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Barroco Profª Neusa
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Delírios da natureza Em um ponto me alegro, e me entristeço,
Choro e rio, ouso e temo, vivo e morro, Caio e grito, contemplo e não discorro, Parto e fico, não vou e me despeço. Lembro-me de mim, de mim me esqueço, Ora fujo, ora torno, paro e corro, Já atado, já solto, preso e forro, Lince e cego, me ignoro e me conheço. Eu mesmo me acredito e me desminto, Eu mesmo agravo o mal e peço a cura, Eu mesmo me consolo e me ressinto. Saiba, pois, toda a humana criatura, Que para escapar deste labirinto, Há de fugir às mãos da formosura. (Francisco de Pina e Melo, 1725)
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Dualidade existencialista CONFLITO ANTROPOCENTRISMO
(Renascimento) Dualidade existencialista Conciliação de opostos TEOCENTRISMO (Contra-reforma) CONFLITO
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CULTISMO CONCEPTISMO Dualidade estilística (Percepção sensorial)
(Percepção racional)
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CULTISMO Quando vejo de Anarda o rosto amado, vejo ao céu e ao jardim ser parecido porque no assombro do primor luzido tem o sol em seus olhos duplicado. Manuel Botelho de Oliveira CONCEPTISMO Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que «saiu o pregador evangélico a semear» a palavra divina. Bem parece este texto dos livros de Deus. Não só faz menção do semear, mas também faz caso do sair: Exiit, porque no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos. O Mundo, aos que lavrais com ele, nem vos satisfaz o que dispendeis, nem vos paga o que andais. Deus não é assim. Para quem lavra com Deus até o sair é semear, porque também das passadas colhe fruto. Sermão da Sexagésima, de Padre António Vieira.
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A Madona de Loreto (1603/5) Caravaggio
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Auto - retrato Anibale Carracci Arqueiro Tintoretto
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Rembrandt
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Rubens
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O enterro do conde de Orgaz
(El Greco) 1586
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Ao Braço do Mesmo Menino Jesus Quando Apareceu
O todo sem a parte não é todo, A parte sem o todo não é parte, Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga, que é parte, sendo todo. Em todo o Sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda a parte, Em qualquer parte sempre fica o todo.
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O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo, Assiste cada parte em sua parte. Não se sabendo parte deste todo, Um braço, que lhe acharam, sendo parte, Nos disse as partes todas deste todo.
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ARCADISMO
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Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes Os Zéfiros brincar por entre as flores? Vê como ali, beijando-se os Amores Incitam os nossos ósculos ardentes, Ei-las, de planta em planta, as inocentes, As vagas borboletas de mil cores. Naquele arbusto o rouxinol suspira, Ora nas folhas a abelhinha pára, Ora nos ares, sussurando, gira. Que alegra campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira, Mais tristeza que a noite me causara. (Bocage)
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Bucolismo 1) IMITAÇÃO DA NATUREZA
CARACTERÍSTICAS 1) IMITAÇÃO DA NATUREZA “Imitação" da natureza em sua ordenação, em sua serenidade, em seu equilíbrio Bucolismo Watteau
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Neoclassicismo: retorno ao universo de referências clássicas
2) BUSCA DA SIMPLICIDADE Verdade = Razão = Simplicidade 3) IMITAÇÃO DOS CLÁSSICOS Neoclassicismo: retorno ao universo de referências clássicas Pintam, Marília, os poetas a um menino vendado, com uma aljava de setas, arco empunhado na mão; ligeiras asas nos ombros, o terno corpo despido, e de Amor ou de Cupido são os nomes que lhe dão. Tomás A. Gonzaga
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5) PSEUDÔNIMOS PASTORIS
4) CLICHÊS ÁRCADES Fugere urbem (fuga da cidade) Locus amoenus (lugar aprazível, ameno) Carpem diem (aproveite o dia) Aurea Mediocritas (equilíbrio de ouro) Inutilia truncat (cortar o inútil – eliminar o excesso do Barroco) 5) PSEUDÔNIMOS PASTORIS Fingimento poético para não revelar sua identidade
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ARCÁDIA
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Claude Lorrain
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Paisagem com Narciso e Eco
Claude Lorrain
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