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A MEDIUNIDADE COM JESUS E O MANDATO MEDIÚNICO

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Apresentação em tema: "A MEDIUNIDADE COM JESUS E O MANDATO MEDIÚNICO"— Transcrição da apresentação:

1 A MEDIUNIDADE COM JESUS E O MANDATO MEDIÚNICO
MÓDULO III – AULA 38 78 SLIDES

2 OBJETIVOS Esclarecer que o mandato mediúnico é sublime manifestação, que se desdobra nos mais diversos campos da vida, e que a mediunidade com Jesus é o compromisso com o auto aprimoramento e com a promoção do assistido em assistente.

3 ABORDAGENS A Mediunidade: Conceito; Finalidade.
A Mediunidade com Jesus. A Mediunidade e o Espiritismo. O Mandato Mediúnico: O Dever; A Virtude; Conclusão.

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5 A MEDIUNIDADE E, a um, deu cinco talentos, e, a outro, dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. (Mt, 25:15). Segundo o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete, mediunidade é a qualidade de médium; medianimidade. De acordo com Allan Kardec, mediunidade, ou medianimidade, é a “faculdade dos médiuns”; e, por médium, Kardec define: “Pessoa que pode servir de intermediária entre os Espíritos e os homens”.

6 A MEDIUNIDADE Apesar dos dois vocábulos serem corretos e sinônimos, o codificador esclarece que “mediunidade tem um sentido mais geral e medianimidade um sentido mais restrito”. E exemplifica, considerando que alguém, que apresenta “o dom de mediunidade”, possui “a medianimidade mecânica”. O Espiritismo, realmente, criou essa terminologia; no entanto, não foi a Doutrina Espírita que criou o que ela representa. Em verdade, a comunicação com os Espíritos era fato corriqueiro nos primeiros tempos do Cristianismo.

7 A MEDIUNIDADE Aliás, o próprio Cristo mantinha constante comunhão com o plano invisível. Esse aspecto pode ser observado quando, no Tabor, os discípulos presenciam a conversa de Jesus com Elias e Moisés, já desencarnados. Em outras passagens, é o próprio Jesus quem exemplifica a possibilidade desse intercâmbio, ao se fazer visível a seus discípulos depois de sua morte, conforme trecho narrado em “Atos dos Apóstolos”: aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando das coisas concernentes ao Reino de Deus.

8 A MEDIUNIDADE No livro Cristianismo e Espiritismo, Léon Denis comenta a respeito das várias manifestações realizadas por Jesus, as quais, dentre outros objetivos, tiveram também o de fortalecer a fé e a confiança em seus discípulos. Segundo Denis, suas aparições apresentaram os mais diferenciados aspectos “desde a forma etérea, sem consistência, com que aparece à Maria Madalena, (...) até a completa materialização, tal como a pôde verificar Tomé, que tocou com a própria mão as (suas) chagas” . Ou ainda, quando, a caminho de Emaús, conversa com dois dos discípulos que não o reconhecem, e desaparece repentinamente.

9 A MEDIUNIDADE Com a ressurreição de Jesus, estabelece-se, para o cristão, a prova da imortalidade da alma e do intercâmbio entre os dois planos da vida. Tal intercâmbio só se torna possível, porém, através do instrumento chamado médium e de uma aptidão ostensiva e física que este possui, intitulada por Kardec de mediunidade. Nesse sentido, para a doutrina cristã, as aparições de Jesus constituem a sua base, “o seu ponto capital” . Segundo Denis, “no cristianismo, a fé não é uma esperança, é um fato natural, um fato apoiado no testemunho dos sentidos. Os apóstolos não acreditavam somente na ressurreição; estavam dela convencidos”.

10 A MEDIUNIDADE CONCEITO:
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Paulo (I Cor, 12:7). No prefácio do livro Mediunidade e Sintonia, Emmanuel, ao fazer comentários sobre a mediunidade, considera importante não olvidarmos, no fenômeno mediúnico, “o problema da sintonia”, conceituando-a da seguinte maneira: “mediunidade é força mental, talento criativo da alma, capacidade de comunicação e de interpretação do espírito, ímã no próprio ser”.

11 A MEDIUNIDADE André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, ainda oferece nova definição para o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, ao dizer que: “a mediunidade é faculdade inerente à própria vida, (...) qual o dom da visão comum, peculiar a todas as criaturas, responsável por tantas glórias e infortúnios na Terra”.

