A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

A relação entre a Oceanografia

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "A relação entre a Oceanografia"— Transcrição da apresentação:

1 A relação entre a Oceanografia
e a Arqueológica Subaquática Resumo: A Oceanografia assemelha-se de imediato com a Arqueologia Subaquática por seu caráter inter e multidisciplinar. O entendimento das grandes áreas das Ciências do Mar é de grande valia quando se pretende lidar com prospecções e escavações arqueológicas subaquáticas. Muitas das técnicas e equipamentos comummente utilizados neste ramo da Arqueologia são oriundas das práticas oceanográficas. INTRODUÇÃO A relação do homem com o mar já é intima há muitos séculos e a compreensão científica dos oceanos vem naturalmente acompanhando essa conexão, com mais intensidade a partir da metade do século XIX, com a expedição Challenger, se tornado de fato uma ciência, a Oceanografia, como hoje a conhecemos. Já a Arqueologia Subaquática se estabeleceu como ciência um pouco mais tarde, meados do século XX, e vem aproveitando, desde então, várias técnicas e conceitos já amplamente utilizados e discutidos pela Oceanografia. ENTENDENDO A OCEANOGRAFIA A Oceanografia como ciência divide-se, basicamente, em quatro grandes áreas do conhecimento, sendo elas a Física, a Química, a Geológica e a Biológica. A Oceanografia Física é responsável pela compreensão, descrição e análise de fenômenos regidos por leis de natureza física, como por exemplo os movimentos de circulação dos oceanos. Já a Oceanografia Química estuda a caracterização química das águas e dos sedimentos marinhos, bem como suas propriedades, causas e efeitos relacionados. A Oceanografia Geológica fica responsável pelo entendimento da sedimentologia, da geomorfologia, da geofísica e dos processos morfodinâmicos marinhos e costeiros. Enquanto a Oceanografia Biológica estuda os organismos vivos, os ciclos de vida, as relações ecológicas e a interação com o meio. Além desses quatro aspectos, a Oceanografia ainda ressalva a vertente Social, a qual trata da inserção da figura do Homem como parte integrante desse mesmo meio ambiente. Muito mais do que essa compartimentalização do conhecimento, esta ciência visa, sobretudo, relacionar as grandes áreas de modo a gerar um entendimento macro dos ambientes relacionando-o com as questões antrópicas e socioeconômicas, o que torna o profissional da oceanografia extremamente versátil. RELAÇÃO DIRETA Desde o instante das análises preliminares para o conhecimento de um sítio é possível perceber a importação das técnicas oceanográficas, começando pela avaliação da profundidade do local a ser estudado, seja pela análise de cartas náuticas ou utilização de ecossondas (Fig. 01 e 02). Já na fase de prospecção, para a localização de vestígios submersos na superfície do fundo do mar pode ser empregado o sonar de varredura lateral, que originalmente é usado para o imageamento do relevo do leito marinho (Fig. 03). Ainda outros métodos podem ser acionados nesta etapa, como por exemplo, a sísmica de reflexão, que é empregado para pesquisas em profundidade na busca, principalmente, de jazidas de petróleo, mas pode ser adequada para a localização de sítios no perfil do assoalho marinho. Figura 03 – Exemplo de imagem captada pelo sonar de varredura lateral demostransdo do lado esquerdo a presença de vestígios arqueológicos. Fonte: Já para as escavações é imprescindível para as campanhas de campo que se tenha um bom conhecimento do local a ser intervencionado, ficando atento a questões como as condições do tempo e da hidrodinâmica atuante. Além desse entendimento para fins logísticos, o mais importante para o arqueólogo é compreender as condições ambientais do contexto ao qual o local está submetido, pois estas tem forte influência no estado de conservação do sítio, considerando, principalmente, a constituição da água do mar, a salinidade, a profundidade, a pressão da coluna d’água e a composição do fundo marinho. Estas conjunturas também vão definir a presença e organização da vida no local e assim possibilitar que organismos possam agir nos vestígios. Apesar da maioria dos sítios arqueológicos marinhos, principalmente os naufrágios, se encontrarem próximos a costa, onde a técnica do mergulho autônomo vem sendo a metodologia mais aplicada para escavações e salvamento de sítios, ainda podem ser observados alguns locais de interesse em grandes profundidades, como por exemplo, o Titanic, que descansa a cerca de 4km abaixo da superfície d’água no meio do Oceano Atlântico. Para estes tipos de intervenção estão sendo empregados mais recentemente os ROV’s (remotely operated vehicle) e submergíveis, já utilizados em expedições oceanográficas às profundezas, ampliando a atuação dos arqueólogos subaquáticos para áreas até então inexploradas arqueologicamente (Fig. 04). CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme fundamentado acima, a Oceanografia e a Arqueologia Subaquática, de fato, tem muitas similaridades, seja pelo emprego de técnicas específicas, mas principalmente pleo caráter científico multidisciplinar. O conhecimento gerado pelas grandes áreas da Oceanografia vem tendo cada vez mais aplicações diretas e indiretas em vários momentos dos estudos da Arqueologia Subaquática, quer seja orientando os trabalhos ou simplesmente colaborando em determinados aspectos interpretativos. Figura 04 – Ânfora sendo salvada pelo ROV Hercules de um sítio no Mar Mediterrâneo a mais de 1000 metros de profundidade. Fonte: Figura 01 – Carta náutica da região sudeste do Brasil apontando as isolinhas de profundidade. Fonte: mar.mil.br. Figura 02 – Ecossonda utlilizada em embarcações para mensurar o perfil da profundidade. Fonte: swre.com.br. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Ballard, R.D Archaelogical Oceanography. Oceanography, Volume 20, Number 4, a qurterly journal of The Oceanography Society. Trujillo, A. & Thurman, H Essentials of Oceanography. 8th editon. 552p. Laboratório de Arqueologia e Conservação de Património Submerso, Instituto Politécnico de Tomar, Quinta do Contador nº13, Estrada da Serra, Tomar (Portugal) Telf (ext. 3183) HAPONIUK, R.


Carregar ppt "A relação entre a Oceanografia"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google