Matéria: história do brasil colonial

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1 Matéria: história do brasil colonial
Matéria: história do brasil colonial assunto: revoltas coloniais objetivo: permitir que ao término das aulas possamos conhecer e compreender as principais revoltas ocorridas no períod0 colonial, verificar suas causas e motivações e refletir sobre as suas conse-quências para a região colonial.

2 Sumário 1. antecedentes descoberta do novo mundo e do brasil 1.2. a expansão da américa portuguesa 1.3. as missões jesuíticas. 1.4.As bandeiras e a exploração mineradora 1.5. a economia colonial 2. a crise no império 3. ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO 4. REVOLTA DA CACHAÇA 5. CONJURAÇÃO DE NOSSO PAI 6. A REVOLTA DOS BECKMAN (1684) 7. a guerra dos emboabas ( ) 8. REVOLTA DO SAL 9. a guerra dos mascates ( ) 10. MOTIM DO MANETA a revolta de felipe dos santos (1720) 12. a conjuração mineira (1789) 13. a conjuração CARIOCA OU DO RJ 14. CONJURAÇÃO BAIANA

3 15. outros movimentos coloniais de contestação. 16. conclusão. 17
15. outros movimentos coloniais de contestação conclusão verificação antecedentes a descoberta do novo mundo e do brasil (vídeos do telecurso – AULAS 4/5)

4 CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

5 1.2. A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA (tele curso – aulas 7e 11) -SÉCULO XVI: COLONIZAÇÃO LIMITAVA-SE ÀS ÁREAS DO LITORAL (DEFESA); UNIÃO IBÉRICA ( ) : BRASIL ALVO DE INVASÕES HOLANDESAS E INGLESAS. -SURGIMENTO DE NOVAS ATIVIDADES ECONÔMICAS ALÉM DO PAU-BRASIL E DO AÇUCAR ESTIMULAM O AVANÇO DO COLONO PARA O INTERIOR E AM PLIAR AS FRONTEIRAS IMPOSTAS PELO TRATADO DE TORDESILHAS; -DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA: INÍCIO = GADO SOLTO JUNTO DOS CANA- VIAIS (NECESSIDADES DE ALIMENTO ,COURO PARA ARTEFATOS, TRANSPORTE DE MERCADORIAS E PESSOAS , TRAÇÃO NAS MOENDAS DOS ENGENHOS) +9

6 A a ATIVIDADE SECUNDÁRIA: CONSIDERADA PROBLEMA PARA A ATIVIDADE DO A- ÇUCAR: ANIMAIS DESTRUINDO A PLANTAÇÃO. GADO NO LITORAL PROIBIDO EM 1701 PELA COROA PORTUGUESA. SOLUÇÃO: FAZENDAS NO INTERIOR (PARAÍBA, RN, CE, PI, CE e MA)

7 A NO SUL: A PECUÁRIA DESENVOLVEU-SE A PARTIR DO SÉCULO XVIII (GADO SOLTO

8 PELOS CAMPOS DA BACIA DO PRATA
PELOS CAMPOS DA BACIA DO PRATA. DA MESMA FORMA DO NORDESTE, A PECUÁRIA OCUPAVA GRANDES ÁREAS , FORMANDO AS CHAMADAS “ESTÂNCIAS” . -OBJETIVOS INICIAL: PRODUÇÃO DE COURO. -SÉCULO XVIII: INDÚSTRIA DO CHARQUE (CARNE SALGADA AO SOL) PARA A RE- GIÃO DAS MINAS. O SUL SE TRANSFORMA NO MAIOR FORNECEDOR DE COU- RO, ANIMAIS E CHARQUE DA COLÔNIA E NA CRIAÇÃO DE CAVALOS E MULAS. A CRIAÇÃO DO GADO IMPULSIONOU O MOVIMENTO TROPEIRO E A CRIAÇÃO DE CAMINHOS QUE LIGAVAM AS ÁREAS PRODUTORAS AOS CENTROS DE CO- MÉRCIO OU FEIRAS (SOROCABA – SP; VACARIA-RS; LAGES-SC E ITAPETININGA)

9 1.3. AS MISSÕES JESUÍTICAS (A AÇÃO MISSIONÁRIA) - A AÇÃO DA IGREJA CATÓLICA EXERCIDA PELOS PADRES DA COMPANHA DE JESUS (JESUÍTAS), ORDEM RELIGIOSA FUNDADA POR INÁCIO DE LOYOLA EM 1534; - AS CAPITANIAS DE SÃO VICENTE E DA BAHIA FORAM OS PRIMEIROS NÚCLEOS DE SUA AÇÃO EVANGELIZADORA. - NA BAHIA, CHEGARAM JUNTO COM O PRIMEIRO GOVERNADOR GERAL , TOMÉ DE SOUSA, EM MONOPÓLIO DA ATIVIDADE DE CATEQUESE DOS ÍNDIOS (PADRE MANUEL DA NÓBREGA).

10 - 1ª ESCOLA-SEMINÁRIO FUNDADA EM SÃO VICENTE PELO PADRE LEONARDO NUNES COM O OBJETIVO DE FORMAR SACERDOTES E INSTRUIR TODOS. -OUTROS COLÉGIOS SÃO FUNDADOS E NO PLANALTO DE PIRATININGA, OS JE- SUÍTAS JOSÉ DE ANCHIETA E PADRE MANOEL DA NÓBREGA FUNDARAM EM O COLÉGIO DE SÃO PAULO. - NO RIO DE JANEIRO, A CONSTRUÇÃO DO PRIMEIRO COLÉGIO JESUÍTA COME- ÇOU EM 1567, PELA AÇÃO DOS JESUÍTAS INÁCIO DE AZEVEDO E NÓBREGA. - NO SÉCULO XVII, OS JESUÍTAS CHEGARAM EM PERNAMBUCO, CEARÁ, PIAUÍ, PARÁ E NO MARANHÃO (COLÉGIOS EM OLINDA-1576; SÃO LUÍS -1622; BELÉM – 1626 E RECIFE (1655). NO SUL, AS AÇOES MISSIONÁRIAS FORAM INICIADAS PELOS JESUÍTAS ESPANHÓIS, EM 1635, NA ALDEIRA DE CAIBI, PRÓXIMO À ATUAL CIDADE DE PORTO ALEGRE. A

11 -OS PADRES JESUÍTAS CRIARAM EM DIVERSOS LOCAIS DA COLÔNIA ALDEAMENTOS CONHECIDOS COMO MISSÕES OU REDUÇÕES. - EVANGELIZAÇÃO POR MEIO DE MISSAS, BATISMOS, MÚSICAS, TEATROS E OUTROS AFAZERES DA LITURGIA CATÓLICA. COMBATE À ANTROPOFA- GIA E À POLIAMIA TRANSFORMANDO OS HÁBITOS E A CULTURA PRIMI- TIVA. -UTILIZAÇÃO DA LÍNGUA NATIVA NAS CELEBRAÇÕES, AULAS DE CANTO E PEÇAS TEATRAIS, TRADUÇÃO DE OBRAS RELIGIOSAS PARA O GUARANI. -UTILIZAÇÃO DO ÍNDIO NAS TAREFAS AGRÍCOLAS E ARTESANAIS, CONS- TRUÇÃO E IGREJAS E EDIFICAÇÕES, PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS E CRIAÇÃO DE ANIMAIS (DESCARTE DE INSTRUMENTOS MU- SICAIS NATIVOS).

12 - EXPLORAÇÃO COMERCIAL EXPLORADA PELOS JESUÍTAS EXPANDIU-SE PARTICULARMENTE NA AMAZÔNIA COM AS CHAMADAS DROGAS DO SERTÃO; - ENTRE OS SÉCULOS XVII E XVIII A COMPANHIA DE JESUS PASSOU A SER ACUSADA DE ABUSO DO PODER POR DESRESPEITAR O EXCLUSIVO METROPOLITANO E MONOPOLIZAR O TRABALHO DOS ÍNDIOS, PREJUDICANDO OS COLONOS; - EM O MARQUÊS DE POMBAL, SECRETÁRIO DE ESTADO DO REINADO de D JOSÉ I, DECRETOU A EXPULSÃO DOS JESUÍTAS DE PORTUGAL E DE SUAS COLÔNIAS.

13 Portugal enfrentava problemas econômicos
1.4. As bandeiras e a exploração mineradora Portugal enfrentava problemas econômicos O açúcar brasileiro enfrentava a concorrência antilhana Perda de possessões no Oriente e na África Grave crise econômica A Coroa passou a estimular a procura por metais preciosos na colônia Entradas: expedições oficiais de exploração do interior da colônia Bandeiras: expedições armadas organizadas em geral por particulares paulistas Busca de índios para escravização Combate às revoltas indígenas Destruição de quilombos Procura por metais preciosos Objetivos

14 1.4. A CONQUISTA DO SERTÃO (ENTRADAS E BANDEIRAS) -CAPITANIA DE SÃO VICENTE: A MÁ QUALIDADE DO SOLO, A DISTÂNCIA AOS PORTOS EUROPEUS E A PRESENÇA DA SERRA DO MAR, IMPEDINDO A EXPAN- SÃO DA LAVOURA LEVARAM À EXPLORAÇAO DO INTERIOR FUNDANDO POVO- ADOS. - COLONOS CULTIVAVAM ALGODÃO, FRUTAS, MILHO, MANDIOCA, TRIGO E CRI- AÇÃO DE ANIMAIS (ESCRAVIDÃO INDÍGENA COMO MÃO DE OBRA BÁSICA); -A CONSTANTE ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA ORGANIZAÇÃO DE EXPEDIÇÕES DE APRESAMENTO DE ÍNDIOS PELO INTERIOR, CHAMADAS DE BANDEIRAS. - BANDEIRAS (PARTICULARES) E ENTRADAS OU MONÇÕES (COM RECURSOS DA COROA) QUE CHEGANDO A MINAS, MATO GROSSO E GOIÁS DESCOBREM METAIS PRECIOSOS (OURO E DIAMANTE).

