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PublicouManuela Santiago Alterado mais de 10 anos atrás
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prático no cuidado do transporte do recém-nascido
Índice de Estabilidade Fisiológica para Risco no Transporte (TRIPS) : um sistema prático no cuidado do transporte do recém-nascido Transport risk index of physiologic stability: A practical system for assessing infant transport care Shoo K. Lee, et al J Pediatr 2001;139:220-6 Apresentação: R2 Julianna Moura C. da Silveira Orientadora: Dra Alessandra de Cássia G. Moreira Unidade de NeonATOLOGIA DO Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF
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INTRODUÇÃO O transporte neonatal é um componente chave nos cuidados neonatal-perinatal. Há uma falta de instrumentos apropriados, com os quais avaliar os cuidados neste transporte. O Score Neonatal de Estabilização avalia o processo de transporte e não a estabilidade do recém-nascido.
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INTRODUÇÃO O Score de Transporte de Hermansen e cols é validado somente para neonatos de muito baixo peso ao nascimento, usa parâmetros atribuídos aleatoriamente e depende de testes laboratoriais.
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INTRODUÇÃO O Score de Status Neonatal e O Score de Estabilização no Transporte Neonatal de Alberta (Canadá) usa parâmetros atribuídos aleatoriamente em vez de uma avaliação dos transtornos fisiológicos. Nenhum destes dois instrumentos foi validado.
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INTRODUÇÃO São scores baseados na gravidade da doença:
Índice de Risco Clínico para Bebês (CRIB) Score para um Estado Fisiológico Neonatal Grave (SNAP-II) Não são adequados para o transporte porque eles exigem um levantamento de dados prolongado, acima de 12 horas.
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INTRODUÇÃO Sistemas para avaliar os cuidados no transporte são inerentemente mais exigentes e de difícil elaboração que scores de gravidade de doenças pois a avaliação é limitada pela breve duração do transporte, escassez de suporte laboratorial e necessidade de medidas breves e rápidas que sejam suficientemente sensíveis para capturar mudanças na condição do paciente resultantes do processo de transporte.
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OBJETIVO Desenvolver e validar um sistema prático, fisiológico, empiricamente importante, para avaliação dos cuidados durante o transporte de recém-nascidos.
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DESENHO DO ESTUDO Amostra
Todos os recém-nascidos que foram transportados para 8 Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCINs) terciárias canadenses pelas equipes hospitalares de transporte entre janeiro de 1996 a outubro de 1997 (n=2437).
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DESENHO DO ESTUDO Amostra
Critério de inclusão: pacientes cujos dados do transporte estavam completos (n=1723), ou seja, 71% do total da amostra. Critérios de exclusão: 226 pacientes com dados incompletos (9%) e 488 pacientes (20%) que não foram recrutados para o estudo.
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DESENHO DO ESTUDO Amostra
O não recrutamento e informações incompletas ocorreram predominante devido a omissão no levantamento de dados imediatamente na chegada ao hospital de origem, e não à dificuldade na obtenção dos dados.
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DESENHO DO ESTUDO Amostra
Não houve diferença significativa (P<.05) nas características (peso ao nascimento, IG, sexo, gestações múltiplas, cesariana, Apgar no 5º minuto, PIG) entre os pacientes transportados que foram incluídos e aqueles que foram excluídos do estudo.
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DESENHO DO ESTUDO Índice de Estabilidade Fisiológica para Risco no Transporte (TRIPS) São 7 variáveis fisiológicas: Temperatura PA Desconforto respiratório Tempo de enchimento capilar Oximetria de pulso Resposta aos estímulos nocivos Glicemia capilar
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DESENHO DO ESTUDO Índice de Estabilidade Fisiológica para Risco no Transporte (TRIPS): Desconforto respiratório + oximetria de pulso = status respiratório São 6 variáveis no modelo resultante.
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DESENHO DO ESTUDO Índice de Estabilidade Fisiológica para Risco no Transporte (TRIPS): Foram excluídos variáveis de risco perinatais (IG, PIG, e Apgar em 5 min) a fim de criar um instrumento que não é afetado por contribuições maternas para a mortalidade ao longo do tempo.
