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PublicouSimone Pereira Lameira Alterado mais de 7 anos atrás
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O RESPEITO AO SAGRADO: ATO DE AMOR E FÉ
MCC DIOCESE DE ARAÇATUBA 14/II/2017 Pe. Márcio
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INTRODUÇÃO PREOCUPAÇÃO DA IGREJA COM O SAGRADO
"A Igreja se considerou sempre, com razão, como árbitro das mesmas, discernindo, entre as obras dos artistas aquelas que estavam de acordo com a fé, a piedade e as leis religiosas tradicionais e que eram consideradas aptas para o uso sagrado" (Const.. Sacrosanctum Concilium, 122).
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O ABUSO AO SAGRADO Séculos VII-IX: aparecem os quebradores das imagens, os iconoclastas, que sucumbiram sob a verdadeira fé. Séculos XIV-XVI: alguns protestantes intentam reviver das cinzas a iconoclastia, recorrendo, para tanto, às Escrituras, ainda que de modo superficial. Séculos XX-XXI: com ascendência protestante o movimento reaparece, com força “ateia” (imagem de Aparecida, ações em MG, MA... )
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ARTE RELIGIOSA Reflete a vida religiosa do artista.
A virtude da religião tende a produzir no homem uma atitude substancialmente interna, de amor, submissão, de fé e esperança, e sobretudo, de adoração a Deus. Esteja destinada ao uso e finalidade de uma religião.
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ARTE SACRA Destina-se ao uso da liturgia, isto é, aquela que se ordena a fomentar a vida litúrgica nos fiéis Conduz a uma atitude religiosa genérica e se mostra apta a desencadear a atitude religiosa exigida pela Liturgia, ou seja para o culto divino.
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FUNÇÕES DA ARTE SACRA A Igreja procura com especial interesse que os objetos sagrados sirvam ao esplendor do culto com dignidade e beleza (matéria, forma e ornato). A Igreja nunca considerou como próprio nenhum estilo artístico, mas, esteja atenta ao tempo e aos povos e regiões, favorecendo construções e ritos sagrados com a devida honra e reverência Os ordinários, ao promover e favorecer a arte autenticamente sacra, busquem mais uma nobre beleza que a mera sumptuosidade. Isto há de se aplicar também às vestes e ornamentação sagradas. Procurem cuidadosamente os Bispos que sejam excluídas dos templos e dos demais lugares sagrados aquelas obras artísticas que repugnam a fé, os costumes e a piedade cristã e ofendam o sentido autenticamente religioso, seja pela insuficiência, a mediocridade ou falsidade da arte. Atenção especial para construção de ambientes religiosos! (Const. Sacrosanctum Concilium, ).
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ORIGEM DA ARTE CRISTÃ Arte paleocristã ou arte cristã primitiva é o conjunto da arte, arquitetura, pintura e escultura produzido por cristãos ou sob o patrocínio cristão desde o início do século II até o final do século V. Não há arte cristã sobrevivente do século I. Após aproximadamente o final do século V a arte cristã mostra o início do estilo artístico bizantino. Os primeiros indícios claros na afirmação de um estilo próprio cristão surgem em inícios do século II, sendo seu expoente as pinturas, murais nas catacumbas romanas, lugar de culto e refúgio cristãos. Normalmente os primeiros cristãos representavam o corpo humano de maneira proporcional e bidimensional, por vezes adaptando elementos da arte pagã, e obviamente harmonizando-os com os ensinamentos cristãos, bem como também desenvolveram sua própria iconografia, por exemplo, símbolos como o peixe (Ictus).