15 Entradas e bandeiras - As Bandeiras de apresamento, (busca dos chamados “negros da terra”) por

16 dos chamados SETE POVOS DAS MISSÕES.
volta de 1620,atingiram a região da missões jesuíticas no sul, começando pela missão do Guaíra (PR). Vários ataques às missões tornaram-se comuns (a partir do século XVIII), dando origem à destruição dos Sete Povos das Missões. -Crise de abastecimento do escravo africano a partir de 1630 (conquista de Pernambuco e das principais feitorias portuguesas na África pelos holandeses) estimulou o aumento da procura pelo índio. - A Guerra Guaranítica em virtude do Tratado de Madri de 1750 (Império Português passou a exercer soberania também sobre os territórios de missões jesuíticas situadas a leste do Rio Uruguai) levando à destruição dos chamados SETE POVOS DAS MISSÕES.

17 Um dos principais líderes guaranis foi o capitão SEPÉ TIARAJU
Um dos principais líderes guaranis foi o capitão SEPÉ TIARAJU. Ele justificou a resistência ao Tratado em nome de direito legítimo dos índios em permanecer nas suas terras. Comandou milhares de nativos até ser assassinado na Batalha de CAIBOATÉ, em fevereiro de 1756, a batalha foi travada na localidade de CAIBOATÉ GRANDE, interior da cidade de SÃO GABRIEL.

18 A EXPLORAÇÃO AURÍFERA Os bandeirantes descobriram ouro na região do Rio das Velhas por volta de 1695 → a partir daí ocuparam-se várias áreas em Minas, Mato Grosso e Goiás. Iniciou-se um processo acelerado de urbanização nas áreas próximas às minas descobertas. O grande afluxo de pessoas para a região e a escassez de gêneros de subsistência causaram graves crises de fome. Com o tempo, a escassez de alimentos foi reduzida com o cultivo de roças de subsistência, a diversificação das atividades econômicas e o comércio de produtos vindos de outras regiões da colônia.

19 A Coroa organizou rapidamente um sistema de exploração das minas:
Distribuição das datas → privilégio aos grupos mais ricos. Criação da Intendência de Minas (1702) → responsável pela cobrança dos tributos, policiamento e justiça local. As formas de arrecadação variaram com o tempo, destacando-se: O quinto → 20% do metal extraído cabia à Coroa. A capitação → cobrança de um imposto por cabeça de escravo maior de 12 anos. A derrama → cobrança de impostos atrasados ou extraordinários. Em 1725, a Coroa instalou a primeira Casa de Fundição – onde o ouro seria fundido, tributado e transformado em barras.

20 A extração de diamantes
Os diamantes foram descobertos na região da Comarca de Serro Frio, no norte das Minas Gerais. Para garantir um controle eficiente da região, a Coroa criou o Distrito Diamantino. As regras para a exploração de diamantes tiveram três momentos: Intendência dos Diamantes (a partir de 1734) → semelhante ao do ouro nas minas → concessão de datas e cobrança do quisto. Contratos de Monopólio ( ) → um contratador tinha o monopólio da exploração. Real Extração (depois de 1771) → quando a Coroa assumiu o controle direto da atividade no Distrito.

21 Cálculo aproximado da produção de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso no século XVIII (kg)
Anos Minas Gerais Goiás Mato Grosso 7.500 1.000 500 10.637 2.000 1.500 10.047 3.000 1.100 9.712 4.000 8.780 5.880 8.016 3.500 7.399 2.500 600 6.659 6.179 5.518 4.884 400 3.511 3.360 750 3.249

22 CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO:
-Penetração definitiva da colonização em direção ao interior; -Ultrapassagem dos limites de Tordesilhas, ampliando o território brasileiro; - Introdução de um maior volume de capitais na colônia; -Ampliação do mercado interno. AS NOVAS ELITES -Foram os filhos das elites mineradoras que ao voltarem da Europa, trouxeram para a colônia os ideais iluministas; -Formaram a base intelectual da colônia

23 INTERIORIZAÇÃO DA COLONIZAÇÃO- Século XVII -

24 OURO NA COLÔNIA -garantir sobrevivência financeira da Metrópole - desorganização da área de produção do açúcar e concorrência com o açúcar das Antilhas pequena rentabilidade das outras atividades econômicas da colônia dependência em relação à Inglaterra: tratados de 1641, 1652 e 1661 Tratado de Methuen

25 TRATADO DE METHUEN

26 Deslocamento da população:
outras regiões da colônia imigração portuguesa Minas Gerais: pólo econômico central da colônia

27 ESTRUTURA SOCIAL

28 DINÂMICA DO MERCADO - SÉCULO XVIII -

29 PRODUÇÃO DO OURO

30 MUDANÇAS NA COLÔNIA Caráter urbano da atividade: surgimento de cidades
Formação de um mercado interno Surgimento de novos grupos sociais e ampliação do trabalho livre Mudança do eixo econômico do Nordeste para o Centro-Sul: transferência da capital - Salvador - Rio de Janeiro Desenvolvimento cultural: arte: Barroco Mineiro primeira elite intelectualizada da Colônia idéias francesas influenciariam movimentos de oposição à exploração metropolitana – Conjuração Mineira

31 ATIVIDADES ECONÔMICAS COMPLEMENTARES:
-Mandioca era o principal produto agrícola de subsistência para o consumo interno: elemento básico da alimentação do brasileiro. -Fumo (tabaco) era o produto de exportação que servia para aquisição de escravos no mercado africano: cultivado em zonas restritas da Bahia e Alagoas. -Algodão era usado no fabrico de tecidos de baixa qualidade destinados à confecção de roupas para os mais pobres e escravos: cultivados no Maranhão e Pernambuco. Boa parte do algodão brasileiro era vendido para os ingleses, que o utilizavam na fabricação de tecidos (Rev. Industrial). -Drogas do Sertão: -Produtos extraídos da Amazônia e Pará: cravo, canela, cacau, guaraná, castanha-do-pará, gergelim urucum, essências para perfume, etc., que eram utilizadas como corantes, aromatizantes ou plantas medicinais (Extrativismo). -Ação e exploração das missões religiosas, com mão-de-obra indígena. -“Tropas de resgate” eram expedições militares que iam escravizar índios na Amazônia para trabalhar nas fazendas do Maranhão e Pará. -Facilitou o reconhecimento e povoamento da região amazônica.

32 1.5. A ECONOMIA COLONIAL: PACTO COLONIAL

33 1.5.1-PRODUÇÃO AÇUCAREIRA Participação dos holandeses na produção do açúcar: -Financiamento -Fornecimento de mão-de-obra -Refino e Distribuição -Assim os holandeses ficavam com os maiores lucros: Portugal (30%), Senhores de Engenho (5%) e Holandeses (65%). Intensificação dos movimentos bandeirantes em busca de metais. FATORES DE DECADÊNCIA DA PRODUÇÃO DO AÇUCAR -União Ibérica - a Espanha domina Portugal ( ). Durante essa união, a Holanda, antiga posse espanhola, torna-se independente. A Espanha proíbe o comércio açucareiro com a Holanda, que, por sua vez, invade o Nordeste brasileiro, principalmente Pernambuco ( )/Administração pacífica de Maurício de Nassau, mas a Holanda o demite, exigindo lucros./Em 1654 ocorre a Insurreição pernambucana: os holandeses são expulsos por um movimento organizado pelos senhores de engenho, descontentes com os impostos e cobranças da nova administração/A Holanda, dominando a técnica de produção do açúcar (melhor que Portugal), passa a plantar cana nas Antilhas, muito mais perto da Europa, o que barateia o açúcar holandês.

34 1.5.2.PECUÁRIA / DROGAS DO SERTÃO Pecuária: consumo interno; Drogas do sertão: exploradas principalmente pelos jesu- ítas, expulsos em MINERAÇÃO: -Início: Primeiro Quartil do século XVII em MG. - Apogeu: Meados do século XVII em MG, GO e MT. -Declínio: final do século XVII com a escassez do ouro de aluvião.

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36 2. a crise no império: - 2ª metade do século XVII: término de duas guerras: uma com a Espanha (término da união ibérica) e outra com a Holanda, em 1654 (endividamento da coroa). -O Declínio da comercialização da cana de açúcar e a redução Da produção de ouro levaram Portugal aumentar o rigor da Fiscalização da colônia impondo medidas impopulares de co- Brança que geraram revoltas de caráter locais ou nativistas e de caráter regional de aspirações de libertação do juLgo co- lonial.

37 2.1.OS REBELDES DA COLÔNIA REVOLTAS COLONIAIS
Fonte: Isto É Brasil, 500 anos: atlas histórico. São Paulo: Três, 1998. CARTOGRAFIA: ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL 350 km

38 Revoltas coloniais (séculos XVII e XVIII)
2.2 – AS REVOLTAS COLONIAIS Revoltas coloniais (séculos XVII e XVIII) Revoltas com caráter regional, que contestavam aspectos da política metropolitana Revoltas com caráter separatista, buscando o rompimento com a metrópole Revolta de Beckman (1684) Guerra dos Mascates ( ) Revolta de Vila Rica (1720) Conjuração Mineira (1789) Conjuração Baiana (1798)

39 2.3. CONCEITOS ASSUADA: reunião de pessoas armadas para promover a desordem. Motim. CONJURAÇÃO: conspiração contra uma autoridade estabelecida. Conluio, trama. CONSPIRAÇÃO: tramar contra os poderes públicos. INCONFIDÊNCIA: ato de traição (inconfidente: traidor). INSURREIÇÃO: rebelião, revolta, sublevação. Oposição violenta. LEVANTE: revolta. MOTIM: revolta. Sublevação popular, geralmente espontânea e violenta. Rebelião de militares subalternos contra seus superiores.

