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Perspectiva Benvenistiana

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Apresentação em tema: "Perspectiva Benvenistiana"— Transcrição da apresentação:

1 Perspectiva Benvenistiana
Teoria da Enunciação Perspectiva Benvenistiana Émile Benveniste França, Breal:

2 Benveniste não segue a tradição de colocar todos os pronomes em uma mesma categoria (como classe morfológica).

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4 Benveniste apresenta uma nova divisão:
- pronomes que pertencem à sintaxe, como anáforas (ele, ela, aquele, sua...) - pronomes que pertencem às instâncias do discurso, como signos que são atualizados na instância do discurso pelo locutor (eu – tu)

5 Instância linguística
Instância de discurso eu – tu (pessoas do discurso) Instância linguística ele (não-pessoa) “tu” em Port.: você (Vossa Mercê, Vosmecê), o Senhor, o Doutor, vocês, vós...

6 Analise os pronomes

7 tu – pessoa não-subjetiva ele – não pessoa
eu – pessoa subjetiva tu – pessoa não-subjetiva ele – não pessoa (tu) (ele) (eu)

8 Eu homem => indivíduo => locutor => pessoa => “eu”
Principalmente em textos falados O enunciado que tem “eu” inclui nele mesmo o locutor Não tem uma única referência. Cada “eu” tem sua referência própria – o ser único que enuncia

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10 Eu “Eu” é aquele que enuncia a presente instância de discurso que contém a instância linguística “eu” Isso pode ser explícito ou implícito no enunciado

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12 Aponte possíveis referentes (pessoas do discurso, momento, lugar) para cada um dos dêiticos dos enunciados a seguir a partir de diferentes situações de enunciação: 1) Eu estou aqui. 2) Vim ontem.

13 Imagine o diálogo entre A e B nas duas situações e aponte os referentes das palavras em negrito:
A: Preciso falar com a senhora. B: Acabei de chegar. Espera, que eu já falo contigo. Situação 1: O funcionário A chega à diretoria às 9 horas da manhã e fala com a diretora B. Situação 2: A cliente A telefona à cartomante B às 5 horas da tarde.

14 Instância da História Instância do Discurso
enunciado objetivo = não pessoa Ele então (=naquele momento) no mesmo dia na véspera no dia seguinte na semana seguinte três dias antes aquele/aquilo Referência sintática a outros elementos do texto (anáforas) Instância do Discurso enunciado subjetivo = pessoa Eu Aqui Agora Hoje Ontem Amanhã na próxima semana há três dias este/isto (correlato: esse/isso) A partir do ponto em que está o “eu” Signos vazios se tornam plenos em cada novo discurso Signos ligados ao exercício da língua, quando o indivíduo se apropria da língua

15 Dêixis se define em relação à instância do discurso sob a dependência do “eu” que aí se enuncia. é contemporânea da instância de discurso que tem o “eu”, é dependente do eu Dêiticos são formas vazias que são preenchidas a cada enunciação. Nelas o sujeito refere à sua pessoa. Ex.: aqui, vir, hoje, este...

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17 Linguagem não é instrumento de comunicação – Isso significaria o homem separado da linguagem “A linguagem está na natureza do homem, que não a fabricou.” é própria do homem, faz parte dele, não há separação homem-linguagem

18 Linguagem É na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito. A linguagem só é possível porque cada locutor se apresenta como sujeito no discurso.

19 Saussure e Benveniste Saussure – língua X fala / língua = repertório de signos e sistema de combinações Benveniste: língua assumida pelo homem na fala sob a condição da intersubjetividade língua = se manifesta nas instâncias de discurso discurso = linguagem posta em ação A linguagem contém as formas linguísticas apropriadas à expressão da subjetividade.

20 Saussure: árvore = entidade lexical
Signo: som + conceito Benveniste: eu = não é um conceito, não se refere a um indivíduo particular “eu” – não tem um conteúdo/referente como “árvore”; não designa um único indivíduo Se refere ao ato de discurso individual no qual é pronunciado, e lhe designa o locutor. E o locutor se enuncia como sujeito.

21 Subjetividade: capacidade do locutor para se propor como sujeito (no discurso, pela linguagem)

22 “eu” se refere ao ato de discurso individual no qual é pronunciado e lhe designa o locutor
sua referência é sempre atual (agora) e só pode ser identificado na instância de discurso “eu” é do nível pragmático da linguagem: signo + sujeito que emprega o signo

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24 Tempo Presente Na gramática: o tempo em que se está
Na teoria da enunciação: o tempo em que se fala

25 Atividade: explicação teórica das diferenças
Eu sofro = descrição de si Eu estou sentindo que o tempo vai mudar = descrição de si + hipótese Eu acho que o tempo vai mudar = hipótese – modalizador: nem V, nem F Eu suponho que o tempo vai mudar = hipótese Garanto que o tempo vai mudar = não é descrição de si, é hipótese ou ato de fala

26 Eu juro = não é descrição de uma ação, é a ação de comprometer-se
Ele jura = descrição de uma ação – o “ele” não fica comprometido Ahã, jura.

27 Atividade: explicação teórica das diferenças
Eu prometo = não é descrição de si, é ato de fala Eu prometi = é descrição Ele promete = é descrição Tu prometes = é descrição, mas pode ser pedido, ordem... Nós prometemos

28 Ato de fala só existe no enunciado porque foi instaurado pelo eu no instante da enunciação, ou seja, é cumprido no momento da enunciação.

29 3 movimentos de análise:
Subjetividade Intersubjetividade Intercambialidade

30 Subjetividade O sujeito se constitui lingüisticamente pela enunciação do eu no enunciado. O eu se constitui como locutor no seu enunciado e institui um tu, seu interlocutor.

31 Intersubjetividade O eu é o centro da enunciação. Só existe o tu em função de um eu. O eu instaura o tu. Só existe um eu porque existe um tu. A consciência de si mesmo só é possível se expermentada por contraste.

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33 Intercambialidade O eu e o tu trocam de posição durante um diálogo.

34 o sujeito remete a si mesmo como eu no discurso e propõe o tu como seu eco
o tu é exterior ao eu, mas o eu só existe porque instaura o tu. eu – transcende (é superior) ao tu eu e tu: dois polos numa realidade dialética, ou seja, numa relação mútua

35 E quanto ao ELE? Fulano está no velório à beira do caixão, quando um desconhecido se aproxima e pergunta: “Quem é o morto?” E Fulano, com os olhos em lágrimas, aponta para dentro do caixão e responde: “Ele, ora!”

36 Eleni Jacques Martins. Enunciação e diálogo.
Sobre o ele: conteúdo representativo da enunciação, enunciado. Passa a ser visto como elemento integrante e constituidor da enunciação. Não só o eu e o tu estão na relação semântica, mas também o ele. O eu (quem diz) só se constitui como sujeito de discurso e só institui o tu (para quem diz) como seu interlocutor em função de um ele (o que é dito). A não-pessoa (ele) é elemento constitutivo da relação interpessoal.

37 eu tu ele


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