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PublicouOswaldo Ferreira Farias Alterado mais de 7 anos atrás
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Filho de João Rohden e de Ana Locks, Huberto nasceu em São Ludgero/SC, em 31 de dezembro de Sentindo o chamado ao sacerdócio, iniciou os estudos em São Ludgero. Foi ordenado padre em 1º de janeiro de Em 5 de janeiro de 1920 foi nomeado vigário paroquial da Catedral de Florianópolis e vigário encarregado da Santíssima Trindade, um trabalho de muito cansaço e privação através das comunidades pobres da Ilha de SC. O trabalho excessivo prejudicou-lhe a saúde e em 1921 foi provisionado vigário paroquial de Braço do Norte e, em 1922, pároco da Laguna. Aluno de jesuítas, amante dos estudos, Pe. Huberto percebeu que sua vocação não era a pastoral direta com o povo, mas a vida acadêmica. Obtendo licença de Dom Joaquim Domingues de Oliveira, seu bispo diocesano, foi recebido na Companhia de Jesus e em 1924 ingressou no Noviciado dos Jesuítas em Pareci Novo, RS. Na condição ainda de noviço, foi enviado, já em abril de 1924, para a Europa, onde esteve em diferentes casas da Companhia de Jesus, complementando seus estudos e obtendo o título de Doutor em Filosofia. Primeiramente, estudou em Innsbruck (Áustria) no segundo ano do seu noviciado. Em outubro de 1926, seguiu para o Colégio de Valkenburg (Holanda), mas, não se adaptando ao clima, em fevereiro de 1927 dirigiu-se a Nápoles (Itália), sempre freqüentando estudos filosóficos. Em 1928, retornou ao Rio Grande do Sul. Como jesuíta ainda não professo, Pe. Huberto Rohden trabalhou de 1928 a 1930 na paróquia de Santa Cruz do Sul, atendendo à população lusa, porquanto os demais jesuítas daquela paróquia, por serem estrangeiros, atendiam às áreas germânicas. De 1930 a 1931 ficou recolhido ao Terciado de Pareci Novo (etapa final da formação jesuítica) e ali decidiu não integrar‑se definitivamente à Ordem. Sua formação em meios tão diversificados não poderia ter favorecido a estabilidade que se pede de um jesuíta. Em 15 de maio de 1931, retornou à arquidiocese de Florianópolis, sendo nomeado vigário paroquial de Urussanga e encarregado de Cocal, pequena colônia de polacos. Com a grande bagagem intelectual já adquirida, sentiu-se desvalorizado. Esse era, porém, o costume de Dom Joaquim: não era humilhar, mas provar a obediência para depois promover. Pe. Rohden não suportou isso, queria ensinar e aprender, sempre mais. Em 14 de novembro de 1931 recebeu Cartas Demissórias para deixar a arquidiocese de Florianópolis e ir para a diocese gaúcha de Santa Maria. Ali foi nomeado Inspetor das escolas ferroviárias, com centro em Santa Maria. Cruzada da Boa Imprensa. Tem início agora um novo tempo na trajetória de Pe. Huberto Rohden, em que atuará de 1931 a Seu nome ficou sinônimo de boa imprensa. Retirou-se, de 1943 a 1945, num sítio do Estado do Rio de Janeiro. Decidiu abandonar o ministério sacerdotal em Entrega sua carta de desistência do uso das ordens eclesiásticas em janeiro de Deixa a Igreja católica e o Cristianismo como religião revelada. Profundas mágoas marcaram para sempre essa decisão. (...) À zero hora do dia 7 de outubro de 1981, após longa internação em uma clínica naturista de S. Paulo, aos 87 anos de vida e 61 de ordenação sacerdotal, o professor Huberto Rohden partiu deste mundo e do convívio de seus amigos e discípulos. Suas últimas palavras, em estado consciente, foram: “Eu vim para servir a humanidade”. ( Huberto Rohden
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Tábua da Esmeralda Os sete princípios básicos do conhecimento 1º - mentalismo: a mente é tudo; o Universo é mental. 2º - o princípio da correspondência: Como é em cima é em baixo, como é dentro é fora; tudo se corresponde. 3º - vibração: nada descansa, tudo se move. 4º - polaridade: tudo é dual; tudo tem dois pólos. 5º - ritmo: tudo flui, fora e dentro. 6º - causa e efeito: qualquer coisa tem seu efeito. 7º - gênero: tudo tem o seu princípio masculino e seu princípio feminino.
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O Ciclo do Nazareno: Corresponde ao imperativo “Amar a Deus com toda mente, de todo coração e com todas as forças.” Propõem um ciclo do (RETO) pensar-sentir-agir pessoal ... Estudos de parte das obras de Huberto Rohden, visando desenvolver uma metodologia de Autoconhecimento para uma AUTORREALIZAÇÃO. 1º ano – FILOSOFIA UNIVERSAL : ª obra – “sabedoria oriental” (final) – enfoque mental. 2º Filosofia do Evangelho (enfoque coração) 3º Filosofia da Vida (enfoque ‘ação efetiva e transformadora’) ‘remember’
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1) O objeto da verdadeira filosofia é o homem, investigando o seu quê e porquê, o seu donde e para onde. – “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás a Deus e o Universo”. “O Reino de Deus está dentro de vós”. A ciência descobre os fatos objetivos da natureza, mas a filosofia realiza os valores subjetivos dentro do homem. O fim supremo da verdadeira filosofia é tornar o homem sábio, bom e feliz. A verdadeira filosofia – univérsica (UNO – Causa primária, VERSO – manifestação do Uno) – seria a perfeita harmonia e equilíbrio entre a parte espiritual e material da vida humana. 2) O homem ocidental considera o Universo pelo lado de fora, por suas manifestações externas, concretas, palpáveis, visíveis, ao passo que o oriental já nasce com a intuição interiorista, sentindo que esses aspectos externos não são a Realidade, senão apenas efeitos visíveis de uma Causa invisível. Quem possui a causa possui o Real em sua fonte e raiz; mas quem deseja possuir os efeitos sem a causa não possui nem estes nem aquela. O verdadeiro ‘oriente’ não é geográfico, mas sim humano, é a origem da luz, a alvorada da verdade, o nascimento da consciência da Realidade que, em última análise, é o Eu divino no homem. Em face do cristianismo, o oriental está em melhores condições do que o ocidental. Por ora, a alma do Evangelho tem maior afinidade com o espírito da filosofia oriental.
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3) Para mim, teoria que não tenha nexo com a vida humana não é Filosofia. O fim primário da verdadeira Filosofia é precisamente este: dar ao homem uma norma de vida, firme e indestrutível, um roteiro seguro de pensar e agir, de maneira que possa atingir a plenitude da sua evolução e, destarte, alcançar imperturbável felicidade. Só o homem que se realiza a si mesmo pelo descobrimento de seu Eu central é que pode conhecer, por experiência própria, esse mundo da Realidade integral. A Filosofia é o único meio certo e seguro para encher de sólida tranquilidade e paz a alma e a vida do homem que com ela se identifique. A verdade atua segura, mas lentamente, porque tem de penetrar profundamente todos os elementos que constituem o homem: alma, mente e corpo; tem de eliminar as velhas e inveteradas toxinas da personalidade e substituí-las pelas seivas vitais da individualidade cósmica do homem perfeito e integral. A Filosofia trata daquilo que o homem é, da sua qualidade interna, do seu sujeito ou Eu, que Jesus chama ‘alma’. O homem não deve, em hipótese alguma, servir-se das coisas espirituais como meio para o fim de alcançar as coisas materiais. Se o homem se entristece quando não aparecem resultados palpáveis, é prova de que a sua atitude interna era falsa, que procurava secretamente subordinar o mundo espiritual ao mundo material. O homem meramente intelectualizado, sem espiritualidade, cria em torno de si uma espécie de campo magnético de atuação centrífuga, estabelecendo uma polaridade hostil entre si e a Natureza que foge dele, repelida pelas auras negativas do homem luciférico. O homem que não encontrou a si mesmo, o seu divino sujeito, afugenta de si todos os objetos em derredor – mas o homem que encontrou o Reino de Deus em si mesmo atrai a si todas as criaturas de Deus. O único modo do homem saber da Verdade é vivê-la em si mesmo. Quem não viveu a Verdade não sabe o que ela é. O que os outros podem fazer é tão-somente preparar-nos os caminhos e criar em torno de nós uma atmosfera propícia. A experiência é algo eminentemente individual, intransferível, como o próprio ser de cada um.