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DESENHO DO ESTUDO Índice de Estabilidade Fisiológica para Risco no Transporte (TRIPS): Fatores de risco não-fisiológicos que podem afetar a mortalidade (tratamento com esteróide pré-natal, classificação diagnóstica, e anomalias congênitas) foram excluídos para evitar fatores que não são atribuíveis ao processo de transporte.
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DESENHO DO ESTUDO Índice de Estabilidade Fisiológica para Risco no Transporte (TRIPS): Um membro da equipe de transporte coletava os dados dentro de 15 minutos na chegada ao hospital de origem e imediatamente depois da chegada no hospital de destino. Outros membros da equipe de transporte avaliavam o paciente ou ocupavam-se dos cuidados.
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DESENHO DO ESTUDO Índice de Estabilidade Fisiológica para Risco no Transporte (TRIPS): Conseqüentemente, mudanças no índice TRIPS medido antes e depois do transporte incluem os efeitos do cuidado fornecido ao recém-nascido pela equipe de transporte.
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DESENHO DO ESTUDO Definições das variáveis
IG: a melhor estimativa baseada nos achados ultra-sonográficos precoces, exame obstétrico, história obstétrica, a menos que a estimativa da IG pós-natal pelo pediatra discorde da obstétrica em mais de 2 semanas.
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DESENHO DO ESTUDO Definições das variáveis
A estimativa pediátrica baseou na melhor estimativa do neonatologista assistente ou no método de Ballard. Em nossa amostra, a estimativa pediátrica ou o método de Ballard foi usado somente para 12 neonatos.
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DESENHO DO ESTUDO Definições das variáveis
IG ao transporte foi definida como IG no momento do transporte. Um neonato foi identificado como PIG se o peso ao nascimento foi < que o percentil 3 para a IG de acordo com as curvas de crescimento estabelecidas por Whitfield.
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DESENHO DO ESTUDO Definições das variáveis
HIV foi definida de acordo com os critérios de Papile e cols através de ultra-sonografia transfontanela antes de 14 dias de vida. SNAP-II é um score que avalia a gravidade de uma doença a partir de 6 parâmetros fisiológicos, feitos durante as 12 primeiras horas de admissão nas UCINs.
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DESENHO DO ESTUDO Obtenção do índice TRIPS (Amostra de Derivação, n= 1115) O índice TRIPS foi validado para avaliar a mortalidade dentro de 7 dias da admissão. A mortalidade foi usada previamente para validar outras medidas de estabilidade fisiológica. Foram excluídos os óbitos após 7 dias, pois estes refletem mais as intervenções nas UCINs do que o processo de transporte.
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DESENHO DO ESTUDO Obtenção do índice TRIPS
As informações pré-transporte foram usadas para obter o índice TRIPS porque elas refletem o estado dos recém-nascidos antes do transporte e permite uma comparação com o estado do paciente após o transporte.
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DESENHO DO ESTUDO Análise Multivariada
A amostra total foi randomicamente distribuída em uma amostra de derivação (2/3 da amostra total) e em uma amostra de validação (o 1/3 restante). Não houve diferença significativa nas características dos neonatos nas duas amostras, exceto pelo score de Apgar no 5º minuto (Tabela I).
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Tabela I. Características dos recém-nascidos em amostras de derivação e validação.
Amostra de Derivação Amostra de Validação Valor p Recém-nascidos(n) 1115 608 NA Transportes (n) 1127 610 Peso de nascimento (g) 2607 +/- 1010 2661 +/- 1063 .31 IG (semanas) 36 +/- 5 36 +/+ 5 .55 IG ao transporte (semanas) 36 +/- 4 .88 Sexo feminino 40.1 38.6 .57 Parto cesária 38.1 39.4 .59 Gestação múltipla 9.0 8.3 .63 Apgar<7 no 5’(%) 22.2 27.9 .01 PIG (%) 3.6 4.0 .64
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DESENHO DO ESTUDO Análise Multivariada
Regressão logística multivariada foi usada para o modelo de mortalidade em 7 dias. Categorias de risco significativas (nenhum ou leve, moderada, severa) foram derivadas das 6 variáveis fisiológicas (Tabela II), exceto a glicemia capilar e perfusão capilar.