40 REBELIÃO: revolta. REVOLTA: indignação ou protesto. Manifestação armada ou não, contra a autoridade estabelecida. levante, motim, insurreição, rebelião, sedição, sublevação. REVOLUÇÃO: rebelião armada, revolta, sublevação. Transformação radical e, por via de regra, violenta, de uma estrutura política, econômica e social. SEDIÇÃO: perturbação da ordem pública ou tumulto popular. Agitação, sublevação, revolta, motim. SUBLEVAÇÃO: levante, amotinar ou iniciar uma revolta.

41 A REVOLUÇÃO é a tentativa, acompanhada do uso da violência, de derrubar as autoridades políticas existentes e de as substituir, a fim de efetuar profundas mudanças nas relações políticas, no ordenamento jurídico-constitucional e na esfera socioeconômica.

42 MOVIMENTO NATIVISTA: movimentos contestatórios realizados por colonos como instrumento de pressão para sustentar reivindicações, atacar abusos de autoridades, reagir contra a rigidez administrativa de Lisboa ou exprimir descontentamento político. Representava risco à estabilidade do governo. Características: • Séculos XVII e XVIII (início). • Sem propostas de independência. • Elitistas. • Localistas (caráter regional). • Contrárias a aspectos pontuais do Pacto Coloniais

43 1641 - 1720 MOVIMENTOS NATIVISTAS NO BRASIL COLÔNIA Rei D. AFONSO VI
Descoberta do Ouro em Minas Gerais 1695 MOTINS DO MANETA Salvador 1711 Descoberta do Ouro em Goiás 1722 Fim da Guerra de Restauração 1668 Fim da UNIÃO IBÉRICA Restauração REVOLTA DA CACHAÇA Rio de Janeiro REVOLTA DE BECKMAN Maranhão 1684 REVOLTA DO SAL SP - MG 1710 Descoberta do Ouro no Mato Grosso 1717 1640 1650 1660 1670 1680 1690 1700 1710 1730 1720 ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO São Paulo 1641 CONJURAÇÃO DO NOSSO PAI Recife – Olinda 1666 GUERRA DOS EMBOABAS SP - MG REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS Vila Rica 1720 GUERRA DOS MASCATES Recife – Olinda Companhia Geral do Comércio do Brasil Fim da Insurreição Pernambucana 1654 A Companhia Geral do Comércio do Brasil foi uma empresa privada, de carácter monopolista, criada sob o reinado de João IV de Portugal ( ), em Portugal. Fundada em 8 de março de 1649, no contexto da segunda das invasões holandesas do Brasil ( ), destinava-se a coadjuvar a resistência ao invasor e fomentar o comércio intercontinental de Portugal na região. Tinha como propósito principal o de chamar para si os cristãos-novos, para que estimulassem o seu comércio,[1] para servir o Reino de Portugal. Reconhecidos como hábeis comerciantes e homens de negócios, muitos deles eram descendentes de portugueses e demonstravam orgulho nessa ascendência, mas estavam no Brasil ao serviço da Países Baixos que os havia recebido anos antes quando expulsos de Portugal pela Inquisição. A sua principal função seria a de estimular a recuperação da agromanufatura açucareira, afetada pelo conflito, e com isso de fornecer, em carácter de exclusivo comercial, escravos africanos para a região nordeste do Brasil, além de assegurar o transporte do açúcar em segurança para a Europa. Conselho Ultramarino 1642 Invasões Holandesas Rei D. AFONSO VI Rei D. PEDRO II Rei D. JOÃO V Rei D. JOÃO IV

44 Quilombo dos Palmares- 1694
Revolta de Beckman Quilombo dos Palmares Conjuração Baiana Revolta de Felipe dos Santos Conjuração Mineira Guerra dos Emboabas – Aclamação de Amador Bueno – 1641 Revolução Pernambucana Motim do Maneta Revolta da Cachaça – Conjuração do Rio de Janeiro Conjuração do Nosso Pai – 1666 Revolta do Sal Guerra dos Mascates

45 MOVIMENTOS NATIVISTAS
Julgamento de Felipe dos Santos, de Antonio Parreiras, 1923. BRASIL COLÔNIA MOVIMENTOS NATIVISTAS

46 MOVIMENTOS NATIVISTAS NO BRASIL COLÔNIA 3. ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO
3. ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO 1641 (São Paulo) Manifestação contrária ao domínio português. CAUSA: Possibilidade de estabelecimento de restrições comerciais a partir da restauração do domínio português sobre a colônia do Brasil. EVOLUÇÃO: A restauração do trono português causou apreensão nos comerciantes paulistas, que tentaram criar um reino independente, aclamando como rei o fazendeiro AMADOR BUENO. Amador recusou a proposta, permanecendo fiel ao novo rei de Portugal, D. João IV, o que foi seguido pelos demais. Primeira manifestação contrária ao domínio português.

47 MOVIMENTOS NATIVISTAS NO BRASIL COLÔNIA
4. REVOLTA DA CACHAÇA (Rio de Janeiro) Revolta de colonos na América Portuguesa, ocorrida quando um grupo de fazendeiros se rebelou contra novas taxas determinadas pelo governador do Rio de Janeiro e restrição à produção da cachaça. CAUSA: Política fiscal praticada pelo governador do RJ e contra o decreto que proibia a produção de aguardente e limitava sua exportação. A farinha e a aguardente eram artigos de troca por escravos. EVOLUÇÃO: Os revoltosos cruzaram a baia da Guanabara, invadiram vários órgãos públicos e destituíram o governador. Os amotinados governaram o RJ por 5 meses, mantendo lealdade à Coroa. Em abril de 1661, o governador, com apoio de uma frota lusa, retornou e reconquistou a cidade do Rio de Janeiro, derrotando os revoltosos. O principal líder do movimento JERÔNIMO BARBALHO BEZERRA foi decapitado.

48 5. CONJURAÇÃO DE NOSSO PAI
1666 (Recife e Olinda - PE) Revolta de lideranças de Olinda contra a nomeação do novo Governador de Pernambuco. CAUSAS: Insatisfação com a nomeação do novo governador da capitania, JERÔNIMO DE MENDONÇA. Acolhimento pelo governo de uma esquadra francesa. EVOLUÇÃO: Senhores de engenho se mobilizaram e prenderam o novo governador, aproveitando-se do falso cortejo de sacramento aos enfermos conhecido como Nosso Pai. O governador foi enviado de volta a Portugal. O Vice-rei nomeou VIDAL DE NEGREIROS para governador, que pacificou a capitania, evitando o confronto com os conspiradores.

49 6. A REVOLTA DOS BECKMAN (1684)
-O estado do Maranhão sofria no século XVII → desabastecimento de gêneros alimentícios, manufaturados e escravos. A Coroa criou então a Companhia Geral de Comércio do Maranhão, que deveria abastecer a região → mas surgiram problemas: A Companhia impôs uma política de preços que prejudicava os colonos. Os produtos e escravos enviados para a região eram insuficientes. -A REVOLTA DOS BECKMAN teve inicio com uma revolta do fazendeiros, 1684, liderados por MANUEL e THOMAS BECKMAN e JORGE SAMPAIO.

50 Em 1684 explode a revolta liderada pelos irmãos Beckman.
- Estes ficaram indignados com o funcionamento COMPANHIA DE COMÉRCIO DO MARANHÃO, que vendia produtos europeus, como o bacalhau, azeite, vinho, tecido, farinha de trigo e comprar o que os colonos produzissem como as drogas do sertão, açúcar, algodão etc. A Companhia vendia seus produtos a preços muito altos e compravam os produtos dos colonos a preços baixíssimos, além de não cumprir o acordo sobre os escravos THOMAS foi à Lisboa expor a situação para a Coroa portuguesa.

51 Os rebeldes tomaram o depósito, aboliram o monopólio da Companhia e formaram um Governo Provisório.
O Governo Real teve uma reação dura: aprisionou THOMAS, mandou tropas para combater os revoltados e nomeou um novo governador para Maranhão; os líderes do movimento foram todos enforcados exceto THOMAS que foi deportado para Pernambuco. Extinguiu também a Companhia de Comércio do Maranhão. A Coroa negociou depois com os sublevados, determinou o fim do mono- pólio da Companhia e nomeou um novo governador para o Maranhão → depois prendeu os líderes e executou MANUEL BECKMAN em 1685. Os monopólios e taxas que tinham sido abolidos foram restabelecidos.

52 6. REVOLTA DE BECKMAN 1684 (Maranhão) (RESUMO) Revolta conduzida pelos irmãos Beckman, senhores de engenho e comerciantes de São Luís, com o objetivo de destituir o governador e extinguir a Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará. CAUSAS: monopólio das exportações determinada por Lisboa para a Companhia de Comércio e ressentimentos contra os jesuítas. EVOLUÇÃO: Os revoltosos tomaram pontos estratégicos de São Luís e organizaram uma Junta Geral de Governo. Governaram por um ano, até que uma frota portuguesa retomou a cidade, prendeu os rebeldes, restaurou os privilégios da Companhia de Comércio. Manuel Beckman e Jorge de Sampaio e Carvalho, principais líderes da rebelião, foram condenados à morte e enforcados.

53 7. A GUERRA DOS EMBOABAS ( ) -A partir de meados do século XVII, o açúcar (atividade predominante da colônia) sofreu uma forte concorrência e isso fez com que a Coroa portuguesa estimulasse novamente a descoberta de metais. -Os paulistas foram os principais exploradores e conheciam bem o sertão, em 1674, Fernão Dias Pais, descobriu o caminho para o interior de Minas e alguns anos depois, Bartolomeu Bueno da Silva abriu passagem para Goiás e Mato Grosso. -A corrida do ouro começou, de fato, em 1698 quando Antônio Dias de Oliveira descobriu as minas de Ouro Preto.