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4) Real é somente Deus e tudo que se refere ao mundo espiritual da causa eterna, ao passo que todo o resto é irreal, um puríssimo nada com visos de algo. Em linguagem oriental, real é somente Brahman, irreal é Maya, a natureza. No ocidente, a Christian Science afina pelo mesmo diapasão: real é somente Deus, irreal é tudo que existe fora de Deus: matéria, indivíduo e todos os seus derivados e acessórios. Todo/Real/Causante, Algo/Realizado/ Causado, Nada/Irreal/Não-causado. O Real é o Uno, o Realizado é o Verso do Universo. O Real revela-se no realizado, como a alma invisível aparece no corpo visível. Deus e o Universo, embora distintos, não são separados, como também não são idênticos. O mundo não é somente feito por Deus, mas também de Deus. Na realidade, todas as coisas e pessoas, sem excetuar a alma, são filhas de Deus, geradas de dentro da Substância Divina. A perfeição de uma criatura consiste no grau de consciência que ela tem da sua essencial identidade com o Infinito. É, pois, uma diferença de existência e não de essência. Toda creatura é uma emanação do Creador. Todo o Finito está no Infinito, e o Infinito está no Finito. O Finito pode dizer: Eu e o Infinito somos um, mas o Infinito é maior do que eu. Isto é monismo. Todos os grandes gênios e místicos são monistas, inclusive o Cristo (Jesus).
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5) Brahman é Realidade absoluta, eterna, infinita, universal, o Uno e o Todo, o Ser como tal, sem forma, sem nome, sem atributo, para além de tempo e espaço. O Ser absoluto não ‘existe’, mas ‘é’. Atman – esse Ser, Uno e Absoluto, é ao mesmo tempo imanente (está) em seu temporário Agir; o universal está presente em todos os indivíduos que dele emanaram. Brahman é a alma (Atman) ou essência de todas as coisas. O Imanifesto é manifesto em tudo. Um Deus onipresente é, forçosamente, um Deus imanente. Não há nenhuma diferença real entre a essência e o poder ou a lei de Deus. Deus é a própria lei universal, a própria vida, a inteligência e o espírito que permeiam todas as coisas do Universo. O Atman humano em toda a sua perfeição é a Razão, que também se chama Alma, Consciência, o Cristo interno, Deus no homem. A consciência dessa imanência divina é susceptível de muitos graus e, quanto mais alto for o grau de consciência dessa divina imanência no homem, mais intensa e nítida é a experiência que o homem tem de Deus e, portanto, de si mesmo. Quem conhece a Deus conhece a si mesmo, porque o seu verdadeiro Eu é Deus nele. A perfeição da criatura não vem da simples consciência objetiva da presença de Deus, mas do maior ou menor grau de consciência subjetiva que uma creatura tenha dessa presença. Deus, Brahman, o grande Todo, pode ser experimentado como sendo Átomo, Molécula, Célula, Vida, Luz, Inteligência, Espírito, consoante a capacidade de cada indivíduo, na escala da sua evolução peculiar.
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5) Maya é o aspecto externo e visível de Atman, a manifestação material e objetiva de Brahman. Maya é geralmente traduzido por ‘ilusão’. Diz a filosofia oriental que Maya revela e vela Brahman, que a natureza descobre e encobre, manifesta e oculta Deus. Toda a revelação que Maya pode fazer de Brahman é um processo preliminar, indireto, imperfeito. Somente quando o homem se emancipa do impacto dos sentidos e do narcisismo da mente, que atuam no mundo de Maya, é que ele pode compreender o que é Deus, vê-lo ‘face a face’ e adorá-lo em ‘espírito e verdade’. 6) Deus é o Ser (Sat) – Como Sat, o Ser, a Verdade, é Brahman considerado simplesmente como Realidade Absoluta. A Realidade é absoluta, a Verdade é relativa. Sat é a própria Realidade do Ser Absoluto enquanto fielmente refletida na consciência do homem. Esse reflexo da Realidade, porém, só pode ser fielmente espelhado no homem pela razão espiritual, intuitiva, e nunca pelo intelecto, cuja função é analítica. O intelecto é comparável à matéria líquida, água, na qual a luz da Realidade só poderia refletir se esse elemento estivesse calmo e tranquilo. Só na razão, calma e límpida, e por isso altamente receptiva, é que a luz do Ser, Sat, se reflete com fidelidade e nitidez.
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6) Deus é o Ser-consciente (Chit) – Brahman, além de ser a Realidade ontológica, o Ser como tal, é também Chit, o Saber-consciente; Consciência é a ‘ciência com’, um saber em companhia; supõe polaridade. O ser Universal, inconsciente em si mesmo, como Brahman, se torna consciente de si como Brahma. Brahman, o Absoluto, se relativiza em Brahma, o Creador. Quando a Filosofia oriental diz que Deuz é Chit, consciência ou saber, já deixou a zona neutra do Brahman, da Realidade absoluta e sem atributos, e entrou na zona do Brahma, da Realidade relativa dotada de atributos, porque nenhum indivíduo pode conhecer o Universal como Universal, senão como individualizado. 6) Deus é o Ser-feliz (Ananda) – Brahman, o Absoluto, é pura Felicidade. O Absoluto e estático Sat relativizou-se em Chit individual e consuma-se em Ananda. Deus, o Ser, se torna Saber e revela-se em Gozo ou Amor. E esse Gozo do Amor é Beatitude (Ananda). Deus é a Luz do Ser, a Vida do Saber e o Gozo do Amor.
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O espírito da filosofia oriental. 2º encontro – 18/02/17
1- Brahman e suas formas humanas. 2- AUM – o Brahman impersonal e personal. 3- Conseqüências éticas da metafísica de Brahman imanente e transcendente. 4- Vida após-morte, reencarnação material e renascimento espiritual. 5- O fascínio do nirvana – integração ou diluição do eu? 6- O ego personal e o eu individual do homem. 7- Pensamentos são forças poderosas.
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BRAHMAN e suas formas humanas
O BRAHMAN imanifesto aparece como BRAHMAN manifesto (BRAHMA), toda vez que em algum dos seus mundos a ignorância ameaça prevalecer contra a sapiência, toda vez que as trevas ameaçam extinguir a luz, toda vez que o negativo procura derrotar o positivo, o mal aniquilar o bem. Então a Divindade (Deus – Brahman), amorfa e anônima, assume forma e nome e aparece no meio dos seres que dela necessitam, para ulterior evolução ascencional, rumo à luz da sabedoria e à força do bem. (Trimúrti – ‘três formas’) Esta humanização da Divindade aparece em forma de um ‘avatar’ – quer dizer, de um Ser ‘descido das alturas’, ou seja, um mensageiro de Brahman. (Exemplos: Krishna, Jesus, Maitreya.) Trata-se de um processo da consciência ... atua de dentro, pela racionalidade suprema do espírito.