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Tabela II. TRIPS – modelo de regressão, itens, escala fisiológica, contagem de pontos.
Variável TRIPS Coeficiente β IC 95% Pontos do score TRIPS Temperatura (°C) < 36.1 ou > 37.6 0.83 1.01 5.22 8 ou 0.08 0.44 2.65 1 Padrão respiratório Grave (apnéia, gasping, VM) 1.44 1.91 9.35 14 Moderado (FR > 60 e/ou SpO2 < 85) 0.50 0.43 6.37 5 Nenhum (FR < 60 e/ou SpO2 > 85)
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Tabela II. TRIPS – modelo de regressão, itens, escala fisiológica, contagem de pontos (continuação).
Variável TRIPS Coeficiente β IC 95% Pontos do score TRIPS PA Sistólica (mmHg) < 20 2.56 2.88 57.67 26 20 – 40 1.63 2.31 11.30 16 > 40 Resposta a estímulo nocivo Nenhum, convulsão, relaxamento muscular 1.74 2.46 13.30 17 Resposta letárgica, ausência de choro 0.64 0.72 5.01 6 Retirada vigorosa, choro
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DESENHO DO ESTUDO Atribuição de pontos às variáveis
A análise por regressão logística foi usada para atribuir pontos às variáveis. A adição simples das pontuações foi usada para criar o índice TRIPS, que representa o status neonatal medido pelos transtornos fisiológicos.
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DESENHO DO ESTUDO Procedimentos de Validação (n = 608)
Capacidade preditiva e validação de critérios: foi usada a área sob a curva ROC para avaliar o desempenho do índice TRIPS em prever uma mortalidade em 7 dias para neonatos de todas as IG ao transporte, e para neonatos com IG ≤32 semanas no transporte e > 32 semanas de IG ao transporte, separadamente.
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DESENHO DO ESTUDO Habilidade em detectar mudanças no estado do recém-nascido Os recém-nascidos foram estratificados em 4 categorias, pré-transporte, de pontuações TRIPS: 0-10 11-20 21-30 > 30
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DESENHO DO ESTUDO Habilidade em detectar mudanças no estado do recém-nascido Para cada categoria, os recém-nascidos foram separados em 3 grupos: TRIPS pós-transporte < pré-transporte (30% dos neonatos) TRIPS pós-transporte = TRIPS pré-transportes (48% dos neonatos) TRIPS pós-transporte > que TRIPS pré-transporte (22% dos neonatos)
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DESENHO DO ESTUDO Habilidade em detectar mudanças no estado do recém-nascido Foram calculadas e representadas graficamente as taxas de mortalidade em 7 dias para os 3 grupos.
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DESENHO DO ESTUDO Previsão de mortalidade total nas UCINs
O score TRIPS foi usado para avaliar a mortalidade além da primeira semana de admissão nas UCINs (ie, mortalidade até a alta médica).
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DESENHO DO ESTUDO Previsão de HIV
O score TRIPS foi avaliado para a previsão de HIV grave (≥ grau 3) HIV ocorre geralmente durante os primeiros dias de vida, e é mais provável ser afetada pelo transporte do que outra grande morbidade.
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DESENHO DO ESTUDO Previsão de HIV
Para esta análise, foram incluídos somente neonatos com IG ≤32 semanas que foram transportados para uma UCIN dentro de 72 horas de nascimento porque aquele é o período mais relevante para o desenvolvimento de HIV.
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DESENHO DO ESTUDO Comparação do desempenho de modelos de previsão com e sem o score TRIPS Para determinar se o score TRIPS melhora o desempenho dos modelos de previsão de mortalidade em 7 dias, mortalidade total nas UCINs e HIV grave, foram usados modelos de regressão logística.
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DESENHO DO ESTUDO Comparação do desempenho de modelos de previsão com e sem o score TRIPS Para isso foram usadas as variáveis de risco populacionais como preditor de mortalidade (IG, PIG, score de Apgar < 7 no 5º minuto, parto cesariana) e HIV grave (tratamento com esteróide pré-natal, IG, sexo, PIG, score de Apgar < 7 no 5º minuto 5, parto vaginal).
