A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Introdução à Fonologia do Português

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Introdução à Fonologia do Português"— Transcrição da apresentação:

1 Introdução à Fonologia do Português
Objetivo: Pretendemos apresentar síntese de estudos sobre o padrão de sons do Português do Brasil, buscando compreender sua constituição, sua organização e seu funcionamento enquanto um dos níveis da gramática. PROF.ª LUCICLEIDE PENA

2 Considerações iniciais
A Gramática Normativa tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo normas de escrita e de fala baseadas na variedade padrão. A gramática é constituída pelos seguintes componentes básicos: Fonologia – Morfologia – Sintaxe –e Semântica. Quando o componente em foco é o da fonologia, estuda-se a gramática dos sons de uma dada língua.

3 E qual a diferença entre Fonética e Fonologia?
A Fonética é uma ciência que se ocupa do estudo das propriedades físicas e articulatórias dos sons da fala, ou seja tenta responder as seguintes questões: O que são os sons? Como eles são produzidos? A fonética pode ser subdividida em: Fonética articulatória Fonética acústica Fonética perceptual A Fonologia, por sua vez, corresponde a uma área de conhecimento que se dedica ao estudo dos sons da fala e à forma como esses sons se organizam em sistemas, nas diferentes línguas do mundo. Dessa maneira tenta responder as seguintes questões: Como os sons se combinam na cadeia da fala? Como os sons são memorizados pelos falantes?

4 Gramática dos sons... No estudo da Fonologia faz-se necessário conhecer o inventário dos segmentos sonoros (os sons) de uma língua, classificando-os e procurando entender a forma como eles variam, se distinguem entre si e se combinam para a formação das unidades de significação da língua: as palavra. Os segmentos sonoros que constituem uma palavra ao serem pronunciados são chamados de fonemas. O uso de uma língua resulta, necessariamente, da atualização simultânea e inter-relacionada dos níveis fonológico, morfológico, sintático e semântico. Entretanto, o estudo de cada componente, em isolado, é um recurso fundamental para o entendimento mais aprofundado das regras de funcionamento da língua.

5 Signo Linguístico = Significante + Significado
Às vezes o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras   z, s, x: zebra, casamento, exílio Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: - o fonema sê: texto - o fonema zê:  exibir - o fonema chê: enxame - o grupo de sons ks: táxi Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos (palavras). Geralmente, aparecem representados entre barras: /m/, /a/, /b/, etc. Fonema e Letra – Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras.

6 As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas: compra, conta
Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n.  A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema: Hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas: Tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o Galho fonemas: /g/a/lh/o/ 1 2  3  4 letras: g a l h o  

7 Classificação dos fonemas
Vogais e semivogais As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Tem autonomia fonética, ou seja, forma sílaba sozinha, por isso funciona como base da sílaba. Assim, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal. Consoantes   Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais. Não têm, portanto, autonomia fonética

8 As vogais podem ser: Saiba que:
a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca. Por Exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. /ã/:  canto, tampa  / /: dente, tempero / /: lindo, mim /õ/ bonde, tombo / / nunca, algum c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade. até, bola d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade. Saiba que: Na verdade, os fonemas vocálicos apresentados como nasais são vogais realizadas de maneira nasalizada, uma vez que fonologicamente há a sequência VOGAL + CONSOANTE NASAL, como a escrita sugere. Isso porque “Na Língua Portuguesa, não temos vogais nasais, o que temos são vogais orais seguidas de um arquifonema nasal. Logo, as vogais do Português são nasalizadas.”

9 Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
Abertas: pé, lata, pó Fechadas: mês, luta, amor Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras: dedo, ave, gente Quanto à zona de articulação: Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca): é, ê, i Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino): ó, ô, u Médias - A língua fica baixa, quase em repouso: a

10 Semivogais Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Ou seja, perderam uma das características das vogais que é a autonomia fonética. Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico. papai, saudade, história, série. Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m". pães / pãis mão / mãu/ cem /c_i/

11 átona subtônica tônica átona
Sílaba A cada grupo de fonemas pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Classificação da Sílaba quanto à Intensidade Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. Átona:  é a sílaba pronunciada com menor intensidade. Exemplo: mé – di – co tônica átona átona Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva.  Palavra primitiva: be –bê  átona  tônica Palavra derivada: be -be -zi – nho átona  subtônica  tônica  átona

12 Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas
Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica 1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba: mãe, flor, lá, meu 2) Dissílabas: possuem duas sílabas:  ca-fé, i-ra, a-í, trans-por 3) Trissílabas: possuem três sílabas: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir 4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra a-mi-ga-vel-men-te o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas são classificados em: Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última:  avó, urubu, parabéns Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima:  dócil, suavemente, banana Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima.: máximo, parábola, íntimo

13 Saiba que: São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. São palavras paroxítonas, entre outras: recorde, avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a). São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga. As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, zângão/zangão.

14 Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. 1) Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser: a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal) c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai, série d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais:  mãe

15 2) Tritongo É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral quão - Tritongo nasal 3) Hiato É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba:  saída (sa-í-da) poesia (po-e-si-a)

16 Saiba que:  Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes. - É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes,  como em ge-lei-a, io-iô.

17 Muitos linguistas consideram que os verdadeiros ditongos são os decrescentes (formados por vogal + semivogal); eles defendem que os ditongos crescentes (semivogal + vogal) não existem na origem das palavras e, portanto, podem variar livremente com o hiato (ex.: [‘swar ~ su’ar]. Há, no português, somente um tipo de ditongo crescente que não alterna com hiato: aqueles formados na seqüência de consoantes oclusivas /k/ ou /g/ mais a semivogal /w/, seguida de /a/ ou /o/ (ex.: qual [‘kwaw].

18 Encontros consonantais
Dígrafos De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra:  lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.  bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos: - os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra,  pla-no, a-tle-ta, cri-se...  - os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta... Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,psi-có-lo-go...

19 Dígrafos Consonantais
Observação: "Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/:guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

20 Dígrafos vocálicos

21 Divisão Silábica Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: a) Não se separam os ditongos e tritongos:  foi-ce, a-ve-ri-guou b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu:  cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba;  psi-có-lo-go, re-fres-co d) Separam-se as vogais dos hiatos.: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc:  car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car

22 Bibliografia: -acessado em 20/07/2014; file:///J:/PD%202014/Fonologia/Fonetica_e_Fonologia.pdf - acessado em 20/07/2014 HORA, D. da; TELLES, S. A metátese no Português Brasileiro: descrição e análise. In: HORA, D. da; SILVA, C. R. da (Orgs.) Para a História do Português Brasileiro: abordagens e perspectivas. João Pessoa: Editora Universitária - UFPB, 2010, p

23 Exercícios

24

25


Carregar ppt "Introdução à Fonologia do Português"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google