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INFLAÇÃO: UMA INTRODUÇÃO

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Apresentação em tema: "INFLAÇÃO: UMA INTRODUÇÃO"— Transcrição da apresentação:

1 INFLAÇÃO: UMA INTRODUÇÃO
EAE5876 – Economia da Alimentação e da Nutrição 2017

2 INTRODUÇÃO Conceito Inflação é um processo de aumento continuado e persistente do Nível Geral de Preços, ao longo do tempo. Significa a perda continuada do poder aquisitivo da moeda. Aumentos pontuais não são inflação! Aumentos de preços em determinado setor, derivados, por exemplo, de problemas climáticos e quebra de safra, em um único período, não podem ser considerados Inflação! Aumento de preço, derivado de melhorias tecnológicas, que envolvem portanto mudanças na qualidade do produto, também não pode ser considerado Inflação!

3 INFLAÇÃO PROVOCA DISTORÇÕES
Efeitos da Inflação: A) Distribuição de renda: B) Débitos e impostos: C) Mercado primário de ações, poupança D) Balanço de Pagamentos: E) Expectativas e incertezas: F) Preços relativos

4 INFLAÇÃO PROVOCA DISTORÇÕES
Efeitos da Inflação: A) Distribuição de renda: Inflação reduz o poder aquisitivo de todos aqueles que vivem de rendas fixas, como os trabalhadores, aposentados, e os locatários; B) Débitos e impostos: Inflação reduz o valor real de pagamentos nominais a serem realizados no futuro, como o pagamento de dívidas (o que por outro lado, desestimula o fornecimento de créditos de longo prazo, como os necessários para os investimentos); Alguns impostos são recolhidos alguns meses após o fato gerador, implicando perda de poder aquisitivo ao governo; C) Mercado primário de ações, poupança A perda de poder aquisitivo da moeda desestimula a aplicação de recursos em ações, desestimula também a aplicação na poupança, cujos juros nominais nem sempre são satisfatórios em relação à inflação. Há incentivo para aplicação de recursos em imóveis, papeis relacionados à inflação, todos de caráter não produtivo;

5 INFLAÇÃO PROVOCA DISTORÇÕES
Efeitos da Inflação: E) Balanço de Pagamentos: Desestimula as exportações e estimula as importações, sob o pressuposto de taxa de câmbio fixa; Este problema é minimizado com desvalorização cambial, o que, entretanto, pressiona a inflação ao elevar o preço dos produtos importados (como petróleo, equipamentos, produtos farmacêuticos etc.) F) Expectativas e incertezas: Inflação descontrolada gera incerteza e expectativas desfavoráveis sobre o futuro - perspectivas de políticas de estabilização (aumento dos juros), desestimulando os investimentos produtivos; G) Preços relativos Com inflação, alguns setores podem conseguir reajustar seus preços mais facilmente do que outros, levando a distorção dos preços relativos;

6 CAUSAS DA INFLAÇÃO Inflação de Demanda Inflação de Custos
Quando a Demanda Agregada (DA) excede a Oferta Agregada (OA); Isso tende a acontecer quando a economia está próxima do pleno emprego! Inflação de Custos

7 OFERTA AGREGADA: UMA RÁPIDA VISÃO
Um componente da oferta agregada é a produção agregada! Dada a tecnologia disponível do país, o estoque de capital e a oferta de trabalho, a economia tem condições de produzir um valor potencial máximo em bens e serviços! E para cada nível de emprego existirá um nível de PIB – Produto Interno Bruto! Dada a lei dos rendimentos decrescentes, o aumento do emprego gera aumentos na produção cada vez menores. Isto faz com que tenhamos uma oferta agregada no formato apresentado no gráfico a seguir:

8 A teoria macroeconômica do emprego
NGP OA P3 Dada a oferta agregada (OA), aumentos da demanda agregada (DA) implicarão, a partir de certo nível, apenas aumentos do NGP! P2 DA4 DA3 No pleno emprego, aumentos da Demanda Agregada (DA) terão como resultado apenas aumentos do NGP, configurando uma situação de Inflação de Demanda! P1 DA2 DA1 RN (N) RN (N0) RN (Nmax) RN (N1) Pleno emprego Desemprego

9 CAUSAS DA INFLAÇÃO Inflação de Demanda
Quando a Demanda Agregada (DA) excede a Oferta Agregada (OA); Isso tende a acontecer quando a economia está próxima do pleno emprego! Causas do Excesso de Demanda Agregada: Déficit Fiscal: Gastos do Governo maiores do que suas receitas tributárias; Emissão monetária acima do crescimento do PIB; Estímulo ao consumo por meio de crédito subsidiado;

