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Searle, John. Consciência e Linguagem. S. Paulo: Martins Fontes 2010

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Apresentação em tema: "Searle, John. Consciência e Linguagem. S. Paulo: Martins Fontes 2010"— Transcrição da apresentação:

1 Searle, John. Consciência e Linguagem. S. Paulo: Martins Fontes 2010
Intenções e Ações Coletivas

2 I. 1. A relação apontada no título da capítulo envolve uma intuição, uma notação e um pressuposto 2. A intuição: o comportamento intencional coletivo é fenômeno primitivo que não pode ser analisado como soma de comportamentos individuais.

3 3. A notação: toda intencionalidade coletiva ou individual exige um background pré-intencional de capacidades mentais que não são em si representacionais. 4. O pressuposto: portanto, o funcionamento Dos fenômenos representados pela notação exige um conjunto de fenômenos que não podem ser representados pela notação.

4 II: questão em que medida é possível ampliar a teoria da ação intencional para torná-la uma teoria geral? III Análises decorrentes dos 3 elementos anteriores

5 1. Intuição: supõe 3 teses Tese 1: A)o comportamento intencional coletivo difere do intencional individual, B) a intenção coletiva não é redutível às intenções singulares C) o comportamento coletivo permeia o mundo em situações cotidianas e despretensiosas (ex: partida de futebol)

6 Tese 2 A) as intenções coletivas não podem ser analisadas como conjunto de intenções ou crenças individuais, B) o comportamento coletivo é autêntico, o problema está em como analisa-lo: o inconsciente coletivo parece proposta incoerente porque pode haver crenças que se confundem com ideologias de expansão coletiva, mas não são intenções,

7 C) a intecionalidade coletiva implica a noção de cooperação, que não pode ser confundida com intenções e/ou crenças individuais que, coincidentemente, podem ser também intenções ou crenças de outros membros do grupo.

8 IV Problemas da tese 1 - como conciliar a existência da intencionalidade coletiva com o fato de que a sociedade é formada de indivíduos? - para que a tese seja possível é necessário superar as seguintes restrições: a) toda consciência está nas mentes individuais,

9 b) a consciência do indivíduo é independente do fato de ser ou não correta,
c) o comportamento coletivo deve ser compatível com a ontologia e a metafísica baseada na existência de seres individuais que são depositários de toda intencionalidade individual ou coletiva.

10 Tese 3 A tese de que as intenções-nós são uma forma primitiva de intencionalidade, não redutível a intenções-eu mais crenças recíprocas, é compatível com essas duas restrições. Como superá-las? É simples. Basta reconhecer que há intenções cuja forma é: nós temos a intenção de praticar a ação A e essa intenção não pode existir na mente de cada agente individual que esteja atuando como parte do coletivo. No exemplo do time de futebol, cada indivíduo terá um conteúdo intencional adicional que pode ser traduzido:

11 “estou praticando B como parte da nossa ação A
“estou praticando B como parte da nossa ação A. Conclui-se: a intencionalidade para o comportamento coletivo pode pertencer a agentes individuais, muito embora a intencionalidade em questão se refira ao coletivo. ( a ação é compartilhada e não estou agindo sozinho) Mas poderia ocorrer que , na minha intencionalidade, eu estivesse totalmente equivocado e a cooperação coletiva fosse uma ilusão, nesse caso, observa-se:

12 A intencionalidade coletiva em minha cabeça pode se referir significativamente a outros membros de um coletivo, quer esses membros existam de fato ou não. ( essa intencionalidade coletiva é simplesmente imaginária ou idealista e é compatível com as restrições anteriores: é compatível com o fato de que a sociedade é constituída de indivíduos, de que não existe uma mente grupal, porque exige que postulemos que os estados mentais podem se referir a coletivos, mas essa referência está fora do conteúdo proposicional do estado intencional.

13 Se suponho que outra pessoa me ajuda ou se suponho que o ato de ajudar seja parte de uma ação sem intencionalidade de ajudar, equivoco-me não só, quanto à crença de que há outra pessoa ajudando, mas também quanto à intencionalidade da minha própria ação.

14 2. A notação Questão: Qual a estrutura formal da intencionalidade coletiva? Na intencionalidade individual as condições são causalmente auto-referenciais: os efeitos estão compreendidos nas intenções, isto é, fazem parte das condições de satisfação que causam o ato que tem 2 componentes: um mental e outro físico e a condição de satisfação mental é que cause um acontecimento físico de certo tipo.

15 Essa mesma situação aplicada ao coletivo deve observar:
As relações “por” e “por meio de” para alcançar o objetivo coletivo tem de terminar em ações individuais que compõem o coletivo: a intenção individual concorre como meio para um fim.

16 Portanto: a verdadeira distinção entre o singular e o coletivo é o tipo de intenção envolvida, e não a maneira como os elementos das condições de satisfação se relacionam uns com os outros: o individual é parte do ato coletivo.

17 3. O pressuposto Questão: que tipo de seres somos nós que temos a capacidade de formar essas intenções? A resposta pode ser biológica, mas há outra parte da questão que envolve saber que capacidades e que fenômenos gerais do background são pressupostos pela intencionalidade coletiva?

18 A intencionalidade coletiva exige habilidades particulares do background: há um sentido pré-intencional do outro como agente real ou potencial semelhante a nós nas atividades cooperativas: a intencionalidade coletiva pressupõe algum senso de comunidade para que possa funcionar, mesmo que a ação seja agressiva ( caso de uma guerra) envolve um nível superior de cognição.

19 Portanto: a consciência da comunidade é condição para a intencionalidade coletiva.
Tese 4 A intencionalidade coletiva pressupõe, no background, um senso do outro como candidato à ação cooperativa. Qual o argumento em favor dessa tese? Ou o que é necessário pressupor para que possa haver intenções e ações coletivas?

20 Pressupõe-se: que os outros são agentes iguais a você, que têm analogamente a consciência de que você é um agente semelhante a eles e que essas consciências se aglutinam num senso de nós como agentes coletivos possíveis ou reais e que todos se reúnem em um sentido coletivo dispostos a uma ação cooperativa, sem que para isso haja necessidade de uma crença.

21 O comportamento coletivo pressupõe a comunicação ( diálogo) que fundamenta a sociedade, porém, o comportamento coletivo pressupõe uma forma de sociedade com sentido biologicamente primitivo do outro: essa é a condição de todo comportamento coletivo e de todo diálogo

22 Tese 5 e Conclusão A teoria da intencionalidade associada a certa concepção do papel do background é capaz de conciliar as intenções e ações coletivas.


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