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Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências I

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Apresentação em tema: "Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências I"— Transcrição da apresentação:

1 Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências I
Aula VI – Delineamentos de Pesquisa Sem Intervenção

2 Delineamentos de pesquisa sem intervenção
Pesquisa bibliográfica ou documental; Estudo de caso; Observação Direta; Observação Participante; Pesquisa Participante; Grupos Focais. Produz uma intervenção, de fato. Mas esta intervenção é de natureza diferente da pesquisa experimental que analisamos antes. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

3 Observação direta Acontece quando o pesquisador apenas observa in loco o que acontece, sem participar dos eventos que observa. Importante: na observação direta o pesquisador não é parte do grupo pesquisado e não participa das atividades do grupo. Como o nome diz, o pesquisador apenas observa o grupo estudado, interagindo o mínimo possível de modo a não interferir no comportamento do grupo Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

4 Observação Direta (cont.)
Pode ser um delineamento em si ou pode ser parte de uma estratégia de pesquisa mais ampla: por exemplo, pode ser parte de um estudo de caso ou de uma pesquisa etnográfica. Exemplo: um sociólogo de um Instituto de Pesquisas vai estudar os processos de tomada de decisão em uma reunião do Conselho de Classe da Escola O Sociólogo não é um professor e não vivencia a escola como os professores fazem. O Sociólogo não pode ter a percepção de determinado evento da mesma forma como os professores que participaram deste evento ou que dele tomaram conhecimento. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

5 Observação Direta (cont.)
O pesquisador tem uma matriz cultural diferente do grupo analisado. Os juízos do pesquisador são sempre externos ao universo cultural dos pesquisados. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

6 Observação Direta (cont.)
A exemplo de outros delineamentos, o papel do pesquisador é fundamental na observação direta: O pesquisador quer ser confundido com o ruído de fundo tanto quanto isso seja possível; O pesquisador não deve se envolver com disputas ou emitir opinião alguma sobre os temas desenvolvidos no ambiente observado; O pesquisador busca tanto evidências objetivas e subjetivas; O registro das visitas deve ser feito tão logo as visitas sejam concluídas; As visitas devem durar em torno de duas horas. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

7 Observação Direta (cont.) – Um pressuposto implícito
Pressuposto da objetividade do observador. O observador e o objeto observado podem ser isolados um do outro. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

8 Intermezzo – O Positivismo
Evolução da Humanidade Fase Teológica: Fase Metafísica: Fase científica: Busca relações entre eventos. Fase do mito e da religião. foco na causa dos eventos, filosófica. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

9 Intermezzo – O Positivismo (cont.)
Ordem mantida Fase científica Ordem Social Propriedade Privada se justifica Comandada Homem de Ciência organiza Estado racional Faz a Distribuição de riqueza Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

10 Intermezzo – O Positivismo (cont.)
Homem Positivo Formado Religião da Humanidade Reforma intelectual Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

11 Intermezzo – O Positivismo (cont.)
Ciência Positiva Instrumento Ciência principal Sociologia Positiva Análise Controle Ver para prever! Estática Dinâmica Ordem Processo dentro da ordem Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

12 Intermezzo – O Positivismo (cont.)
O cientista positivo Distinto Busca É Objeto Objetivo Relações Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

13 Intermezzo – O Positivismo (cont.)
A grande pergunta: O distanciamento entre o pesquisador e o objeto da pesquisa é possível em Ciências Sociais? Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

14 Intermezzo – O Positivismo (cont.)
Para muitos pesquisadores a resposta é: não! As Ciências Sociais não podem seguir o modelo das Ciências Físicas! Necessidade de buscar metodologias próprias ao contexto das Ciências Sociais! Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

15 Observação participante
O pesquisador é alguém do grupo que participa do processo e o estuda ao mesmo tempo: o pesquisador e o objeto da pesquisa se confundem. A matriz cultural do pesquisador é a mesma do grupo pesquisado. A visão da pesquisa é interna. O grupo objeto da pesquisa não participa do processo de pesquisa:o pesquisador decide a questão da pesquisa e sua metodologia. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

