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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

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3 “A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA DA ANTIGUIDADE”
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMI-ÁRIDO UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGROECOLOGIA “A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA DA ANTIGUIDADE” HISTÓRIA SOCIAL DO CAMPESINATO (2010.2) Professor Márcio Caniello

4 A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA DA ANTIGUIDADE: SUMÁRIO
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA DA ANTIGUIDADE: SUMÁRIO As duas vias de dispersão da agricultura Os sistemas agrários pós-florestais Os sistemas agrários das regiões temperadas Origens da Revolução Agrícola Antiga A Crise de Subsistência Crônica Um novo ecossistema cultivado Características da Revolução Agrícola Antiga

5 AS DUAS VIAS DA DISPERSÃO DA AGRICULTURA
A partir dos centros de dispersão, a agricultura foi se disseminando de várias maneiras, mas seguindo duas vias principais, de acordo com os biomas terrestres  Sistemas pastoris em terrenos herbáceos Regiões intertropicais semiáridas (estepes e savanas)  Ainda bastante praticada (muitas vezes associada à agricultura de subsistência) em diversas regiões do Mundo, inclusive no semiárido brasileiro. Sistemas agrários florestais (“derrubada-queimada”) Florestas temperadas e tropicais  Terrenos desmatados e queimados sem destoca. Áreas são cultivadas por, no máximo, 3 anos e depois abandonadas para o pousio florestal entre 10 e 50 anos, em média. Brasil: sistema de coivara. Ainda é praticada na África, Ásia e América Latina. “Na maior parte das regiões originalmente arborizadas, o aumento da população conduziu ao desmatamento e até mesmo, em certos casos, à desertificação” “Os sistemas de cultivo de derrubada-queimada cederam lugar a numerosos sistemas agrários pós-florestais, muito diferenciados conforme o clima, que estão na origem de séries evolutivas distintas e relativamente independentes umas das outras”

6 OS PRIMEIROS SISTEMAS AGRÁRIOS PÓS-FLORESTAIS
Sistemas agrários hidráulicos das regiões áridas Evolução da agricultura de vazante primitiva neolítica Cultivos de inundação e cultivos de irrigação Localização: Mesopotâmia (vales dos rios Tigre e Eufrates). Egito (vale do Nilo). Índia (vale do Indo). América: Incas, Astecas e Maias. Sistemas agrários hidráulicos das regiões tropicais úmidas Rizicultura aquática China, Índia, Vietnã, Tailândia, Indonésia, Madagáscar, costa da Guiné etc. Sistemas agrários das regiões intertropicais com pluviometria intermediária Assumiram diversas formas: Sistemas pastoris Sistemas agrícolas Sistemas agrícolas e pastoris associados

7 OS BIOMAS TERRESTRES

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9 OS SISTEMAS AGRÁRIOS DAS REGIÕES TEMPERADAS
A Revolução Agrícola Antiga Sistemas de cultivo de cereais pluviais com alqueive, com pastagem e criação associadas, nos quais se utilizavam ferramentas manuais, como a pá e a enxada. Inovação tecnológica: O arado escarificador e a albarda  A Revolução Agrícola da Idade Média Central Sistema com alqueive e tração pesada Inovação tecnológica: o arado-charrua e a carreta  A Primeira Revolução Agrícola dos Tempos Modernos (séculos XIV ao XIX) Policultivo associado à criação animal sem alqueive A Segunda Revolução Agrícola dos Tempos Modernos (séculos XIX e XX) Motorização e mecanização (pós-Revolução Industrial). A “revolução verde” (anos 1960): Seleção de variedades de plantas e raças de animais com boa produtividade Amplo uso de adubos e fertilizantes químicos e agrotóxicos Uso de remédios e alimentos concentrados para o gado. “Modernização conservadora”