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Deus (BRAHMAN imóvel – ISHVARA) é criador (Brahma em movimento), mantenedor (Vishnu) e transformador (destruidor) (Shiva), e tem como base ou suporte, suas consortes: Sarasvati, Lakshmi e Parvati (ou Durgã) (Positivo e Negativo) ( Leis da reprodução, conservação e destruição de ‘O Livro dos Espíritos’ ? )
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É o creador do universo, é a inteligência criadora, representa a mente cósmica. Brahma tem quatro cabeças e está sentado num cisne. Os Puranas dizem que ele criou Sarasvati (sua consorte, Deusa do conhecimento) e que ela corria de um lado para o outro e para cada lado que ela corria nascia uma cabeça, assim ele é representado com quatro cabeças significando os quatro vedas (verdade) e todas as direções do conhecimento. A tradição Védica usa alguns exemplos para explicar a criação. É dito que o “Creador é como a aranha tecendo a teia”. O Creador é a inteligência e o material da creação. Ele retira de si mesmo o material da creação. Assim, a creação é a manifestação do Creador. A base de Brahma é Sarasvati, o conhecimento. Assim, Brahma está sentado num cisne. O cisne tem a capacidade de separar o leite da água, assim como o conhecimento é a capacidade de separar o real do não real (absoluto de maya). Em suas quatro mãos Brahma sustenta um lótus, os vedas, um vaso contendo amrita e abaya mudrã. O lótus representa o símbolo da pureza. Os vedas são as escrituras sagradas contendo todo o conhecimento da creação e o meio para o conhecimento. O amrita é o néctar da imortalidade e abaya mudrã abençoa com destemor. Brahma:
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É o poder de manutenção do universo
É o poder de manutenção do universo. Sua natureza é Lila, ou a representação. Assume diferentes formas à sua vontade. Ele está em pé sobre um lótus de mil pétalas com uma concha, um disco, uma massa e um lótus nas mãos. Estes quatro instrumentos são essenciais para a diversão da vida. A concha é o instrumento que devolve a união de todos os sons da criação, representa o som puro, ‘OM’, que traz a liberação para os seres humanos. O disco ou chakra é o anel de luz que rodopia no dedo indicador de Vishnu. Ele é o símbolo do Dharma, o dever de fazer o que é certo e correto, também representa a roda do tempo. A massa ou clava é um instrumento para atacar os desejos, fonte de todo o sofrimento e insegurança. O lótus é mostrado para que não esqueçamos a nossa meta que é encontrar a nós mesmos. O lótus cresce no lodo e permanece luminoso, radiante, inafetado pelo ambiente, abre suas pétalas ao primeiro raio de sol e fecha-se com o último raio de sol. A consorte de Vishnu é Laksmim, a Deusa de todas as riquezas da creação, incluindo as riquezas da mente e todas as virtudes. Com ela Vishnu mantém toda a creação. Vishnu:
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É o poder de destruição ou transformação
É o poder de destruição ou transformação. A palavra destruição aqui pode ser mal interpretada. Devemos entender que somente será destruído aquilo que for possível de ser destruído. O Eu, ser absoluto, é sempre existente, é Brahma, este não é destruído por nada. A destruição de Shiva é a destruição daquilo que é aparente e que encobre a realidade absoluta, é a destruição da nossa ignorância. Shiva é o Deus da disciplina, creador do yoga, assim ele vem mostrar de que forma podemos destruir a ignorância e atingir Moksha, a liberação do ciclo de nascimento e morte. Shiva é representado meditando nas neves do monte Kailasa. A brancura da neve representa a mente sattvica, ou purificada, necessária para meditar; seus olhos estão entreabertos mostrando que sua mente está absorta no ser enquanto seu corpo se relaciona com o mundo; em seu pescoço ele carrega uma cobra enrolada, esta representa o ego (é venenoso quando ataca) sob controle usado como adorno somente; em sua cabeça a lua como enfeite (lua = memória, ego); sua arma é o trishula ou tridente simbolizando não só a destruição do ego e seus três tipos de desejos: físicos, emocionais e mentais, mas também a transcendência dos três mundos, dos três gunas (sattva, rajas e tamas) e dos três períodos de tempo (passado, presente e futuro). Pendurado no trishula está o tambor de Shiva, ou Damaru, que representa o som, o fenômeno da creação do qual fazem parte da manutenção e a destruição. No movimento do trishula, ou das gunas, o tambor toca e a creação ocorre. O cabelo comprido mostra seu poder, todos os tipos de energia concentrados na busca do conhecimento. Do topo de sua cabeça nasce o Ganges (conhecimento, amrita); seu corpo está coberto de cinzas simbolizando a queima da ignorância, da ilusão e de todos os desejos; ele está sentado sobre uma pele de tigre, que morreu de morte natural, porque o sábio senta-se no corpo (não está identificado com ele) enquanto os mortais sentam-se no chão. O seu veículo é o Touro Nandi, símbolo da sexualidade, o controle de Shiva sobre o touro simboliza o domínio sobre a natureza física. O linga é um outro símbolo de Shiva e representa a força creadora voltada para si mesmo, voltada para o auto-conhecimento. Shiva tem junto de si o Kamandalu, ou pote para água, representando a renuncia, o ascetismo, o viver com o mínimo necessário. Shiva possui vários mãlas (colares e pulseiras) de rudrãkshas (representa o olhos de Shiva) que servem para disciplinar a mente e preparar para a meditação. Shiva:
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A Visibilização de BRAHMAN é feita por meio de Maya, a natureza material. Maya empresta a Brahman as suas roupagens de forma e cor e o faz habitar dentro dos limites de tempo e espaço.
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A Visibilização de BRAHMAN é feita por meio de Maya, a natureza material. Maya empresta a Brahman as suas roupagens de forma e cor e o faz habitar dentro dos limites de tempo e espaço. MAYA – “O ego, ahamkara (literalmente ‘eu faço’) é a raiz do dualismo ou da aparente separação entre o homem e seu Creador. Ahamkara coloca os seres humanos sob o domínio de MAYA (ilusão cósmica); o que é subjetivo (ego), apresenta-se falsamente como objetivo; as creaturas supõem que são as creadoras.” MAYA – “Ilusão cósmica; literalmente ‘o medidor’. Maya, poder mágico na creação, faz com que aparentemente se apresentem limitações e divisões no Imensurável e Indivisível.” “As escrituras hindus ensinam que o ego reencarnante necessita um milhão de anos para libertar-se de maya.” (Autobiografia de um Iogue – Paramahansa Yogananda)
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“Um ciclo equinocial de 24
“Um ciclo equinocial de anos divide-se em um Arco Ascendente e outro Descendente, cada um com anos. Cada Arco abrange quatro Yugas ou Idades ... (num Arco Descendente) o homem gradualmente mergulhará na ignorância. Estes ciclos são as voltas eternas de MAYA, os contrastes e relatividades do universo dos fenômenos. Os homens, um por um, escapam à prisão da dualidade da creação, à medida que despertam para a consciência de sua inseparável e divina união com o Creador.” “O conhecimento do ‘bem e do mal’ prometido a Eva pela ‘serpente’ refere-se às experiências dualistas e opostas pelas quais todos os mortais, sob o domínio de MAYA, devem passar. Caindo na ilusão, pelo uso incorreto de sua razão e de seu sentimento, ou ‘consciência-de-Adão-e-Eva’, o homem renuncia a seu direito de entrar no jardim celestial da divina auto-suficiência. A responsabilidade pessoal de cada ser humano é restituir seus pais, ou natureza dual, à harmonia unificada ou Éden.” (P. Yogananda)
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“São Paulo conheceu a Kriya Yoga ou uma técnica semelhante, pela qual podia ligar e desligar as correntes vitais dos sentidos. Por isso, pode dizer: ‘Declaro, por nosso regozijo em Cristo, que eu morro diariamente’. (I Co 15:31) Empregando um método de centralizar internamente toda a força vital do corpo (via de regra, dirigida apenas para fora, para o mundo sensorial, emprestando-lhe, assim, aparente validade), São Paulo experimentava todos os dias a verdadeira união iogue, o ‘regozijo’ (bem-aventurança) da Consciência Crística. Nesse venturoso estado, tinha consciência de estar ‘morto’ para as ilusões sensoriais, livre do mundo de maya.”
