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FHC E A TEORIA DA DEPENDÊNCIA

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Apresentação em tema: "FHC E A TEORIA DA DEPENDÊNCIA"— Transcrição da apresentação:

1 FHC E A TEORIA DA DEPENDÊNCIA

2 CONTEXTO “Dependência e Desenvolvimento na América Latina” (1970) se insere no quadro dos debates sobre o desenvolvimento econômico. Seus interlocutores: Caio Prado, Furtado, Florestan e o PCB. Discutiam quais os mecanismos para impulsionar o avanço das forças produtivas e consequentemente o desenvolvimento do capitalismo. Os autores, em comum atribuíam nosso atraso político e econômico a força do imperialismo, da subordinação ao centro capitalista. Acreditavam então que uma revolução burguesa/planejamento estatal seriam capazes de superar os entraves que ainda nos prendiam ao passado colonial, isto é, ao subdesenvolvimento.

3 INVERTENDO O SINAL DA DEPENDÊNCIA
Primeiro pontuando que a dominação não se impõe de fora para dentro, mas responde a um pragmatismo das classes internas que se associam, por seus próprios interesses ao grande capital. Segundo, o desenvolvimento dependente e associado que a burguesia escolheu ao se vincular ao grande capital internacional não resulta em estagnação ou atraso. Sua presença tem duplo efeito nas periferias do sistema: minimiza os efeitos da exploração tipicamente colonialista e dinamiza as economias dependentes (CARDOSO; FALETTO, 2004, p.182).

4 RELAÇÕES INTERNAS RELAÇÕES EXTERNAS
Considera os estudos a respeito da AL demasiados economicistas e, que por isso, ignoravam as dimensões políticas e sociais que pudessem juntos com os fatores econômicos lançar luz sobre as condições e possibilidades do desenvolvimento. Propõe uma “análise integrada”: fatores econômicos, as relações políticas entre as classes sociais - as disputas, alianças, os conflitos sociais na periferia e as suas relações com o centro capitalista. Logo, a análise integrada não se dá apenas na relação de interdependência entre o econômico e o político, contudo entre fatores internos e externos.

5 POR ISSO O USO DOS CONCEITOS
“Economias autônomas e economias dependentes” NO LUGAR de “economias desenvolvidas e economias subdesenvolvida” Remetem a uma dada posição e função no sistema global de produção e as implicações das condições de dependência nas relações político-sociais. Enquanto, os últimos conceitos se referem a um grau de diferenciação do sistema de produção (CARDOSO; FALETTO, 2004, p.40). Isto é, enquanto os últimos são meros conceitos econômicos, os primeiros dizem respeito a uma posição político-econômica nos quadros no capitalismo internacional.

6 OBJETIVO DA OBRA Dar visibilidade as formas internas de manifestação das condições de dependência. De como ela interfere na disputa política entre os grupos sociais e como se organizam historicamente para assegurar sua hegemonia sobre os demais e garantir a continuidade das relações orientadas para o exterior (CARDOSO; FALETTO, 2004, p.39).

7 GRUPOS INTERNOS Observa , ao retomar a história, que a forma de integração - das nações nascentes - aos novos centros econômicos e a forma de organização dos grupos locais são determinantes para definir o grau de autonomia e dependência dos países. Quanto mais as economias se voltam para o mercado externo funcionando como atividade complementar as economias metropolitanas e quanto mais os grupos dominantes estão vinculados aos setores exportadores, menor a possiblidade de romper as estruturas políticas e econômicas de dominação externa. (CARDOSO; FALETTO, 2004, 57-58).

8 TIPOS DE ECONOMIA Economias de enclave: a atividade econômica é controlada diretamente pelo capital estrangeiro. Economias controladas nacionalmente: dados os limites estruturais na economia nacional (baixa poupança interna, falta de autonomia tecnológica, desiquilíbrios na balança de pagamentos, estreiteza do mercado interno etc.) ocorre uma associação entre o capitais nacional e estrangeiro mantendo uma relativa autonomia política da nação (CARDOSO; FALETTO, 2004, p ). É justamente neste espaço que atuam as distintas forças sociais.

9 A DEPENDÊNCIA E AS CLASSES INTERNAS
A dominação externa, ou melhor a “nova dependência”, como denomina FHC não é uma força alienígena que orienta o país a ‘crescer’ em função do mercado externo. Mas encontra amparo numa condição de dominação interna. (p.182). E assim, a dependência vai se colocando ao longo da história sob novas formas, porque corresponde a interesses de grupos internos que asseguram sua hegemonia em alianças com outras classes ou frações de classe (CARDOSO; FALETTO, 2004, p.36)

10 SOBRE ISSO “Nesse esforço cuidamos de evitar duas falácias que frequentemente prejudicam interpretações similares: a crença no condicionamento mecânico da situação político-social interna (ou nacional) pelo domínio externo e a ideia oposta de que tudo é contingência histórica. Com efeito, nem a relação de dependência, no caso de nações dependentes, ou do subdesenvolvimento nacional, implica a inevitabilidade de a história nacional tornar-se puro reflexo das modificações ocorridas no pólo hegemônico externo, nem estas são irrelevantes para a autonomia possível da história nacional. Existem vínculos estruturais que limitam as possibilidades de ação, a partir da própria base material de produção disponível num país e do grau de desenvolvimento das forças produtivas, para não mencionar o modo como se combinam estas com as relações políticas e jurídicas, internamente e com as nações hegemônicas. Mas, ao mesmo tempo, é por intermédio da ação dos grupos, classes, organizações e movimentos sociais dos países dependentes que estes vínculos se perpetuam, se transformar ou se rompem” (CARDOSO; FALETTO: 2004, p.181).

11 A NOVA DEPENDÊNCIA Implica em novo entendimento sobre o “subdesenvolvimento” e a relação centro/periferia. Compreensão que os diferencia da de Furtado, pois é uma forma distinta de integração ao mercado mundial. Não aos moldes da forma de integração das economias agroexportadoras através da clássica divisão internacional do trabalho e sim entre países com diferentes níveis de industrialização. Porque as “ligações se dão também através de investimentos industriais diretos feitos pelas economias centrais nos novos mercados nacionais (CARDOSO; FALETTO, 2004, p.161). São estes investimentos, os empréstimos e as multinacionais que promovem o desenvolvimento.

12 EM OUTRAS PALAVRAS A nova relação de dependência é responsável pelo desenvolvimento e modernização das economias na periferia. A diferença não é superficial, visto que produz: a) um elevado grau de diversificação da economia; b) saída de excedentes relativamente reduzida (garante os reinvestimentos no setor de bens de capital); c) mão-de-obra especializada e desenvolvimento do terceiro setor e, portanto, distribuição mais equilibrada da renda no setor urbano-industrial; d) e, como consequência, um mercado interno capaz de absorver a produção (p.164)

13 POR QUE DEPENDÊNCIA? Esta situação não gera desenvolvimento e autonomia, “daí ser legitimo falar de países periféricos, industrializados e dependentes. Com efeito, os vínculos que ligam a situação de subdesenvolvimento ao mercado internacional já não aparecem aqui como direta e francamente políticos” (CARDOSO; FALETTO, 2004, p.164). A dependência aparece sob a forma de um desenvolvimento sujeito a capacidade de importar bens de capitais para diversificação econômica e a internacionalização do mercado interno, dado a exclusão das massas do mercado de consumo (CARDOSO; FALETTO, 2004, p.165).


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