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ETAPAS PRIMITIVAS Três primeiros séculos Arquitetura Mosaico Iluminura
2.1A basílica cristã 2.2Cristianização da basílica romana Mosaico Iluminura Escultura 5.1Dípticos de marfim 5.2Bustos
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A mais antiga imagem conhecida de Maria com o Menino Jesus
A mais antiga imagem conhecida de Maria com o Menino Jesus. (século II, Catacumbas de Santa Priscila, Roma)
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ARQUITETURA CRISTÃ A Basílica de Constantino em Tréveris
Piso em mosaico da Igreja da Natividade, em Belém
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ILUMINURA – GÊNESIS DE VIENA
Elevada importância no processo de manutenção e propagação das escrituras. Acompanhando este aumento produtivo está também o desenvolvimento da técnica da produção dos suportes para manuscritos.
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ESCULTURA Nos dois primeiros séculos há poucas esculturas e estátuas, uma vez que elas eram mais difíceis de confeccionar, e custavam mais caro, no entanto, a partir do século III surgem diversos exemplos de seu uso pelos fiéis. No século IV, São João Crisóstomo escreveu sobre a distribuição de estátuas de São Meleto de Antioquia, e Teodoreto de Ciro, e relata que retratos de Simeão eram vendidos em Roma.
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ICONOCLASTIA Iconoclastia ou Iconoclasmo (eikon, "ícone", imagem, e klastein, "quebrar", portanto "quebrador de imagem") foi um movimento político-religioso contra a veneração de ícones e imagens religiosas. Contexto do Império Bizantino que começou no início do século VII e perdurou até ao século IX. Os iconoclastas acreditavam que as imagens sacras seriam ídolos, e a veneração e o culto de ícones por consequência, - idolatria.
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CAUSAS DA ICONOCLASTIA
Associação com o judaísmo e o Islã: justificando-se pela atitude negativa para com os ícones, assim facilitando a subordinação dos povos do império que professavam essas religiões. A luta contra a influência da igreja: Até o século VIII, a influência da Igreja no império cresceu substancialmente, havendo um aumento significativo na quantidade de propriedades da Igreja e dos mosteiros. Por esta razão, os imperadores iconoclastas desejavam desviar recursos humanos e dinheiro da igreja para o Estado. Uma vez que a influência econômica dos mosteiros provinha principalmente da confecção de imagens, foi proibida sua fabricação e veneração, bem como muitas propriedades e mosteiros foram confiscados.
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ICONODULIA Em oposição a iconoclastia existe a iconodulia ou iconofilia (do grego que significa "venerador de imagem"), ao qual defende o uso de imagens religiosas. "não por crer que lhes seja inerente alguma divindade ou poder que justifique tal culto, ou porque se deva pedir alguma coisa a essas imagens ou depositar confiança nelas como antigamente faziam os pagãos, que punham sua esperança nos ídolos [cf. Sl 135, 15-17], mas porque a honra prestada a elas se refere aos protótipos que representam, de modo que, por meio das imagens que beijamos e diante das quais nos descobrimos e prostamos, adoramos a Cristo e veneramos os santos cuja semelhança apresentam.
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DÉCADAS ICONOCLASTAS Em 730, o imperador Leão III, o Isáurio proibiu a veneração de ícones. CONSEQUENTE DESTRUIÇÃO DE MILHARES DE ÍCONES, MOSAICOS, AFRESCOS, ESTÁTUAS, PINTURAS, LIVROS, ORNAMENTOS. 754, apoiado pelo imperador Constantino V, combate aos iconoclastas. Em 787 o Segundo Concílio de Niceia aprovou o dogma da veneração dos ícones, e recuperou a união com a Igreja Ocidental. Em 813, Leão V, o Arménio, renovou a iconoclastia. Durante a regência da imperatriz Teodora, o iconoclasta patriarca de Constantinopla João VII foi deposto, e em seu lugar erguido o defensor da veneração Metódio I. Sob a sua presidência em 843, ocorreu outro concílio, que aprovou e subscreveu todas as definições do Segundo Concílio de Niceia e novamente excomungou os iconoclastas. Ao mesmo tempo foi definido (em 11 de março, data da reunião do concílio em 843) a proclamação da memória eterna da ortodoxia e o anatematismo contra os hereges, ainda realizada na Igreja Ortodoxa atualmente como o "Domingo da Ortodoxia" (ou "Triunfo da Ortodoxia")
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“Por que nós, católicos, temos imagens de quem adoramos, ou seja, de Deus? De onde nasceu essa ideia?” O uso de imagens e quadros religiosos em igrejas e dentro de casa é muito difundido desde tempos imemoriais. A questão das imagens sagradas costuma ser bastante polêmica; e na relação entre a Igreja e as pessoas que pretendem seguir a Cristo fora dela, a polêmica se acirra mais ainda, porque essas pessoas, entre muitos outros erros, acham que a Igreja católica adora imagens, o que não é verdade. Para esclarecermos o assunto, vamos repassar a história sagrada. Comecemos observando que, no Antigo Testamento, era severamente proibido o culto a todo tipo de imagens ou representações plásticas da divindade.