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“As Escrituras védicas declaram que o mundo físico opera sob uma lei fundamental, a de maya, ou princípio da relatividade e da dualidade. Deus, a Única Vida, é Unidade Absoluta. Para aparecer como as manifestações diversas e separadas da creação, Ele usa um véu falso ou irreal. Este véu dualístico e ilusório é maya. (...) A ciência física não pode formular leis fora de maya: o verdadeiro tecido e estrutura da criação. A própria natureza é maya; as ciências naturais devem forçosamente lidar com sua inelutável essência. (...) Transcender maya foi a tarefa dada à raça humana pelos profetas milenares. Elevar-se acima da dualidade da creação e perceber a unidade do Creador, eis o objetivo supremo do homem. Os que se apegam à ilusão cósmica devem aceitar sua lei essencial de polaridade: fluxo e refluxo, ascensão e queda, noite e dia, prazer e dor, bem e mal, nascimento e morte. (...) Remover o véu de maya é descobrir o segredo da criação (Autobiografia de um Iogue – P. Yogananda)
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A pequenez vem do ego, a grandeza vem do Eu, mas este só pode ser vitorioso se aquele consentir em ser derrotado. “Ramakrishna compara a encarnação de Brahman, através de Vishnu, ao congelamento da água em um bloco de gelo. Nesse estado de ‘solidificação’ da Divindade (Brahma), pode o homem perceber melhor, e até apalpar o Brahman, em si amorfo e anônimo. Naturalmente, na medida em que o calor do homem (kundalini), seu amor, atua sobre o bloco de gelo – a forma humana da Divindade –, vai-se o gelo dissolvendo novamente em água, e até em algo menos perceptível que a água, como são os vapores d’água suspensos no ar – o homem começa a conhecer Deus como humanado em um avatar; na razão direta se vai intensificando o seu conhecimento espiritual, e ele necessita cada vez menos de um Deus ‘congelado’ em um indivíduo visível; vai atingindo a Deus em si mesmo (Cristo Interno), sem forma individual; o Deus Universal e Amorfo passa ao estágio espiritualizado de Shiva, o espírito universal, até, finalmente, se integrar no Universal Absoluto, Brahman, o grande AUM.”
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“A Luz Pura da Divindade amorfa (Brahman) se materializa, por meio de Vishnu, em um bloco individualizado, chamado Krishna ou Cristo, ou outro avatar que os homens possam ver e apalpar.” “A eterna Essência, quando existencializada no mundo temporal, parece diminuída e aniquilada. Em todas as religiões, a idéia da encarnação vem inseparavelmente ligada à do sacrifício, não só no sentido usual de ‘imolação’, mas também no sentido místico de ‘sacralidade’ (sacrum-facere). O conceito da encarnação, como se vê, é um conceito profundamente ‘esotérico’ e genuinamente ‘sacral’ ou ‘sacramental’.” (...) “Todo avatar é uma lente que centraliza em um foco individual a luz universal de Brahman.”
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Maya, que fascina os profanos e os desvia de Brahman, é, para os iniciados ou iniciáveis, um meio para melhor compreendê-lo, não só com a alma, mas também com o coração, com a mente e com todas as forças do corpo O iniciado percebe Brahman, espontaneamente, em cada átomo de Maya, porque adquiriu a clarividência espiritual que fez cristalinas as muralhas opacas que ao profano ocultam a Realidade de Brahman. O estado intermediário entre o profano e o homem auto-realizado ou cósmico é o do asceta (pessoa que se consagra a exercícios espirituais de autodisciplina), o iogue, o místico, que foge de Maya, porque lhe é impedimento no caminho da auto-realização, uma parede opaca que lhe intercepta a luz de Brahman, parede que ele tenta destruir. O asceta faz bem em evitar o mundo ... prova que é homem sincero, de boa vontade, embora lhe falte ainda a vidência espiritual do homem cósmico, capaz de tornar em auxílios transparentes os empecilhos opacos.
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O profano é escravo de Maya. O asceta é desertor de Maya
O profano é escravo de Maya. O asceta é desertor de Maya. O homem cósmico é transformador de Maya. O primeiro é derrotado por Maya. O segundo é vencedor de Maya. O terceiro é amigo e aliado de Maya. O estado do profano é ignorância. O estado do asceta é conhecimento. O estado do homem cósmico é suprema sabedoria.
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AUM – o Brahman impersonal e personal
AUM – o Brahman impersonal e personal. Quando o homem (cósmico/iniciado) experimenta a imanência de Brahman em todas as suas obras como sendo a essência de tudo, e sente ao mesmo tempo que Brahman está além de tudo – então está em AUM, identificado com o infinito Uno em si, o infinito Verso em todas as coisas. AUM é o sujeito em todos os objetos, e todos os objetos no sujeito – o UniVerso (Sugere uma forma de expressá-lo. – p. 57)
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“É o grande AUM.” “O AUM, o trigrama sagrado, representa a Trindade Imanifestada, isto é, Ato-Um-Manifestado, ou, ainda, Sopro-Único-Manifestado como Espírito Infinito que se tranforma no ‘unidual’ (um no dois, um que se divide em dois; isto é, a unidade que se cinde na dualidade: positivo e negativo) – A (Eterno presente, Espírito = essência, Creador ou creação) U (Universo) (Eterno passado, Astral estático, Conservador ou preservador, Eterno masculino) M (Manifestação) (Eterno futuro, Substância sempre em dinamismo, Construtor ou destruidor, Eterno feminino) OM (o O traduz o Infinito e o M a Manifestação)
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Brahman é “A” na vigília que experimentamos no mundo da matéria
Brahman é “A” na vigília que experimentamos no mundo da matéria. Brahman é “U” no sonho que vivemos no mundo astral das energias. Brahman é “M” no sono que dormimos no mundo das forças espirituais. O fundamento e substrato de todas essas funções é Atman, que é o próprio Brahman em sua atividade creadora. Quando Atman age por meio dos sentidos (A), é chamado Vishva. Quando age pelo corpo astral (U), e chamado Taijasa. Quando atua pela força espiritual (M) é apelidado de Prajna. Quando Atman está associado a uma dessas três funções (upadhis), tem ele esses nomes; mas em si mesmo Atman é sem nome, porque é idêntico a Brahman, o Anônimo Absoluto A descrição acima se refere à atividade de Atman no universo humano, o microcosmo (e no macrocosmo) Brahman é material, astral, espiritual, em suas atividades, tanto no homem como no Universo ( Deus, onde está no Homem? > )
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“(O)‘EU SOU’ é a Atividade d’Esta Vida
“(O)‘EU SOU’ é a Atividade d’Esta Vida. Quando dizeis e sentis ‘EU SOU’ liberais a fonte da Eterna, Imorredoura Vida, para que ela possa fluir ao longo de Seu curso impertubavelmente. Em outras palavras: abris amplamente a porta ao Seu escoamento natural. Quando dizeis ‘Eu não sou’ fechais a porta diante dessa Poderosa energia.” “‘EU SOU’ é a Plena Atividade de Deus. A primeira expressão de todo indivíduo em qualquer ponto do Universo, quer seja em palavra falada, quer em pensamento ou sentimento silencioso, é ‘EU SOU’, ao reconhecer Sua Própria Vitoriosa Divindade.”
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“O estudante, ao esforçar-se por compreender e aplicar estas poderosas, ainda que simples Leis, deve exercer severa vigilância sobre seus pensamentos e suas expressões, por palavras ou de qualquer outra maneira, pois a cada momento que dizeis ‘Eu não sou’, ‘Eu não posso’, ‘Eu não tenho’, estais, consciente ou inconscientemente, sufocando essa ‘Grande Presença Interior’, e é tão evidente como se colocásseis as mãos em volta do pescoço de uma pessoa.” “O Mais Divino Princípio de Atividade do Universo – ‘EU SOU’. A primeira expressão de toda forma de vida autoconsciente é ‘EU SOU’.”
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“Peço-vos, queridos discípulos – em Nome de Deus, cessai de empregar essas expressões falsas em relação ao vosso Deus – vossa Divindade Suprema (no interno) – porque é impossível obter Liberdade enquanto assim procederdes. Não é necessário que eu vos fale muitas vezes sobre isso, pois quando verdadeiramente reconheceis e aceitais a Poderosa Presença de Deus, em vós, positivamente não há mais condições adversas.”
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“Recomendo-vos: se concederdes poder a condições adversas, pessoas, lugares ou coisas, e em Nome de Deus, a cada momento vos achardes a ponto de começar a dizer ‘Eu estou doente’, ‘Eu estou arruinado’, ‘Eu não estou me sentindo bem’, invertei instantaneamente essa condição, fatal ao vosso progresso, e declarai mentalmente, mas com toda a intensidade de vosso ser – Eu Sou ‘EU SOU’ – que é toda saúde, opulência, perfeição, felicidade, paz e o poder de reconhecer Perfeição em toda parte.”
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“Quando pensais na expressão ‘EU SOU’, significa que tendes Deus em Ação manifestando-se em vossa vida. Não deixeis que aquelas expressões falsas continuem a vos limitar. Relembrai continuamente: ‘EU SOU’ Deus em Ação: ‘EU SOU’ Vida, Opulência, Verdade, manifestadas já.”
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“Vos fixeis na consciência da Presença de Deus em vós
“Vos fixeis na consciência da Presença de Deus em vós. “Só existe Deus em ação em todo indivíduo. “O discípulo tem obrigação de olhar para dentro de si mesmo e extirpar tudo o que não é perfeito.
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“Quando Jesus disse: ‘EU SOU a ressurreição e a Vida’, proferiu uma das mais poderosas Afirmações que podem ser expressas. Ao dizer ‘EU SOU’ Ele não se referiu à expressão externa (Jesus), mas sim à Poderosa Presença do Deus Interior, porque disse repetidas vezes: ‘Eu, por mim, nada posso fazer, é o Pai, no meu interior – o ‘EU SOU’ – Quem realiza as obras. Disse, outra vez, Jesus: ‘EU SOU o Caminho, a Verdade e a Vida’, reconhecendo o Total e Único Poder – Deus em Ação dentro dele. Uma outra vez Ele disse: ‘EU SOU a Luz do mundo; o que me segue não anda nas trevas, mas terá a Luz da Vida’, iniciando cada afirmação de importância vital com as palavras ‘EU SOU’.” *
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Tanto o microcosmo humano como o macrocosmo do Universo são agregados de indivíduos, pouco importando o número dos mesmos. Nenhum desses indivíduos tem realidade autônoma em si mesmo; toda a realidade lhes advém de Brahman, que é a única Essência Universal; os outros seres são apenas Existências individuais. Nenhum desses indivíduos nasce ou subsiste em virtude de si mesmo – assim como o pensamento não nasce nem subsiste em virtude de si mesmo, sem o pensador que pensa. Os indivíduos são ‘indivisos’, não separados de Brahman.
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Se algum desses seres ‘indivisos’ se julga ‘diviso’, separado do grande Todo, Brahman, está ele em erro, porque não compreende a sua verdadeira natureza, confundindo sua ‘existência’ externa com a sua ‘essência’ interna; esse ser que se julga diviso, separado, atinge apenas o invólucro periférico de sua natureza, mas não a medula da mesma; enxerga o seu ‘ego personal’ e ignora o seu ‘EU individual’; vê o seu ‘ter, mas é cego para o seu ‘Ser’. Brahman é a Realidade Universal Única, Absoluta. Fora dEle nada é real.
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O prana, isto é, a substância vital do Universo, chama-se também sutratma, que significa literalmente ‘fio de alma’ (sutra = fio, cordel; atma ou atman = alma). Quer dizer que o prana ou elemento vital do cosmos une todas as coisas do Universo, assim como um fio ou cordel une as pérolas de um colar. O prana é por assim dizer, um protoplasma Mental que permeia todas as células do grande organismo cósmico, fazendo dele um ‘Todo’.
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O prana, isto é, a substância vital do Universo, chama-se também sutratma, que significa literalmente ‘fio de alma’ (sutra = fio, cordel; atma ou atman = alma). Quer dizer que o prana ou elemento vital do cosmo une todas as coisas do Universo, assim como um fio ou cordel une as pérolas de um colar. O prana é por assim dizer, um protoplasma Mental que permeia todas as células do grande organismo cósmico, fazendo dele um ‘Todo’. (PRANA = éter – SUBSTÂNCIA DIVINA – definições ‘miragens’ ) PRANA – forças vitais sutis ou energias mais finas que as atômicas. Pranayama – controle de prana, correntes vitais sutis. (No Pranayama o prana tanto é o alento quanto a dinâmica universal do cosmos.) “Oferecendo o alento que se inala ao alento que se exala e oferecendo o alento que se exala ao alento que se inala, o iogue neutraliza ambos os alentos; assim, libera o prana do coração e coloca a força vital sob controle.” (Bhagavad Gita IV:29) ‘As correntes vitais, operando no corpo humano sob a forma de prana quíntuplo ou energias vitais sutis, são uma expressão da vibração de OM da Alma Onipresente.’
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Conseqüências éticas da metafísica de Brahman imanente e transcendente
Conseqüências éticas da metafísica de Brahman imanente e transcendente. (Inicia comparando o Deus transcendente ‘do ocidente’ com Brahman imanente ‘no oriente’. – Percebe-se o traço do padre.) O homem deve ter amor desinteressado por Deus Pai O místico é espiritual no ser e ético no fazer.
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Em todos esses ardentes amantes de um Deus personal e transcendente transparece, a cada passo, a intuição, mais ou menos consciente ou inconsciente, da imanência da Divindade no homem; através do dualismo da forma transparece o monismo do conteúdo; a alma sente-se permeada de Deus, diluída em Deus, absorvida por Deus, mas continua, não obstante, a existir como entidade autônoma e eticamente responsável por seus atos. Essa estranha fusão de ética transcendente e mística imanente é, sem dúvida, a zona mais obscura, e também mais fascinante, do drama da evolução espiritual da humanidade.