16 Observação Participante(cont.) – um exemplo
Exemplo: um professor da escola decide estudar os processos de tomada de decisão em uma reunião do Conselho de Classe da Escola na qual trabalha. O professor vivencia a escola como os outros professores fazem. O professor pode ter a percepção de determinado evento da mesma forma como os outros professores que participaram deste evento ou que dele tomaram conhecimento. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

17 Observação participante (cont.)
Questão: o pesquisador pode ser “objetivo” em sua análise? Os registros de campo são a principal fonte de evidências do observador. Questões metodológicas O pesquisador não tem um roteiro prévio de observação. Não há levantamento de hipóteses a priori. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

18 Observação Participante (cont.) – Validade e generalização.
Questões de validade. Questões de generalização Questões metodológicas Objetivação no processo de análise das evidências. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

19 Observação Participante (cont.) – Relatório de Campo
É a descrição pormenorizada dos acontecimentos presenciados pelo pesquisador em suas vivência da situação analisada. Novamente, as regras gerais para o estudo de caso se aplicam: É descritivo. É produzido imediatamente após os acontecimentos vivenciados pelo pesquisador . Traz os comentários do pesquisador e suas impressões. Cada dia de observação produz um relatório de campo. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

20 Observação Participante (cont.) – Relatório de Observação
É o relato da observação; Tem caráter de síntese; É interpretativo; É baseado nos Relatórios de Campo; Descreve a metodologia de observação; Descreve a metodologia de análise dos dados. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

21 Pesquisa Etnográfica O pesquisador não pertence ao grupo que participa do processo de pesquisa; O pesquisador convive grande parte do tempo com o grupo que estuda; O pesquisador vive da maneira que o grupo estudado vive ao mesmo tempo. A matriz cultural do pesquisador não é a mesma do grupo pesquisado. A visão da pesquisa é externa. O grupo objeto da pesquisa não participa do processo de pesquisa:o pesquisador decide a questão da pesquisa e sua metodologia. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

22 Pesquisa Etnográfica (cont.) – um exemplo
Exemplo: um professor da escola decide estudar os processos de criação de links afetivos entre crianças de escolas de assentamento e a escola. O professor passa a viver entre os assentados, produzindo com eles e observando o comportamento do grupo. O professor não pode ter a percepção de determinado evento da mesma forma como os assentados que participaram deste evento ou que dele tomaram conhecimento. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

23 Pesquisa Etnográfica (cont.) – Metodologia
Instrumento de coleta de dados Tipo de análise dos dados Registros dos dados Pesquisador Interpretativa Diário de Campo Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

24 Pesquisa Etnográfica (cont.) – Relatório de Campo
É a descrição pormenorizada dos acontecimentos presenciados pelo pesquisador em suas vivência da situação analisada. Relatório de campo. Relatório de campo. É descritivo. É produzido imediatamente após os acontecimentos vivenciados pelo pesquisador . Traz os comentários do pesquisador e suas impressões. Cada dia de observação produz um relatório de campo. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

25 Pesquisa Participante – Possíveis definições
Pesquisa da ação voltada para as necessidades de populações que compreendem operários, camponeses, agricultores e índios, as classes mais carentes nas estruturas sociais contemporâneas, levando-se em conta suas aspirações e potencialidades de conhecer e agir. É a metodologia que procura incentivar o desenvolvimento autônomo (autoconfiante), a partir das bases e de uma relativa independência do exterior. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

26 Pesquisa Participante – Possíveis definições
... é um modo de pesquisa social mediante o qual se busca a plena participação da comunidade na análise de sua própria realidade, com o objetivo de promover a transformação social para o benefício dos participantes da pesquisa. Estes são os oprimidos, marginalizados e explorados. Esta atividade é, portanto, atividade educativa de pesquisa e ação social. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

