TRABALHO: CONCEITOS E TRANSFORMAÇÕES. As Respigadoras 1857, Jean-François Millet TRABALHO.

Apresentação em tema: "TRABALHO: CONCEITOS E TRANSFORMAÇÕES. As Respigadoras 1857, Jean-François Millet TRABALHO."— Transcrição da apresentação:

1 TRABALHO: CONCEITOS E TRANSFORMAÇÕES

2 As Respigadoras 1857, Jean-François Millet TRABALHO

3

4

5 “O que distingue o pior dos arquitetos da melhor das abelhas é que ele projeta mentalmente a construção antes de realizá-la (...) obtêm-se um resultado que, desde o início, já existia na mente do trabalhador” (KARL MARX. O CAPITAL)

6 TRABALHO Toda atividade na qual o ser humano utiliza energia física e psíquica para satisfazer suas necessidades ou atingir um determinado fim; Elemento da dialética entre: Homem X Natureza Saber X Fazer Teoria X Prática Atividade tipicamente humana (COTRIM, 2002)

7 Papéis do Trabalho aspecto individual “Pelo trabalho o homem molda e muda a natureza e, ao mesmo tempo, transforma a si próprio”. aspecto social “O trabalho poderia promover a realização do indivíduo, a edificação da cultura e a solidariedade da sociedade” (COTRIM, 2002)

8 Concepções sobre o Trabalho Antiguidade: -Atividade menor, pouco diferente da atividade animal. -Valor no trabalho intelectual. “O escravo tem corpo forte adaptado ao trabalho servil. O homem livre tem corpo ereto”. (Aristóteles) Idade Média: - concepção não alterou muito. Trabalho como um bem árduo, por meio do qual cada indivíduo se tornaria melhor. (São Tomás de Aquino) (COTRIM, 2002)

9 Cristianismo Medieval: - provação e fortalecimento do espírito. Protestantismo: - re-valoriza o trabalho e o lucro é visto como sinal da benção de Deus. Concepções sobre o Trabalho (COTRIM, 2002)

10 Concepções sobre o Trabalho O Trabalho é o elemento de autoconstrução do homem. (Hegel) E a liberdade? E os efeitos danosos? E o processo de alienação? (Marx)

11 Na exteriorização da criatividade humana... 1º Momento- OBJETIVAÇÃO: Capacidade de se exteriorizar nos objetos e nas coisas que cria. Próprio do saber-fazer humano. 2º Momento- ALIENAÇÃO: Após transferir suas potencialidades para os seus produtos, o homem não os identifica como obra sua. (Karl Marx)

12 Garimpo em Serra Pelada Controle: Condições de trabalho e Produto

13 Trabalho Alienado Processo pelo qual os atos de uma pessoa são governados por outros. O trabalho alienado se apresenta com algo externo ao trabalhador, algo que não faz parte de sua personalidade. (COTRIM, 2002)

14 Trabalho Alienado Produz para satisfazer necessidades do mercado e não propriamente do trabalhador. Marcado pelo: - Desprazer; - Embrutecimento; - Exploração do trabalhador. (COTRIM, 2002)

15 Divisão social do trabalho e alienação

16

17 Modo de Produção Feudal Senhor proprietário das terras; o trabalho e os meios de produção pertenciam ao servo; Relação social baseada na crença da desigualdade entre os homens; A produção de bens realizada pelo servo era para consumo do próprio feudo. (SEGNINI, 1984)

18

19 Pré Revolução Industrial Predomínio do trabalho manual nas pequenas oficinas, artesãos independentes, pequenas escolas, profissionais autônomos que trabalhavam por conta própria; As associações reuniam mestres e aprendizes de um mesmo ofício; Divisão do trabalho dava-se entre as corporações e não entre operários.

20

21 Surgimento das manufaturas e rompimento das corporações; O capitalista reúne diversos trabalhadores e ele vende os produtos; Aprofunda divisão do trabalho ao separar produção e comércio; A introdução da máquina permite maior controle do trabalhador; Eclode a Revolução Industrial Transformações... (BLEICHER, 2007)

22

23 O processo de trabalho volta-se à expansão de capital para a criação de lucro: Invenção da máquina a vapor por James Watt (1776) 1º período: (1780 a 1860) Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro. 2º período: (1860 a 1914) 2ª Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade. Revolução Industrial (séc. XVIII) (ANTUNES, 1999)

24 Frederick Taylor (1856-1915): engenheiro e economista norte- americano O que nos vem a mente...

25 TAYLORISMO Baseado na teoria da Administração científica: Estudo de tempos e movimentos; Racionalização do trabalho; Ênfase no planejamento e no controle. Portanto, o trabalhador que produzisse mais em menos tempo receberia prêmios como incentivos. (ANTUNES, 1999)

26 Fordismo Consolidou a produção em série. Três princípios básicos: 1) Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria- prima e a rápida colocação do produto no mercado. 2) Princípio de Economia: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação. 3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.empresário (ANTUNES, 1999)

27 TAYLORISMO / FORDISMO (SÉCULO XX ) Processo de trabalho passa a se estruturar como uma forma de produção de bens, cujo sistema produtivo e seu respectivo processo de trabalho eram baseados: - na produção em massa, estruturadas de forma homogênea; - na chamada linha de produção; gestão verticalizada; - fundado no controle da execução das diversas etapas do processo de trabalho. (ANTUNES, 1999)

28 Fragmentação do trabalho Gerência – planeja; Supervisor – fiscaliza/controla; Operário – executa às ordens (produz).

29 “Tá vendo aquele edifício moço Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução Duas prá ir, duas prá voltar Hoje depois dele pronto Olho prá cima e fico tonto Mas me vem um cidadão E me diz desconfiado "Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?" Meu domingo tá perdido Vou prá casa entristecido Dá vontade de beber E prá aumentar meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer... Zé Ramalho - Cidadão Composição: Lucio Barbosa

30 Tá vendo aquele colégio moço Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem prá mim toda contente "Pai vou me matricular" Mas me diz um cidadão: "Criança de pé no chão Aqui não pode estudar" Essa dor doeu mais forte Por que é que eu deixei o norte Eu me pus a me dizer Lá a seca castigava Mas o pouco que eu plantava Tinha direito a comer...

31 Tá vendo aquela igreja moço Onde o padre diz amém Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei também Lá foi que valeu a pena Tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar Foi lá que Cristo me disse: "Rapaz deixe de tolice Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asa E na maioria das casas Eu também não posso entrar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar"