AMBIGUIDADE Sandra Marjorie.

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1 AMBIGUIDADE Sandra Marjorie

2 Menino vê incêndio do prédio.
 A ambiguidade pode ser entendida como a possibilidade de uma palavra ou grupo de palavras possuírem mais de um significado, podendo, dessa forma, ser compreendida de diversas maneiras por um receptor. Menino vê incêndio do prédio. b) Macaco esquecido no porta-malas é motivo de confusão.

3 Observa-se que as sentenças acima admitem mais de um significado.
No exemplo (a) podemos ter as seguintes interpretações: o menino viu o incêndio de algo do prédio onde estava, ou o menino viu o prédio ser incendiado. Já no exemplo (b) podemos inferir que o substantivo macaco pode ser um aparelho mecânico utilizado para levantar pesos grandes, ou um animal (primata). Nessas sentenças analisamos que a ambiguidade não ocorre da mesma forma. Em (a) o contexto dá ideia de duplo sentido; em (b) o fator que determina o significado ambíguo é o substantivo macaco. A ambiguidade é o fenômeno que pode ser gerado em virtude de diversos fatores. Observemos agora algumas classificações atribuídas a ela.

4 Ambiguidade  É a "circunstância de uma comunicação linguística se prestar a mais de uma interpretação.” (CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Dicionário de linguística e gramática. Petrópolis: Vozes, 1986).  A função da ambiguidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de palavra e de construção.  A inadequação ou a má colocação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto.

5 Embora funcione como recurso estilístico, a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois compromete o significado da oração. Exemplo: " (...) os corpos do casal B serão exumados pela segunda vez nesta semana." (Folha de S.Paulo) Comentário: Os corpos serão exumados pela segunda vez, desde quando o inquérito começou; ou os corpos serão exumados duas vezes numa mesma semana, "nesta semana"? (Unicamp) Correção: “... Esta semana, os corpos do casal B serão novamente exumados. É a segunda vez que o procedimento se repete desde que o inquérito teve início.”

6 TIPOS DE AMBIGUIDADE

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9 Ambiguidade lexical Ocorre sempre que uma palavra admite pelo menos uma dupla interpretação num dado contexto, sendo que a mesma pode ser gerada por dois tipos de fenômeno: a homonímia e a polissemia. A homonímia – constitui a ambiguidade lexical as palavras homófonas, isto é, que apresentam a mesma grafia e sentido diferente (homógrafa) e o mesmo som com grafia e sentidos distintos. (homófonas). Ex.: Os ministros devem aterrar a qualquer momento. (aterrar = causar terror / aterrar = aproximar-se do solo).

10 Ambiguidade Sintática
2. Polissemia – constitui ambiguidade lexical as palavras polissêmicas, ou seja, que possuem mais de um sentido. Ex.: A rede foi cortada ontem à noite. (rede = rede de deitar, rede elétrica, rede de computadores, etc). Ambiguidade Sintática Ocorre quando apresenta problemas de ordem sintática quanto às funções que cada termo exerce nas orações. Na ambiguidade sintática há duplo sentido não em relação ao significado das palavras, mas em relação às funções dos termos.

11  Ex.: Eu li a notícia sobre a greve na faculdade.
Comentário Podemos interpretar esta sentença de duas formas: ou eu li a notícia estando na faculdade, ou a greve acontece na faculdade. Nota-se que a ambiguidade da sentença não é determinada pelo duplo sentido das palavras, mas pela funcionalidade dos termos. •Observe: “Não faça tempestade em copo d’água para homens”. (Folha de S.Paulo, 30 nov )

12 O título do livro anunciado parece sugerir que existe uma diferença entre copos d’água para homens e para mulheres. Essa interpretação pode ser feita porque a preposição para, que aparece logo após a expressão copo d’água, estabelece um vínculo entre ela e o substantivo seguinte (homens). A relação promovida pela preposição produz a interpretação equivocada de que o copo d’água referido no título seria destinado somente a homens, modificando o contexto de uso da expressão original: (não) fazer tempestade em copo d’água. Nessa expressão, o adjunto adverbial (em copo d’água) não aparece associado a nenhuma outra especificação. Exemplo: Para homens: Não faça tempestade em copo d’água.

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14  A ambiguidade é gerada pelo fato de os pronomes poderem ter diversos antecedentes. Por isso é chamada de ambiguidade semântica, pois é uma questão relacionada à correferencialidade. O ladrão roubou a casa de José com sua própria arma. José falou com seu irmão? • As interpretações possíveis são atribuídas ao tipo de ligação entre os pronomes das sentenças. Na primeira frase, o pronome “sua” pode estar anexado em uma ligação tanto com a palavra “ladrão”, quanto com a palavra “José”. Temos, então, dois acarretamentos distintos para a sentença: um em que o ladrão usou a própria arma para roubar a casa; e outro em que o ladrão usou a arma de José.

15 • Na segunda frase, podemos entender que o falante quer saber se o José falou com o próprio irmão ou com o irmão de quem escuta a pergunta. Portanto, o mau uso do pronome pessoal ou possessivo pode acarretar na indefinição sobre qual seu real referente. O pronome, como indica a própria palavra, serve para substituir algo que já foi mencionado (anáfora) ou será mencionado (catáfora), seu significado é totalmente dependente do reconhecimento da palavra a qual remete. Os pronomes pessoais oblíquos o e lhe podem causar dúvidas sobre a qual pessoa do discurso eles estão ligados, devido à evolução histórica dos termos no português brasileiro. Atualmente, ambos são utilizados tanto para mencionar a 2ª pessoa quanto a 3ª pessoa. Veja:

16 Eu o vi. (Eu vi você, “Eu vi ele” (sic)).
Eu lhe falei. (Eu falei para você, Eu falei para ele). Há casos em que há a certeza do pronome se referir a um elemento de 3ª pessoa, mas o mesmo ser dúbio na frase, como ocorre em “Orlando tinha o carro bem preparado; ninguém poderia vencê-lo naquela competição” (vencer o carro ou vencer Orlando?).

17 Os pronomes possessivos costumam também ser responsáveis por casos de ambiguidade em um texto, especialmente o pronome seu (e variações). Manuel foi ao cinema com sua mãe. (Mãe de quem? A mãe da pessoa com quem se está falando ou a mãe de Manuel?). Normalmente se evita a confusão utilizando o pronome dele, dela para a terceira pessoa ou de você, do(a) senhor(a) para segunda pessoa.

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19 Além das palavras grafadas de modo distinto, mas pronunciadas da mesma forma, há sequências de palavras que levam a identificá-las com outras palavras. Mais perceptível na linguagem oral, sua exploração pelo humor é recorrente: “Estas mulheres, como as concebo, são-me aprazíveis” . A expressão “como as concebo” pode soar como (como- as com sebo). “Não tem nada de errado a cerca dela”. Já em “Não tem nada de errado a cerca dela” pode haver uma ambiguidade fonética na expressão “cerca dela” que soaria como (ser cadela).

20 “Ele lutou por cada ponto” A expressão “por cada” pode soar como (porcada).
É bonita essa fada. Em “É bonita essa fada” temos uma ambiguidade sonora na frase como um todo, pois poderia soar como (bonita e safada).

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22 Outras situações que nos permitem múltiplas interpretações são as que se apresentam através das imagens. É possível verificarmos a ambiguidade por meio de fotos, desenhos, gravuras e etc.

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