12 A MEDIUNIDADE FINALIDADE:
Porque nós somos cooperadores de Deus (I Cor, 3:9). Em O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec comenta a passagem evangélica do “banquete com os publicanos”, narrada em Mateus, no capítulo 9, versículos 10 a 12. No texto citado, os fariseus questionam os discípulos de Jesus a respeito do motivo pelo qual Jesus aceita comer com os publicanos – considerados traidores de sua raça, por trabalharem como coletores de impostos do Império Romano – e com as “pessoas de má vida” – como as meretrizes e os “excluídos” e/ou “párias” sociais.

13 A MEDIUNIDADE O questionamento dos fariseus deve-se ao fato de que, na época, as duas categorias de pessoas eram consideradas “indignas” e “inferiores”. Quem responde ao questionamento é o próprio Cristo, ao dizer que “não são os que gozam saúde que precisam de médico”. Allan Kardec, então, tece interessante paralelo entre a convivência de Jesus com aquelas “pessoas marginalizadas” e a mediunidade inerente a certas criaturas, as quais, na época de Kardec, também eram rotuladas de “inferiores”, seja do ponto de vista sócio-cultural ou do ponto de vista moral.

14 A MEDIUNIDADE O codificador argumenta que, assim como Jesus representava o “remédio” para aquelas pessoas tidas como de “má-vida” (em seu comentário, os “cegos dóceis”, os “necessitados de consolação”), a mediunidade também seria o socorro, sem distinção, para todas as pessoas, independentemente de sua classe, e condição social. Afinal, conclui, “porque Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro?”

15 A MEDIUNIDADE Já no livro A Gênese, Allan Kardec esclarece que o caráter verdadeiro do plano espiritual, com suas múltiplas faces, foi revelado, justamente, em reuniões mediúnicas. Isso se explica porque, nas reuniões, não se manifestam apenas Espíritos superiores, moralmente elevados e redimidos. Às sessões, comparecem, principalmente, Espíritos de pessoas comuns, ou daqueles de categorias inferiores (de moral e inteligência pouco desenvolvidas, que denotam, ainda, traços de perversidade).

16 A MEDIUNIDADE Kardec ressalta, também, a conexão entre os dois planos – material e espiritual – além da inexorável realidade da imortalidade da alma, objeto essencial das manifestações mediúnicas. O Codificador, didaticamente, também questiona: “Qual, então, a utilidade dessas manifestações, (...) uma vez que os Espíritos não sabem mais do que nós, ou nos dizem o que sabem?” Ao questionamento, os Espíritos respondem que o Plano Maior circunscreve suas revelações àqueles fatos que os homens não teriam como alcançar apenas pelo ângulo do encarnado.

17 A MEDIUNIDADE Ao mesmo tempo, quando instruem, há esmerado cuidado em não impedir o crescimento intelectual dos encarnados com a oferta de soluções e respostas a cujas conclusões estes poderiam chegar pelo próprio esforço, a fim de que o mérito do trabalho não lhes seja retirado. Porém advertem que, quando o homem ainda não demonstra amadurecimento suficiente para determinados ensinos ou revelações, o plano espiritual não atropela esse momento com informações indevidas.

18 A MEDIUNIDADE Com base no raciocínio abordado, pode-se concluir que o cerne das revelações da espiritualidade tratará de situações relativas à vida futura, as quais o homem desconhece. Até porque, anteriormente às revelações dos Espíritos, o homem apenas fazia hipóteses sobre o plano espiritual e a sobrevivência do ser. Hoje, contudo, é o testemunho ocular desses seres desencarnados que lhe revela a realidade do Espírito Imortal e lhe dá a conhecer esse mundo invisível que, a todos, rodeia.

19 A MEDIUNIDADE Ainda segundo os Espíritos que orientaram Allan Kardec, se a Espiritualidade Superior mais nada tivesse ou pudesse revelar, só o conhecimento da existência do plano espiritual já seria suficientemente importante. Mediunidade – União Espírita Mineira. Encontrado em:

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21 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Em quaisquer setores de atividade humana, é natural cultivemos, nas reentrâncias do coração, o anseio de melhoria e aperfeiçoamento. O engenheiro que, após intenso labor, obtém o seu diploma, aprimorar-se-á, no estudo e no trabalho, a fim de dignificar a profissão escolhida, convertendo-se em construtor do progresso e do bem-estar geral.

