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Literatura 4ª Aula Barroco

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Apresentação em tema: "Literatura 4ª Aula Barroco"— Transcrição da apresentação:

1 Literatura 4ª Aula Barroco
03 de maio de 2013 Proceu

2 Revisão Qual o a última escola literária estudada?
Durante que período ela se desenvolveu em Portugal? Características da obra literária no período. Medida nova: Decassílabos Os versos decassílabos clássicos podem ser: Heróico: com acento obrigatório (cesura) na 6ª e na 10ª sílaba Sáfico: Com cesuras na 4ª, 8ª e 10ª sílabas

3 Contexto Histórico Geral
Monarquias absolutistas – consagrar valores através da arte. Início da Reforma Protestante: Em 1517 na Alemanha (Lutero,) seguida pela França em 1532 (Calvino). Teoria da predestinação e Ética protestante (Calvino) que coaduna com o Capitalismo incipiente sendo atrativa para a burguesia. Contra-Reforma – Concílio de Trento ( ) – Index Utilização da arte sacra pela Igreja Católica. Lutero condenava as representações sagradas como idolatria. O Calvinismo foi ainda mais rigoroso em sua aversão à arte sacra, dando origem a episódios de iconoclastia.

4 Contexto Histórico Geral
Demonstração de poder e grandeza. Consolidação de novo mercado consumidor da arte – burguesia emergente. Expressão na pintura, escultura, arquitetura e literatura. Maneirismo: Movimento artístico de transição entre Renascimento e Barroco “Camões, na sua época, é já um poeta amaneirado a fazer a transição da sobriedade clássica para os exageros do Barroco...”

5 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o Mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem (se algum houve), as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e, enfim, converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor espanto, que não se muda já como soía (Luís Vaz de Camões)

6 Características: - Pessimismo;
- Engenhosidade e teatralidade da linguagem - Linguagem rebuscada e trabalhada ao extremo → Figuras de linguagem: conciliar contrários. - Tendência à alusão (descrição indireta); - Dualismo: Conflito existencial: → o homem dividido entre a herança religiosa e mística medieval e o espírito humanista, racionalista do Renascimento / Fé x Razão; Corpo x Alma; Deus x Diabo; Vida x Morte; Real x Ideal -Fugacidade: Tudo é passageiro e instável, as pessoas, as coisas mudam, o mundo muda. Consciência do caráter efêmero da existência. -Feísmo: Atração por cenas trágicas, por aspectos cruéis, dolorosos e grotescos / Imagens exuberantes e exageradas (deformadas pelos detalhes) / Ruptura com a harmonia e equilíbrio clássico

7 Figuras de linguagem mais utilizadas
Metáfora: figura de linguagem em que se substitui o significado da palavra por outra a partir de uma semelhança; Antítese: aproximação de dois pensamentos contrários (palavras ou frases); Paradoxo: afirmação contraditória: “é dor que desatina sem doer” (Camões) Hipérbole: Expressão deliberadamente exagerada; Hipérbato: Inversão Violenta dos termos da frase: “a quem tirar não pode o mundo nada” (Francisco Manuel de Melo)

8 Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? (Luís Vaz de Camões)

9 Tendências Literárias
Cultismo (ou Gongorismo): hipertrofia da dimensão sensorial (sonoridade e imagem) da obra literária. Uso excessivo das figuras de linguagem. Descritivismo rebuscado, rico e tortuoso. Sinestesia: (mistura de sentidos), ex: “Esta chuvinha de água viva esperneando luz e ainda com gosto de mato longe, meio baunilha, meio manacá, meio alfazema” (Mário de Andrade) Conceptismo: Uso da razão em detrimento da emoção, raciocínio engenhoso, analítico, usa-se de paradoxos e sutilezas lógicas.

10 Contexto do Barroco em Portugal
Final do Séculos XVI ao Séc. XVIII ( ) 1580 Portugal é integrado à Espanha após as disputas pela sucessão de D. Sebastião; Declínio comercial e naval; 1640 Restauração da Coroa – D. João IV - Dinastia de Bragança Segunda metade do séc. XVII Descoberta do ouro em Minas Gerais – novo enriquecimento de Portugal

11 Padre Antônio Vieira Principal autor do Barroco Português
Nasceu em Lisboa em (1608) e morreu na Bahia(1697) Missionário da Companhia de Jesus; Importante figura política na colônia (defesa dos índios, de judeus, de cristãos-novos, da abolição da escravidão e contra abusos da Inquisição)

12 Sermões Sermão de Santo António aos Peixes: Caráter alegórico
Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda: Relaciona-se com a invasão dos Holandeses no Nordeste Brasileiro. Sermão do Bom Ladrão: Ataca e critica aqueles que se utilizam do poder público para enriquecer ilicitamente. Denuncia escândalos no governo, gestões fraudulentas e falta das punições.

13 Estrutura dos sermões 1 – Exórdio ou introdução a) Tema b) Exposição
2 – Demonstração ou argumentação 3 – Peroração ou Conclusão Questão: Pe. Antônio Vieira prioriza o cultismo ou conceptismo?

14 Barroco Brasileiro Cronologia
Início: 1601 – Prosopopeia (Bento Teixeira) Término: 1768 – Início do neoclassicismo Transplante cultural da Europa para a colônia Portuguesa A cultura brasileira do período se desenvolver quase exclusivamente na capital, Salvador. Por esse motivo o Barroco brasileiro também é chamado, por alguns historiadores, de Escola Baiana.

15 Gregório de Matos – “Boca do Inferno” (Salvador, 1633 – Recife, 1695)
Autor baiano de relevo no seiscentismo; Também chamado de “Boca do Inferno”, devido à sua linguagem maliciosa e ferina, e à sátira com a qual criticava pessoas e instituições da época (não dispensando palavras de baixo calão), além de usar o erótismo em suas poesias.

16 Realizou os estudos em Portugal e manteve íntima relação com a metrópole.
Influenciado pelo Cultismo do poeta espanhol Gongora e pelo Conceptismo de Quevedo. Foi deportado para a Angola em 1694.

17 Obras de Gregório de Matos
Poesia sacra (temática Religiosa) Lírica amorosa Poesia satírica Poesia Burlesca Refletindo o dualismo Barroco, demonstrava em suas obras ora aversão pelo clero, ora profunda devoção às coisas sagradas, além de expressar teor sensual e pornográfico em alguns de seus versos.

18 Aos Vícios (trechos) Gregório de Matos
Quantos há que os telhados têm vidrosos, E deixam de atirar sua pedrada, De sua mesma telha receosos? Uma só natureza nos foi dada Não criou Deus os naturais diversos; Um só Adão criou e esse de nada. Todos somos ruins, todos perversos, Só nos distingue o vício e a virtude, De que uns são comensais, outros adversos Quem maior a tiver do que eu ter pude, Esse só me censure, esse me note, Calem-se os mais chitom , e haja saúde. Eu sou aquele que os passados anos Cantei na minha lira maldizente Torpezas do Brasil, vícios e enganos. (...) De que pode servir calar quem cala? Nunca se há de falar o que se sente Sempre se há de sentir o que se fa1a. Qual homem pode haver tão paciente, Que, vendo o triste estado da Bahia Não chore, não suspire e não lamente?


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