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PublicouAndré Luiz Lima Alterado mais de 6 anos atrás
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CINEMÁTICA DO TRAUMA
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avaliação da cena Avaliação de um paciente traumatizado inicia-se antes mesmo da visualização da vítima. Inicia- se pela avaliação da cena: observação das circunstâncias nas quais ocorreu o evento. Cinemática do Trauma: relação entre os fatos e as possíveis lesões apresentadas pela vítima.
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CINEMÁTICA DO TRAUMA O mecanismo de trauma sofrido pela vítima pode indicar as possíveis lesões existentes Se equipe conhece o mecanismo,maior é o grau de suspeita, mais precoce é o atendimento das lesões
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CINEMÁTICA DO TRAUMA Impacto Qual é o tipo de evento traumático: colisão automobilística? Atropelamento? queda? ferimento penetrante? estimar quantidade de energia trocada # tipo de colisão automobilística (frontal, lateral, traseira); # grau de deformidade do veículo; # a altura da queda; # a velocidade dos corpos; # o tipo e calibre da arma, etc.
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CINEMÁTICA DO TRAUMA OBSERVAR Danos externos e internos dos veículos Deformidades do volante de direção - trauma torácico Quebra com abaulamento circular do pára-brisas tipo “olho-de-boi” impacto da cabeça lesão cervical e craniana Deformidades baixas do painel de instrumentos luxação do joelho, quadril ou fratura de fêmur A intrusão da porta no compartimento dos passageiros sugere lesão tóraco-abdomino-pélvica e/ou lesão no pescoço da vítima.
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CINEMÁTICA DO TRAUMA CAVITAÇÃO Deslocamento violento dos tecidos do corpo humano para longe do local do impacto, devido a transmissão de energia, levando a uma lesão por compressão e também a distância, pela expansão da cavidade e estiramento dos tecidos. Cavidade (deformação) temporária Cavidade permanente
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CINEMÁTICA DO TRAUMA Peso dos órgãos humanos durante o impacto Órgão Peso normal(Kg) Peso durante o impacto 36 Km/h 72 Km/h 108 Km/h Baço 0,25 2,5 10 22,5 Coração 0,35 3,5 14 31,5 Corpo 70 700 2800 6300 Santos et al (1999)
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MECANISMOS BÁSICOS DE LESÃO POR MOVIMENTO TRÊS 1- Desaceleração frontal rápida 2- Desaceleração vertical rápida 3- Penetração de projétil
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TRAUMATISMO FECHADO Diferença entre trauma fechado e o penetrante Trauma fechado impacto se distribui em área mais extensa não havendo penetração na superfície do corpo forma uma cavidade temporária formada pela deformação dos tecidos que depois voltam à sua posição normal. Trauma penetrante o objeto vence a elasticidade dos tecidos e penetra no corpo.
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COLISÃO DE VEÍCULOS Absorção de energia cinética componente básico da produção da lesão. Ocorre três eventos distintos 1- A colisão da máquina 2- A colisão do corpo 3- A colisão dos órgãos
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COLISÃO DE VEÍCULOS A energia cinética do movimento do veículo é absorvida à medida que ele é freado subitamente pelo impacto. Durante o impacto o corpo colide com estruturas internas do carro.
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COLISÃO DE VEÍCULOS OBSERVAR Deformidade do veículo indicação das forças envolvidas Deformidade de estruturas interiores indicação de onde a vítima colidiu Padrões de lesão da vítima indicação de quais partes do corpo podem ter colidido
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COLISÃO DE VEÍCULOS Colisões automobilísticas mais comuns Colisão frontal Colisão lateral Colisão traseira Capotagem ou Capotamento
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COLISÃO FRONTAL Colisão contra um obstáculo que se encontra à frente do veículo. Se ocupante sem cinto de segurança se chocará contra alguma parte do veículo ou será ejetado para fora.