22 A MEDIUNIDADE COM JESUS
O médico, no contato com o sofrimento e a enfermidade, na cirurgia ou na clínica, ampliará sempre os seus conhecimentos, com vistas à experiência no tempo. E, se honesto e bom, conquistará o respeito do meio onde vive. O artífice, seja ele mecânico ou carpinteiro, sapateiro ou alfaiate, no humilde labor diuturno, estudando e aprendendo, adquirirá os recursos da técnica especializada, que o tornarão elemento valioso e indispensável no ambiente onde a Divina Bondade o situou.

23 A MEDIUNIDADE COM JESUS
O advogado, no trato incessante com as leis, identificando-se com a hermenêutica do Direito, compulsando clássicos e modernos, abrirá ao próprio Espírito perspectivas sublimes “para o ingresso à Magistratura respeitável, em cujo Templo, pela aplicação dos corretivos legais, cooperará, eficientemente, com o Senhor da Vida na implantação da Justiça e na sustentação da ordem jurídica.

24 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Se esta ânsia evolutiva se compreende nos labores da vida contingente, cujas necessidades, em sua maioria, virtualmente desaparecem com a cessação da vida orgânica, que dizermos das realizações do Espírito Eterno, das lutas e experiências que continuarão além da Morte, para decidirem, afinal, no mundo espiritual, da felicidade ou da desventura do ser humano? O quadro evolutivo contemporâneo assemelha-se a um cortejo que se dirige, simultaneamente, a uma necrópole e a um berçário.

25 A MEDIUNIDADE COM JESUS
A Humanidade, procurando destruir os grilhões que ainda a vinculam à Era da Matéria, na qual predominam os sentimentos inferiorizados, apresenta dolorosos sintomas de decomposição, à maneira de um corpo que se esvai, lentamente, a fim de, pelo mistério do renascimento, dar vida a outro ser mais perfeito e formoso. O médium, como criatura que realiza, também, de modo penoso, a sua marcha redentora, aspirando a melhorar-se e atingir a vanguarda ascensional, ressente-se, naturalmente, no exercício de sua faculdade, seja ela qual for, deste estado de coisas, revelador da ausência do Evangelho no coração humano.

26 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Os problemas materiais, os instintos ainda falando, bem alto, na intimidade do próprio coração, a inclinação ao personalismo e à vaidade, à prepotência e ao amor próprio, enfim, a condição ainda deficitária de sua individualidade espiritual, concorrem para que o Mais Alto encontre, nesta altura dos tempos, forte obstáculo à livre, plena e espontânea manifestação. Justo e mesmo necessário será, portanto, que o médium guarde, igualmente, no coração, o desejo de, pelo estudo e pelo trabalho, pelo amor e pela meditação.

27 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Sobrepor-se ao meio ambiente e escalar, com firmeza e decisão, os degraus da evolução consciente e definitiva, convertendo-se, assim, com redução do tempo, em espiritualizado instrumento das vozes do Senhor. Esclarecem os instrutores espirituais que é “a mente a base de todos os fenômenos mediúnicos”. Assimilando, a natureza dos nossos pensamentos, o tipo das nossas aspirações e o nosso sistema de vida, a se expressarem através de atos e palavras, pensamentos e atitudes.

28 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Determinarão, sem dúvida, a qualidade dos Espíritos que, pela lei das afinidades, serão compelidos a sintonizarem conosco nas tarefas cotidianas e, especialmente, nas práticas mediúnicas. Não podemos por enquanto, é verdade, desejar uma comunidade realmente cristã, onde todos se entendam, pensem no bem, pelo bem vivam e pelo bem realizem.

29 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Seria, extemporaneamente, a Era do Espírito, realização que pertencerá aos milênios futuros, quando tivermos a presença do Cristo de Deus no próprio coração, convertido em Templo Divino, em condições, por conseguinte, de repetirmos, leal e sinceramente, com o grande bandeirante do Evangelho: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim.”

30 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Todavia, se é impossível, por agora, a cristianização coletiva da Humanidade do nosso pequenino orbe, Jesus continua falando ao nosso coração, em silêncio, desde o suave episódio da Manjedoura, quando acendeu, nas palhas do estábulo de Belém, a luz da humana redenção. Cada um de nós terá de construir a própria edificação. Esta transição inevitável, da Era da Matéria para a Era do Espírito, pode começar a ser efetivada, humildemente, silenciosamente, perseverantemente, no mundo interior de cada criatura.