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... A alma iniciada na suprema mística sabe que a distância (transcendência) não exclui a proximidade (imanência) – uma intensifica a outra... A alma chegou a tão luminosa intuição que percebe que ela é ao mesmo tempo essência divina e existência humana, idêntica à Divindade pela essência, diferente de Deus pela existência. E nessa identidade na diversidade está o último segredo da sua inefável beatitude, que os hindus chamam ananda.
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Vida após-morte, reencarnação material e renascimento espiritual
Vida após-morte, reencarnação material e renascimento espiritual. Todos os pensadores do Oriente concordam em que a vida humana é uma só, mas passa por diversos estágios evolutivos. Admitem também que o conteúdo espiritual-moral (karma) de uma etapa da vida não é anulado pela morte física, mas passa para a próxima etapa, com os seus elementos positivos e negativos.
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A idéia comum no Ocidente é unanimemente rejeitada, pois se houvesse pena eterna, o efeito seria infinitamente maior que a causa, e essa desproporção converteria a ordem (cosmos) em desordem (caos). De resto, se a liberdade do homem é atributo da alma, e esta não morre com a destruição do corpo material, segue-se logicamente que a alma continua livre para sempre e pode corrigir o seu erro quando quiser; pode desfazer o que fez. Esta eterna evolução do homem, porém, não exige necessariamente uma ‘reencarnação’ material, isto é, um regresso da alma em um invólucro físico; e, mesmo no caso em que essa reencarnação material se fizesse necessária, poderia ela realizar-se em outros corpos sidéreos, de que está repleto o Universo.
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Na Terra, são necessárias 300 vidas de 300 anos cada uma. (90
Na Terra, são necessárias 300 vidas de 300 anos cada uma. ( anos) Espírito: A parte imaterial do ser humano; uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea. + Alma: o ser imaterial e individual que reside em nós e sobrevive ao corpo – psykhé. + Corpo: a parte material, animal, ou a carne, do ser humano, por oposição à alma, ao espírito. + Mente + Intelecto + Personalidade
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Nós nos relacionamos com o mundo exterior através da mente objetiva
Nós nos relacionamos com o mundo exterior através da mente objetiva. O cérebro é o órgão dessa mente e o sistema nervoso cerebrospinal nos coloca em comunicação consciente com todas as partes do corpo. Esse sistema nervoso reage a todas as sensações de luz, calor, odor, som e paladar. Quando essa mente pensa de modo correto, quando compreende a verdade, quando os pensamentos enviados ao corpo através do sistema nervoso cerebrospinal são construtivos, as sensações são agradáveis, harmoniosas. Em conseqüência trazemos para o nosso corpo energia, vitalidade e todas as forças construtivas. Mas essa mente também é a porta de entrada de tristezas, doenças, carências, limitações, de todas as formas de discórdia e desarmonia. Portanto, é através da mente objetiva, por meio de pensamentos incorretos, que nos relacionamos com todas as forças destrutivas.
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Nós nos relacionamos com o mundo interior através da mente inconsciente (subconsciente). O plexo solar é o órgão dessa mente. O sistema nervoso simpático preside todas as sensações subjetivas, tais como alegria, medo, amor, emoção, respiração, imaginação e todos os demais fenômenos inconscientes. É através do inconsciente que nos conectamos com a Mente Universal e estabelecemos uma relação com as Infinitas forças construtivas do Universo. A coordenação desses dois centros do nosso ser e o entendimento das suas funções constituem o grande segredo da vida. Com esse conhecimento é possível colocar as mentes objetiva e subjetiva em cooperação consciente e assim coordenar o finito e o infinito. O futuro ficará inteiramente sob o nosso controle e não à mercê de caprichos e incertezas de poderes externos.
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Sistema Nervoso Simpático >
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Cada argumento/doutrina busca seus aforismos e premissas para justificar suas conclusões, mas todos caminham para a verdade única do ser com três dimensões e a imanência de Deus. A alma é originada da junção da “centelha espiritual” com a “centelha material”. Estas centelhas compõem o corpo físico/material e o perispírito/alma. Como a alma é o liame do espírito com o corpo, ela tem substância (matéria) e certa inteligência (do espírito). Mas ela é independente e sobrevive relativamente mais que o corpo humano após a morte deste. O Espírito abandona o corpo material quando morre, bem como o corpo espiritual (perispírito) (que tem “propriedades da matéria”). O espírito vai para junto do Pai; o corpo material denso se decompõe em uns 10 anos; e o corpo semimaterial (perispírito, alma penada) se dissolve em uns 100 anos, pois é uma matéria refinada, uma matéria com certo grau de inteligência.
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O que se conclui é que o ser é composto de corpo, alma, intelecto, mente e personalidade, além do espírito que lhe dá vida. Tudo é para expressar o Espírito, e este amalgamado ‘ser’ se arvora no direito de determinar suas condutas, sem atender ao comando do Espírito, ou seja: corpo + alma + intelecto + mente + personalidade (ego) não querem e/ou não aceitam que o Espírito dê a ordem, achando-se capazes de zelar pela vida e decidir sobre o que é melhor para este ‘ser’, abstendo-se de consultar e ouvir o Comando Divino Interno: o Espírito nele (o ‘EU SOU’). Jesus disse: “Eu de mim mesmo não faço nada, o Pai em mim é Quem faz as obras”, dentre outras afirmações semelhantes. Desta forma, nossas ‘personalidades’ deverão dar mais atenção ao Espírito – o Pai em nós – a fim de saber o quê fazer, como agir, e este agir será ético por consequência (reto pensar, reto sentir, reto agir).
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“Para que Minha Palavra (‘EU SOU’) penetre até a consciência de Tua Alma, tua mente, daqui por diante, deve ser Tua servidora, e teu intelecto, Teu escravo.”
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Não existe vínculo causal necessário entre reencarnação material e renascimento espiritual. Pode ocorrer este sem aquela, e pode também haver aquela sem este. Todos os renascimentos espirituais narrados no Evangelho ... ocorreram sem nenhuma reencarnação material. Donde se depreende que o renascimento pelo espírito não está necessariamente ligado, por um nexo de causa e efeito, à reencarnação pela matéria. O renascimento pelo espírito é, em última análise, um processo autônomo, independente de qualquer favor externo, dependente tão-somente do Eu racional ou espiritual do homem; prescinde da intervenção de fatores externos de terceiros, como ocorre na reencarnação, que depende, no plano físico, da cooperação dos corpos dos progenitores do reencarnando.
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O renascimento pelo espírito é obra eminente e exclusivamente individual (‘EU SOU’) ... A reencar-nação material pode ser um fato histórico, mas só o renascimento espiritual representa um valor humano. A reencarnação está no plano horizontal das quantidades externas – o renascimento espiritual está no plano vertical das qualidades internas. Aquela pode acontecer ao homem – este deve ser realizado pelo homem (‘EU SOU’). A verdadeira evolução, porém, ou autorrealização, não é um fato que aconteça ao homem – mas é uma conquista que o homem realiza. “O Reino dos céus está dentro de vós.”
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O fascínio do NIRVANA – integração ou diluição do eu
O fascínio do NIRVANA – integração ou diluição do eu? NIRVANA – o mais estranho e incompreensível de todos os fenômenos. Nirvana significa literalmente ‘extinção’. A imagem é tirada de uma lâmpada que se apaga ao sopro do vento (morte). A chama continua a existir como energia cósmica universal, difundida pela imensidade do espaço.