10 CAUSAS DA INFLAÇÃO Inflação de Custos: Choques de Oferta
Causa principal tem origem no lado da Oferta Agregada; Os custos de produção em certos setores aumentam, provocando aumentos subsequentes em outros setores, e são repassados aos preços; Tal situação de modo geral está associada: Ao poder de mercado de certos grupos; Ao poder sindical, pressionando aumento de salários superiores aos ganhos de produtividade; Escassez de matérias primas; Aumento de impostos para alguns setores. Causas da Inflação de Custos: Aumento da margem de setores oligopolistas, por meio de aumento de preços, os quais acabam gerando aumento de custos para outros setores ou do custo de vida; Pressões salariais desencadeadas por acordos geridos por sindicatos, acima do aumento da produtividade e da taxa de inflação corrente; Inflação importada: aumento do preço internacional de insumos básicos (como petróleo); Quebra da safra agrícola: aumento do custo da alimentação e de outras matérias primas, pressionando os custos de outros setores, dos salários, dando origem à espiral inflacionária; Distorção de preços relativos pela aplicação de impostos indiretos (desorganizadamente);

11 A teoria macroeconômica do emprego
OA NGP Aumentos dos custos levando ao aumento do NGP (P) com queda do nível de Renda Nacional (RN) e do emprego (N) P3 P2 Um indicador do NGP, das variações do NGP é o IPCA! P1 DA1 RN (N) RN(N3) RN(N1) RN (Nmax) RN(N2) Pleno emprego

12 2015 => 11,68% (SM) 10,67% (IPCA) Primeiro mandato do Lula: 2003 a 2006.

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14 Inflação Como mensurá-la?
Um dos indicadores da inflação no Brasil é o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo Unidade de coleta: estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). A população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões. Atualmente a meta da inflação (parâmetro da política monetária) é de 4,5%, com base no IPCA (fonte: Ata 208 da reunião do COPOM, 5 e 6/09/2017). CO meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).POM – Comitê de Política Monetária – Reunião 177ª do COPOM

15 Outros indicadores de Inflação
O IGP é a média aritmética ponderada de três outros índices de preços. São eles: • Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), • Índice de Preços ao Consumidor (IPC), • Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Períodos de Coleta de Preços Mês Anterior Mês de Referência 11 21 01 10 20 30 IGP – 10 IGP - M IGP - DI

16 IPCA (1980 a jul/2013) Algo que custava $ 100 em 1987, no final de 1988 estaria custando $1100!

17 A meta da inflação perseguida pelo Banco Central é de 4,5%, e em também será de 4,5%, com base no IPCA.

18 PIB nominal (ou corrente)

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21 Números índices Relativo
2012 => R$200,00/saca de feijão 2013 => R$240,00/saca de feijão Relativo do preço do feijão em 2013 em relação a 2012: [R$240,00/saca de feijão] / [R$200,00/saca de feijão] = 1,2 Variação percentual: Quanto aumentou em termos percentuais a saca de feijão? {[R$240,00 - R$200,00] / R$200,00}*100 = 20% Índice ou Número índice: é um valor referenciado a uma base; permite a demonstração de valores em relação a uma base 100 (a uma referência). 2012 => {200/200*100} 2013 => 120 ( relativo *100) {240/200*100}

22 Métodos de Cálculo de Números Índices
Número índice é um quociente que expressa a variação relativa (x100) entre os valores de qualquer medida, na base 100. Pode ser simples ou composto: Número índice relativo à produção de arroz: 2000 – 125 ton => 100 2001 – 235 ton => 188 => 88% de aumento! Número índice relativo ao NGP da economia: 2000 – IPCA = 100 2001 – IPCA = 107,67 2008 – IPCA = 171,81 (a preços de 2000!) 2012 -> NGP aumentou 113,91% em relação ao nível dos preços em 2000! Como se calcula um índice de preços de bens de consumo? É o relativo das médias ponderadas dos preços dos bens finais de consumo produzidos e vendidos em um ano em relação a outro, multiplicado por 100. Ponderação: participação de cada bem no orçamento das famílias; 2015 2016 6,29% 283,56

23 Ponderação adotada para o cálculo do IPCA – IBGE
PESO DOS GRUPOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS Tipo de Gasto Peso % do Gasto (até ) Peso % do Gasto (a partir de ) Alimentação e bebidas 23,46 23,12 Transportes 18,69 20,54 Habitação 13,25 14,62 Saúde e cuidados pessoais 10,76 11,09 Despesas pessoais 10,54 9,94 Vestuário 6,94 6,67 Comunicação 5,25 4,96 Artigos de residência 3,90 4,69 Educação 7,21 4,37 Total 100,00

24 Fórmulas de cálculo Laspeyre (IL) Paasche (IP)
Base de ponderação: as quantidades do ano base; Fórmula: IL = ∑ P1Q0/∑ P0Q0 Paasche (IP) Base de ponderação: as quantidades do ano atual; Fórmula: IP = ∑ P1Q1/∑ P0Q1

25 Exemplo: Índice de Custo de Vida
T0 = e T1 = 2007 As fonte dos dados, de modo geral são: Pesquisas de orçamentos familiares para obtenção das quantidades consumidas; e pesquisas de preços com coleta mensal.