31 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Comecemos, desde já, o processo de autotransformação. Este processo renovativo se verificará, indubitavelmente, na base da troca ou substituição de sentimentos. Modifiquemos os hábitos, aprimoremos os sentimentos, melhoremos o vocabulário, purifiquemos os olhos, exerçamos a fraternidade, amemos e sirvamos, estudemos e aprendamos incessantemente.

32 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Temos que deixar os milenários hábitos que nos cristalizaram os corações, como abandonamos a roupa velha ou o calçado imprestável, que não mais satisfazem os imperativos da decência e da higiene. A fim de melhor entendermos a base de tais substituições, exemplifiquemos: ERA DA MATÉRIA = {Ignorância = {questões materiais, questões espirituais. {Opressão = {espiritual, material. {Instintos = {animalidade, ambição.

33 A MEDIUNIDADE COM JESUS
ERA DO ESPÍRITO = {Conhecimento = {sabedoria humana, sabedoria espiritual. {Fraternidade = {material, espiritual. Renovação = {moralidade, altruísmo. Vamos sair de uma para outra fase da evolução planetária, impondo-se, portanto, a renovação dos sentimentos. Numa figura mais simples: a substituição do que é ruim, pelo que é bom, do que é negativo, pelo que é positivo, do que degrada, pelo que diviniza.

34 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Antigamente, em época mais recuada, homens e grupos se caracterizavam, total e expressamente, pela ignorância de assuntos espirituais e materiais, pela opressão — material e espiritual — uns sobre os outros, o mais forte sobre o mais fraco e, finalmente, pela absoluta predominância dos instintos. Oprimia-se moral, econômica e espiritualmente. Sacrificava-se, inclusive, o irmão, em nome do Divino Poder. O primado da Matéria abrangia todas as formas de vida.

35 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Na fase de transição em que vivemos, tendemos, sem dúvida, para a espiritualização. Substituiremos as velhas fórmulas da ignorância, da opressão política ou religiosa, moral ou econômica, pelas elevadas noções de fraternidade do Cristianismo. Os instintos inferiorizados cederão lugar, vencidos e humilhados, aos eternos valores do Espírito Imortal! Como decorrência natural de tais substituições, a mediunidade, igualmente, sublimar-se-á.

36 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Elevar-se-ão as práticas mediúnicas, porque Espíritos Sublimados sintonizarão com os medianeiros, em definitivo e maravilhoso Pentecostes de Amor e Sabedoria, exaltando a Paz e a Luz. Quando o conhecimento dos problemas humanos, em seu duplo aspecto — material e espiritual, tornar-se uma realidade em nosso coração, a fenomenologia mediúnica se enriquecerá de novas e incomparáveis expressões de nobreza.

37 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Quando a Fraternidade que ajuda e socorre, que perdoa e consola, substituir a Opressão, que sufoca e constrange, os médiuns serão, na paisagem terrestre, legítimos transformadores de luz espiritual. O homem será irmão de seu irmão, sua vida será sublime apostolado de ternura e cooperação e o seu verbo a mais encantadora e harmoniosa sinfonia.

38 A MEDIUNIDADE COM JESUS
Quando nos moralizarmos e nos tornarmos realmente altruístas, superando a animalidade primitivista e a ambição desmedida, nos converteremos em pontes luminosas, através das quais o Céu se ligará à Terra. Se desejamos sublimar as nossas faculdades mediúnicas, temos que nos educar, transformando o coração em Altar de Fraternidade, onde se abriguem todos os necessitados do caminho.

39 A MEDIUNIDADE COM JESUS
A Era da Matéria exige-nos conquistas exteriores, ganhos fáceis, prazeres e futilidades, considerações e honrarias. É o imediatismo, convocando-nos à preguiça e à estagnação, ao abismo e ao sofrimento. A Era do Espírito pede-nos a conquista de nós mesmos, luta incessante, trabalho e responsabilidades. É o futuro, acenando-nos com as suas mãos de luz para a realização de nossos alevantados destinos.

