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Curso de Redação Professor Gustavo Borges
Arte - Realismo Curso de Redação Professor Gustavo Borges
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Contexto 1850 – 1900 Crescente industrialização do mundo.
Avanço do cientificismo como organizador social.
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Temas Realistas Atendimento às necessidades urbanas, criadas pela industrialização. Não há mais ricos palácios e templos. Foco nas fábricas, estações ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais, cortiços...
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Gustavo Coubert – 1819-1877 Moças Peneirando Trigo.
Técnica Fotográfica. Anonimato Universalismo Impessoalidade Determinismo
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Gustavo Coubert – “Não sou só um socialista, mas também um republicano, uma partidário da revolução, uma amigo sincero da verdade real”
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Honoré Doumier – 1808-1879 O Vagão de Terceira Classe (1863/65)
O Cotidiano, a vida sofrida. A luz como reflexo psicológico. Discriminação, preconceito. Indiferente. Visão Marxista, determinista, biológica
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Na Literatura Cap 139 – De como não fui Ministro de Estado
Cap 140 – Que explica o anterior Há coias que melhor se dizem calando.
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Dom Casmurro
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O Cortiço – Aluísio Azevedo
Ele pôs-se logo a devorar, sofregamente, olhando inquieto para os lados, como se temesse que alguém lhe roubasse a comida da boca. Engolia sem mastigar, empurrando os bocados com os dedos, agarrando-se ao prato e escondendo nas algibeiras o que não podia de uma só vez meter para dentro do corpo. Causava terror aquela sua implacável mandíbula, assanhada e devoradora; aquele enorme queixo, ávido, ossudo e sem um dente, que parecia ir engolir tudo, tudo, principiando pela própria cara, desde a imensa batata vermelha que ameaçava já entrar-lhe na boca, até as duas bochechinhas engelhadas, os olhos, as orelhas, a cabeça inteira, inclusive a sua grande calva, lisa como um queijo e guarnecida em redor por uns pêlos puídos e ralos como farripas de coco.
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Firmo propôs embebedá-lo, só para ver a sorte que ele daria
Firmo propôs embebedá-lo, só para ver a sorte que ele daria. O Alexandre e a mulher opuseram-se, mas rindo muito; nem se podia deixar de rir, apesar do espanto, vendo aquele resto de gente, aquele esqueleto velho, coberto por uma pele seca, a devorar, a devorar sem tréguas, como se quisesse fazer provisão para uma outra vida.
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A Poesia Realista Portuguesa – Cesário Verde
O Sentimento dum Ocidental I Avé-Maria Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina.
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Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras; E algumas, à cabeça, embalam nas canastras Os filhos que depois naufragam nas tormentas. Descalças! Nas descargas de carvão, Desde manhã à noite, a bordo das fragatas; E apinham-se num bairro aonde miam gatas, E o peixe podre gera os focos de infecção!
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O Realismo na música
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