26 Exemplo: Índice de Custo de Vida
IL = (13346/10867)*100 IP = (11700/9940)*100 IL = 122,81 IP = 117,70

27 Como transformar um Valor Nominal em Real?
Como deflacionar/inflacionar uma série? Exemplo: Em 2006 o salário do Sr. Manoel era R$ 4.500,00; Em 2007 seu salário aumentou para R$ 5.500,00. Quanto aumentou o salário do Sr. Manoel? E o poder aquisitivo do Salário do Sr. Manoel? Se o Sr. Manoel vivesse na Economia com a inflação do exemplo anterior, você poderia dizer se ele estava, em termos econômicos, melhor em 2007 do que em 2006?

28 Como obter uma série isenta das variações do NGP?
Encontrar o número índice mais adequado para o seu objetivo; Se ele estiver na base 100, dividir por 100 (ex. IL = 122,81 => 1,2281) Dividir o valor nominal pelo índice correspondente ao mesmo período; Salário real a preços de 2006 Laspeyre Paasche 4500,00 4500,00

29 Como obter uma série isenta das variações do NGP?
Valor que se quer deflacionar/inflacionar deve ser dividido pelo número índice de preço, correspondente ao ano do valor, calculado em relação a uma data base: Sal real = 5.500/1,228 (com base nas quantidades consumidas em 2006); Sal real = 5.500/1,177 (com base nas quantidades consumidas em 2007);

30 Deflacionar x Inflacionar (transformar uma série a preços correntes em uma série a preços constantes) Deflacionar (= excluir a variação do NGP) Divide-se o Valor nominal pelo índice de preços calculado em base antiga. Por ex. Valor do Consumo de 2010 a preços de 2010 C2010 = R$ ,00 a preços de 2005 (índice 2010 base 2005 = 1,2602) R$ ,00 / 1,2602 = R$ ,63 = C2010 a preços de 2005 Inflacionar (= considerar a variação do NGP) Divide-se o Valor nominal pelo índice de preços calculado em base recente. Por ex. a preços de 2011 (índice 2010 base 2011 = 0,9390) R$ ,00 / 0,9390 = R$ ,56 = C2010 a preços de 2011

31 Construção de um número índice (NGP) e Mudança de base
2002 107,67*1,1253 = 121,16 Construção de um número índice (NGP) e Mudança de base Relativo: preço do ano t em relação ao preço do ano anterior (t-1) Se a variação estiver em %, divide por 100 e soma 1. Para mudança de base, utilizar a técnica da “Regra de 3”! NGP de 2005 base (2000=100) = 150,6 NGP de 2002 base (2000=100)= 121,16 NGP de 2002 base (2005=100) = = (100*121,16)/150,6 = 80,45

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33 Qual foi o crescimento real do consumo das famílias, entre 2005 e 2011?
Ótica do Dispêndio – Valores correntes: Transforme os valores nominais em valores a preços de um ano determinado. Por exemplo, 2005. Rel IPCA 1, , , , , , ,3422

34 Deflacionando Cons 2006 (nominal) 1428906 Cons 2007 (nominal) 1579616
IPCA 2007 1,0445 Cons 2007 ( real) Tx de cresc 2007/2006 1,058375 Deflacionando /1,0314 = Existem várias formas de calcular a taxa de variação real. Uma delas é dividir o valor nominal pelo relativo do NGP do ano e calcular a variação em relação ao valor do ano anterior! /1,0314= ,30 /1,0773 = ,09

35 Inflacionando

36 Mudança de base: 2011 = 100

37 Em resumo Para tornar uma série de valores monetários comparável ao longo do tempo, ou seja, quando se busca avaliar a evolução real de uma série de valores monetários, será necessário efetuar o “inflacionamento” ou “deflacionamento”. Precisamos calcular os valores de cada período aos preços de um mesmo período; Usamos para isso um índice de preços adequado à série em análise; Transformamos as variações anuais de preços em um número índice (NGP) definindo o ano base de interesse; Então o valor nominal de cada ano deve ser dividido pelo correspondente relativo. Alternativamente, se o objetivo é simplesmente descobrir a taxa de crescimento real em relação ao ano anterior, basta dividir o valor nominal pelo relativo do Índice de preço do ano correspondente, para encontrar o valor a preços do ano anterior! E calcular a variação real!

38 Bibliografia Spiegel Murray, R – Estatística – Editora McGraw – Hill.
Kasmier, L J – Estatística Aplicada à Economia e à Adminsitração – Makron Books.


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