54 -A notícia correu o país inteiro fazendo com que muitos aventureiros que buscavam um rápido enriquecimento fossem para a região das minas, a boa-nova também chegou a Portugal; e de lá, chegavam mais de 10 mil pessoas a cada ano durante um período de 60 anos. -A população das minas era bastante heterogênea e dividida em dois grupos rivais: paulistas (que queriam o direito de explorar as minas de ouro, pois descobriram o lugar) e emboabas (forasteiros). -O nome “Emboabas” significa em Tupi “Pássaro de Pés Emplumados”, e é uma ironia aos forasteiros que usavam botas; enquanto que os paulistas, andavam descalços. -Nesse tempo, a população paulista era composta de mamelucos e índios que falavam mais a língua tupi do que o português propriamente dito.

55 -Alguns poucos emboabas controlavam o comércio que abastecia as minas, e em razão disso, obtinham muito lucro. Por causa da sua riqueza e a dada a importância da atividade que exerciam, passaram a ter grande influência. O português MANUEL NUNES VIANA era um desses ricos comerciantes e principal líder dos emboabas, além de ser também dono de fazendas de gado. -A disputa pelas jazidas e vários outros desentendimentos deram origem a Guerra dos Emboabas.

56 -Para combater o contrabando do ouro, a Coroa proibiu o comércio (exceto o de gado) entre Bahia e Minas; porém, ele continuou sob a liderança de NUNES VIANA. -BORBA GATO (guarda-mor das minas, logo um representante do poder real e líder dos paulistas) decidiu expulsá-lo das minas, mas NUNES VIANA não foi embora e recebeu apoio dos emboabas. -Após serem expulsos do lugar pelos emboabas, os paulistas (que constituíam a minoria) foram embora, mas um grupo deles (a maioria índios) foi cercado pelos emboabas que prometeram deixá-los vivos caso entregassem as armas. Os paulistas aceitaram o acordo, mas foram enganados e massacrados em um local que ficou conhecido como CAPÃO DA TRAIÇÃO.

57 -Expulsos das minas, os paulistas descobriram novas jazidas em Goiás e Mato Grosso. -NUNES VIANA foi obrigado pelo governador do Rio de Janeiro a deixar Minas e acabou se retirando para sua fazenda no rio São Francisco. -Como consequência dessa guerra, foi criada em 1709, a capitania de São Paulo e Minas de Ouro (ex-capitania de São Vicente, agora rebatizada). Em 1720, a capitania de Minas foi separada de São Paulo, formando duas capitanias diferentes: a de São Paulo e a de Minas Gerais.

58 -CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA DOS EMBOABAS - Regulamentação da distribuição de lavras entre emboabas e paulistas. - Regulamentação da cobrança do quinto. - Cisão da Capitania de São Vicente em Capitania de São Paulo e Minas de Ouro e Capitania do Rio de Janeiro, ligadas diretamente à Coroa em (3 de novembro de 1709). - São Paulo deixa de ser vila, tornando-se cidade; -Acabam as guerras na região das minas, com a metrópole assumindo o controle administrativo da região; -A derrota dos paulistas fez com que alguns deles fossem para o oeste onde, anos mais tarde, descobririam novas jazidas de ouro nos atuais estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás; -A produção de ouro após o fim da guerra aumenta de tal modo que Minas Gerais torna-se a região mais rica do Brasil entre 1740 (auge da produção) e 1760 (auge da arrecadação) com ápice médio de VILA RICA em 1750, mas com o grosso do ouro era desviado pelo São Francisco.

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60 1707-1709 (Minas Gerais)-RESUMO
7. GUERRA DOS EMBOABAS (Minas Gerais)-RESUMO Guerra entre paulistas e portugueses pela disputa da concessão do direito de exploração das minas de ouro recém-descobertas em Minas Gerais. CAUSAS: Disputa pela exploração das minas de ouro. EVOLUÇÃO: Os paulistas, descobridores das minas de ouro em MG, reclamavam o privilégio de sua exploração, que atraíram portugueses (emboabas) e gente de outras capitanias. Com a morte de 2 paulistas, a disputa acabou gerando conflitos armados entre os dois grupos. Uma das ações dos emboabas foi a do CAPÃO DA TRAIÇÃO, onde paulistas foram mortos após se renderem. Os paulistas foram derrotados e partiram para novas explorações, encontrando ouro no Mato Grosso e em Goiás. Houve o desmembramento da capitania.

61 1710 (São Paulo e Minas Gerais)
8. REVOLTA DO SAL 1710 (São Paulo e Minas Gerais) Movimento contra a especulação do preço do sal. CAUSAS: Aumento excessivo do preço do sal na Capitania de São Paulo e Minas do Ouro. EVOLUÇÃO: Os comerciantes portugueses que tinham o monopólio da venda do sal começaram a fazer especulações, aumentando seu preço. O fazendeiro BARTOLOMEU FERNANDES organizou uma força armada e saqueou os depósitos de sal, pagando o preço que considerava justo. O rei mandou deter o mandante, que conseguiu fugir. Dez anos mais tarde, BARTOLOMEU foi preso e acabou morrendo quando era transportado para Salvador, onde iria ser julgado.

62 9. a guerra dos mascates ( ) - A “Guerra dos Mascates” foi um confronto armado ocorrido na Capitania de Pernambuco, entre os anos de 1709 e 1714, envolvendo os grandes senhores de engenho de OLINDA e os comerciantes portugueses do RECIFE, pejorativamente denominados como “mascates”, devido sua profissão. -Não obstante, apesar do sentimento autonomista e antilusitano dos pernambucanos de Olinda, que chegaram até mesmo a propor que a cidade se tornasse uma República independente, este não foi um movimento separatista. -Contudo, não há consenso em afirmar que seja um movimento nativista, uma vez que os “mascates” envolvidos na disputa eram predominantemente comerciantes portugueses.

63 Principais Causas e Consequências A Guerra dos Mascates deve ser vista como um conflito pelo PODER POLÍTICO LOCAL, sem qualquer reivindicação social. Na realidade, foi uma disputa entre Olinda, que detinha o poder político, e Recife, detentora do poder econômico, pela supremacia na Capitania de Pernambuco. De fato, era evidente a ascendência do comércio em relação à produção colonial, posto que a atividade comercial enriquecia os portugueses, dando-lhes o controle de todo comércio na região, às custas do empobrecimento de latifundiários de Olinda, os quais contraíram dívidas para manter sua produção.

64 -Contudo, a queda internacional nos preços do açúcar impossibilitou os senhores de engenho de honrar aquelas dívidas. Por sua vez, a Coroa vendeu o direito de cobrança destes débitos aos arrematadores de Recife (os “mascates” portugueses), que lucraram com os juros dos devedores de Olinda. -Para agravar a situação, os senhores de engenho não aceitaram a emancipação político-administrativa do Recife, posto que era uma grande fonte de arrecadação de impostos de Olinda. -Por outro lado, este conflito teve como consequência a emancipação política de Recife, que também foi elevada à categoria de capital de Pernambuco, demonstrando explicitamente o favorecimento da Coroa aos comerciantes portugueses na colônia. Assim, para apaziguar a situação, os envolvidos foram anistiados e foi determinado que o capitão-mor deveria ficar seis meses em cada comarca.

65 Contexto Histórico -A partir de 1654, quando teve início a expulsão dos holandeses, os senhores de engenho ficaram sem capitais para investimento e, para piorar, os mesmos batavos que foram expulsos, passaram a produzir açúcar nas Antilhas, concorrendo com o açúcar brasileiro e provocando uma queda nos preços do produto no mercado internacional. -Assim, enquanto Olinda declinava e sofria com as consequências das guerras que expulsaram os holandeses, Recife enriqueceu e se tornou um importante centro comercial, em função de seu porto, considerado um dos melhores da colônia.

66 -Em 1703, os comerciantes de Recife conseguiram o direito de representação na Câmara de Olinda, mas, somente em 1709 é que solicitaram à Coroa portuguesa que o povoado se tornasse vila, o que foi concedido. Naquele mesmo ano, os moradores de Recife estabeleceram o Pelourinho e o prédio da Câmara Municipal, tornando-se oficialmente autônomos em relação à Olinda. -Porém, em 1710, sob a liderança de BERNARDO VIEIRA DE MELO e do Capitão-mor, PEDRO RIBEIRO DA SILVA, os inconformados senhores de engenho de Olinda, alegando que Recife não respeitava as fronteiras entre as comarcas, invadiram RECIFE, a cidade dos mascates, destruíram o Pelourinho e libertaram os presos.

67 -No ano de 1711, os mascates se reagruparam e contra-atacaram, invadindo Olinda e forçando os senhores de engenho a se refugiarem. Neste mesmo ano, a metrópole nomeiou um novo governador para a capitania e enviou tropas para por fim aos conflitos e prender os líderes da rebelião. No ano seguinte, em 1712, Recife tornou-se a sede administrativa de Pernambuco. -Em 1714, o rei D. JOÃO V concedeu anistia aos envolvidos no confronto, permitindo ainda que os senhores de engenho de Olinda mantivessem todas suas propriedades e tivessem o perdão das dívidas em troca de não realizarem novas agressões.

68 1710 - 1711 (Olinda e Recife) RESUMO
9. GUERRA DOS MASCATES (Olinda e Recife) RESUMO Disputa entre comerciantes portugueses de Recife (mascates) e senhores de engenho de Olinda. CAUSAS: Elevação de Recife à vila, emancipando-se da dependência de Olinda, favorecendo os comerciantes portugueses. EVOLUÇÃO: A elite agrária de Olinda inconformada invadiu Recife e destruiu o pelourinho. Os comerciantes portugueses fugiram para a Bahia. A Coroa interveio e após alguns combates reprimiu o movimento. Um novo governador restabeleceu o controle da capitania. A autonomia de Recife foi confirmada, prestigiando os comerciantes portugueses.