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ELEMENTOS BÍBLICOS: CONTRADIÇÃO OU ESCLARECIMENTO?
O primeiro mandamento do decálogo afirma com palavras contundentes: “Não farás para ti outros deuses diante de mim. Não farás escultura nem imagem alguma… Não te prostrarás perante elas nem lhes darás culto, porque eu, Javé, teu Deus, sou um Deus cioso…”. (Ex 20, 3-5). Fica proibido, portanto, todo tipo de imagens apresentadas como divindade. Esse mandamento começa dizendo: “Não farás para ti outros deuses diante de mim”. Ou, dito de outra maneira: “Não faças nenhum ídolo”. Apesar desta proibição tão clara, porém, e imediatamente depois de prometer que iria cumprir a lei, o povo fabrica um bezerro de ouro e o adora como se fosse um deus: “Este é o teu Deus, Israel, aquele que te tirou do Egito” (Ex 32,8). Era justamente contra isso que Deus tinha advertido o seu povo. E é por causa deste pecado de idolatria que Deus decide destruir o povo. Só a intercessão de Moisés consegue a piedade e o perdão de Deus (Ex 32, 1-14). E Deus dá um alerta aos israelitas também quanto às imagens que eles venham a encontrar entre os povos pagãos: “Queimareis as esculturas dos seus deuses e não cobiçareis o ouro nem a prata que as recobrem” (Dt 7,25). Naturalmente, esta proibição permanece de pé no Novo Testamento com a mesma intenção e com o mesmo objetivo.
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A Bíblia mostra que os cristãos também evitaram o uso de imagens que pudessem ser objeto de adoração. São Paulo diz, em seu discurso em Atenas: “Se somos estirpe de Deus, não podemos pensar que a divindade se pareça com imagens de ouro ou de prata ou de pedra, esculpidas pela destreza e pela fantasia de um homem” (At 17, 29). O apóstolo São João também declara: “Filhos meus, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5,21). Para a Igreja nascente, é bem claro que a adoração deve ser tributada somente a Deus. Por isso, no Império Romano, muitos cristãos foram martirizados: por se recusarem a adorar os ídolos.
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IDOLATRIA: ADORAÇÃO OU VENERAÇÃO?
Agora, levemos em conta que os ídolos não são necessariamente esculturas ou imagens. Também há ídolos imateriais, sutis e muito capazes de nos absorver, nos quais nos refugiamos e colocamos a nossa vã segurança. São ídolos que conservamos bem escondidos em nosso íntimo: a ambição material, o desejo de celebridade, o afã de poder, a sexualidade desordenada, a ilusão de ser os únicos amos da nossa vida, algum pecado ao qual estamos especialmente apegados e muitos outros ídolos afins. Em todos os casos, qualquer ídolo nos afasta de Deus e nos distrai do nosso autêntico objetivo de vida: a salvação. PARA PENSAR: TEORIA DOS ÍDOLOS DE FRANCIS BACON
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ADORAÇÃO A DEUS Adoração é o culto que prestamos exclusivamente a Deus
“Adorar a Deus é reconhecê-Lo como tal, Criador e Salvador, Senhor e Dono de tudo quanto existe, Amor infinito e misericordioso. ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’ (Lc 4, 8) – diz Jesus, citando o Deuteronômio (Dt 6, 13)” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2096). A adoração é chamada de “culto de latria” (do grego latreou, que significa “adorar”). “Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o ‘nada da criatura’” (idem, n. 2097).