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RESULTADOS Variáveis TRIPS e os valores atribuídos
As variáveis que compõe o índice TRIPS (temperatura, padrão respiratório, PA e resposta a estímulos nocivos) foram diretamente e significativamente (p < .05) correlacionadas com a mortalidade em 7 dias.
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RESULTADOS Variáveis TRIPS e os valores atribuídos
A área ROC para a previsão de mortalidade do índice TRIPS com informações pós-transporte não foi estatisticamente (p < .05) diferente daquela com informações pré-transporte.
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RESULTADOS Previsão de mortalidade dentro de 7 dias
Performance do TRIPS melhor que IG e Score de Alberta, sem diferença quanto ao SNAP - II A adição do índice TRIPS ao modelo de previsão que inclui IG mais outras variáveis de risco populacionais significativamente (p < .05) melhora a previsão do modelo.
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RESULTADOS Habilidade em detectar mudanças no status infantil
Mudanças no índice TRIPS após o transporte foi associado com uma mudança na mortalidade em um período de 7 dias (Figura):
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Figure. Seven-day mortality rate associated with pre-transport TRIPS and change in TRIPS after transport.
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RESULTADOS Habilidade em detectar mudanças no status infantil
A diminuição do índice TRIPS após o transporte foi associada com baixa mortalidade. Um aumento no índice TRIPS em seguida ao transporte foi associado com alta mortalidade. Risco de mortalidade para neonatos com índice de 0 a 10 era muito baixo e não mudou significativamente após o transporte.
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RESULTADOS Previsão de mortalidade total nas UCINs
A performance preditiva do índice TRIPS para a mortalidade total nas UCIN foi significativamente (p < .05) melhor que a de ANTSS (score Alberta) ou IG, mas não significativamente melhor que SNAP-II. A adição de TRIPS à modelos preditivos que inclui somente IG e outras variáveis de risco populacionais variou significativamente (p<.05) melhorado a previsão do modelo.
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RESULTADOS Previsão de Hemorragia Intraventricular grave
A performance preditiva do índice TRIPS para HIV grave foi significativamente (p < .05) melhor que ANTSS mas similar a IG e SNAP-II. Adição de TRIPS ao modelo de previsão que inclui somente IG e variáveis de risco populacionais aumentaram a área ROC de 0.76 a 0.80, mas não alcançaram significância estatística (P = .1).
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DISCUSSÃO O índice TRIPS é um score de risco para o transporte neonatal. Os resultados confirmam a utilidade de parâmetros importantes comparados com parâmetros arbitrários na avaliação de riscos. Embora o índice TRIPS tome breves medidas em um único ponto no tempo, ele avaliou bem a mortalidade em 7 dias.
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DISCUSSÃO O índice TRIPS corretamente previu mudanças na mortalidade em 7 dias quando o estado do paciente mudou após o transporte. Índice TRIPS também pode ser usado para examinar possíveis razões para a mudança de estado do paciente após o transporte e identificar possíveis intervenções.
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DISCUSSÃO Por exemplo, deterioração no score TRIPS após o transporte atribuível a um subscore específico (por exemplo, hipotermia) pode identificar intervenções (por exemplo, melhorar a monitoração e a regulação da temperatura, uma melhor incubadora para o transporte), que melhorem a qualidade dos cuidados durante o transporte.
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DISCUSSÃO Deve-se notar que uma diminuição no índice TRIPS após o transporte pode ser devido à deterioração não prevenida em vez de uma pobre qualidade nos cuidados. Comparação dos resultados com aqueles de pacientes similares transportados por outras instituições podem ajudar a distinguir entre eles.
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DISCUSSÃO TRIPS também pode ser usado para avaliar aspectos não relacionados ao transporte. Por exemplo, variações inter-hospitalares no índice TRIPS pré-transporte podem fornecer percepções sobre o cuidado fornecido a neonatos antes da chegada da equipe de transporte.
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DISCUSSÃO Isto pode ajudar a identificar potenciais intervenções (por exemplo, treinamento de reanimação, melhor comunicação entre médicos referentes e consultores, melhores equipamentos e suporte no hospital de origem), que melhorem a estabilização dos recém-nascidos antes da chegada da equipe de transporte.
