Alexandre Herculano ( )

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1 Alexandre Herculano (1810-1877)
João Pedroso, Retrato de Alexandre Herculano (1877).

2 Alexandre Herculano (Lisboa, 1810 — Vale de Lobos, Santarém, 1877)
Alexandre Herculano em Vale de Lobos, sentado numa cesta da apanha da azeitona (fotografia de uma revista de 1905). Alexandre Herculano (Lisboa, 1810 — Vale de Lobos, Santarém, 1877)

3 Foi jornalista, historiador, romancista e poeta.
É considerado um dos introdutores do Romantismo português. Faz estudos de Diplomática (Torre do Tombo), aprende inglês e alemão. Em 1831, parte para França, procurando escapar ao Absolutismo, e, durante este exílio, frequenta a biblioteca de Rennes. Regressa a Portugal em 1832 e vive a Revolução de 1836 com apreensão.

4 A partir de 1836, já diretor do jornal O Panorama, inicia uma atividade literária em que se articulam o trabalho do ficcionista e o do historiador. N’O Panorama, saem as Lendas e Narrativas (cuja primeira edição vem a lume em 1851) e obras como O Bobo. Publica uma História de Portugal, em quatro volumes ( ).

5 O Panorama, Jornal Literário e Instrutivo
da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, com periodicidade semanal, publicado entre 1837 e 1868 (Biblioteca Nacional de Portugal, J-155-B).

6 Frontispício do primeiro volume
da primeira edição de Lendas e Narrativas (1851) — Biblioteca Nacional de Portugal, L P.

7 A história e a novela — onde podemos ler a verdade?
Novela, história, qual destas cousas é a mais verdadeira? Nenhuma, se o afirmarmos absolutamente de qualquer delas. Quando o carácter dos indivíduos ou das nações é suficientemente conhecido, quando os monumentos, as tradições e as crónicas desenharem esse carácter com pincel firme, o noveleiro pode ser mais verídico do que o historiador, porque está mais habituado a recompor o coração do que é morto pelo coração do que vive, o génio do povo que passou pelo do povo que passa. Alexandre Herculano, O Panorama, Vol. IV, p. 243.

8 Frei Manuel dos Reis, A Visão de Afonso Henriques (1665). Em nome do rigor científico, que deveria ser apanágio do historiador, Alexandre Herculano nega a veracidade da lenda da aparição de Cristo em Ourique, o que lhe granjeia fortes conflitos de natureza ideológica.

9 Disputas políticas e desentendimentos afastam-no da cidade.
Parte, em 1859, para a quinta de Vale de Lobos, perto de Santarém. Adquirir esse «torrão» era a «grande ambição da sua vida». Tomás da Anunciação, Vista de Amora (c. 1852).

10 Frontispício do primeiro volume
da primeira edição de Opúsculos (1873) — Biblioteca Nacional de Portugal, p-5637-p_10. Em 1867, casa com o seu amor de juventude (por quem se apaixonara aos 26 anos). Mantém-se intelectualmente ativo, escrevendo os seus Opúsculos e outros trabalhos. Morre em 1877.