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VENERAÇÃO É HONRA! Venerar é o culto prestado aos santos e às imagens e relíquias que os representam Venerar significa honrar; é chamado de “culto de dulia” (do grego douleuo). Também recebe o culto de dulia a Palavra de Deus, ou melhor, os sinais da Palavra de Deus, especialmente a Sagrada Escritura, o evangeliário e o lecionário (esses últimos livros litúrgicos possuem partes da Palavra de Deus contida nas Sagradas Escrituras). Existe também o “culto de hiperdulia”, que é prestado a Nossa Senhora. A veneração, por sua vez, tem sentido quando se refere a honrar uma pessoa ou um objeto que nos remete a Deus. Claro, fora do âmbito religioso existe a prática de venerar e honrar pessoas, lugares, entre outros. Porém, a veneração, enquanto culto cristão, é um sinal que nos remete a Deus e Seu chamado de conversão a nós. A veneração é um culto, muitas vezes, incompreendido pelos protestantes e evangélicos; e muitas vezes, a falta de conhecimento e formação de alguns fiéis católicos em nada ajuda esses nossos irmãos nesse sentido. Contudo, muitas vezes, mesmo sem o saber, eles também veneram sinais que os remetem a Deus, e nisso fazem confusão maior ainda.
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A PALAVRA E OS SINAIS CONSTRUÍDOS
"Farás dois querubins de ouro polido nas duas extremidades do propiciatório: um de cada lado, de modo que os querubins estejam nos dois extremos do propiciatório" (Ex 25, , 7). "'Faze uma serpente venenosa e coloca-a sobre uma haste. Aquele que for mordido, mas olhar para ela ficará com vida'. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a sobre um poste" (Nm 21, 8-9). "O altar do incenso devia conter certo peso de ouro refinado. O projeto também descrevia o carro dos querubins de ouro, que com as asas estendidas cobrem a arca da aliança do Senhor. Davi declarou: 'tudo isso me chegou num escrito da mão do Senhor'" (1 Cr 28, 18-19). "No santíssimo, Salomão mandou instalar dois querubins de madeira de oliveira de dez côvados de altura. Salomão revestiu os querubins de ouro. Mandou também esculpir, nas paredes em redor do templo, figuras variadas: querubins, palmas, cálices de flores " (1 Rs 6, 23-38). "Dentro e fora do Templo, em volta de todas as paredes internas e externas, tudo estava coberto de figuras, querubins e palmeiras" (Ez 41, 17-18). "Estavam aí o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, toda recoberta de ouro, na qual se encontrava uma urna de ouro que continha o maná, o bastão de Aarão que tinha florescido, e as tábuas da aliança. Sobre a arca estavam os querubins da Glória, que com sua sombra cobriam a bandeja para o sangue da expiação" (Hb 9, 4-5).
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HÁ CONTRADIÇÃO? Indubitavelmente, Deus não se contradiz – senão seria apenas mais um 'deusinho', "feito por mãos humanas" (Sl 113, 4), e não o verdadeiro Deus. O problema tem seu início quando a Bíblia é lida por meio de versículos isolados, sem a necessária unidade de toda a Escritura, e quando sua interpretação é submetida inteiramente ao leitor, posto como 'autoridade máxima' do exame bíblico.
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PARA CONCLUIR O primeiro mandamento condena o politeísmo. Exige do homem que não acredite em outros deuses além de Deus, que não venere outras divindades além da única. Ensina, ademais, o Catecismo: “A idolatria não diz respeito apenas aos falsos cultos do paganismo. Continua a ser uma tentação constante para a fé. Ela consiste em divinizar o que não é Deus. Há idolatria desde o momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus”. Atenção para as palavras: "uma criatura em lugar de Deus"!
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