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VI Congresso Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras

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Apresentação em tema: "VI Congresso Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras"— Transcrição da apresentação:

1 VI Congresso Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras
EVOLUÇÃO DA ILHA DA CULATRA E DA BARRA DA ARMONA DESDE ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA ABERTURA DA BARRA DE FARO-OLHÃO Alexandre Santos Ferreira Elisabete Dias António Trigo Teixeira Cláudia Santos José leal Abril de 2011

2 Sumário Introdução e objecto deste trabalho Elementos de base
Enquadramento geológico e geomorfológico Métodos de análise Evolução da Ilha da Culatra e da Barra da Armona Influência da Barra de Faro-Olhão Possível influência sobre a Ilha da Armona Conclusões

3 Introdução A costa do Algarve pode ser dividida em duas zonas de constituição morfológica distinta: 1ª zona - Cabo de S. Vicente até à ponta da Medronheira – constituída por falésias, pequenas praias e cordões arenosos; 2ª zona – Ponta da Medronheira até à foz do rio Guadiana – constituída por extenso cordão arenoso, onde se situa a Ria de Faro.

4 Objecto deste trabalho
Analisar a evolução da Ilha da Culatra e das barras Nova e da Armona, desde 1873 a 2007

5 Elementos de base Dados de vários anos, nomeadamente:
Plantas dos anos de 1873, 1916, 1930 e 1950; Levantamento topo-hidrográfico da Direcção Geral de Portos de 1977 e 1983; Levantamento hidrográfico do Instituto Hidrográfico de 1980; Levantamento topo-hidrográfico do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos de 2002; Imagem do Google Earth de 2007.

6 Enquadramento geológico e geomorfológico
A área em estudo insere-se no sistema lagunar complexo, Ria Formosa, com grande diversidade estrutural e morfodinâmica; Este sistema é constituído a Sul por uma série de ilhas barreira, que lhe servem de protecção, separadas por barras móveis, algumas fixadas artificialmente (Barra Faro-Olhão, Tavira), estabelecendo a comunicação entre o corpo lagunar e o oceano. Constitui a área húmida mais importante a Sul de Portugal.

7 Enquadramento geológico e geomorfológico
Nesta faixa ocorrem as formações mais recentes que cobrem a orla Algarvia (Período Quaternário, com inicio há 2M.a.); A história geológica da área indicia uma evolução complexa que comporta fases de transgressão e regressão marinhas, erosão e actividade sísmica; O ambiente geológico é dominado por sapais (formações aluvionares de argilas negras que constituem o ambiente geológico dominante, cerca de 2/3) e ilhas barreira arenosas.

8 Enquadramento geológico e geomorfológico
A Ria Formosa é a unidade fisiográfica dominante do litoral central e oriental da região do Algarve, formado por um sistema de: Ilhas barreira formado por duas penínsulas (Ancão e Cacela) que o limitam a E. e W.; Cinco ilhas barreira, de W. para E.: Barreta ou Deserta, Culatra, Armona, Tavira, Cabanas); Seis canais de maré que separam as ilhas e peninsulas, designados por barras: Ancão ou S. Luís, Faro-Olhão, Armona, Fuzeta, Tavira, Lacém ou Cacela, que possibilitam trocas hídricas, sedimentares, químicas e de nutrientes entre o meio lagunar e o oceano.

9 Enquadramento geológico e geomorfológico

10 Métodos de análise Compilação de toda a informação existente desde 1873 a 2002, seguida da digitalização da informação em formato papel, e sua vectorização ; integração num sistema SIG Em ambiente SIG, definiu-se o sistema de coordenadas de toda a informação para se poder proceder à realização de operações de análise espacial conducentes ao estudo da evolução costeira

11 Métodos de análise Execução dos MDT dos levantamentos considerados

12 Métodos de análise Em ambiente SIG, a rasterização destes MDT permitiu, por operações directas de subtracção de levantamentos sequentes, visualizar as zonas de erosão e deposição. Não se considerou +-0.5m.

13 Evolução da Ilha da Culatra e da Barra da Armona
Sintese das informações que se podem retirar dos MDT e das operações efectuadas sobre eles, assim como dos levantamentos de 1950, 1977 e 1983, e a fotografia aérea de 2007 mostra-se a tendência, já visível em 1930, da criação de um canal ligando as duas barras É possível que o aparecimento desta ligação entre as duas barras seja uma consequência da abertura da barra Faro-Olhão, que originou uma redução significativa nos caudais escoados pela barra Nova. Até 1980 as evoluções do extremo poente da ilha da Armona são muito reduzidos. No entanto, entre 1980 e 2002 verifica-se um aumento bastante perceptível do extremo poente daquela ilha.

