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Instituto de Economia – UFRJ Seminário de Pesquisa PPGE Abril-2016

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Apresentação em tema: "Instituto de Economia – UFRJ Seminário de Pesquisa PPGE Abril-2016"— Transcrição da apresentação:

1 Instituto de Economia – UFRJ Seminário de Pesquisa PPGE Abril-2016
Produção, oferta e circulação de moedas “nacionais” de ouro no Brasil ( ) Fernando Cerqueira Lima (IE/UFRJ/Bolsa CAPES) Rita Martins de Sousa (CSG-GHES/ ISEG /UL)

2 (A demanda por moeda era maior do que oferta de moeda?)
Objetivo Contribuir para o debate sobre os níveis de monetização da economia brasileira ao longo do século XVIII A moeda era escassa? (A demanda por moeda era maior do que oferta de moeda?) Haveria demanda por moeda? (Mercado interno & comércio exterior)  É possível mensurar a oferta de moeda metálica do séc. XVIII?

3 D. T. VIEIRA “[O] produtor não necessitava de numerário, porque o pagamento do trabalho se reduzia à manutenção do escravo (...) Os próprios feitores e empregados qualificados recebiam principalmente in natura (...) A moeda, existindo em pequena quantidade, só se acumulava nas cidades mais importantes e ali mesmo somente nas mãos dos mais ricos; estes, por sua vez, não tendo necessidade de um intermediário de trocas, dada a rarefação da população e a exigüidade de suas necessidades, mais a entesouravam do que a faziam circular”

4 C. FURTADO As relações monetárias apenas entre os senhores de engenho e homens de negócio: exportação significava entrada de moeda, que era gasta com importações (escravos, bens de consumo, insumos e bens de capital) Não haveria escassez de moeda, porque não havia mercado interno; se as exportações diminuíssem, as importações também diminuiriam: havia um “ajuste automático”, que só teria sido interrompido quando, no século XIX, o setor exportador passou a gerar efeitos multiplicadores internos

5 Hipóteses de investigação
1 – As queixas sobre escassez, ou falta de moeda metálica seriam devidas a: Qualidade da circulação (moeda de troco, lei de Gresham, cerceio, falsificação) e não da quantidade; Dificuldades fiscais 2 – A construção do mercado interno terá exigido a monetização das trocas  o crescimento da demanda por moeda terá provocado um aumento da oferta de moeda (metálica)

6 Metodologia Mensurar as cunhagens (fluxo) de moeda nacional de ouro nas casas da moeda do Brasil Mensurar a retenção dessas moedas no Brasil = total cunhado menos o total remetido para Lisboa Calcular a acumulação (estoque) dessas moedas ao longo do período, o que permite estimar preliminarmente a oferta desta moeda

7 Sistema monetário no Brasil colonial
Bimetalismo  preço do ouro e da prata fixo em unidades de conta Séculos XVI & XVII: predomínio da prata; desvalorizações Século XVIII: predomínio do ouro; estabilidade Meios de pagamento: Açúcar (séculos XVI e XVII) Algodão (Estado do MA & Grão-Pará até 1750) Ouro em pó e ouro em barra: regiões mineiras Moeda metálica (ouro, prata e cobre)

8 Meios de troca e de pagamentos
Portugal & Brasil: Não havia bancos de compensação Letras de câmbio eram simples meios de troca? Meios de pagamento: Açúcar (séculos XVI e XVII) Algodão (Estado do MA & Grão-Pará até 1750) Ouro em pó e ouro em barra: regiões mineiras Moeda metálica (ouro, prata e cobre)

9 Sistema monetário no Brasil colonial (cont.)
Moeda metálica: moedas nacionais e provinciais Moeda provincial: desvalorizada em relação à moeda nacional : Casas da Moeda produzem apenas moeda provincial : Casas da Moeda produzem quase exclusivamente moedas de ouro nacionais

10 Oferta de moeda nacional (no Brasil)
Amoedação nas casas da moeda do RJ, BA e MG (-) Remessas de moeda nacional para Portugal em transações comerciais ou remessas unilaterais (Estado e particulares) (+) Exportações brasileiras recebidas em moeda nacional & transferências por agentes privados para o Brasil (-) Perdas por desgaste

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12 Tabela 1 –Cunhagem no Brasil, 1703-1806 (contos)
Rio de Janeiro(1) Minas Gerais(2) Bahia(3) TOTAL 3.135 1.697 9.068 2.796 11.864 10.415 4.960 15.375 4.789 11.755 3.393 19.937 4.859 13.850 2.739 21.448 10.864 672 3.408 14.944 16.136 4.449 20.585 16.042 5.666 21.708 17.184 4.387 21.571 15.424 2.824 18.248 16.015 2.531 18.546 12.283 2.437 14.720 12.375 1.903 14.278 11.617 1.334 12.951 11.343 1.009 12.352 9.270 628 9.898 7.397 583 7.980 7.101 363 7.464 5.969 2.494 26.277 45.410

13 Relação entre remessas e amoedação de moeda nacional de ouro (1719-1806) (em %)

14 por origem geográfica (1719-1807) (em %)
Figure 3 – Peso das remessas na amoedação de moeda nacional de ouro por origem geográfica ( ) (em %)

15 Razões para não remeter moeda (legalmente)
Cerca de 20% das moedas cunhadas no Brasil não foram remetidas legalmente para Portugal Remessas ilegais: contrabando e operações de arbitragem  Era mais lucrativo “desencaminhar” ouro em pó do que moeda Superávits em moeda metálica do Balanço de Pagamentos (bens & serviços; transferências…) Demanda por moeda para transações domésticas (investimento e consumo) e preferência pela liquidez (entesouramento)  Renascimento agrícola; mercado interno…  “Interiorização da metrópole”?

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17 Oferta de moeda metálica no início do século XIX
1800 c. = 50 mil contos (forte elevação nas décadas de 1780 e 1790)  Considerando desgaste de 0,25% a.a. = 46 mil contos Literatura: circulação monetária = 10 mil contos, dos quais 2/3 em moedas de ouro Oferta de moeda per capita em 1800 c. (em réis) UK (M1) = 20 mil Portugal (M0) = 27 mil Brasil (M0) = 14 mil

18 Considerações finais Conclui-se que os níveis absolutos afiguram-se elevados, o que indicaria que, de um modo geral, a atividade econômica não teria sido afetada pela “escassez” de moeda metálica Ao longo do século XVIII, a crescente demanda por moeda teria sido atendida pela crescente oferta de moeda metálica (criação endógena de moeda) A partir do final da década de 1790, a oferta nominal de moeda deixou de crescer, o que talvez ajude a explicar os relatos sobre falta de moeda no início do século XIX


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