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DISCUSSÃO Nos atuais scores de gravidade de doenças neonatais (Índice de Risco Clínico para Bebês - CRIB e SNAP-II) medidas fisiológicas feitas durante um período prolongado de 12 horas podem ser afetadas por intervenções das UCINs durante esse período.
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DISCUSSÃO Neste sentido, o score TRIPS faz medidas fisiológicas práticas em um breve período de tempo. Não foi encontrada nenhuma diferença significativa entre TRIPS e SNAP-II na previsão da mortalidade em 7 dias, mortalidade total nas UCINs e HIV grave.
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DISCUSSÃO TRIPS pode ser usado para avaliar a gravidade da doença no momento da admissão na UCIN, mas isto exige uma validação separada em neonatos nascidos no mesmo hospital das UCIN.
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DISCUSSÃO Para recém-nascidos com IG ≤ 32 semanas, a IG isolada foi tão preditiva quanto o score TRIPS ou SNAP-II para a ocorrência de HIV grave e mortalidade total nas UCIN. Isto não implica que SNAP-II e TRIPS não sejam úteis para a previsão de HIV grave ou mortalidade em neonatos com IG ≤ 32 ao transporte. Ao contrário, isto mostra que o status fisiológico isolado é tão preditor de HIV grave ou de mortalidade quanto IG.
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DISCUSSÃO O score TRIPS melhora significativamente o desempenho dos modelos da previsão que usam somente a IG e outras variáveis de risco populacionais. Os resultados confirmam que os modelos de previsão das UCINs deveriam usar o score TRIPS associado à IG e à outras variáveis de risco.
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LIMITAÇÕES A amostra somente incluiu 71% da população de estudo; isto pode resultar em viés. Recém-nascidos incluídos e excluídos tiveram características similares, e a porcentagem perdida da amostra foi na maior parte devido a omissão inadvertida no levantamento de dados imediatos pelas equipes de transporte na chegada ao hospital de origem.
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LIMITAÇÕES Foram avaliados somente a ocorrência de mortalidade e de HIV grave. Validações futuras poderiam igualmente avaliar a previsão para outros resultados nas UCIN (por exemplo, doença pulmonar crônica ou leucomalácia periventricular). O índice TRIPS não é destinado a tomada de decisões éticas e não deve ser usado como um substituto para o julgamento clínico.
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NOTA: Do editor do site www.paulomargotto.com.br Dr. Paulo R. Margotto
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AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE
TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO Autor(es): Dr. Raulê de Almeida/Paulo R. Margotto Embora o transporte infantil seja um componente chave no cuidado neonatal/perinatal, há uma falta de instrumentos adequados para avaliar o cuidado no transporte. O SNAP-II (Score for Neonatal Acute Physiology - Version II) não é adequado para o transporte porque requer coleta de dados prolongados por mais de 12h. Lee e cl examinaram todas as crianças, nascidas externamente, que foram transportadas por 8 Unidades de Cuidado Intensivo Canadense (N=2437 crianças), com uma proposta de criar um sistema baseado na fisiologia, validado e prático para a avaliação dos resultados de transporte de RN. O estudo incluiu 1723 crianças (71%) que tenham dados completos do transporte. O TRIPS compreende 4 itens: temperatura, pressão arterial, status respiratório e resposta ao estímulo álgico .
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Os dados foram colhidos imediatamente antes da saída do Hospital de origem e imediatamente na chegada ao Hospital de referência (dentro de 15 minutos). Assim, a mudança na pontuação TRIPS medida antes e após o transporte inclui o efeito do cuidado proporcionado à criança pela equipe de transporte. Os autores usaram a Curva ROC para avaliar a performance do TRIPS na predicção dos critérios padrões da mortalidade no 7º dia (idade gestacional 32 semanas e > 32 semanas) . Para as crianças 32 semanas de gestação e com idade dentro de 72h de vida, o TRIPS foi avaliado para a predicção de hemorragia peri/intraventricular - HP/HIV severa ( grau 3 da classificação de Papile e cl). A HP/HIV é mais provável ser afetada pelo transporte do que qualquer outra morbidade maior na UTI Neonatal. Para a mortalidade na UTI Neonatal nos primeiros 7 dias e para a mortalidade total, o TRIPS discriminou mortalidade de sobrevivência com a área sob a curva (Curva ROC) de 0,83 e 0,76 respectivamente. O aumento e diminuição do escore TRIPS após o transporte foi associado com aumento e diminuição da mortalidade respectivamente. Para a predicção de HP/HIV: a área sob a curva (Curva ROC) foi de 0,74.