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Samadhi: literalmente ‘dirigir juntos’
Samadhi: literalmente ‘dirigir juntos’. Samadhi é um estado superconsciente beatífico, no qual o iogue percebe a identificação entre a alma individualizada e o Espírito Cósmico. Em Sabikalpa Samadhi o devoto alcançou a percepção de sua união com o Espírito, mas não pode manter sua consciência cósmica, exceto no estado imóvel de transe. Pela meditação contínua, atinge o estado superior de Nirbikalpa Samadhi, no qual pode movimentar-se livremente pelo mundo sem perder a percepção de Deus. (‘Em Deus eu vivo, me movo e tenho meu Ser.’)
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Samadhi: literalmente ‘dirigir juntos’
Samadhi: literalmente ‘dirigir juntos’. Samadhi é um estado superconsciente beatífico, no qual o iogue percebe a identificação entre a alma individualizada e o Espírito Cósmico. Em Sabikalpa Samadhi o devoto alcançou a percepção de sua união com o Espírito, mas não pode manter sua consciência cósmica, exceto no estado imóvel de transe. Pela meditação contínua, atinge o estado superior de Nirbikalpa Samadhi, no qual pode movimentar-se livremente pelo mundo sem perder a percepção de Deus. (‘Em Deus eu vivo, me movo e tenho meu Ser.’) NIRVANA: o estado de libertação atingido pelo ser humano ao percorrer sua busca espiritual; significa "extinção" no sentido de “cessação do sofrimento”; um estado eterno de graça. Os budistas lutam por libertar-se do ciclo do sansara ("vaguear infinito") e atingir o nirvana, um estado de pureza interior e liberdade que se alcança ao morrer. Nirvana significa "esfriar", com o sentido de que as chamas do engano, da cobiça e do ódio foram apagadas. Atingir o nirvana é possível, mas Buda rejeitava especulações sobre o que acontece depois disso. (Yogananda não fala sobre o nirvana em sua Autobiografia)
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Quando o ocidental deseja não existir mais é sempre por causa de uma insatisfação com o pouco que a vida lhe deu e o muito que lhe negou; a fuga do ocidental é um protesto contra a tirania ou injustiça de um destino adverso, aqui na terra. Certos orientais, porém, agem por motivo diametralmente oposto; não tentam escapar de uma vacuidade, mas procuram fugir de uma plenitude. É a plenitude da vida que os enfastia, que os oprime e atormenta; sentem-se opressos pela exuberância da natureza tropical que os envolve e invade de todos os lados. Estão cansados de ser parte integrante dessa luxúria vital de cada dia e de todos os anos; suspiram pela castidade do silêncio do não-existir, da solene sacralidade do nirvana inexistencial.
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Libertação! – é este o brado metafísico do oriental; deixar de ser essa interminável onda individual, na superfície do oceano universal, e voltar ao seio profundo e eterno do taciturno Ser Universal, liberto do fastidioso sansara de nascimentos, vidas, mortes, renascimentos e novas vidas e mortes sem fim. Para eles, nós, os ocidentais, somos umas crianças ingênuas que se divertem ainda com os pequenos e grandes nadas deste ilusório mundo objetivo.
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O senso nítido da individualidade autônoma, que caracteriza o homem ocidental, é, no oriental, substituído pela intuição da universalidade cósmica; ele não quer ‘existir’, quer apenas ‘ser’ – ‘apenas’? É o que parece aos ocidentais; mas, para ele, esse ‘apenas’ não tem sentido, porque o seu ‘ser universal’ lhe parece mil vezes mais real e rico do que todo o ‘existir individual’. Verdade é que nem todos têm consciência nítida desse ‘ser universal’ divorciado do ‘existir individual’; mas nem por isso deixam de se sentir por ele fascinados. Certos místicos orientais fogem do mundo para não se afogar no oceano da sua absorvente plenitude, e isto é para eles uma afirmação de força. As potencialidades do Eu jazem, incógnitas, nas profundezas da natureza humana, ainda pela maior parte como ‘terra inexplorada’; parece que o homem-ego deve morrer totalmente (não falência – mas morte fruto do bom combate) para que o homem-Eu possa viver plenamente.
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Certos filósofos orientais não possuem o senso forte e nítido da sua individualidade, e por isso identificam o nirvana com a extinção total da individualidade humana, a completa dissolução do Eu. Para esses, o nirvana seria uma espécie de eutanásia mística, graças à qual o indivíduo humano se diluiria totalmente no Universal Absoluto, no grande Todo Cósmico. Assim, como o dualista extremo comete uma espécie de violento suicídio quando se julga separado do Grande Todo, de modo análogo o panteísta radical comete uma suave eutanásia por uma (pretensa) identificação com Brahman. Tanto a separação como a identificação acarretam resultados mortíferos, seja pelo movimento centrífugo da excessiva distanciação, seja pelo movimento centrípeto da total identificação do finito com o Infinito.
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O ego personal e o ‘eu’ individual do homem “Inicia fazendo inferências sobre o que é o ‘ego’, e desenvolve brilhante analogia com o átomo, demonstrando de que é composto [prótons (+) e elétrons (-)], e indo à última instância para encontrar na Luz suas particularidades de atividade e passividade (matéria) , concluindo: ”
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Para além da extrema fronteira da Luz deve haver algo mais ativo, e, em última análise, a lógica nos obriga a chegar a um ponto último onde haja algo de infinita atividade e de zero passividade, ou seja, a Realidade Absoluta sem nenhum vestígio de irrealidade relativa. Isto, no plano do mundo material. Fato análogo se dá no plano do mundo mental O ‘átomo mental’ do nosso ego consciente não pode consistir em simples vibrações mentais ou atos conscientes, nem mesmo subconscientes. Por detrás desse ‘átomo mental’ do ego deve haver algo que lhe sirva de fundo de inerência, assim como a Luz física é o fundo em que inerem as vibrações polarizadas dos prótons e dos elétrons. E esse mesmo fundo de inerência, essa espécie de luz de que os nossos atos conscientes e subconscientes são filhos, também não pode ser auto-subsistente. ... Esse fundo ou substrato superconsciente, de que o ego é manifestação consciente ou subconsciente, é o Eu. Nessa ‘luz’ do Eu inerem e dela emanam os raios do Eu.
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Mas, assim como a Luz física supõe algo anterior a ela, e causa da mesma, de modo análogo o nosso Eu, embora causador do ego, também é causado por uma Realidade superior; não é autônomo, independente, mas heterônomo (sujeito a uma lei exterior ou à vontade de outrem), dependente, exigindo, em última análise, uma Realidade Absoluta como Causa-Prima. O ego não é, pois, ego subsistente em si mesmo nem separado do seu vasto substrato. O ego é um objeto derivado, que inere no sujeito do Eu, também derivado. Ambos, porém, inerem, ultimamente, numa Realidade não derivada.
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O intelecto, que só atinge certa fronteira, considera o ego como algo separado e auto-subsistente, criando a ilusão da ‘persona’ ou máscara. ... O real é o indivíduo (o ‘indiviso’), o fictício é a persona ou máscara. Dizem de mim que sou professor e escritor, mas eu não ‘sou’ nem isto nem aquilo, ‘funciono’ apenas, no plano horizontal, por meio desses atributos ou ‘personas’, no cenário da vida terrestre. Eu sou o meu Eu, o indivíduo, que desempenha, por algum tempo, o papel do ego personal de professor e escritor. Eu ‘tenho’ essa profissão transitória, mas eu não ‘sou’ permanentemente isto. Eu sou o meu EU individual, e não o meu ego personal. (‘EU SOU’ o ‘EU SOU’)
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Daqui a alguns anos ou decênios, não sei em que partes do Universo o meu EU permanente e central desempenhará a função transitória de algum outro ego periférico, quiçá de operário ou varredor de ruas, possivelmente também de embaixador ou chefe de Estado. Entretanto, sejam quais forem as minhas funções transitórias e personais, o meu EU permanente e individual será sempre o mesmo, inatingido pelas vicissitudes periféricas. O meu EU é eternamente idêntico a si mesmo. Jamais me pode divorciar do meu EU central, porque isto sou eu. Esse EU central, todavia, não é acessível ao intelecto analítico; dele só tem noção a minha razão intuitiva (mente). Para o intelecto só existe o ego, isolado, separado – para a razão existe o EU, unido e solidário com o Todo.