69 10. MOTINS DO MANETA 1711 (Salvador -BA)
Contestação coletiva conduzida pelo baiano JOÃO DE FIGUEIREDO DA COSTA, apelidado de Maneta contra o sistema tributário que afetava diretamente os comerciantes e grande parte da população da cidade. CAUSAS: exigência da redução do preço do sal; a supressão de novas taxas sobre o valor das mercadorias importadas e escravos; e a instalação do Paço da Madeira, mais uma casa de arrecadação e controle fiscal, encarregada de realizar as tributações. EVOLUÇÃO: rumores de novos tributos reuniram os manifestantes, que realizaram um levante de massas. Hostilizaram os contratadores de sal e avançaram em direção ao palácio do governador, que, acuado, aceitou as exigências da multidão. (1º motim em 19 de outubro de 1711) Após o que, rompeu o acordo e puniu severamente os líderes do movimento. Em 02 de dezembro, o povo tornou-se a amotinar-se pela cidade.

70 11. REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS
SEDIÇÃO DE VILA RICA (Minas Gerais) Revolta ocorrida em Minas, que pretendia forçar a Coroa a suspender o estabelecimento das Casas de Fundição, onde se registrava o ouro em barras e se deduzia o quinto por arroba, o imposto devido ao Rei. CAUSA: práticas fiscais executadas pela Fazenda Real. EVOLUÇÃO: Os revoltosos armados saíram pela cidade de Vila Rica (Ouro Preto). O governador fechou os caminhos de Vila Rica, prendeu os protagonistas e os levou para o Rio de Janeiro. Reuniu a população e mandou executar FELIPE DOS SANTOS, que comandou os tumultos provocados pelo movimento.

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72 12. CONJURAÇÃO MINEIRA 12.1. INFLUÊNCIAS: -Revolução Industrial -Iluminismo -Independência dos EUA 12.2. SITUAÇÃO SOCIOECONÔMICA: -A produção de ouro e pedras preciosas estava em queda e a região se sentia ameaçada pela cobrança de impostos atrasados. -A ascensão do VISCONDE DE BARBACENA ao governo da Capitania de Minas Gerais, com ordens de cobrar os impostos atrasados, aumentou a tensão. -Os contratadores (particulares que compravam o direito da cobrança de impostos) estavam endividados.

73 PRINCIPAIS CAUSAS -Aumento da opressão portuguesa; -Cobrança da Derrama; -Crise e falta de alimentos; -Movimento organizado, inicialmente, pelas elites intelectuais e econômicas; -O Alferes JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER (Tiradentes) era o elo entre as elites e as camadas populares, necessárias à revolução.

74 12.3. OBJETIVOS -Separar Minas Gerais do Brasil tornando-o uma República independente. -Criar uma Universidade em Vila Rica. -Desenvolver a indústria manufatureira. -Perdoar as dívidas atrasadas. -Transferir a capital de Vila Rica para São João Del. -Criar uma Guarda Nacional. -Manter a escravidão -Apesar do caráter elitista da conspiração seus objetivos deixam claro que os seus ideais não iam de encontro aos das camadas populares (livres ou escravizados).

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76 12.4. COMPOSIÇÃO SOCIAL. O movimento foi composto basicamente da elite colonial, proprietária de terras e escravos. Os líderes eram: Poetas: Tomás Antônio Gonzaga, Ignácio José de Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa

77 Padres: José de Oliveira Rolim, Manuel Rodrigues da Costa e Carlos Correia de Toledo e Melo Militares: Francisco de Paula Freire Andrade (tenente-coronel), Domingos de Abreu (coronel), Joaquim Silvério dos Reis (coronel) e Joaquim José da Silva Xavier (alferes)

78 12.5. A Delação -O movimento esperava o estabelecimento da derrama para se iniciar, esperando a adesão da população em decorrência da insatisfação gerada por este imposto. -JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS, em troca do perdão de suas dívidas, delatou o movimento. -A derrama foi suspensa e iniciada a devassa (investigação). -Prometendo livrar ricos mineradores da Derrama, a Coroa conseguiu desarticular o movimento. -O fato de Joaquim JOSÉ DA SILVA XAVIER ter assumido a autoria da conspiração interessou a Coroa portuguesa, que caracterizou o movimento como sendo de um membro popular insignificante. -Interessou também à elite colonial, pois retirava dos poderosos a responsabilidade da conspiração.

79 12.6. A PUNIÇÃO. -JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER, como representante das camadas populares e o único a assumir a participação no movimento foi condenado à morte por enforcamento, esquartejado e exposto na rota entre Vila Rica e Rio de Janeiro, local em que pregou, tendo sua casa sido derrubada e salgada, para servir de exemplo. -Os demais inconfidentes sofreram a pena do degredo para a África.

80 “Os movimentos “nativistas”, a Inconfidência Mineira, seus integrantes, especialmente Tiradentes, foram redescobertos pela República para estabelecer uma conexão entre a velha ordem – período colonial – e o novo regime político que se iniciava, além de cunhar uma nova identidade nacional que visava oposição ao que lhe era exterior (tradição lusitana).” Adriano Toledo Paiva “O Martírio de Tiradentes”, Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1854 — 1916), Museu Histórico Nacional

81 “O comportamento de Tiradentes, ao ser interrogado, foi exemplar, ninguém o sobrepujou em entusiasmo por uma Minas independente, livre e republicana; reclamou para si o maior risco e não há dúvida alguma de que estava disposto a assumi-lo.” Kennth Maxwell escultura do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, da praça Tiradentes, Belo Horizonte, de Antônio van der Wiell.

82 “A tranquila dignidade com que Tiradentes enfrentou a Morte foi um dos poucos momento heroicos do fracasso sombrio.” Kennth Maxwell Escultura do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, da praça Tiradentes, Belo Horizonte, de Antônio van der Wiell.

83 “Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação
“Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la.” Tiradentes

84 “Dez vidas daria se as tivesse
para salvar a deles.” Tiradentes Sentença dos Inconfidentes. Leopoldino Faria.

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86 1789 (Vila Rica - MG) (RESUMO)
12. CONJURAÇÃO MINEIRA 1789 (Vila Rica - MG) (RESUMO) Conspiração contra o domínio português e sua opressão tributária, que propunha a independência e a adoção de um sistema republicano. CAUSAS: Esgotamento do ouro de aluvião. Altos impostos. Ameaça de imposição da derrama. Ideias iluministas, colocadas em prática na Independência dos EUA. EVOLUÇÃO: O movimento deveria eclodir no dia da derrama, quando o governador seria morto, o povo insatisfeito mobilizado e a resistência armada seria organizada com apoio dos Dragões. A derrama foi suspensa e o movimento foi denunciado por um delator (Joaquim Silvério dos Reis). Os líderes foram presos, julgados e condenados. Apenas o alferes JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER, o TIRADENTES, foi executado de forma violenta para servir de exemplo. Os outros líderes tiveram suas penas revertidas para o degredo.

87 13. A CONSPIRAÇÃO DO RIO DE JANEIRO (1794)
13.1.Situação Socioeconômica -Após a Inconfidência Mineira a vigilância de Portugal aumentou e membros da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, relacionada ao Arcadismo, fundada em 1786 por Manoel Inácio da Silva Alvarenga e José Basílio da Gama. -Esta sociedade discutia as ideias dos filósofos iluministas e a questão da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa. -Denunciados pela realização de reuniões noturnas foram presos durante três anos, abortando qualquer tentativa de conspiração.

88 13. CONJURAÇÃO CARIOCA ou do Rio de Janeiro
Movimento intelectual formado na sociedade literária do RJ, onde intelectuais se reunião para discutir política, supostamente abordando temas emancipacionistas. CAUSAS: Ideias iluministas e exemplos das revoluções americana e francesa. EVOLUÇÃO: Descobertos, o vice-rei mandou prender vários de seus membros. Processados, mas nenhum foi condenado.

89 14. CONJURAÇÃO BAIANA (1798) 14.1. DENOMINAÇÕES DO MOVIMENTO. -A Inconfidência Baiana também é conhecida como Conjuração Baiana, Revolta dos Alfaiates ou Revolução dos Búzios. -A denominação Revolução dos Búzios busca destacar o seu caráter popular e a grande participação de negros no movimento. -Caracteristicamente popular (trabalhadores, desempregados e escravos).

90 14.2. MOTIVOS O empobrecimento da Capitania com a mudança da capital para o Rio de Janeiro; Ideais iluministas do período jacobino; 1791 Independência do Haiti, iniciada pelos escravos; O movimento tinha o apoio de elites intelectuais.

91 14.3. SITUAÇÃO SOCIOECONÔMICA
-A economia baiana e especificamente a açucareira, depois de quase um século de crise, em decorrência das tensões na colônia francesa de São Domingos (que daria origem ao Haiti), vivia uma certa recuperação econômica. -O crescimento da economia agravava a desigualdade social na Capitania da Bahia e o impacto da revolução haitiana se fazia sentir em todo continente.

92 14.4. COMPOSIÇÃO SOCIAL (atores):
-O movimento se inicia a partir de uma sociedade secreta formada de letrados e oficias chamada de Cavaleiros da Luz. -A sociedade contava com a participação de : .Militares: Hermógenes Pantoja e José Gomes de Oliveira .Letrado: José da Silva Lisboa .Padre: Agostinho Gomes .Farmacêutico: Ladislau Figueiredo de Melo

93 .Médico: Cipriano Barata
.Professor de latim: Francisco Muniz Barreto .Senhor de Engenho: Inácio de Siqueira Brandão -Liderados pelos soldados Lucas Dantas de Aroman e Luís Gonzaga das Virgens, pelos alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus Nascimento e pelo ourives Luís Pires o movimento ganha força, tendo como inimigos os ricos da colônia e os dominadores portugueses.