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COLISÃO FRONTAL PADRÕES NAS COLISÕES FRONTAIS O impacto da vítima com a cabine do veículo ocorre em dois tempos: 1º- A vítima é direcionada para cima e para frente (a) 2º- A vítima escorrega para baixo (b)
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COLISÃO FRONTAL Motorista sem contenção
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COLISÃO FRONTAL Acompanhante no banco do carona sem contenção - deslizamento no banco
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COLISÃO FRONTAL PULMÕES SE ROMPEM APÓS IMPACTO COM O VOLANTE
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COLISÃO FRONTAL LESÕES DE EXTREMIDADES
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COLISÃO FRONTAL Colisão dos joelhos contra o painel, vítima sem contenção
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COLISÃO LATERAL Comum em cruzamentos ou derrapagens A porta ou a lateral do veículo pode atingir o ocupante Colisões do lado direito (lesão hepática) Colisões do lado esquerdo (lesão esplênica, de pelve, etc)
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COLISÃO LATERAL Risco de dano à coluna cervical: ocorre flexão lateral do pescoço e rotação da cabeça na direção oposta à do tronco
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COLISÃO TRASEIRA Duas formas de colisão traseira: carro parado é atingido por trás por outro veículo em movimento carro pode ser atingido na traseira por outro carro deslocando-se mais rápido na mesma direção
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COLISÃO TRASEIRA Carro parado é atingido por trás por outro veículo em movimento: O assento carrega o tronco dos ocupantes para a frente com grande aceleração, mas a cabeça não acompanha este movimento lesões pelo mecanismo de chicote
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COLISÃO TRASEIRA Impacto traseiro, efeito chicote, encosto de cabeça mal posicionado
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CAPOTAMENTO Durante o capotamento o corpo se choca contra qualquer parte da cabine (teto, pára-brisa, laterais, assoalho) causando deslocamentos violentos e múltiplos lesões mais graves. Se ejetado do veículo tem 25 vezes mais chance de morrer dos que não ejetados.
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MECANISMOS DE CONTENÇÃO Cinto abdominal mal colocado acima das cristas ilíacas deve cruzar a pelve não o abdômen se bem colocado, na colisão frontal, corpo tende a dobrar-se como um canivete cabeça pode ser jogada para frente (volante ou painel) lesões de face /cabeça são comuns
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MECANISMOS DE CONTENÇÃO Cinto abdominal lesões abdominais ocorrem se cinto posicionado incorretamente as forças de compressão produzidas quando o corpo é dobrado na linha de cintura podem lesar o abdômen ou a coluna lombar
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MECANISMOS DE CONTENÇÃO Cinto de segurança de três pontos ou cruzado prende melhor o corpo reduz gravidade das lesões do tórax, pescoço e cabeça cuidar faixa diagonal (pescoço) cabeça não é contida
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MOTOCICLETAS Motociclistas não estão dentro de cabines Colisões frontais, laterais, de traseira ou capotagens Formas de proteção: manobras evasivas uso do capacete vestes de proteção Sem cabine lesões de cabeça, pescoço e extremidades Observar danos na motocicleta, distância da derrapagem e deformidades de objetos estacionários ou carros
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EJEÇÃO DO MOTOCICLISTA
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ATROPELAMENTOS lesões tendem a ser mais graves pedestre tem menos proteção que o ocupante ocupante têm o veículo absorve parte da energia pedestre quase sempre sofre lesões internas graves, mesmo com carro em baixa velocidade massa do veículo é grande, ocorrendo transferência de grande quantidade de energia se grande velocidade mais grave
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ATROPELAMENTOS Mecanismos de Lesão 1- Pára-choque atinge o corpo 2- Corpo acelerado pela transferência de energia atinge o chão ou outro objeto Danos ocorrem em três estágios: impacto inicial com o corpo impacto secundário do corpo com o veículo impacto do corpo com o solo
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ATROPELAMENTO DE ADULTO Variam com o tamanho da vítima e altura do pára- choque do veículo Geralmente tem fraturas bilaterais baixas nas pernas ou fraturas de joelho Outras lesões ocorrem quando o corpo atinge o carro e depois o chão.