40 A MEDIUNIDADE COM JESUS
O médium que, intrinsecamente, vive os fatores negativos da Era da Matéria, é operário negligente, cuja ferramenta se enferrujará, será destruída pelas traças ou roubada pelos ladrões, consoante a advertência do Evangelho. Será, apenas, simples produtor de fenômeno.

41 A MEDIUNIDADE COM JESUS
O médium, entretanto, que vigia a própria vida, disciplina as emoções, cultiva as virtudes cristãs e oferece ao Senhor, multiplicados, os talentos que por empréstimo lhe foram confiados, estará, no silêncio de suas dores e de seus sacrifícios, preparando o seu caminho de elevação para o Céu. Estará, sem dúvida, exercendo a “mediunidade com Jesus”...

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43 A MEDIUNIDADE E O ESPIRITISMO
Que devemos buscar na Mediunidade? Como devemos considerar os Médiuns? Que nos podem oferecer o Espiritismo e o Mediunismo? Em que pese ao extraordinário progresso do Espiritismo, neste seu primeiro século de existência codificada, qualquer observador notará que os seus variegados ângulos ainda não foram integralmente apreendidos, inclusive por companheiros a ele já filiados.

44 A MEDIUNIDADE E O ESPIITISMO
Muitas criaturas, almas generosas e simples, ainda não sabem o que devem e podem buscar na mediunidade. Outras, guardam um conceito errôneo e perigoso, com relação aos médiuns, situando-os, indevidamente, na posição de santos ou iluminados. Em resumo, ainda não sabemos, evidentemente, o que o Espiritismo e a prática mediúnica nos podem oferecer.

45 A MEDIUNIDADE E O ESPIITISMO
Há quem deseje, irrefletidamente, buscar nos serviços de intercâmbio entre os dois planos a satisfação de seus interesses imediatistas, relacionados com a vida terrena, como existem os que, endeusando os médiuns, ameaçam-lhes a estabilidade espiritual, com sérios riscos para o Homem e para a Causa. O Espiritismo não responde por isso. Nem os Espíritos Superiores. Nem os Espíritos mais esclarecidos.

46 A MEDIUNIDADE E O ESPIITISMO
Allan Kardec foi, no dizer de Flammarion, “o bom senso encarnado”, O Espiritismo, cuja codificação no plano físico coube ao sábio francês, teria de ser, também, a Doutrina do bom-senso e da lógica, do equilíbrio e da sensatez. Ele permanecerá como imponente marco de luz, por muitos séculos, aclarando o entendimento de quantos lhe busquem por manancial de esclarecimento e consolação.

47 A MEDIUNIDADE E O ESPIITISMO
Ao invés de cogitar apenas dos problemas materiais, para cuja solução existem, no mundo, numerosas instituições especializadas, cogita o Espiritismo de fixar o roteiro do nosso reajustamento para a Vida Superior. Reajustamento assim especificado: a) – Moral. b)— Espiritual. c) — Intelectual. E na definição de André Luiz, “revelação divina para renovação fundamental dos homens”.

48 A MEDIUNIDADE E O ESPIITISMO
Quem se alista nas fileiras do Espiritismo é compelido, naturalmente, a iniciar o processo de sua própria transformação moral. Não quer mais ser violento ou grosseiro, maledicente ou ingrato, leviano ou infiel. Deseja, embora tateante, em vista das solicitações inferiores que decorrem, inevitavelmente, do nosso aprisionamento às formas primitivistas evolucionais, subir, devagarinho, os penosos degraus do aperfeiçoamento espiritual, integrando-se, para isso, no trabalho em favor de si mesmo e dos outros.

49 A MEDIUNIDADE E O ESPIITISMO
O Espírita esclarecido considerará o médium como um companheiro comum, portador das mesmas responsabilidades e fraquezas que igualmente nos afligem. Alma humana, falível e pecadora, necessitada de compreensão. Não o tomará por adivinho, oráculo ou revelador de notícias inadequadas. Assim sendo, ajudá-lo-á no desempenho dos seus deveres, evitando o elogio que inutiliza as mais belas florações mediúnicas, para estimulá-lo e ampará-lo com a palavra amiga e sincera.

