterminada, entretanto, recusou-se a atribuir a essa determinação o caráter de arché. Em discordância com aspectos do pensamento dos dois mestres, mas buscando uma síntese entre eles, Anaxímenes incorporou argumentos de ambos e propôs o ar como princípio de todas as coisas: “Como nossa alma, que é ar, soberanamente nos mantém unidos, assim também todo o cosmo sopro e ar o mantêm”. O ar seria um elemento mais sutil que a água, quase inobservável, mas que nos animaria, nos daria vida, como testemunha nossa respiração.
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Pitágoras: os números Pitágoras de Samos ( a.C) foi um profundo estudioso da matemática, defendendo a tese de que todas as coisas são números. Conta-se que para chegar a esta tese, primeiro teria percebido que à harmonia dos acordes musicais correspondiam certas proporções aritméticas. Supôs, então, que as mesmas relações se encontrariam na natureza. Unindo essa suposição aos seus conhecimentos de astronomia, concebeu a ideia de um cosmo harmônico, regido por relações matemáticas. Se para Pitágoras “tudo é número”, isso quer dizer que o princípio fundamental (arché) seria a estrutura numérica, matemática, da realidade. A diferença entre as coisas resultaria, essencialmente, de uma questão de números.
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Heráclito: fogo e devir
Heráclito de Éfeso ( a.C), observava que a realidade é dinâmica e que a vida está em constante transformação. Concentrou sua reflexão sobre o que muda. O filósofo dirá que tudo flui, nada persiste nem permanece o mesmo. O ser não é mais que o vir a ser. “Tu não pode descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sobre ti”. O fluxo constante da vida seria impulsionado justamente pela luta de forças contrárias: a ordem e a desordem, o bem e o mal, o belo e o feio, a construção e a destruição, a justiça e a injustiça, etc. Assim, afirmava que “a luta é a mãe, rainha e princípio de todas as coisas” É pela luta das forças opostas que o mundo se modifica e evolui. Por isso, Heráclito imaginou que, se devia haver um elemento primordial da natureza, este teria que ser o fogo, com chamas vivas e eternas, governando o constante movimento dos seres. A medida desse acender e apagar do fogo seria determinada pelo logos, o pensamento e a razão criadora e unificadora das tensões opostas, a razão-discurso do filósofo .
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Parmênides: o ser Parmênides ( a.C), não se ilude com o que lhe trazem os sentidos, admite apenas o que lhe vem através da mente, pela razão. Para ele, os sentidos não são o melhor caminho para o conhecimento verdadeiro das coisas. Dessa forma, seu princípio de todas as coisas é o ser, em torno do qual ele dará início a uma reflexão que fecundará a base de um ramo filosófico: a metafísica. Sintetiza o pensamento “o ser é e o não ser não é”. Com essa fórmula ele chama a atenção para a identidade das coisas. Algo que é só pode ser. E não pode ser algo que não é. Ele lança os pressupostos lógicos da ontologia, o estudo do ser. É considerado o primeiro filósofo a expor dois princípios lógicos importantes: o da identidade ( A=A)e o não identidade (se A=A, é impossível, ao mesmo tempo e na mesma relação, A=não A) .
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Empédocles: quatro elementos
Empédocles ( a.C), defendeu a existência de quatro elementos primordiais, que constituem as raízes de todas as coisas percebidas: o fogo, a terra, a água e o ar. Esses elementos seriam movidos e misturados de diferentes maneiras em função de dois princípios universais opostos: -amor- responsável pela força de atração e união e pelo movimento de crescente harmonização das coisas; - ódio- responsável pela força de repulsão e desagregação e pelo movimento de decadência, dissolução e separação das coisas.
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Demócrito: o átomo Demócrito ( a.C) acreditava que a realidade era composta de átomos, partículas indivisíveis, imutáveis, não criadas e indestrutíveis, que ao se atrair e repelir, e movimento constante, formariam todas as coisas do Universo. A atração e repulsão, não ocorreriam de maneira aleatória, segundo a teoria de Demócrito, mas conforme um movimento ordenado: segundo suas formas geométricas, os átomos semelhantes se atrairiam e os diferentes se repeliriam.
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