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Síntese Unidade 1.2 Bernardo Soares Livro do Desassossego.

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1 Síntese Unidade 1.2 Bernardo Soares Livro do Desassossego

2 Bernardo Soares: semi-heterónimo
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Bernardo Soares: semi-heterónimo Bernardo Soares é um semi-heterónimo porque, não sendo a personalidade a de Fernando Pessoa, é não diferente da sua, mas uma simples mutilação dela; é ele menos o raciocínio e a afetividade; é alguém algures entre uma coisa e outra, um quase ele.

3 Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Livro do Desassossego
O Livro do Desassossego demorou vinte anos a ser escrito. Pessoa escreve este livro desde o início da sua carreira literária. É um conjunto de projetos de livro, iniciados em diferentes momentos da sua vida. Em cada um deles, o livro anterior transforma-se noutro livro sem perder aquilo que já tinha sido escrito. É composto por fragmentos. O Livro, apesar de se afigurar uma narrativa incompleta, cortada, com «espaços de ausência», e de apresentar uma estrutura aparentemente desorganizada, surge, paradoxalmente, aos olhos do leitor como um todo completo, consistente e coerente.

4 Amadeo de Souza-Cardoso, Máquina de Escrever, 1917.
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Livro do Desassossego Apresenta a diversidade e unidade do texto pessoano. Expõe uma visão do mundo, dos outros e de si próprio, onde todos dialogam. Manifesta a busca incessante pelo infinito. Amadeo de Souza-Cardoso, Máquina de Escrever, 1917.

5 Perceção e transfiguração do real
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Perceção e transfiguração do real O «sonho» surge como a única verdade na sua vida e a sua orientação, o seu propósito («Tem sido esse, e esse apenas, o sentido da minha vida»). O investimento afetivo nessa realidade ficcional, na sua «vida interior», por ser o que o separa do real, permite a atenuação do sofrimento e das angústias («As maiores dores esbatem-se-me»).

6 Perceção e transfiguração do real
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Perceção e transfiguração do real O sujeito entrega-se ao devaneio e esquece-se de si, participando completamente naquilo que contempla. A «janela», por exemplo, é um lugar privilegiado do olhar, leva o sujeito do exterior para o interior de si, «abrindo» um mundo de perceções e sensações, originadas pela memória. Raoul Dufy, Janela Aberta, 1928.

7 Perceção e transfiguração do real
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Perceção e transfiguração do real A captação do real processa-se através dos vários sentidos integrados no ato de ver: ponto de partida para a transposição do real. A focalização em pormenores banais do quotidiano e o seu desdobramento, a sua transfiguração em novas imagens no seu interior, criam a ilusão de um «novo mundo» distinto do mundo exterior. Jean-François Raffaëlli, Aldeia na Primavera, s.d.

8 Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego
«Sigo o curso dos meus sonhos, fazendo das imagens degraus para outras imagens; desdobrando, como um leque, as metáforas casuais em grandes quadros de visão interna; desato de mim a vida, e ponho-a de banda como a um traje que aperta.» Bernardo Soares, op. cit., p. 435.

9 Carlos Botelho, Vista de Lisboa com o Tejo, 1950.
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego O imaginário urbano A transfiguração do real e a criação de um «imaginário urbano» advêm de fatores externos (a observação das pessoas que o circundam) e de fatores internos (a tendência em focalizar-se em pormenores). O sujeito cria novas imagens que despertam, em si mesmo, outras sensações. Esta forma de estar conduz a uma nova (re)criação, a qual apresenta uma disposição diferente da paisagem inicial, e na qual insere elementos provenientes de espaços distintos do urbano e provenientes do sonho. Cria-se, assim, «outra cidade», dimensionada pelo sujeito. Carlos Botelho, Vista de Lisboa com o Tejo, 1950.

10 O caráter infindo do sonho: o poder encerrar «tudo».
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego O imaginário urbano Deambulação física Deambulação onírica EXTERIOR INTERIOR CONCRETO ABSTRATO O caráter infindo do sonho: o poder encerrar «tudo». A deambulação e a observação da cidade conduzem o sujeito a um estado de exaustão, de entorpecimento: a sensação de ter vivido «a vida inteira» em breves momentos.

11 Síntese Lisboa Bernardo Soares, Livro do Desassossego O quotidiano
A cidade de Lisboa representa para Bernardo Soares uma fonte inesgotável de «imagens, sons e ritmos para o sonho». cidade do quotidiano: a massa humana, a azáfama das ruas em atividade. Lisboa vida quotidiana do sujeito, transeunte incógnito. comparação do eu com as ruas da cidade que surgem como a materialização daquilo que sente: prolongamento do interior para o exterior.

12 Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego
«Contento-me, afinal, com muito pouco: o ter cessado a chuva, o haver um sol bom neste Sul feliz, bananas mais amarelas por terem nódoas negras, a gente que as vende porque fala, os passeios da Rua da Prata, o Tejo ao fundo, azul esverdeado a ouro, todo este recanto doméstico do sistema do Universo.» Bernardo Soares, op. cit., p. 167 A observação conduz o sujeito a uma deambulação interior, suscitada pela súbita «ternura» que sente pela banalidade quotidiana, pela «comum vulgaridade humana».

13 Deambulação e sonho: o observador acidental
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Deambulação e sonho: o observador acidental O «eu», ao adotar a posição de espetador, afasta-se dos «outros», não se incluindo nessa mole humana caracterizada pela inconsciência. Assume-se, em primeiro lugar, como único ser consciente, olhando para a humanidade como «um deus», omnisciente, sentindo compaixão pelos «outros» e, também, uma ternura infinita, ao olhar para «os outros» e ver neles somente a ingenuidade e a inocência das crianças. Joshua Benoliel, A Brazileira, Chiado, Lisboa, 1925.

14 Deambulação e sonho: o observador acidental
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Deambulação e sonho: o observador acidental Facilidade de entrega ao devaneio. Capacidade de percecionar livre e aleatoriamente a realidade. Focalização nos pormenores da realidade circundante: a observação acidental de algo banal conduz à reflexão e ao sonho. Passagem da deambulação física para a deambulação onírica: metamorfose do exterior e projeção das imagens interiores no exterior.

15 Linguagem, estilo e estrutura Natureza fragmentária da obra
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Linguagem, estilo e estrutura Natureza fragmentária da obra Linguagem e estilo composta por cerca de 500 fragmentos, infinitamente combináveis, incluindo a aleatoriedade; prosa cuidada que, quando se aproxima da escrita diarística, se afasta da expressão banal, procurando-se originalidade, típica da escrita modernista que domina o livro; fragmentos = unidades autónomas, não havendo uma retoma da anterior, incompletas, com hiatos ou inacabadas. sintaxe complexa: incumprimento intencional dos mecanismos de coesão frásica; recursos expressivos utilizados literalmente (sinédoque) ou de modo intrincado, com rigor gramatical, através de paradoxos, oxímoros, encadeamento de metáforas.

16 O observador acidental Transfiguração poética do real
Síntese Bernardo Soares, Livro do Desassossego Deambulação O quotidiano O observador acidental O sonho O imaginário urbano Transfiguração poética do real Perceção do real


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