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Gliconeogénese
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Síntese de glicose a partir de substâncias não glicídicas.
Gliconeogénese O nosso organismo requer cerca de 160g de glicose por dia, das quais 120g são para o cérebro! A quantidade de glicose nos líquidos orgânicos é cerca de 20g, e a que está prontamente disponível pelo glicogénio é de aproximadamente 190g. Só temos reservas de glicose para pouco mais que 1 dia. A gliconeogénese é muito importante!!!!! Síntese de glicose a partir de substâncias não glicídicas.
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Durante o jejum: O fígado degrada glicogénio e exporta glicose (durante as primeiras horas); Aumenta a actividade lipolítica no tecido adiposo; A maioria dos órgãos do organismo começam a usar como combustível preferencial os ácidos gordos; No entanto, os eritrócitos e, em grande medida, os neurónios dependem do catabolismo da glicose para a síntese de ATP.
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A gliconeogénese ocorre em todos os animais, plantas, fungos e microrganismos.
Em animais superiores a gliconeogénese ocorre principalmente no fígado, e numa extensão muito menor no córtex renal. Produção de glicose. Eliminação de lactato e glicerol. Manutenção dos níveis dos intermediários do ciclo de Krebs. Gliconeogénese
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Os precursores da glicose são numa primeira fase convertidos em piruvato, ou entram como intermediários numa fase mais avançada tais como o oxaloacetato ou dihidroxiacetona fosfato. Os principais precursores são o lactato, glicerol e certos aminoácidos. O lactato vai ser convertido em piruvato pela acção da lactato desidrogenase. O glicerol vai ser convertido em dihidroxiacetona fosfato.
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A conversão de piruvato em glicose ocorre principalmente no citosol e 7 dos 10 passos da gliconeogénese são o inverso das reacções glicolíticas. As restantes 3 reacções são essencialmente irreversíveis.
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Conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato
O piruvato é primeiramente transportado para a mitocôndria, ou é produzido nesta por transaminação da alanina. Seguidamente a piruvato carboxilase converte o piruvato em oxaloacetato. A carboxilação tem lugar em 3 fases: É uma reacção anaplerótica pois repõem intermediários do ciclo de krebs.
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Ou então… O oxaloacetato pode seguir agora duas vias:
É convertido directamente em fosfoenolpiruvato pela fosfoenolpiruvato carboxicinase mitocondrial (isoenzima mitocondrial da fosfoenolpiruvato carboxicinase citosólica). Este por sua vez é depois transportado para fora da mitocôndria pelo transportador do fosfoenolpiruvato. Ou então…
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O oxaloacetato é depois reduzido a malato pela malato desidrogenase mitocondrial.
O malato sai da mitocôndria através do transportador do malato/α-cetoglutarato da membrana mitocondrial interna. No citosol é reoxidado a oxaloacetato, com produção de NADH citosólico.
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A equação geral desta série de equações é:
Piruvato + ATP + GTP + HCO fosfoenolpiruvato + ADP + GDP + Pi + CO2
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O oxaloacetato é depois convertido em fosfoenolpiruvato pela fosfoenolpiruvato carboxicinase citosólica. Esta reacção requer a presença de Mg2+. O consumo de fosfoenolpiruvato torna a reacção irreversível na célula. O CO2 adicionado ao piruvato na primeira reacção é o mesmo que depois é removido por acção da fosfoenolpiruvato carboxicinase.
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A razão [NADH]/[NAD+] no citosol é 105 vezes inferior à da mitocôndria.
Como na gliconeogénese é consumido NADH citosólico na conversão de 1,3-bifosfoglicerato em gliceraldeído, a passagem pela mitocôndria permite transferir equivalentes redutores para o citosol, onde são menos abundantes.
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Seguidamente o fosfoenolpiruvato segue uma série de reacções comuns à glicólise.