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ATROPELAMENTO DE CRIANÇA São mais baixas Pára-choque tem maior chance de atingir o corpo Geralmente atinge pelve ou tronco Geralmente caem sobre suas cabeças no impacto secundário Atentar para fraturas, lesões internas e de cabeça
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SEQÜÊNCIA NO ATROPELAMENTO
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QUEDAS TIPOS
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QUEDAS Vítimas sujeitas à múltiplos impactos e lesões Ocorrem traumatismos contusos Maioria envolve quedas com vítima de pé em curtas distâncias Sempre avaliar altura da queda parte do corpo que sofreu o primeiro impacto
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ALTURA DA QUEDA quanto maior a altura, maior a chance de lesões lesão proporcional a velocidade em que a vítima atinge o anteparo (desaceleração vertical) quedas de baixa altura também podem ser graves relação entre sobrevida e altura da queda não é absoluta
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SUPERFÍCIE ATINGIDA / PONTO DE IMPACTO Densidade da superfície (concreto x serragem x espuma) Presença de irregularidades (chão de um ginásio de esportes x uma escadaria)
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ÁREA DO CORPO ATINGIDA PARTE QUE SOFREU O PRIMEIRO IMPACTO suspeita das possíveis lesões lesões de cabeça são comuns em crianças quedas de adultos - acidentes de trabalho ou ingestão de álcool ou drogas adultos tentam aterrisar com os pés e suas quedas são mais controladas
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PRIMEIRO IMPACTO NOS PÉS Vítima cai para trás, atingindo o solo com as nádegas e as mãos estendidas ocorrendo: fraturas bilaterais dos pés ou das pernas fraturas de joelho, fêmur, quadril corpo é flexionado levando à compressão da coluna lombar e torácica atuação das forças de desaceleração vertical nos órgãos fraturas nos punhos PRIMEIRO IMPACTO NA CABEÇA lesões de crânio e coluna cervical
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LESÕES EM QUEDA DE PÉ
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TRAUMAS PENETRANTES
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São produzidas cavidades permanentes pela passagem ou penetração do objeto através do corpo A energia é concentrada em uma pequena área que excede a elasticidade dos tecidos, ocorrendo penetração ou perfuração Formação de cavidade temporária e permanente Exemplos: ferimentos por arma de fogo ou arma branca
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FERIMENTOS POR ARMA DE FOGO BALÍSTICA ciência que estuda o movimento de um projétil através do cano de uma arma de fogo, sua trajetória no ar e após atingir o alvo. Projétil é impulsionado através do cano da arma pela expansão dos gases produzidos pela queima do propulsor. Quando o projétil atinge o corpo humano, sua energia cinética se transforma na força que afasta os tecidos de sua trajetória - cavitação
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CAVITAÇÃO Projéteis de baixa velocidade - trajeto de destruição é ligeiramente maior que o diâmetro da bala Projéteis de alta velocidade - trajeto de destruição é muito maior - 30 ou mais vezes maior que o diâmetro da bala (milissegundos) Quanto maior a distância entre o projétil e o alvo, menor será sua velocidade, diminuindo as lesões.
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CAVITAÇÃO Cavidade temporária tem pressão interna menor que a atmosférica - aspira corpos estranhos, fragmentos de roupa, bactérias - através do orifício para dentro do ferimento. Órgãos, vasos sangüíneos e nervos podem ser lesados sem ter contato direto com o projétil. O dano produzido é proporcional à densidade do tecido
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CAVITAÇÃO
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ATENÇÃO ! Indivíduo baleado utilizando colete à prova de balas deve ser tratado com cuidado, devido a possível contusão cardíaca ou de outros órgãos. Qualquer paciente baleado na cabeça, no tórax ou abdômen deve ser transportado imediatamente.
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NÍVEIS DE ENERGIA NOS FP Baixa energia facas e outros objetos lançados manualmente causam lesões somente pela sua superfície cortante se trajeto dentro do corpo for conhecido pode se predizer as lesões observar a posição da vítima em relação ao agressor o tipo de arma utilizada a movimentação do objeto dentro do corpo da vítima Média energia: revólveres, alguns rifles Alta energia: rifles militares ou de caça
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ZONAS DE DANO
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FERIDAS POR ARMA DE FOGO TRÊS COMPONENTES 1- Orifício de entrada 2- Orifício de saída 3- Lesão interna determinar se um orifício é de entrada ou de saída - importante dois orifícios podem indicar dois ferimentos separados ou podem ser os ferimentos de entrada e saída de um único projétil
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1- ORIFÍCIO DE ENTRADA lesões ovais ou redondas - projétil empurra os tecidos para dentro cercadas por uma área enegrecida - 1 a 2 mm- devido a queimadura ou abrasão - tatuagem da pólvora dependendo da distância da arma pode ter aspectos diferentes - muito próximo ou encostado à pele ou 10 a 20 cm de distância
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ORIFÍCIO DE ENTRADA
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2- ORIFÍCIO DE SAÍDA Nem sempre um orifício de entrada têm um orifício correspondente de saída Pode haver múltiplos orifícios de saída - devido a fragmentação óssea e do míssil. Geralmente é maior e tem as bordas irregulares para fora - aspecto estrelado - empurra os tecidos para fora Sua apresentação depende da energia cinética, deformação, inclinação e fragmentação do projétil Se gastar toda sua energia cinética cavitando o tecido - orifício de saída inócuo ou não existir
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ORIFÍCIO DE SAÍDA
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3- LESÃO INTERNA Projéteis de baixa velocidade causam dano aos tecidos que estão em contato direto com eles Projéteis de alta velocidade causam dano por contato com o tecido e transferência de energia cinética aos tecidos circundantes O dano é causado por ondas de choque e cavidade temporária
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FERIMENTOS POR ARMA BRANCA Produzidos por facas, picadores de gelo, chaves de parafuso, garrafas quebradas e flechas A lesão produzida corresponde ao trajeto do objeto, pois a energia cinética é pequena Pode-se prever a extensão das lesões internas Gravidade do ferimento depende: da área anatômica penetrada do comprimento da lâmina do ângulo de penetração
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FERIMENTOS POR ARMA BRANCA Uma facada na parte superior do abdômen pode causar lesão de órgãos intratorácicos, e ferimentos abaixo do quarto espaço intercostal podem penetrar o abdômen.