94 14.5. OBJETIVOS *A proclamação da Independência da Bahia * A proclamação da República * A liberdade de comércio entre as nações * A separação entre a Igreja e o Estado * A igualdade de direitos independente das diferenças raciais -As ideias, divulgadas no seio das camadas populares, surtiram efeito com a adesão desta camada ao movimento, que ganhou cunho popular.

95 A REVOLTA -Em agosto de 1798 a cidade de Salvador amanhece com panfletos dirigidos ao “ Poderoso e Magnífico Povo Bahinense Republicano em nome do Supremo Tribunal da Democracia Baiana.” "Aviso ao povo bahianense. Há de chegar o tempo feliz da nossa liberdade, o tempo em que seremos todos iguais, todos irmãos".

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97 14.7. A REPRESSÃO E O RESULTADO
A circulação dos panfletos levou as autoridades a investigarem os suspeitos, sendo que a maioria dos participantes eram de escravos, artesãos e soldados. O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, soube através de uma denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, que os conspiradores iriam se reunir no Campo de Dique, no dia 25 de agosto A investigação levou ao seguinte resultado: -Aniquilação completa do movimento devido às traições -Morte por enforcamento dos mais pobres, sendo os líderes esquartejados -As punições foram dadas conforme a posição social dos envolvidos: .Absolvido: Cipriano Barata .Condenados a seis meses de prisão: Hermógenes Pantoja e Oliveira Borges .Condenados a um ano de prisão: Muniz Barreto

98 - Enforcados, esquartejados e os corpos expostos dos seguintes participantes:
.Os soldados Lucas Dantas de Aromam e Luís Gonzaga das Virgens .Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos e João de Deus Nascimento .O ourives Luís Pires (que fugiu) -O movimento apesar de derrotado, ajudou a criar um ideal revolucionário nas camadas populares de toda a colônia.

99 Projetos Fim da escravidão Reforma agrária República democrática e independente Liberdade comercial e industrial Influências Guerra de independência do Haiti Revolução Francesa Maçonaria(“cavaleiros da luz”) Resultado: fracasso Falta de estrutura militar Dura repressão Ingenuidade das lideranças

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101 CAUSAS: Alto custo de vida. Falta de alimentos. Desigualdade social.
14. CONJURAÇÃO BAIANA ou Revolta dos Alfaiates ou Revolta de Búzios (Salvador-BA) RESUMO Conspiração com a participação popular que pretendia alcançar a independência, implantar uma sistema republicano, conceder a liberdade comercial e abolir a escravidão. CAUSAS: Alto custo de vida. Falta de alimentos. Desigualdade social. Elevada taxa tributária. Ideais iluministas, inspirados na Revolução Francesa e propagada, principalmente, pela elite participante do movimento (médicos e advogados) na sociedade secreta maçônica Cavaleiros da Luz. EVOLUÇÃO: Os conspiradores, elite (médicos e advogados), alfaiates, soldados e escravos, espalharam cartazes pela cidade, anunciando o movimento. Descobertos, foram reprimidos. Quatro líderes populares foram presos e enforcados. Os intelectuais envolvidos foram absolvidos.

102 COMPARAÇÃO ENTRE AS CONJURAÇÕES MINEIRA E BAIANA

103 15. outros movimentos coloniais de contestação.
15.1 REVOLTA DE ÍNDIOS Contra a escravidão, maus tratos e humilhações. Defesa do território. Atritos permanentes com portugueses. 15.2 CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS (RJ – 1567): -Ocorrida entre os anos de 1556 e 1567, a Confederação dos Tamoios foi uma revolta indígena da tribo dos Tupinambás contra a tentativa dos colonos de escravizar os indígenas. Índios Tupinambás + franceses X Portugueses* União de nações indígenas contra a escravidão. Expulsão dos franceses do RJ enfraquece índios. Paz de Iperog firmada por padres jesuítas desmobiliza índios. Massacre e escravização das tribos litorâneas.

104 REVOLTAS DE NEGROS: Contra a escravidão, maus tratos e humilhações. Iniciativas individuais: fugas, suicídios, abortos, assassinato de senhores e feitores, sabotagens de máquinas, queima de plantações. Iniciativas coletivas: fugas e quilombos (aldeamentos de escravos fugidos). Quilombo de Palmares (AL – PE 1629 – 1694): Maior e mais duradouro entre os quilombos. Federação de quilombos. ZUMBI (último líder).

105 Aproximadamente 20 mil habitantes.
Destruído por ataques liderados pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. 20/11/1695 – Assassinato de Zumbi (Dia Nacional da Consciência Negra). Domingos Jorge Velho

106 16. CONCLUSÃO - Ao longo dos mais de 03 séculos de colonização, rebeliões organizadas por diferentes grupos da sociedade colonial (indígenas, africanos, colonos ou comerciantes) questionaram o domínio da metrópole; - Os primeiros grupos a expressar o seu descontentamento foram os indígenas e os africanos escravizados. Não aceitavam a sujeição ou escravidão. - No final do século XVIII, à medida que a economia colonial se diversificava, a presença do poder metropolitano ficou mais forte e as rebeliões mais hostis. - Portugal, proibindo a existência de universidades na colônia, ensejou que os filhos dos senhores e mercadores abastados fossem estudar na Europa, onde entraram com contato com o pensamento iluminista. - No Brasil ocorreram movimentos locais de contestação (nativistas) e regionais de separação da metrópole, alicerçando o sentimento de independência que irá ocorrer no século XIX, de maneira “sui generis”. - A ação dos jesuítas e dos bandeirantes alargaram o território nacional e contribuíram para a manutenção de sua unidade.

107 17. VERIFICAÇÃO 1ª Questão: Sobre os movimentos que questionaram a dominação colonial na América portuguesa, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) paras as afirmativas falsas. ( ) A Inconfidência ou Conjuração Mineira (1789) reunia intelectuais, clérigos, advogados, mineradores, proprietários, militares, etc.; dentre outros objetivos, pretendia proclamar uma república em Minas Gerais. ( ) Os sentimentos de liberdade e independência dos inconfidentes de Minas Gerais foram alimentados pelos ideais iluministas e influenciados pela Independência dos EUA (1776). Mas nem chegaram a decretar a revolução, pois foram delatados por um dos seus companheiros. ( ) O movimento baiano (1798), também influenciado pelas ideias de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa (1789), teve um caráter popular e contou com a participação de pequenos comerciantes, soldados, artesãos, alfaiates, negros libertos, mulatos e escravos. ( ) Os movimentos mineiro e baiano foram duramente reprimidos pelas autoridades portuguesas. Alguns conspiradores, sobretudo os mais poderosos, conseguiram se livrar das acusações ou receberam penas mais leves. V V V V

108 ( ) No movimento mineiro, o único condenado à morte foi Tiradentes; e no movimento baiano, apenas os negros e os mulatos foram punidos com rigor, com quatro integrantes condenados à morte, executados e esquartejados, a exemplo de Tiradentes. 2ª Questão: (UFPE 2008 adaptada) A história política de Pernambuco foi marcada por rebeliões, tanto contra as opressões do sistema colonial, representado pelo governo português, quanto contra o centralismo político pós Destacam-se, entre essas rebeliões:  ( ) a Revolta do Sal, onde os comerciantes na maioria portugueses reclamaram sobre a baixa de preço do sal em Salvador-BA.  ( ) a Guerra dos Mascates, pela qual o Recife conseguiu maior liberdade administrativa e aumentou seu poder político.  ( ) a Conjuração Baiana, na qual os rebeldes defenderam, com a participação popular, o fim da escravidão negra.  ( ) a Confederação dos Tamoios, na qual as ideias liberais motivavam os índios catequizados aos lados dos portugueses combater os franceses na sua invasão no Rio de Janeiro. ( ) a Revolta da cachaça, ocorrida quando um grupo de fazendeiros se rebelou contra novas taxas de importados determinadas pelo governador do Rio de Janeiro e restrição à produção da cachaça. V F V V F

109 3ª Questão: (FUVEST adaptada) O ideário da Revolução Francesa, que entre outras coisas defendia o governo representativo, a liberdade de expressão, a liberdade de produção e de comércio, influenciou no Brasil a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, porque:  ( ) cedia às pressões de intelectuais estrangeiros que queriam divulgar suas obras no Brasil.  ( ) servia aos interesses de comerciantes holandeses aqui estabelecidos que desejavam influir no governo colonial.  ( ) satisfazia aos brasileiros e aos portugueses, que desta forma conseguiram conciliar suas diferenças econômicas e políticas.  ( ) foi adotado por proprietários, comerciantes, profissionais liberais, padres, pequenos lavradores, libertos e escravos, como justificativa para sua oposição ao absolutismo e ao sistema colonial.  X

110 4ª QUESTÃO: (UFPE 2006 adaptada) Portugal enfrentou resistências para manter sua dominação sobre o Brasil. Algumas rebeliões revelaram a insatisfação da população diante das cobranças dos tributos e das formas de dominação existentes. Na região das Minas Gerais, em 1720, houve a Revolta de Vila Rica, a qual: ( )formulou um manifesto baseado nas ideias iluministas, conseguindo a adesão do clero e dos comerciantes, insatisfeitos com as cobranças de impostos. ( ) conseguiu fortalecer a ideia de abolição da escravatura, com apoio dos grandes comerciantes da região. ( ) foi uma movimento dirigido contra a cobrança de tributos, sem as propostas libertárias presentes em outras rebeliões do século XVIII. ( ) teve amplas repercussões na colônia e ameaçou o governo português com suas estratégias militares. ( ) ficou limitada aos protestos feitos na região das Minas, sendo liderada por Felipe dos Santos, que, afinal, foi punido por Portugal. F V