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Quando a inteligência cria o senso da autonomia do ego, abre a porta do ego-ísmo, isto é, ao culto ou idolatria do ego como sendo uma divindade autônoma. O pecado é essencialmente a ilusão intelectual do separatismo do ego, que, nessa ilusão, tenta proclamar a sua independência. O sentido primitivo de ‘pecado’ é ‘falha’, ‘desacerto’. Os livros sacros de todos os povos chamam ao ego personal, constituído de elementos físico-mentais, o ‘homem velho’, o ‘homem terreno’, o ‘homem externo’, o ‘inimigo’, o ‘escravo’ – ao passo que designam o EU individual/indiviso, racional-espiritual, como o ‘homem novo’, o ‘homem celeste’, o ‘homem interno’, a ‘nova criatura em Cristo’, o “EU SOU’.
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A autorrealização do homem não consiste na introdução de um elemento novo (ainda que conhecimento – MEDITAÇÃO), inexistente no homem, mas na evolução do EU central, sempre existente no homem, embora em estado embrionário e ignorado. A completa autorrealização do homem consiste, pois, na integração total do ego físico-mental no EU racional (Nirbikalpa Samadhi). Com essa integração do ego no EU atinge o ego a sua suprema perfeição – nasce o homem univérsico, cósmico, crístico.
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ESCUTA. EU SOU Tu, essa parte de ti que É e SABE
ESCUTA! EU SOU Tu, essa parte de ti que É e SABE. QUE SABE TODAS AS COISAS. Que sempre soube e sempre tem sido. Sim. EU SOU Tu, Teu próprio SER; o que em ti diz: EU SOU, e que é o EU SOU. Essa parte transcendente, e, ao mesmo tempo, mais profunda de ti, que, à medida em que vais lendo, desperta interiormente e responde a esta Minha Palavra, que percebe a Verdade nela contida; que reconhece a Verdade plena e abandona todo o erro onde quer que o encontre. Não aquela parte que se alimentava do erro por tantos e tantos anos. Porque EU SOU teu verdadeiro Instrutor, o único instrutor verdadeiro que haverás de conhecer e o único MESTRE. Eu, teu SER Divino. Eu, o teu EU SOU, trago até a ti esta Minha Mensagem, Minha palavra viva, tal como já tenho trazido para ti tudo na vida, seja um livro ou um “Mestre”, para ensinar-te que Eu, EU somente, teu próprio e Verdadeiro Ser, SOU teu Instrutor, o único Mestre e o único Deus, Quem está e sempre tem estado suprindo-te, não só do Pão e Vinho da Vida, senão também de tudo o que é necessário para teu crescimento físico, mental e espiritual, e para teu sustento.
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Pensamentos são forças poderosas Está cientificamente provado que pensamentos são coisas reais, em forma de energia ou forças, assim como o impacto de um martelo sobre a bigorna, ou como a corrente elétrica que se manifesta em força, luz ou calor, embora a eletricidade em si mesma seja invisível. Há pensamentos que envenenam e matam – e há pensamentos que dão saúde e vida mais abundante. Há pensamentos destruidores – e há pensamentos construtores.
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A física nuclear dos nossos dias provou que tanto mais real é uma coisa quanto menos material. O que é material possui um mínimo de realidade e um máximo de irrealidade. A substância material está, por assim dizer, apenas um grau acima do nada, porque a sua passividade é grande e sua atividade é pequena. (Reinos: mineral, vegetal, animal, elemental, hominal, angelical, anteroidal e búdico) A energia possui mais atividade e menos passividade. A luz, sobretudo a luz invisível, possui o máximo de atividade ou realidade e o mínimo de passividade ou irrealidade de todas as coisas do universo físico. O pensamento, sendo menos material que a matéria sólida, a energia e a luz, possui um poder maior que essas realidades físicas.
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Acima da força mental do pensamento está a força racional (ou espiritual) da experiência intuitiva. Segue-se que a força racional (‘EU SOU’) pode dominar: 1) a mente, 2) a luz, 3) a energia, 4) a matéria. Tudo é possível, neste mundo, àquele que tem a faculdade racional altamente desenvolvida (FÉ – expressão do ‘EU SOU’), porque as outras forças subalternas da natureza lhe estão sujeitas. Estas forças existem em nós (‘Poderes de Mente’), mas em estado de dispersão ou latência, e por isso não manifestam a sua força. (Exemplifica com a luz dispersa e concentrada pela lente, concluindo: )
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Coisa análoga acontece com a ‘lente mental’
Coisa análoga acontece com a ‘lente mental’. De fato, a nossa mente funciona como um lente: não produz causalmente o efeito, mas é a condição necessária para concentrar uma força e uma luz já preexistentes. Essa força e essa luz são o nosso Eu racional ou espiritual (‘EU SOU’), o qual, por sua vez, é uma individualização da Força e da Luz Universais. O infinito oceano de força e luz fora de mim existe em mim, no meu Eu central, como individualizado; a Essência divina está em mim em forma de existência humana, cujo centro íntimo continua a ser essa mesma Essência divina. A mente ou o intelecto é uma lente, um condensador e um canalizador dessa força e luz.
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Forças espirituais são forças positivas – ao passo que as forças mentais canalizadas pela mente podem ser positivas ou negativas, conforme o seu caráter dado pela vontade. O grau de pureza ou impureza das correntes mentais canalizadas depende da presença ou ausência do grau de egoísmo dessa mesma mente. Se ela se mantém isenta de qualquer laivo de egoísmo, então as águas fluem com absoluta pureza, e só podem produzir efeitos benéficos e construtivos. (Meditação Zazen, por exemplo.) A sabedoria está em que o homem conheça as leis eternas e sintonize o seu querer agir com essas eternas leis que regem o Universo.
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EU SOU este ponto de consciência focalizado em tua mente humana, que se chama a si mesmo ‘Eu’. EU SOU esse ‘Eu’, mas o que tu chamas tua consciência é, em realidade, Minha consciência, ainda que reduzida em proporção, a fim de adaptar-se à capacidade de tua mente humana. Porém, ainda assim, segue sendo Minha Consciência, e, quando puderes expulsar de tua mente todos os falsos conceitos, idéias e opiniões humanos e puderes limpá-la e esvaziá-la totalmente deles, para que Minha consciência possa achar condições propícias para expressar-se livremente, então Me reconhecerás e haverás de compreender que tu nada és, que não passas de um centro focal de Minha consciência, um canal ou veículo pelo qual Eu possa manifestar Meu significado, na matéria.
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Charles Francis Haanel
Catherine Ponder Segredos da cura de todos os tempos Florence Scovel Shinn O Jogo da Vida – como vencer esse desafio Charles Francis Haanel A Chave Mestra do sucesso Joseph Murphy O Poder do Subconsciente O Livro de Ouro de Saint Germain Relatos de um Peregrino Russo (“Livro de Elvis Presley”) Har Li Wu Tao ( Associação UNIDADE de Cristianismo Unity Church – Cristianismo Prático
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