14 Evolução da Ilha da Culatra e da Barra da Armona
Evolução dos talvegues das barras da Armona e Nova, entre 1873 e 2007

15 Evolução da Ilha da Culatra e da Barra da Armona
Evolução das ilhas da Culatra e da Armona, entre 1873 e 2007

16 Evolução da Ilha da Culatra e da Barra da Armona
ANOS Largura da barra (m) Variação (m) nº anos Variação por ano (m/ano) 1873 4050 550 43 13 1916 3500 200 14 1930 3300 150 20 8 1950 3150 1150 27 1977 2000 300 6 50 1983 1700 920 19 48 2002 780 240 5 2007 540

17 Evolução da Ilha da Culatra e da Barra da Armona
Os elementos existentes em arquivo no Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, IP (IPTM) dão conta que, após a conclusão dos molhes da barra Faro-Olhão, em 1955, verifica-se o início de uma erosão acelerada da ilha da Culatra, no seu extremo ocidental, junto ao recém concluído molhe Este, e que levou à execução de uma protecção aderente, de modo a proteger o farol de eventual ruína. Esta erosão, conjuntamente com a eventual reposição parcial da deriva costeira, interrompida em 1929 pela abertura da barra Faro-Olhão, pode justificar o aumento do ritmo de avanço da ilha da Culatra, com a consequente redução da barra. A partir de 1950, o ritmo de crescimento da extremidade da ilha da Culatra, aumenta para valores da ordem dos 40 a 50m por ano.

18 Influência da Barra de Faro-Olhão
A abertura da barra de Faro-Olhão teve repercussões importantes em todo o sistema lagunar. O comportamento desta barra não está ainda estabilizado, como se discutirá de seguida. Prisma de maré de vazante é 6% superior, nesta barra, ao mesmo prisma de enchente A barra da Armona deverá funcionar como barra de enchente, com um prisma de maré de enchente que a atravessa maior que o seu prisma de vazante

19 Influência da Barra de Faro-Olhão
Nos anos 60 e 70, o afundamento da barra foi muito acelerado, tendo abrandado nos anos 80. No princípio dos anos 90, o processo de aprofundamento parece ter parado e, eventualmente, invertido Como a barra de Faro-Olhão é uma barreira ao transito litoral, a barra exterior tem-se deslocado para o largo, e aumentado o volume de sedimentos armazenados. O canal na zona da barra exterior foi afundando, como consequência do processo de toda a barra. De notar que a inversão da tendência na barra exterior, Ob, ocorre 10 anos antes da inversão da tendência na zona T3. A inversão do afundamento do ponto T3 pode ainda estar relacionado com o reforço feito ao molhe, com uma protecção do fundo da entrada da barra.

20 Influência da Barra de Faro-Olhão

21 Possível influência sobre a Ilha da Armona
Pensava-se que o fecho da barra Nova - barra da Armona pudesse criar um processo erosivo no extremo poente da ilha da Armona. A dar-se este facto, teria sérias repercussões sobre a povoação que entretanto se estabilizou naquela ilha, e naquela zona. No entanto, a observação mostra, pelo contrário, uma tendência recente para o crescimento para poente deste extremo da ilha. O modelo 3D da barra da Armona, respeitante ao levantamento de 2002, mostra a propensão à formação de bancos de areia adjacentes à ilha, a cotas da ordem dos (0m ZH) e para aumentarem de cota (por comparação com a fotografia aérea de 2007).

22 Possível influência sobre a Ilha da Armona

23 Conclusões A análise evolutiva de uma área costeira, cuja dinâmica é intensa e significativa, apenas é possível com a interpretação de dados históricos, em conjugação com as condições verificadas actualmente. Pelo que os arquivos históricos são de grande importância, devendo, por isso, ser mantidos e preservados adequadamente. Uma primeira conclusão que podemos retirar deste trabalho consiste na importância de manutenção de arquivos técnicos históricos, permitindo o estudo de alguns fenómenos ao longo do tempo.

24 Conclusões Parece igualmente evidente a importância que a abertura da barra de Faro-Olhão teve não só no transito litoral, como na evolução da antiga Barra Nova e, em consequência, após a junção das duas barras, na evolução da barra da Armona. Contrariamente ao que em tempos se pensou, parece que a tendência da ilha da Armona é de aumentar para poente, e não erodir nessa extremidade, pelo que a povoação existente nesta ilha não deverá, nos próximos anos, correr risco. A tendência da barra Faro-Olhão para atingir uma situação de equilíbrio, a prazo, poderá ser novamente posta em causa caso se verifique o fecho da barra da Armona.

25 Conclusões Seria interessante desenvolver estudos sistemáticos da barra de Faro-Olhão e da Armona, em conjunto com os canais interiores e a costa , de modo a tentar calibrar um modelo matemático mais aproximado à realidade do que os actualemte existentes. Seria, nesta óptica, importante, para além do acompanhamento da topohidrografia e da velocidade, ter medições periódicas do caudal sólido transportado, tanto em suspensão, como de fundo.

26 Obrigado pela vossa atenção


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