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PublicouTiago Luz Alterado mais de 10 anos atrás
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Curso de saúde mental para equipes da atenção primária (3) - Módulo II
Coordenador: Dr Alexandre de Araújo Pereira Promoção: CASSI - Banco do Brasil
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Relações entre transtornos físicos e mentais:
É freqüente, na atenção primária, que a apresentação de sintomas emocionais se dê a partir de queixas físicas Nos ambulatórios e nas enfermarias, no mínimo 25% dos pacientes podem ser diagnosticados como sofrendo de e um transtorno psiquiátrico
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Relações entre transtornos físicos e mentais:
Transtorno mental com manifestação de doença física de base (14%) (especialmente se: sintomas abruptos,sem fatores psicossociais relacionados, acima de 45 anos, e sem história de T.M. e casos na família) Transtorno mental como reação à doença física (paciente com uma doença e mau adaptado as limitações impostas pela sua situação desenvolvendo: Transtorno de ajustamento, de ansiedade ou depressivo)
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Relações entre transtornos físicos e mentais:
Transtornos mentais manifestados através de queixas corporais (o corpo fala sobre aquilo que a mente silencia: transtornos somatomorfos e dissociações / conversões) Transtornos psiquiátricos provocando doenças físicas (hábitos não saudáveis, busca e adesão ao tratamento prejudicados, alterações fisiológicas predisponentes,ex.:estresse) Associação casual de doenças físicas e psiquiátricas
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Transtornos mentais manifestados através de queixas corporais
São freqüentes na população geral Especialmente freqüentes na atenção primária Na maioria dos casos estes sintomas são de evolução breve: por remissão expontânea ou após orientação médica Um grupo de pessoas atribuem estarem seriamente doentes ou incapacitantes a partir de interpretações errôneas de sintomas físicos
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Transtornos mentais manifestados através de queixas corporais
O curso dos quadros de somatização podem se afetados por: 1) o entendimento do paciente sobre seu significado 2) as reações da família e das outras pessoas 3) a resposta dos médicos - pouco clara, contraditória, ou o aconselhamento exageradamente cauteloso podem prolongar os sintomas
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Transtornos mentais manifestados através de queixas corporais
Transtornos somatomorfos: Transtorno de somatização (Q.S.I) Hipocondria Dismorfofobia Transtorno de dor somatoforme Transtornos dissociativos / conversivos Transtorno factício (Sind. Munchausen) Simulação
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Queixas somáticas inexplicadas (Q.S.I):
Sintomas físicos sem causa orgânica definida Os sintomas geralmente são de evolução crônica e podem afetar diferentes sistemas ao mesmo tempo: 1) dor abdominal 2) cefaléia crônica 3) dor torácica 4) distúrbios do sono 5) lombalgia crônica 6) fadiga crônica
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Queixas somáticas inexplicadas (Q.S.I):
Estes pacientes geralmente frustram o profissional médico Utilizam em demasia o serviço de saúde e oneram o sistema com a solicitação de exames complementares Têm história de freqüentar vários médicos em busca de uma solução para sua queixa Depressão e ansiedade estão freqüentemente associadas
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Fluxograma de abordagem:
Queixas Somáticas Inexplicadas História clínica, Avaliação física e laboratorial Investigar sintomas de ansiedade e depressão Se não for detectado causa orgânica - avaliar situação psicossocial desencadeante PATEL (2002)
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Tratamento - Orientações gerais:
Nunca diga que o paciente não tem nada - os sintomas são reais! Indague sobre as crenças e medos do paciente Explique a origem dos sintomas físicos Esclareça que seu problema é comum e que não coloca sua vida em risco Permita que o paciente tire dúvidas sobre o problema (inclusive com os familiares)
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Tratamento - Orientações gerais:
Identifique o início dos sintomas e condições de vida do paciente na ocasião e procure, junto com ele, estabelecer conexões com os fatores estressantes atuais (reatribuição) A criação de um vínculo é fundamental Não solicite exames desnecessários Se houver necessidade de encaminhamento para o especialista, prepare o paciente
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Tratamento não farmacológico:
Exercícios de alongamento e respiração Implemente medidas de higiene do sono (inclusive chás caseiros) Terapia de apoio Ajudando o paciente a resolver problemas Técnicas de terapia de grupo Tratamento farmacológico: quando identificado transtorno ansioso ou depressivo significativo
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Queixas somáticas inexplicadas, Quadros ansiosos e depressivos:
Sintomas Físicos de ansiedade: palpitação, vertigem, falta de ar, sudorese,tensão muscular, tremores, boca seca, desconforto precordial, zumbidos, insônia Sintomas Físicos de depressão: fadiga / perda da energia, apetite diminuído, perda de peso, dores corporais, insônia
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Queixas somáticas inexplicadas, Quadros ansiosos e depressivos:
Sintomas Emocionais e cognitivos de depressão: anedonia, humor deprimido, baixa auto-estima, inibição motora, idéias suicidas, perda de libido, baixa concentração, esquecimentos Sintomas Emocionais e Cognitivos de ansiedade: tensão, medo, preocupações infundadas sobre o futuro ou alguém, baixa concentração, esquecimentos - ataques de pânico
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Transtornos Depressivos e Ansiosos
Depressão: Episódio depressivo Transtorno depressivo recorrente Transtorno ajustamento Depressão psicótica Depressão bipolar Depressão pós esquizofrênica Depressão por outras doenças ou condições não psiquiátricas (10% à 15%) Transtornos ansiosos: Ansiedade generalizada Fobias Pânico TOC Transtorno de ajustamento Transtorno misto de ansiedade e depressão
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Critérios para tratamento farmacológico no episódio depressivo:
Humor deprimido / Perda de interesse e prazer / fatigabilidade aumentada (02 destes sintomas e pelo menos mais 02 sintomas acessórios) Por um período mínimo de 02 semanas Gravidade: Apresentando dificuldade considerável em continuar com atividades sociais / laborativas / domésticas + sofrimento subjetivo intenso Devemos considerar abordagens psicossociais para os quadros depressivos leves e de início recente
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Critérios para tratamento farmacológico no episódio depressivo:
Depressão grave pode se apresentar com sintomas psicóticos (delírios - culpa e ruína + alucinações auditivas e alterações da percepção corporal) Há sintomas atípicos que podem exprimir depressão: Aumento do sono e do apetite, agitação psicomotora e intensa ansiedade Importante pesquisar sobre episódios sugestivos de quadro maníaco no passado: Transtorno Bipolar (?) Os antidepressivos podem induzir virada maníaca!
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Critérios para tratamento farmacológico na ansiedade:
Presença de sintomas ansiosos severos: que gere sofrimento intenso e / ou dificuldade considerável em continuar com atividades sociais, laborativas ou domésticas Por um período mínimo de 04 semanas Os quadros ansioso com evidência de resposta à medicação: Ansiedade generalizada,T. pânico, Fobia social, Transtorno Obsessivo - Compulsivo Quadros com baixa evidência de resposta medicamentosa: Fobia simples
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Princípios gerais do tratamento farmacológico dos quadros ansiosos e depressivos:
Geralmente a monoterapia com antidepressivos é a única medicação necessária Todos os antidepressivos apresentam eficácia similar, o que os diferencia é basicamente o perfil dos efeitos colaterais e segurança Para a seleção da droga, avalie história prévia do uso de antidepressivos Os antidepressivos devem ser prescritos em doses terapêuticas por um período mínimo de 3 / 4 semanas para produzirem resultados clínicos
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Princípios gerais do tratamento farmacológico dos quadros ansiosos e depressivos:
Não troque de medicação a cada visita, oriente o cliente sobre o mecanismo de funcionamento da droga Após redução significativa dos sintomas: Se primeiro episódio - mantenha a prescrição por 06 à 09 meses Se segundo episódio - mantenha a medicação por 02 anos Se terceiro episódio (crises graves) - considerar o uso para a vida toda As doses iniciais para o tratamento dos quadros depressivos geralmente são maiores que para os quadros ansiosos
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Princípios gerais do tratamento farmacológico dos quadros ansiosos e depressivos:
Se estiver utilizando doses mais altas, reduza a medicação gradualmente (25 % da dose por semana) Não prescreva medicações desnecessárias: tônicos e vitaminas Se for utilizar benzodiazepínicos no início do tratamento, não prescreva para uso contínuo maior que 04 semanas Oriente quanto ao risco de dependência dos benzodiazepínicos
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Quando encaminhar para o psiquiatra:
Presença de ideação suicida persistente Quando houver dúvida diagnóstica ou fracasso terapêutico Quando há presença de sintomas psicóticos (delírios ou alucinações) / suspeita de virada maníaca Casos de TOC Necessidade de psicoterapia (conflitos subjetivos significativos / fobias)
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Inibidores Seletivos de Recaptura de Serotonina (ISRS)
(1) Pacientes jovens sem uso de outras medicações (2) Pacientes com uso de múltiplas drogas ou insuficiência hepática
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Inibidores Seletivos de Recaptura de Serotonina (ISRS)
No caso de disfunção sexual importante considerar associar Bupropiona ou trocar para Desvenlafaxina, Mirtazapina ou Agomelatina
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Antidepressivos Tricíclicos
(1) Maiores efeitos colaterais (2)Usada para TOC (3) Menores efeitos colaterais
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Antidepressivos Tricíclicos
Evitar o uso em pacientes com cardiopatia, idosos, obesos e se houver risco alto de auto - extermínio com medicação
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Ansiolíticos Pode ser usado no início do tratamento, até quatro semanas em uso diário (1) Melhor opção para idosos e suspeita de hepatopatia
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