50 A MEDIUNIDADE E O ESPIITISMO
Todo Espírita ganharia muito se lesse, meditando, o capítulo História de um Médium, do livro “Novas Mensagens”, do Espírito de Humberto de Campos. Como descansariam os médiuns do assédio impiedoso que lhes movem alguns companheiros, deixando-os, assim, livres e desimpedidos para a realização de suas nobres tarefas? O Espiritista sincero irá compreendendo, pouco a pouco, que o Espiritismo e o Mediunismo lhe podem oferecer ensejo para o sublime “reencontro com o pensamento puro do Cristo, auxiliando-nos a compreensão para mais amplo discernimento da verdade”.

51 A MEDIUNIDADE E O ESPIITISMO
E, através dessa compreensão, saberá reverenciar “o Espiritismo e a Mediunidade como dois altares vivos no templo da fé, através dos quais contemplaremos, de mais alto, a esfera das cogitações propriamente terrestres, compreendendo, por fim, que a glória reservada ao espírito humano é sublime e infinita, no Reino Divino do Universo”. Estudando a Mediunidade. Martins Peralva Encontrado em:

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53 O MANDATO MEDIÚNICO Narra André Luiz, no cap. 16 de "Nos Domínios da Mediunidade“: Que a médium Ambrosina, pelo tempo de atividade na causa do bem e pelos sacrifícios a que se consagrara, "recebeu do Plano Superior um mandato de serviço mediúnico, merecendo, por isso, a responsabilidade da mais íntima associação com o instrutor que lhe preside as tarefas.

54 O MANDATO MEDIÚNICO Havendo crescido em influência, disse assoberbada por solicitações de múltiplos matizes. Inspirando fé e esperança a quantos se lhe aproximam do sacerdócio de fraternidade e compreensão, é, naturalmente, assediada pelos mais desconcertantes apelos". Um mandato mediúnico é uma delegação de poder e de responsabilidade para a prática do Bem. Com maiores ou menores responsabilidades, é imprescindível que o médium não esqueça as obrigações perante a Lei Divina, a fim de consolidar os títulos de merecimento que lhe deram origem na outorga, autorizada por Jesus.

55 O MANDATO MEDIÚNICO A outorga do mandato mediúnico pressupõe fatores de mérito, confiança e competência, adquiridos ao preço de perseverantes sacrifícios, através dos séculos ou dos milênios sem conta, na Causa do Bem. É pelas experiências que os Espíritos se redimem ou se elevam, nos braços do próprio esforço. O exercício do mandato mediúnico, porém, não deixa o médium relegado à sua própria sorte, pois há sempre o auxílio que vem do Mais Alto, quando exercido para o Bem.

56 O MANDATO MEDIÚNICO "Quando o médium se evidencia no serviço do Bem, pela boa vontade, pelo estudo e pela compreensão das responsabilidades de que se encontra investido, recebe apoio mais imediato de amigo espiritual experiente e sábio, que passa a guiar-lhe a peregrinação na Terra, governando lhe as forças.“ "Um mandato mediúnico reclama ordem, segurança, eficiência. Uma delegação de autoridade humana envolve concessão de recursos da parte de quem a outorga. Não se pedirá cooperação sistemática do médium, sem oferecer-lhe as necessárias garantias.“

57 O MANDATO MEDIÚNICO Diz André Luiz "que a liberdade de ação é sempre respeitada, que o médium, no curso de sua experiência, pode cancelar o contrato de serviço, não obstante, reconhecer-lhe a excelência e a magnitude". Afirma, ainda: Que "os orientadores da Espiritualidade procuram companheiros, não-escravos. O médium digno da missão do auxílio não é um animal subjugado à canga, mas, sim, um irmão da Humanidade e um aspirante à Sabedoria.

58 O MANDATO MEDIÚNICO Deve trabalhar e estudar por amor".
Cada consciência marcha por SI, apesar de serem numerosos os mestres do caminho. Continua André Luiz: "Cada qual vive no quadro das próprias conquistas ou dos próprios débitos. Assim considerando, vemos no Planeta milhões de criaturas sob as teias da mediunidade torturante, milhares detendo possibilidades psíquicas apreciáveis, muitas, tentando o desenvolvimento dos recursos dessa natureza, e raras obtendo um mandato mediúnico para o trabalho de fraternidade e da luz". 