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FERIMENTO POR ARMA BRANCA
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LESÕES POR EXPLOSÃO
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Não é exclusiva dos tempos de guerra Ocorre na violência civil, atividades terroristas, transporte e armazenamento de materiais explosivos, acidentes em construções e demolições. Resulta da rápida transformação química de produtos sólidos, semi-sólidos, líquidos e gasosos em produtos gasosos que ocupam espaços maiores do que os ocupados antes a detonação A energia contida no explosivo é convertida em luz, calor e pressão
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LESÕES POR EXPLOSÃO Esses produtos em rápida expansão, assumem a forma de uma esfera, que possui no seu interior uma pressão muito maior que a atmosférica. À medida que a onda avança, o meio por onde ela passa sofre oscilação. A gravidade das lesões depende da força da explosão e da distância da vítima.
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LESÕES POR EXPLOSÃO Luz: pode causar dano ocular Calor: combustão do explosivo - queimaduras Ondas de pressão: que se irradiam do explosivo causam lesão por três mecanismos: 1- arremessos de objetos próximos a área de explosão de encontro com a vítima - traumas 2- deslocamento da própria vítima - se transforma em míssil - se fere ao cair ou chocar-se com outros objetos 3- criação súbita e transitória de um gradiente de pressão entre o ambiente e o interior do corpo - tímpanos e pulmões
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MECANISMO DE LESÃO POR EXPLOSÃO TRÊS FATORES 1- Primário: deslocamento de ar inicial 2- Secundário: vítima sendo atingida por material lançado pela força da explosão 3- Terciário: o corpo sendo lançado e atingindo o solo ou outro objeto
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LESÕES EM EXPLOSÕES
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RESUMO - GUIA DE INFORMAÇÕES Identificar o mecanismo de trauma O que aconteceu? Que tipo de energia foi aplicado? Quanta energia foi transmitida? Que parte do corpo foi afetada? Que tipo de impacto ocorreu? Frontal... Qual a velocidade em que ocorreu o acidente? A vítima usava dispositivos de segurança? Onde supostamente estão as lesões mais graves? Qual o caminho seguido pela energia? Que órgãos podem ter sido lesados neste caminho? A vítima é uma criança ou um adulto?
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RESUMO - GUIA DE INFORMAÇÕES QUEDA Qual a altura? Qual a distância de parada? Que parte do corpo foi primeiramente atingida? EXPLOSÕES Qual a distância entre a explosão e o paciente? Quais as lesões primárias, secundárias e terciárias à explosão podem existir? PENETRANTES Onde está o agressor? Que arma foi usada? Se de fogo, qual o calibre e munição utilizada? A que distância e ângulo foi disparado?
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BIBLIOGRAFIA UTILIZADA 1- Santos, R. R; Canetti, M. D; Júnior, C. R. e Alvarez, F. S. Manual de socorro de emergência. Atheneu, São Paulo, 2000. 2- Cazarim, J.L.B; Ribeiro, L.F.G; Faria, C.N. Trauma - pré-hospitalar e hospitalar - adulto e criança. MEDSI, São Paulo, 1997. 3- Site da internet: http://www.estudmed.com/
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