111 5ª QUESTÃO (UECE 2007 adaptada) - "Logo que missionários e cronistas pisaram com suas sandálias as margens do Novo Mundo, o fervor religioso típico da época combinou-se com a beleza estonteante da natureza tropical: terreno fértil, chuvas regulares, animais graciosos, boas águas e nativos dóceis ao trabalho evangelizador". Fonte: FIGUEIREDO, Luciano. "Rebeliões no Brasil Colônia". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2005, p 07/09.  -Tomando por base o texto acima, marque a opção que revela possíveis razões para as insatisfações que se sucederam na relação colônia-metrópole.  ( ) As relações mercantis desenvolvidas entre comerciantes reinóis e nativos que findavam por privilegiar os habitantes da nova terra. ( ) Nos primórdios da colonização, os produtos agrícolas cultivados pelos nativos em grande escala, foram em grande parte, o motivo da eclosão dos primeiros conflitos. ( ) O idílio e harmonia acima mencionados se dissipariam à medida que Portugal instituía novos poderes e a colonização avançava com a intensificação da busca de almas para a conversão e de braços para as lavouras. ( ) No período acima sugerido, eram numerosos os protestos realizados pelos nativos que em conjunto com colonos armados invadiam as propriedades rurais e espaços da administração metropolitana. X

112 6ª QUESTÃO: (FGV 2006 adaptada) “Antunes voltou ao capão e transmitiu a seus companheiros as promessas de Bento. Os paulistas saíram dos matos aos poucos, depondo as armas. Muitos não passavam de meninos; outros eram bastante velhos. Sujos, magros, cambaleavam, apoiavam-se em seus companheiros. Estendiam a mão, ajoelhados, suplicando por água e comida. Bento fez com que os paulistas se reunissem numa clareira para receber água e comida. Os emboabas saíram da circunvalação, formando-se em torno dos prisioneiros. Bento deu ordem de fogo. Os paulistas que não morreram pelos tiros foram sacrificados a golpes de espada”. (Ana Miranda, O retrato do rei) O texto trata do chamado Capão da Traição, episódio que faz parte da Guerra dos Emboabas, que se constituiu: ( )em um conflito opondo paulistas e forasteiros pelo controle das áreas de mineração e tensões relacionadas com o comércio e a especulação de artigos de consumo como a carne de gado, controlada pelos forasteiros. ( )em uma rebelião envolvendo senhores de minas de regiões distantes dos maiores centros - como Vila Rica - que não aceitavam a legislação portuguesa referente à distribuição das datas e a cobrança do dízimo. ( )no primeiro movimento colonial organizado que tinha como principal objetivo separar a região das Minas Gerais do domínio do Rio de Janeiro, assim como da metrópole portuguesa, e que teve a participação de escravos.

113 ( )no mais importante movimento nativista da segunda metade do século XVIII, que envolveu índios cativos, escravos africanos e pequenos mineradores e faiscadores contra a criação das Casas de Fundição.  7ª QUESTÃO: (UNIRIO 1997 adaptada) O desenvolvimento da economia mineradora no século XVII teve diferentes repercussões sobre a vida colonial, conforme se apresenta caracterizado numa das opções a seguir. Assinale-a. ( )Incremento do comércio interno e das atividades voltadas para o abastecimento na região centro-sul. ( )Movimento de interiorização conhecido como bandeirismo, responsável pelo fornecimento de mão de obra indígena para as minas. ( ) Descentralização da administração colonial para facilitar o controle da produção. ( ) Sufocamento dos movimentos de rebelião, graças à riqueza material gerada pelo ouro e pela prata.

114 8ª QUESTÃO: A elevação de Recife à condição de vila; os protestos contra a implantação das Casas de Fundição e contra a cobrança de quinto; a extrema miséria e carestia reinantes em Salvador, no final do século XVIII, foram episódios que colaboraram, respectivamente, para as seguintes sublevações coloniais: ( ) Guerra dos Emboabas, Inconfidência Mineira e Conjura dos Alfaiates. ( ) Guerra dos Mascates, Motim do Pitangui e Revolta dos Malês. ( ) Conspiração dos Suassunas, Inconfidência Mineira e Revolta do Maneta. ( ) Confederação do Equador, Revolta de Felipe dos Santos e Revolta dos Malês. ( ) Guerra dos Mascates, Revolta de Felipe dos Santos e Conjura dos Alfaiates.

115 9ª QUESTÃO. "A confrontação entre a loja e o engenho tendeu principalmente a assumir a forma de uma contenda municipal, de escopo jurídico-institucional, entre um Recife florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda decadente que procurava mantê-lo numa sujeição irrealista. Essa ingênua fachada municipalista não podia, contudo, resistir ao embate dos interesses em choque. Logo se revelou o que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural." (Evaldo Cabral de Mello. A fronda dos mazombos, São Paulo, Cia. das Letras, 1995, p. 123). O autor refere-se: ( ) ao episódio conhecido como a Aclamação de Amador Bueno. ( ) à chamada Guerra dos Mascates. ( )aos acontecimentos que precederam a invasão holandesa de Pernambuco. ( ) às consequências da criação, por Pombal, da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco

116 10ª QUESTÃO: A Guerra dos Emboabas ( ) e a Inconfidência Mineira (1789) foram revoltas ocorridas no Brasil. Sobre elas, assinale a alternativa correta: ( )Ambas tinham o objetivo de separar o Brasil de Portugal e ocorreram na região da mineração. ( )A primeira e considerada uma revolução separatista e mais radical do que a segunda, tendo ocorrido na região de São Paulo e liderada pelos Bandeirantes. ( )Tanto a primeira como a segunda foram influenciadas pelas ideias iluministas e pela independência das Treze Colônias inglesas, mas só a segunda teve êxito nos seus objetivos. ( )Ambas ocorreram na mesma região do Brasil, contra a dominação portuguesa na área da mineração, no entanto, somente a segunda teve influência das ideias iluministas europeias.

117 11ªQUESTÃO. A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Vila Rica, verificadas nas primeiras décadas do século XVIII, podem ser caracterizadas como: ( ) movimentos isolados em defesa de ideias liberais, nas diversas capitanias, com a intenção de se criarem governos republicanos; ( ) movimentos de defesa das terras brasileiras, que resultaram num sentimento nacionalista, visando à independência política; ( ) manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam alguns aspectos da política econômica de dominação do governo português; ( ) manifestações das camadas populares das regiões envolvidas, contra as elites locais, negando a autoridade do governo metropolitano.

118 12ªQUESTÃO: Durante os séculos XVII e XVIII, o Brasil foi palco de motins, conspirações, revoltas e rebeliões. A Inconfidência Mineira é uma das expressões mais contundentes desse período. Em relação a esse período, assinale a alternativa correta: ( ) O movimento inconfidente contra a metrópole manifestou-se em um momento em que o próprio estado português afrouxava seu poderio econômico e político sobre a colônia. ( ) Houve repressão da corte portuguesa como resposta aos protestos contra a instalação das casas de fundição, onde o ouro deveria ser “quintado” e transformado em barras. ( ) Os inconfidentes eram homens sem posses, desesperançados com os rumos do Brasil; por isso se rebelaram. ( ) Os inconfidentes inspiraram-se nas ideias absolutistas, defendidas pelos pensadores iluministas.

119 13ªQUESTÃO: Responder, relacionando o nome dos movimentos sociais apresentados na coluna “A” com suas respectivas características, na coluna “B”: Coluna A 1 – Revolta de Beckman 2 – Guerra dos Emboabas 3 – Guerra dos Mascates 4 – Revolta de Filipe dos Santos Coluna B ( ) Luta dos comerciantes para elevar Recife à categoria de vila, em oposição aos produtores de açúcar de Olinda. ( ) Movimento em oposição às casas de fundição, que haviam aumentado a exploração da Coroa sobre os mineiros. ( ) Combate ao monopólio e aos altos preços praticados pela Companhia de Comércio do Maranhão, e também aos jesuítas, que queriam impedir os grandes proprietários de escravizar os indígenas. ( ) Luta entre paulistas e forasteiros pelo domínio da região das Minas Gerais, reivindicada por aqueles. Levou à separação da região das minas da Capitania de São Paulo e à criação da Capitania de Minas Gerais.

120 14ª QUESTÃO: Abaixo, na coluna da esquerda, são citadas seis revoltas ocorridas durante o período colonial brasileiro. Na coluna da direita, são apresentadas as motivações de quatro daquelas revoltas. Associe adequadamente as colunas: 1 – Inconfidência Mineira 2 – Revolta de Beckman 3 – Guerra dos Emboabas 4 – Guerra dos Mascates 5 – Revolta de Filipe dos Santos 6 – Inconfidência Baiana ( ) Insatisfação da comunidade mercantil recifense com o domínio político dos senhores de engenho olindenses. ( ) Proibição da circulação de ouro em pó na região mineira e criação das Casas de Fundição. ( ) Criação da Companhia Geral do Comércio do Maranhão e oposição dos jesuítas à utilização da mão-de-obra indígena pelos colonos. ( ) Insatisfação dos colonos com a tentativa de monopolização das minas auríferas pelos paulistas. ( ) Denunciada por JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS. ( ) Teve apoio de lideranças populares.