59 O MANDATO MEDIÚNICO Diz, por fim, que "a mediunidade sublimada é serviço que devemos edificar, ainda que essa gloriosa aquisição nos custe muitos séculos". Ensina Martins Peralva que é necessária "a bondade para atender, com o mesmo carinho, e a mesma boa vontade todos os tipos de necessitados, sem nenhuma expressão de particularismo; a discrição, para conhecer e sentir, guardando-os para si, dramas inconfessáveis e lacunas morais lastimáveis; é necessário o discernimento, para opinar com segurança, segundo as necessidades do consulente, a fim de ajudar os outros, para que os outros se ajudem".

60 O MANDATO MEDIÚNICO Complementa Peralva que "a perseverança é o quarto atributo indispensável ao mandato, para que o trabalhador não abandone a tarefa ante os primeiros obstáculos. Inúmeros médiuns, portadores de apreciáveis faculdades, têm-se afastado do serviço em virtude de incompreensão, inclusive dos próprios companheiros de ideal. Quem persevera é porque tem fé, e fé é certeza de que aquilo que se faz é uma verdade, e quem conhece a verdade não deve afastar-se dela, sob pena de assumir as responsabilidades do mal a que der causa".

61 O MANDATO MEDIÚNICO Finalmente, é necessário, ainda, o sacrifício. O sacrifício do médium pressupõe o aparente abandono do próprio bem-estar, para dedicar-se ao trabalho de auxílio ao próximo. O espírito de sacrifício do médium, em relação ao seu mandato mediúnico, equivale a um "sacerdócio", a um ideal de servir, servir e servir, independentemente das circunstâncias que o cerquem.

62 O MANDATO MEDIÚNICO Diz Emmanuel que:
“O mandato pede excessiva renúncia; no entanto, sem o sacrifício dos operários do progresso, as máquinas poderosas que assinalam a civilização da atualidade, não existiriam no mundo“. No exercício de seu mandato mediúnico compete ao médium recordar o ensinamento de Jesus: "Muito se pedirá a quem muito recebeu“. (Lucas 12:48).

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64 O MANDATO MEDIÚNICO O DEVER:
O homem que cumpre o seu dever, ama a Deus mais que às criaturas e a estas como a si mesmo, é, ao mesmo tempo, juiz e réu da própria causa. "O dever é a obrigação moral, primeiro em relação a si próprio, depois em relação aos demais." O homem que cumpre o seu dever, o faz tanto nas coisas mínimas como nas ações mais relevantes. "O dever começa, precisamente, no ponto em que o homem ameaça a felicidade e o bem-estar de seu próximo, e termina no limite que ele não deseja ver transposto em relação a si mesmo".

65 O MANDATO MEDIÚNICO O Evangelho de Jesus representa um convite a todas as criaturas humanas, para que cumpram os seus deveres, pois, somente assim elas poderão, em menor tempo, galgar os degraus da evolução e caminhar mais rapidamente em direção a Deus. O homem que não cumpre o seu dever, malbarata as oportunidades de trabalho, o aprendizado para o bem e retarda, sensivelmente, a ascensão de seu Espírito a um estágio melhor na hierarquia espiritual.

66 O MANDATO MEDIÚNICO O apóstolo Paulo de Tarso foi um fiel cumpridor de seus deveres. Recebendo do Espírito de Jesus generoso convite, para tomar em seus ombros a tarefa grandiosa de levar os ensinamentos da Boa Nova a todos os povos conhecidos, mesmo os mais recalcitrantes, ele jamais tergiversou; buscou sempre a verdade e seus deveres, fazendo com que a figura magistral de Jesus Cristo norteasse os seus rumos. O apóstolo tinha por escopo combater tudo o que afetasse a pureza doutrinária do Cristianismo nascente; esse era o seu dever, e ele o cumpriu de forma rígida e em toda a sua extensão.

67 O MANDATO MEDIÚNICO A VIRTUDE:
"Encerra a virtude, em seu grau mais elevado, o conjunto de qualidades essenciais que caracterizam o homem de bem. Virtuosa é a criatura boa, caritativa, laboriosa, sóbria, modesta. No entanto, alguns atos reveladores de fraquezas morais, muitas vezes, empanam o brilho dessas qualidades intrínsecas. A pessoa que faz alarde de suas qualidades não é virtuosa, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e lhe sobeja uma qualidade negativa que é o orgulho."

