DETERMINAÇÃO DE MANGANÊS, COBRE E FERRO EM ALGAS UTILIZADAS NA CULINÁRIA ORIENTAL UTILIZANDO A TÉCNICA DE ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO.

Apresentação em tema: "  DETERMINAÇÃO DE MANGANÊS, COBRE E FERRO EM ALGAS UTILIZADAS NA CULINÁRIA ORIENTAL UTILIZANDO A TÉCNICA DE ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO."— Transcrição da apresentação:

1   DETERMINAÇÃO DE MANGANÊS, COBRE E FERRO EM ALGAS UTILIZADAS NA CULINÁRIA ORIENTAL UTILIZANDO A TÉCNICA DE ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA Camilla Gomes Mascarenhas, Karina da Silva Santos, Luiza Novaes Alves Pereira, Eduardo Hideki Oshiro (Orientador), Kerley Cristiane Victorino Romão (Coorientador) Objetivo Resultados Outro objetivo do projeto foi comparar os resultados da quantificação de cada um dos metais com o Regulamento Técnico do CEVA (Centro de estudos e promoções de algas) da França e a partir disso, realizar um levantamento estatístico comparativo sobre a quantidade de metais que cada alga apresentava, estabelecendo relações com o local onde são cultivadas, dentre outros fatores. Nesse estudo, foi realizada a determinação de Manganês, Cobre e Ferro em espécies de algas disponíveis no mercado popular. Foram analisadas três espécies de macroalgas, sendo elas: Laminaria Japonica (Kombu), Undaria pinnatifida (Wakame), Porphyra tenera (Nori), todas importadas da China. Para a avaliação dos contaminantes, foi utilizado o Espectrofotômetro de Absorção Atômica. Saccharina Japonica Kombu Porphyra Tenera Nori Undaria Pinnatifida Wakame Fonte: Camilla Gomes Fonte: Lim. Máx. Mn Regulamento CEVA Wakame Kombu Nori 2,3 0,73 9 Amostras adquiridas no bairro da Liberdade, em São Paulo Problemática Fonte: Camilla Gomes Atualmente, um assunto que vem preocupando os ambientalistas é a poluição marinha por meio de resíduos químicos despejados na água. Os descartes indevidos são realizados principalmente pelas indústrias em geral, que utilizam diversos metais pesados, compostos aromáticos e organoclorados em suas linhas de produção, porém não destinam seus resíduos da maneira correta. Um exemplo atual é a poluição aquática na China, onde alguns alimentos como as algas, são cultivados. Lim. Máx. Fe Regulamento CEVA Wakame Kombu Nori 38,3 38,9 267 Fonte: Hipótese Suspeita de contaminação de alimentos por metais presentes nas águas; Absorção dos contaminantes pelas algas utilizadas na culinária oriental; Possível problema de controle de qualidade dos alimentos no Brasil e na China. Fonte: Camilla Gomes Lim. Máx. Cu Regulamento CEVA Wakame Kombu Nori 5,5 0,22 1,8 Após a realização das análises, foi constatada a presença de todos os metais de interesse nas algas (representados os valores médios nos gráficos acima), sendo o Ferro o metal que se apresentou em maior quantidade em todas elas, seguido do Manganês, e depois do Cobre. Provavelmente isso deve ter ocorrido porque o Ferro é utilizado como fonte de nutriente para o desenvolvimento de alguns organismos vivos, por isso se apresenta em grandes quantidades em alguns alimentos. Nos dados obtidos foram aplicados os seguintes testes estatísticos: - Teste F: Permite que observemos o quanto nossos resultados variaram entre si; - Box Plot: Permite por meio de um gráfico uma melhor visualização da variação dos dados; - Teste T: Permite que observemos o quanto a quantidade de metais encontrados variou; - ANOVA: Permite que comparemos vários fatores de uma só vez, por meio de uma única aplicação. Com os testes estatísticos, pôde-se concluir que há diferenças significativas tanto nas médias quanto na variação dos resultados de cada metal nas algas, ou seja, as algas apresentaram quantidades estatisticamente diferentes dos metais analisados. Uma explicação para isso é que como se trata de indivíduos biológicos, alguns fatores como a absorção de metais por exemplo, não são controláveis, fazendo com que algumas partes desses indivíduos contenham maiores quantidades do que outras, causando variação no resultado final da maioria das análises. Outro fator importante a ser ressaltado, foi que os metais Cobre e Manganês, teoricamente os mais prejudiciais à saúde dentre os metais analisados, foram identificados em quantidades acima dos limites estabelecidos pelo Regulamento nas Algas Wakame e Kombu. Felizmente, a Alga Nori, uma das mais consumidas por ser utilizada para o preparo de Temakis e Sushis, apresentou quantidades dos metais dentro dos limites estabelecidos. Macroalgas Podem ser definidas como “algas que são visíveis a olho nu”; Servem como refúgio ou abrigo para alguns animais; São aproveitadas como alimento para animais herbívoros; As macroalgas são organismos capazes de absorver nutrientes presentes no ambiente aquático, pois ocorre uma ligação entre os íons dos metais com os diferentes grupos funcionais de seu organismo. Conclusão Foi constatada a presença de todos os metais de interesse nas algas; Grande maioria dos conjuntos de dados apresenta diferenças significativas tanto nas médias quanto nas variâncias dos resultados; As algas apresentam quantidades estatisticamente diferentes dos metais analisados; O Cobre e o Manganês apresentaram-se acima dos limites estabelecidos pelo Regulamento Técnico em algumas algas. Fonte: Camilla Gomes Metodologia Trituração e pesagem das algas Calcinação Preparo de soluções Análise espectrofotométrica Levantamento estatístico Referências Bibliográficas COSTA, Catarina Sofia Guedes Da. Caracterização química de algas disponíveis comercialmente para consumo humano f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Química, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal, 2014. FRANÇA. CEVA. . Informações Gerais, Técnicas e Científicas sobre Algas Comestíveis utilizadas como Alimentos Vegetais, Condimento ou suplemento alimentar Disponível em: < Acesso em: 23 out HARRIS, Daniel C.. Estatística. In: HARRIS, Daniel C.. Análise Química Quantitativa. 7. ed. Rio de Janeiro: Ltc, Cap. 4. p MENDHAN, J et al. Estatística: introducão à quimiometria. In: MENDHAN, J et al. Análise Química Quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc, Cap. 4. p SKOOG; WEST; HOLLER; CROUCH, Fundamentos de química analítica. ed.8, Thomson, p , 2005. Fonte Imagens: Luiza Novaes Senai Fundação Zerrenner