10 O ARADO ESCARIFICADOR Implemento agrícola tracionado no qual o elemento de corte (“sulcador” em madeira ou metal) é posicionado simetricamente em relação ao eixo ou estrutura principal do equipamento (“corpo” ou “adobe”). Este instrumento tem como função executar um revolvimento ou escarificação contínua da camada mais superficial do solo, lançando-o para os dois lados do sulco de corte. Modelo de arado com dois homens e dois bois Reino Médio (cerca de aC) Col. Agrícola Museu do Cairo Antigo - Inv. N º 1457  Foto do Boistesselin Arnaud Arado escarificador Tunísia, Século XX Col. Labouesse Francis, Agropolis Museum - Inv.  e 1.2

11 “O arado escarificador apareceu na Baixa Mesopotâmia e se espalhou pelo Oriente Médio no IV Milênio a.C. Em seguida, chegou ao vale do Nilo, ao entorno mediterrâneo e à Europa, onde sua presença é atestada desde o terceiro milênio, em várias regiões, por meio de gravuras em pedra, modelos em terracota e traços de sulcos excepcionalmente preservados e datados em sepulturas, por exemplo (Guilaine, 1994)”

12 A ALBARDA

13 O ARADO-CHARRUA Implemento agrícola tracionado no qual a lâmina de corte (constituída de uma ou mais “aivecas” ou “discos” metálicos) é posicionada assimetricamente em relação ao eixo ou estrutura principal do equipamento. Assim, contrariamente ao arado escarificador, o arado realiza um trabalho de solo com maior profundidade, produzindo leivas e torrões de solo que são revirados (trazendo para a superfície as camadas mais profundas do solo e enterrando a camada superficial) e tombados para um dos lados do sulco de corte. plough.htm

14 AS ORIGENS DA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA DA ANTIGUIDADE
Onde Desenvolveu-se nas paragens temperadas quentes do entorno mediterrâneo e depois nas regiões frias da Europa, na medida em que eram desmatadas Quando Idade dos Metais (2.500 a.C. – primeiros anos da Era Cristã) Ocorreu aproximadamente anos depois do sistema hidroagrícola das regiões áridas Nas regiões temperadas quentes, a predominância dos sistemas com alqueive não excluía a presença, ainda que limitada, de sistemas hidroagrícolas. Como: um sistema de associação entre cerealicutura pluvial e criação pastoral Terras cultiváveis mais férteis (ager): cultivo pluvial de cereais com um pousio herbáceo, o alqueive, formando uma rotação de curta duração, geralmente bienal Pastagens periféricas (saltus): criação pastoral Animais para tração leve (arado escarificador e albarda) “Pastando de dia nos saltus e confinado à noite nos alqueives, o gado assegurava por meio de seus dejetos, certa transferência de fertilidade das áreas de pasto para as terras cultiváveis”.

15 A CRISE DE SUBSISTÊNCIA CRÔNICA DA ANTIGUIDADE
Limitações tecnológicas do sistema agrário antigo Insuficiência dos instrumentos de plantio e de transporte O arado escarificador, que rasgava o solo sem revolvê-lo, não era ideal. Esse trabalho devia ser completado manualmente, com a pá ou com o enxadão. Dada a alta penosidade e a baixa produtividade do trabalho, não compensava estendê-lo à totalidade das áreas com alqueives. Por outro lado, a limitação do transporte animal não permitia transferir grandes quantidades de matéria orgânica do saltus para o ager “Pouco extensas, mal preparadas e insuficientemente estercadas, essas terras cultivadas tinham, então, um rendimento e uma produção global baixos.” Incapacidade de produção de excedentes  crise de subsistência crônica Desenvolvimento da guerra, formação das cidades-estado, da militarização, da colonização e da escravidão que marcaram essas sociedades até o fim do primeiro milênio da Era Cristã. A partir do Ano 1.000: Regiões temperadas frias: revolução agrícola medieval: cultivo com tração pesada Regiões temperadas quentes: manutenção do sistema com aperfeiçoamentos. Ainda hoje, esse sistema perdura sob diversas formas em várias regiões do mundo.