121 15ª QUESTÃO: “Ó vós, Homens cidadãos; ó vós, povos curvados e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus ministros. Ó vós, povo que nascestes para seres livres e para gozardes dos bons efeitos da liberdade... O dia da nossa revolução está para chegar, animai-vos, que sereis felizes para sempre.” PANFLETO: Aviso ao povo Bahiense. O fragmento acima se refere ao movimento conhecido como “Conjuração dos Alfaiates”. Com relação a esse movimento ocorrido na Bahia em 1798, é correto afirmar que os revoltosos pretendiam: A - instalar uma República Provisória na cidade de São Salvador, com apoio da elite burocrática e de alguns membros do alto clero; B - defender o fim da dominação colonial garantindo, porém, a preservação do regime monárquico e a manutenção da escravidão; C - estabelecer um governo democrático na Capitania da Bahia de Todos os Santos, com igualdade de direitos, sem distinção de cor ou riqueza; D - protestar contra a política mercantilista portuguesa, buscando conseguir o apoio do governo norte-americano para por fim ao pacto colonial.

122 16ª QUESTÃO: Acerca da “Conjuração Baiana”, movimento de caráter sedicioso, no século XVIII, é correto afirmar que: a. O movimento foi liderado pelos segmentos mais pobres e radicais da província, reunidos na Sociedade Cavaleiros da Luz; b. A Conjuração Baiana foi fundamentalmente pragmática, sem influência teórica, ao contrário da mineira em que predominavam os ideais iluministas; c. O movimento foi influenciado por pensadores como Voltaire e por movimentos como a rebelião negra do Haiti; d. A Conjuração propunha a independência da Bahia, ao contrário da mineira que postulava a imediata independência de toda a colônia.

123 17ª QUESTÃO. Sobre a Inconfidência Mineira ( 1789 ) e Baiana (1798) é correto afirmar que: I- Claudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga participaram da Inconfidência Mineira. II- Ocorrida em Vila Rica, a Inconfidência Mineira não contou com ampla participação popular. III- Ao contrário da Inconfidência Mineira, na Inconfidência Baiana, houve forte participação popular, inclusive escravos. ( ) - I, II e III corretas. ( ) - I, II e III incorretas. ( )- Apenas a I está correta. ( )- Apenas a II está correta.

124 18ª QUESTÃO. O lema liberal "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", consagrado pela Revolução Francesa, influenciou, sobremaneira, as chamadas inconfidências ocorridas em fins do século XVIII no Brasil Colônia. Assinale a opção que apresenta informações corretas sobre a chamada Conjuração dos Alfaiates: ( )Envolveu a participação de mulatos, negros livres e escravos, refletindo não somente a preocupação com a liberdade, mas também com o fim da dominação colonial. ( )Esta inconfidência baiana caracterizou-se por restringir-se à participação de uma elite de letrados e brancos livres influenciados pelos princípios revolucionários franceses. ( )Em tal conjuração, a difusão das ideias liberais não acarretou crítica às contradições da sociedade escravocrata. ( )Este movimento, também conhecido como Inconfidência Mineira, teve um papel singular no contexto da crise do sistema colonial, revelando suas contradições e sua decadência.

125 18ª QUESTÃO. A expressão Inconfidência Mineira é utilizada para designar, exceto: ( ) uma revolta imaginada por uma elite, influenciada pelo ideário liberal iluminista e pela independência dos EUA; ( ) um esboço de conspiração idealizada por proprietários de terras e escravos e um grupo de intelectuais, objetivando romper com o jugo metropolitano; ( ) uma rebelião colonial ocorrida, em 1789, na capitania de Minas, visando à independência do Brasil; ( ) um movimento planejado pela plutocracia local para evitar o pagamento dos tributos em atraso à Metrópole.

126 19ª QUESTÃO. A Inconfidência Mineira foi o primeiro movimento político separatista, em que se organizaram setores da elite e setores médios da sociedade colonial brasileira para lutar contra o sistema colonial português e instaurar uma República. Sobre esse movimento, podemos afirmar que: ( )a derrota da Inconfidência Mineira resultou do fato de as autoridades portuguesas terem antecipado a derrama, o que possibilitou, à polícia e aos funcionários da Junta da Fazenda, surpreenderem os insurretos; ( ) os inconfidentes, por meio de carta enviada por José Joaquim da Maia ao embaixador dos Estados Unidos em Paris, buscaram apoio dos Estados Unidos. Na carta, o que chama atenção é um pedido de armas; ( ) um dos fatores que concorreram para a criação do movimento da Inconfidência foi o fato de a Metrópole aumentar sua pressão fiscal sobre os mineradores, em razão da queda da produção de ouro, a partir da segunda metade do século XVIII; ( )o fracasso dos inconfidentes resultou da delação de Joaquim Silvério dos Reis e da fragilidade política do movimento, pois os conspiradores foram além de ideias e propostas genéricas, sem penetração e mobilização social;

127 20ª QUESTÃO. No Brasil, a bandeira e o seu lema Liberdade ainda que tardia estão associados a um movimento político que questionava o Pacto Colonial. Eles simbolizavam a: ( ) Revolta de Vila Rica de 1720; ( ) Inconfidência Mineira de 1789; ( ) Conjuração Baiana de 1798; ( ) Revolução Pernambucana de 1817;

128 21ªQUESTÃO. A Inconfidência Mineira foi o primeiro movimento político separatista, em que se organizaram setores da elite e setores médios da sociedade colonial brasileira para lutar contra o sistema colonial português e instaurar uma República. Sobre esse movimento, podemos afirmar que: ( )a derrota da Inconfidência Mineira resultou do fato de as autoridades portuguesas terem antecipado a derrama, o que possibilitou, à polícia e aos funcionários da Junta da Fazenda, surpreenderem os insurretos; ( ) os inconfidentes, por meio de carta enviada por José Joaquim da Maia ao embaixador dos Estados Unidos em Paris, buscaram apoio dos Estados Unidos. Na carta, o que chama atenção é um pedido de armas; ( )um dos fatores que concorreram para a criação do movimento da Inconfidência foi o fato de a Metrópole aumentar sua pressão fiscal sobre os mineradores, em razão da queda da produção de ouro, a partir da segunda metade do século XVIII; ( ) o fracasso dos inconfidentes resultou da delação de Joaquim Silvério dos Reis e da fragilidade política do movimento, pois os conspiradores foram além de ideias e propostas genéricas, sem penetração e mobilização social;

129 22ªQUESTÃO. Ao mesmo tempo que se desenvolvia, em Portugal, uma política de reforma do absolutismo, surgiram conspirações na Colônia. Elas estavam ligadas às novas ideias e a acontecimentos ocorridos na Europa e nos Estados Unidos, mas também à realidade local. A ideia de uma nação brasileira foi se definindo à medida em que setores da sociedade da Colônia passaram a ter interesses distintos da Metrópole ou a identificar nela a fonte de seus problemas. Uma dessas conspirações foi a Inconfidência Mineira. Sobre o grupo que organizou esse movimento é correto dizer: ( )era heterogêneo, de origem social variada, com ideias diferentes sobre as transformações sociais que o movimento deveria provocar; ( )era um pequeno grupo de mineradores, preocupados unicamente em não pagar mais impostos à Metrópole, pois a extração do ouro tinha diminuído, e a Coroa continuava a cobrar o quinto; ( ) era um grupo homogêneo de intelectuais, inspirados no Iluminismo e no liberalismo da Revolução Americana; ( )eram todos jovens, filhos da elite colonial, que tinham ido estudar na Europa;

130 23ª QUESTÃO. Considere os textos. I
23ª QUESTÃO. Considere os textos. I. Prevaleceu o tipo de motivação "mais colonial do que social". A inquietação teve por base a coerção exercida pela metrópole através da cobrança dos impostos sobre a produção aurífera. A revolução foi dirigida pelos proprietários dessa região em plena decadência econômica. II. Prevaleceu o tipo de motivação "antes social do que colonial". A revolução foi impulsionada pela participação de pequenos artesãos, militares de baixo escalão, escravos e demais setores populares. Neste modelo, a ruptura se dá em três níveis: separação da colônia, mudança das instituições políticas e reorganização da sociedade em novas bases. (Adaptação: Celso Frederico. A ideia de revolução no Brasil colonial. Revista de História. FFLCH/USP, v. 42 (85), jan./mar p. 213) No Brasil, as contradições do sistema engendraram movimentos que colocaram em xeque e exploração colonial. Dentre esses movimentos, os textos identificam, respectivamente, a: ( ) Inconfidência Mineira e a Confederação do Equador; ( ) Revolta de Vila Rica e a Conjuração Carioca; ( ) Conjuração Baiana e a Revolta de Vila Rica; ( ) Revolta dos Alfaiates e a Revolta de Beckman; ( ) Conjuração Mineira e a Conjuração Baiana.

131 24ª QUESTÃO O bicentenário da Conjuração Baiana (1798) recorda as rebeliões que, no final do século XVIII, tinham em comum refletir a crise do sistema colonial, a qual pode ser retratada pelas opções abaixo, com exceção de uma. Assinale-a: ( )Penetração das ideias iluministas e liberais em parcela da elite colonial. ( )Politização das camadas populares, incluindo a massa escrava, constantemente rebelada, em aliança com a burocracia colonial. ( ) Insatisfação crescente com as tradicionais restrições e o fiscalismo do sistema colonial. ( )Influência dos movimentos externos, como a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa. ( )Liderança das elites coloniais na quase totalidade dos movimentos de rebelião.

132 25ª QUESTÃO A revolta de Beckman, ocorrida no Maranhão entre 1684 e 1685, a Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco entre 1710 e 1711, e a Revolta de Vila Rica, ocorrida em Minas Gerais em 1720, possuem em comum o fato de terem sido movimentos que: ( )tinham como objetivo a emancipação política da colônia; ( ) expressavam a reação dos colonizadores em face da violência física e cultural a que eram submetidos; ( ) punham em destaque a forte penetração do ideário liberal entre diversos segmentos da sociedade colonial; ( ) evidenciavam conflitos de interesses entre colonos e colonizadores; ( ) visavam a pôr fim ao exclusivo comercial, instruindo um regime de livre comércio com a Inglaterra.


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