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Virno, Paolo Gramatica de la Multitud Buenos Aires: Colihue, 2003.

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1 Virno, Paolo Gramatica de la Multitud Buenos Aires: Colihue, 2003

2 I Prefácio 1. conceito de multidão: básico para entender o mundo contemporâneo A diferença entre multidão e povo: os dois termos estiveram presentes na fundação do Estado Nação e nas formulações teórico- filosóficas do sec XVII. Os dois conceitos são básicos para a definição da categoria político- social da modernidade, onde prevaleceu a noção de povo em detrimento da multidão.

3 Atualmente, ante a crise da modernidade, o conceito de multidão mostra extraordinária validade. A polaridade povo/multidão decorre de Hobbes e Spinoza. Para Spinoza, o conceito de multidão enuncia uma pluralidade que persiste na cena pública e na ação coletiva em relação àquilo que é comum a ambos, sem convergir para um movimento centripeto: multidão é a existência política e social de muitos para muitos. Para Spinoza, multidão é a base das liberdades civis.

4 Hobbes considera o termo pouco científico e percebe que a noção de muitos para muitos leva ao monopólio da decisão política do Estado, e o melhor modo de entender um conceito é estudá-lo com os olhos de quem o expulsa do horizonte teórico e prático. O conceito de multidão ajuda a explicar certo número de comportamentos contemporâneos: exige-se o confronto interdisciplinar: antropologia, filosofia da linguagem, economia política, ética. Para Hobbes os muitos levam ao confronto com povo: a esfera pública moderna pode ter apenas um deles como centro de gravidade.

5 Povo está ligado à existência do Estado, porque é seu reflexo e tem a ver com a projeção de uma vontade única.( Hobbes: De Cive) antes do Estado estavam os muitos, depois da instauração do Estado, surge o povo-dotado de uma vontade única. Multidão está marcada pelo estado natural que precede a instituição do corpo político: é refratário à obediência e aos pactos porque não transfere seus direitos ao soberano. Nesse sentido é um conceito negativo.

6 2. A pluralidade exorcizada: o privado e o individual Como a multidão sobreviveu ao Estado Central? Tentemos identificar os modos pelos quais foram concebidos os muitos como muitos no pensamento liberal e no pensamento social-democrata ( ou seja, nas tradições políticas que tiveram seu indiscutível ponto de referência na unidade do povo. O par público/privado torna domesticada a multidão dos muitos: a multidão é a antipoda de povo e assume a máscara do privado que está conectado a desprovido, ou seja, privado de presença pública.

7 pensamento liberal do século 17, multidão sobrevive como dimensão provada: os muitos não têm rosto e estão longe dos assuntos comuns. Onde encontramos um eco da arcaica multidão no pensamento social-democrata? Talvez na dupla coletivo-individual e, sobretudo, na dimensão individual.

8 O povo é o coletivo, a multidão está apagada pela presumida impotência, quando não pela incontrolável intranquilidade ou agitação dos indivíduos singulares. Ante a experiência de vida apagada no trabalho e na produção, as dicotomias público-privado; coletivo- individual já não vigoram porque é difícil saber onde começa uma e começa a outra.

9 A multidão contemporânea não é composta nem por cidadãos, nem por produtores: ocupa região intermediária: a multidão não se contrapõe ao único, mas o redefine. Mas esta unidade já não é o Estado, mas a linguagem, o intelecto, as faculdades comuns ao gênero humano. Os muitos devem ser pensados como individuações do geral e do universal, o comum dividido.

10 Esse uno não é conclusivo, mas a base que autoriza a diferenciação e consente a realidade político-social dos muitos enquanto muitos que exige o confronto lógico subjacente na relação um/muitos. 3. Três aproximações aos muitos O conceito de multidão contemporânea pode ser desenvolvido a partir de 3 blocos semânticos.

11 A) a dialética medo/busca de segurança (Hobbes). Essa dupla que estava subjacente ao conceito de povo está em retirada no plano empírico e no conceitual. Prevalece uma dialética temor/superação, totalmente distinta que diferencia alguns comportamentos da multidão atual.

12 Medo/segurança é moeda de 2 caras, como modo de ser ambivalente que combina perigo e salvação, aquiescência e conflito, servilismo e liberdade. O ponto central, entretanto, é que estas possibilidades alternativas têm uma fisionomia peculiar, distinta daquela com a qual aparecia na constelação povo/vontade geral/Estado.

13 B) A multidão é a antiga divisão da experiência humana em trabalho, política, pensamento, conforme Hannah Arendt. C) percorrer categorias para definir a subjetividade da multidão: princípio de individualidade,( ou seja, o que torna singular uma singularidade?) as falações (conversa fiada), a avidez de novidades ( categorias que Heidegger transformou em conceitos filosóficos) embora sejão lidos como anti-heideggerianos.


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