16 UM NOVO ECOSSISTEMA CULTIVADO NAS REGIÕES TEMPERADAS QUENTES
Elementos constitutivos do Sistema Agrário da Antiguidade nas Silva: florestas e bosques preservados em terrenos pouco propícios aos cultivos e à criação porque estão situados em altitude, são muito acidentados, pedregosos, porosos, úmidos, compactados ou simplesmente estão muito afastados das moradias. Usados para caça e suprimento de madeira e lenha. Saltus: terreno acidentado e erodido, com vegetação arbórea degradada pelas derrubadas-queimadas, constituído de formações herbáceas e macegosas destinadas à pastagem. Ager: terrenos pouco abundantes, situados em vales e baixios com solos aluvionais mais profundos, incessantemente renovados e enriquecidos, voltados para a produção de cereais. Hortus: hortas-pomares. Um novo modo de renovação da fertilidade “Os animais eram conduzidos logo cedo para o saltus próximo do vilarejo a fim de pastar durante o dia todo; depois, os animais eram reconduzidos as áreas de alqueive no ager à noite para que durante esse período ali depositassem seus dejetos.” Entretanto, limitações ecológicas e tecnológicas limitavam este procedimento.

17 CARACTERÍSTICAS DA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA DA ANTIGUIDADE
Problemas provocados pelo sistema derrubada-queimada desde o neolítico: Erosão e o ressecamento das parcelas; Dificuldade em desmatar uma vegetação cada vez menos arborizada e cada vez mais arbustiva/herbácea Redução dos rendimentos agrícolas Migração acentuada para novas áreas florestais para derrubada e queima Revolução Agrícola da Antiguidade: “Resposta apropriada” a esses problemas. Sistema complexo: Exigência de uma capitalização muito importante dos meios de produção (terra, equipamentos e animais): Separação do ager e do saltus Implantação da rotação de curta duração com alqueive herbáceo Desenvolvimento de novos instrumentos agrícolas A condução do rebanho no saltus e nos alqueives para transferir o máximo de fertilidade possível em proveito das terras cerealíferas. “Durante a idade do ferro (1200 a.C.), os novos sistemas com alqueive predominaram numa imensa área de extensão  e, durante mais de um milênio, esses sistemas forneceram o essencial para a subsistência das sociedades do entorno mediterrâneo e da Europa, além de dar o tom à economia agrícola dessa parte do mundo”.

18 Nos últimos séculos a.C., os sistemas com alqueive e tração leve eram utilizados do norte da África até à Escandinávia, e do Atlântico até o Aral e as margens orientais do Mediterrâneo

19 BIBLIOGRAFIA BURNS, Edward McNall: História da Civilização Ocidental: do homem das cavernas às naves espaciais. 41ª edição. São Paulo, Editora Globo, 2001. COSTA, Ricardo A. Buriti: Aquecimento Global Existe?. Apresentação em power point. Campina Grande, UFCG, 2007. LEAKEY, Richard: “Um novo modo de vida”, A Evolução da Humanidade. São Paulo, Melhoramentos/Círculo do Livro; Brasília, Editora da UnB, 1981. LEAKEY, Richard & LEWIN, Roger: “Da África à Agricultura”, Origens: o que novas descobertas revelam sobre o aparecimento de nossa espécie e seu possível futuro. 2ª ed. São Paulo, Melhoramentos; Brasília, Editora da UnB, 1981. MARX, Karl: Formações Econômicas Pré-Capitalistas. 4ª ed. Rio de Janeiro, Paz & Terra, 1985. MAZOYER, Marcel & ROUDART, Laurence: História das agriculturas no mundo: no neolítico à crise contemporânea. São Paulo, Editora da UNESP; Brasília, NEAD, 2010. MITHEN, Steven: “Epílogo: as origens da agricultura”, A Pré-História da Mente: uma busca das origens da arte, da religião e da ciência. São Paulo, Editora UNESP, 2002. SAHLINS, Marshal: “A primeira sociedade da afluência”, in CARVALHO, Edgard de Assis, Antropologia Econômica. São Paulo, Livraria Editora Ciências Humanas, 1978.


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