27 Diferenças em relação à pesquisa tradicional
A quantificação não é o único caminho para o conhecimento e a Ciência; Não há dissociação entre pesquisador– objeto da pesquisa: produção coletiva do conhecimento; É uma ação orientada para projetos de transformação social; É um processo político localizado; A produção do conhecimento gera consciência sobre a realidade. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

28 Pesquisa Participante e ideologia
Ideologia: certa forma de representar a realidade por meio de um conjunto de ideias Abstração da realidade Caráter político Versão incompleta da realidade Modelo de mundo Está a serviço de um grupo Ocultações são tão importantes quanto explicitações Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

29 Pesquisa Participante e ideologia (cont.)
Mecanismos ideológicos Aparelhos Ideológicos do Estado Aparelhos Repressores do Estado Função doutrinária Função repressora de contramanifestações Ex.: Escola Ex.: Aparato policial Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

30 Pesquisa participante e ideologia (cont.)
Explicitação da ideologia Pesquisa participante Pesquisa tradicional (de cunho positivista) Implícita: aparece nos usos dos resultados. Explícita: parte do próprio processo. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

31 Pesquisa Participante – O papel do pesquisador
Na Pesquisa Participante o pesquisador contribui com sua competência técnica. O grupo define a pesquisa A divulgação dos resultados O problema de pesquisa A metodologia A execução Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

32 Pesquisa Participante - Metodologia
Montagem Institucional e Metodológica Estudo preliminar da população e da região Metodologia Análise Crítica dos problemas considerados prioritários Programação e aplicação de um plano de ação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

33 Pesquisa Participante - Tipologia
Participação a partir da devolução da informação; Participação a partir da coleta de dados; Participação plena – Tema escolhido pelo especialista; Participação plena – Tema escolhido pela comunidade; Participação na investigação a partir da ação educativa Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

34 Observação Direta, Observação Participante, Pesquisa Etnográfica e Pesquisa Participante – Críticas
Temos os mesmos problemas e virtudes de outros delineamentos não intervencionistas. Falta Rigor Há modos de verificar a confiabilidade Viés devido ao pesquisador Viés devido ao pesquisador Idem Falta de base para generalizar Outros estudos de caso ou outros tipos de pesquisa podem ajudar a generalizar. Falta de base para generalizar Extensão no tempo Extensão no tempo Há modos de diminuir o tempo necessário. Há modos de diminuir o tempo necessário. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

35 Observação Direta, Observação Participante e Pesquisa Etnográfica – Com as mesmas soluções
Use múltiplas fontes de evidências Permite o cruzamento de dados Construa uma base de dados Sistematização e reprodutibilidade Forme uma cadeia de evidências Hipóteses apoiadas em evidências prévias Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

36 Pesquisa Participante – Críticas particulares
O caráter participante é local; Dependência do grau de motivação, nível de comprometimento da comunidade e das possibilidades políticas do contexto da pesquisa. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

37 Pesquisa ação: pesquisa como ferramenta de transformação
Pesquisa Participante Pesquisa ação Intencionalidade de transformação política Compromisso com a transformação social Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

38 Fim da aula 6 paulo.rosa@ufms.br
Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

39 Montagem Institucional e Metodológica
O pesquisador discute o projeto de pesquisa com a comunidade: Quais os objetivos da pesquisa? Quais hipóteses e métodos serão utilizados? Que conceitos serão abordados? Qual a delimitação geográfica e temporal da pesquisa? Quais instituições e grupos participarão da pesquisa? Quem cumprirá cada tarefa? Como as decisões serão tomadas? Voltar Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

40 Estudo Preliminar As características da população são analisadas:
Quais as necessidades da população? Quais os problemas que a população enfrenta? Quais os dados socioeconômicos daquele grupo? Quais as categorias de análise? Devolução dos primeiros resultados ao grupo. Voltar Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 6 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS


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