68 O MANDATO MEDIÚNICO A pessoa, portadora de virtudes verdadeiramente dignas desse nome, evita a ostentação e faz com que ela se oculte, fugindo, assim, às homenagens de seus semelhantes. Jesus Cristo é o modelo excelso da virtude; no entanto, podem-se também mencionar alguns expoentes de virtudes santificantes, tais como: Francisco de Assis, Vicente de Paulo, Anália Franco, Bezerra de Menezes e muitos outros, que passaram pela Terra como um rasgo de luz, disseminando o Bem em sua expressão mais elevada.

69 O MANDATO MEDIÚNICO Aquele que se exalta, que levanta monumento às próprias virtudes, com essa atitude anula o mérito real que possa ter. Que dizer, então, daquele que apenas aparenta virtudes que não possui? Este procura enganar-se a si próprio e também a Deus. Aquele que pratica o Bem, sente em sua alma uma satisfação íntima; entretanto, desde que esta seja exteriorizada com o fito de receber elogios, receber aplausos, degenera em amor-próprio e vaidade.

70 O MANDATO MEDIÚNICO Por isso, o Evangelho reza que "aquele que proclama os seus atos virtuosos, a fim de merecer os aplausos dos homens, já recebeu a sua recompensa, nada mais lhe restando receber nos tabernáculos eternos" (Mt 6:2 a 6), ou, ainda: "Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado" (Mt 23:12). O Mandato Mediúnico. Encontrado em:

71 O MANDATO MEDIÚNICO CONCLUSÃO:
A mediunidade é para algumas pessoas castigo, para outras um dom, mas a mediunidade não passa de uma oportunidade. Muitos deverão se espantar: mas porque a mediunidade é oportunidade? Porque ela é ofertada pela justiça divina para todos e qualquer espírito encarnado (nós todos que estamos vivos), para que através do exercício e do intercâmbio com espíritos evoluídos, possamos ter condições de nos melhorarmos na ajuda ao próximo e consequentemente na nossa autoajuda.

72 O MANDATO MEDIÚNICO (Ninguém faz nada por ninguém, todo bem que fazemos a alguém estamos fazendo para nós mesmos.). Antes do médium se sentir um Deus, deve ter em mente que ele é um espírito devedor, falido e que pela bondade de Deus, encontrou na mediunidade uma oportunidade de por em prática a lei de amor, melhorando-se, educando-se, pagando seus débitos, crescendo assim para a espiritualidade.

73 O MANDATO MEDIÚNICO Para este exercício o médium deve estudar sempre, entender o mecanismo da sua mediunidade, deve também ser devotado ao bem, uma vontade férrea na prática do bem e do amor ao próximo, assim, será no final vitorioso e se sentirá redimido de suas faltas. “Sim meu amigo, observa a cachoeira que surge aos teus olhos. É um espetáculo de beleza, guardando imensos potenciais de energia. Revela a glória da Natureza.

74 O MANDATO MEDIÚNICO Destaca-se pela imponência e impressiona pelo ruído. Entretanto, para que se faça alicerce de benefícios mais amplos, é indispensável que a engenharia compareça, disciplinando lhe a força. É então que aparece a usina generosa, sustentando a indústria, estendendo o trabalho, inspirando a cultura e garantindo o progresso. Assim também é a mediunidade. Como a queda d’água, pode nascer em qualquer parte. Não é patrimônio de alguém.

75 O MANDATO MEDIÚNICO Desponta aqui e ali, adiante e acolá, guardando consigo revelações convincentes e possibilidades assombrosas. Contudo, para que se converta em manancial de auxílio perene, é imprescindível que a Doutrina Espírita lhe clareie as manifestações e lhe governe os impulsos. Só então se erige em fonte contínua de ensinamento e socorro, consolação e bênção.

76 O MANDATO MEDIÚNICO Estudemo-la, pois, sob as diretrizes Kardequianas que nos traçam seguro caminho para o Cristo de Deus, através da revivescência do Evangelho simples e puro, a fim de que mediunidade e médiuns se coloquem, realmente, a serviço da sublimação espiritual”. Emmanuel.

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78 FONTES DE PESQUISAS Mediunidade – União Espírita Mineira Encontrado em: Estudando a Mediunidade. Martins Peralva Encontrado em: O Mandato Mediúnico Encontrado em: Nos Domínios da Mediunidade, cap. XVI- André Luiz. (1) Estudando a Mediunidade, cap. XXIV e XXV - Martins Peralva. (2) Seara dos Médiuns, lição 88 - Emmanuel.


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