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O TRIPS é um escore de transporte neonatal baseado no risco, sendo útil na predicção da mortalidade no 7º dia, da mortalidade total da UTI Neonatal e HP/HIV severa. Houve um prognóstico correto da mortalidade no 7º dia quando o status do paciente mudou após o transporte. Assim, o TRIPS pode ser usado para examinar as possíveis razões para a mudança no status do paciente durante o transporte e para identificar soluções potenciais (exemplo: hipotermia - identificar intervenções, como, melhor monitoramento da temperatura e regulação melhor da incubadora de transporte). Muitas vezes a diminuição do TRIPS após o transporte pode ser devido à deterioração da criança em função da gravidade do seu quadro clínico. O TRIPS pode ser usado para avaliar os aspectos não relacionados ao transporte; por exemplo: variações inter-hospitais no TRIPS do pré-transporte pode proporcionar subsídios no cuidado oferecido às crianças antes da chegada da equipe de transporte, podendo ser útil na identificação de intervenções potenciais, como, treinamento de ressuscitação, melhorando assim a estabilização das crianças antes da chegada da equipe de transporte. Assim, o TRIPS pode ser usado para monitorizar a qualidade do cuidado em Hospitais da comunidade antes do transporte da criança e seguir decisões para melhorar os recursos.
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Os autores não encontraram diferenças significantes entre o TRIPS e o SNAP-II na predicção da mortalidade no 7º dia, na mortalidade total na UTI Neonatal e na HP/HIV severa. Assim, o TRIP poderia até ser usado para avaliar a severidade da doença no tempo de admissão na UTI Neonatal, mas isto requer validação separada em crianças nascidas no mesmo Hospital da UTI Neonatal. O TRIP não é dirigido para a tomada de decisão ética e não deve ser usado como um substituto para o julgamento clínico.
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Consultem também: APLICAÇÃO DO ESCORE CRIB PARA AVALIAR O RISCO DE MORTALIDADE NEONATAL. Autor(es): Ana Lúcia F. Sarquis, Mitsuru Miyabi, Mônica N. L. Cat Escore de Avaliação da Severidade da Doença Neonatal SNAP II e SNAP-II-PE Autor(es): Dr. Paulo R. Margotto
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Bioestatística Básica
Curva “ROC” ROC - Receiver Operator Caracteristic COR - Características de Operação do Receptor Forma de representar a relação normalmente antagônica entre SENSIBILIDADE e ESPECIFICIDADE de um teste diagnóstico quantitativo, ao longo de um contínuo de valores ponto de corte (“cut off point”) O “cut off point” vai influenciar as características do teste A Curva ROC descreve diferentes valores de SENS e ESPECIF para um determinado número de valores “cut off point” Margotto PR. ESCS
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Bioestatística Básica
Curvas “ROC” -Permitem evidenciar os valores para os quais existe maior otimização da sensibilidade em função da especificidade ponto em que se encontra mais próximo do canto superior esquerdo do diagrama -Permitem quantificar a exatidão de um teste diagnóstico (proporcional à área sob a curva) -Permitem comparar testes diagnósticos Margotto PR. ESCS
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CURVA ROC Falso- positivo (1-especificidade) Margotto PR. ESCS
Teste A-melhor acurácia que o teste B (teste inválido: os seus resultados não são melhores do que os da chance) Ponto 1: maior valor se sensibilidade e especificidade; ponto 2: maior sensibilidade, porem menor especificidade; ponto 3: maior especificidade, porém, menor sensibilidade A escolha do “cut off” vai depender do interesse em aumentar a sensibilidade ou a especificidade Margotto PR. ESCS
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