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Conversão de frutose-1,6-bisfosfato em frutose-6-fosfato
Esta conversão requer uma enzima única para a gliconeogénese, a frutose-1,6-bisfosfatase. Esta reacção é essencialmente irreversível e requer a presença de Mg2+. Seguidamente a frutose-6-fosfato é convertida em glucose-6-fosfato.
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Conversão da glucose-6-fosfato em glucose
Catalisada por uma enzima única para a gliconeogénese, a glucose-6-fosfatase. Esta reacção requer a presença de Mg2+.
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Esta enzima localiza-se no lado lumenal do retículo endoplasmático dos hepatócitos e das células renais.
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A reacção geral para a gluconeogénese é
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Formação de glicose a partir do lactato
Uma segunda via para a conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato predomina quando o lactato é o percursor gliconeogénico. A conversão de lactato em piruvato no citosol dos hepatócitos origina NADH. Daí é desnecessário utilizar a via do malato através da mitocôndria para exportar equivalentes redutores.
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O piruvato produzido pela lactato desidrogenase citosólica é depois transferido para a mitocôndria, pelo simporte piruvato/ H+ onde é convertido em oxaloacetato pela piruvato carboxilase (os próximos passos da gliconeogénese vão-se manter).
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Gastos da gliconeogénese
Por molécula de glicose formada, gastam-se: 6 fosfatos de alta energia 2 NADH 4 ATP 2 GTP
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Formação a partir de intermediários do Ciclo de Krebs
A glicose pode ser formada não só a partir do piruvato mas também a partir de intermediários do ciclo de Krebs
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propionato
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Aminoácidos glicogénicos
Aminoácidos transaminados (transferência de um ou mais grupos amina dum composto para outro ou dum grupo amina dentro dum composto simples) Transformam-se num dos intermediários ou no piruvato, participando na gliconeogénese Exemplos: alanina
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Glicerol dihidroxiacetona-fosfato (glicerol-3-fosfatodesidrogenase)
Pode ser transformado em glicose por participação na gliconeogénese Requer enzima activadora – glicerol-cinase: fosforilação do glicerol Oxidação: glicerol-3-fosfato glicerol-3-fosfato (gasto de 1 ATP) dihidroxiacetona-fosfato (glicerol-3-fosfatodesidrogenase)
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A partir deste ponto, segue o trajecto inverso da glicólise (duas moléculas de dihidroxiacetona-fosfato originam uma molécula de frutose-1,6-bisfosfato) Esta série de reacções ocorre no fígado e no rim (onde as células são capazes de produzir as enzimas necessárias à conversão do glicerol)
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Ácidos gordos fornecimento de energia para a gliconeogénese
Originam Acetil-CoA para ser oxidada no ciclo de Krebs A reacção da piruvato-desidrogenase é irreversível fornecimento de energia para a gliconeogénese não podem ser convertidos em glicose
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No entanto…
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Ácidos gordos cadeia ímpar
Os ácidos gordos de cadeia ímpar originam propionil-CoA, que pode ser convertido em Succinil-CoA (intermediário do Ciclo de Krebs)
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Regulação da gliconeogénese
Glicólise e gliconeogénese reguladas reciprocamente
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Indução e repressão da síntese de enzimas-chave
Activadas ou reprimidas de forma coordenada Superabundância de glicose: enzimas envolvidas na utilização da glicose mais activas Insulina Antagoniza a acção da glicagina Baixos níveis de glicose: enzimas envolvidas na produção de glicose mais activas Glicagina Este processo necessita de várias horas aumento de enzimas-chave da glicólise aumento de enzimas-chave da gliconeogénese
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Glicagina Hormona polipeptídica que aumenta a glicemia estimulando a gliconeogénese Age com a conversão de ATP a AMP-cíclico
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Modificação por fosforilação reversível
Aumento da concentração de AMPc (glicagina e epinefrina) Activação da proteína-cinase AMP-dependente Fosforilação e consequente inactivação da piruvato-cinase Acção rápida repressão da glicólise
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Modificação alostérica
Acetil-CoA como indutor ou repressor alostérico A Acetil-CoA é um activador alostérico da piruvato-carboxilase (piruvato a oxaloacetato) Necessidades energéticas supridas: Acetil-CoA (proveniente dos ác. Gordos) inibe a piruvato-desidrogenase e estimula a piruvato-carboxilase Estímulo da gliconeogénese
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Fosfofrutocinase-1 sujeita a retroacção
Inibida por citrato e ATP Activada por AMP O sistema anteriormente verificado permite uma grande sensibilidade da PFK-1 a alterações, podendo controlar a quantidade de carbohidratos a ser submetido a glicólise Uma consequência da inibição da PFK-1 é a acumulação de glicose-6-fosfato inibição alostérica da hexocinase repressão da fixação de glicose
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AMP 2ADP formação de ADP Sobe AMP grande aumento de AMP
Indicador do estado energético da célula Equilíbrio (presença de adenilato-cinase): ATP+AMP ATP utilizado Pequeno decréscimo no ATP 2ADP formação de ADP Sobe AMP grande aumento de AMP
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Função da Frutose-2,6-bisfosfato na regulação alostérica
Efector positivo da PFK-1 e inibidor da frutose-1,6-bisfosfatase (frutose-1,6-bisfosfato a frutose-6-fosfato) Forma-se por fosforilação da frutose-6-fosfato pela PFK-2 Esta faz parte duma enzima bifuncional, em conjunto com a frutose-2,6-bisfosfatase (a última degrada frutose-2,6-bisfosfato) Controlo alostérico: a frutose-6-fosfato estimula a cinase por aumento da concentração de glicose glicólise
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Quando a concentração de glicose é baixa, a glicagina estimula a produção de AMPc, que activa por fosforilação a frutose-2,6-bisfosfatase gliconeogénese
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Ciclos fúteis Ocorrência simultânea das 2 reacções nos 3 pontos onde a glicólise e gliconeogénese utilizam enzimas específicas para cada via O resultado seria hidrólise do ATP e formação de calor P.ex., no caso da PFK-1 e da frutose-1,6-bisfosfatase ATP + frutose-6-P ADP + frutose-1,6-bisfosfato Frutose-1,6-bisfosfato + H2O Frutose-6-P + Pi
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MAS... A soma destas reacções é:
Em condições normais não ocorrem a taxas significativas Em certas situações podem ser utilizados para aumentar a temperatura corporal ATP + H2O ADP + Pi + calor MAS...
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Ciclo de Cori Na actividade muscular muito intensa, a necessidade de ATP é tão grande que a corrente sanguínea não consegue providenciar O2 e combustíveis suficientemente rápido para produzir o ATP necessário pela respiração aeróbia unicamente. Neste caso a glicose não vai ser convertida em piruvato mas antes em lactato, através da fermentação láctica. O lactato acumula-se e difunde-se posteriormente para a corrente sanguínea.
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Após um período de actividade muscular intensa, a respiração ofegante continua por mais algum tempo. Muito do O2 obtido é utilizado para a produção de ATP pela fosforilação oxidativa no fígado. Este ATP é utilizado para a gliconeogénese a partir do lactato, transportado no sangue do músculo até ao fígado. A glicose assim formada retorna aos músculos para reabastecer as suas reservas de glicogénio, completando o ciclo de Cori.
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As setas a vermelho (tracejado) mostram a direcção das reacções metabólicas envolvidas no ciclo numa situação de esforço físico. A verde (setas a pontilhado), as reacções que ocorrem no período de reoxigenação (descanso).
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Ciclo da glicose-alanina
A alanina funciona como um transportador da amónia e do esqueleto carbónico do piruvato desde o músculo até o fígado. A amónia é excretada, e o piruvato é empregado na produção de glicose, a qual pode retornar ao músculo.
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Bibliografia Berg, Jeremy M.; Tymoczko, John L.; and Stryer, Lubert.
New York: W. H. Freeman and Co. ; c2002 Murray, R.K.; Granner, D.K.; Mayes, P.A. Harper’s Illustred Biochemistry. 26ºedition. Pág Copyright
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