A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

A URANOGRAFIA GERAL A GÊNESE – MÓDULO IV – AULA SLIDES

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "A URANOGRAFIA GERAL A GÊNESE – MÓDULO IV – AULA SLIDES"— Transcrição da apresentação:

1 A URANOGRAFIA GERAL A GÊNESE – MÓDULO IV – AULA 06 136 SLIDES
A GÊNESE – MÓDULO IV – AULA 06 136 SLIDES

2 OBJETIVOS “A matéria cósmica primitiva encerrava os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que desdobram suas magnificências perante a eternidade; ela é a mãe fecunda e primacial de todas as coisas, a geratriz eterna, ela provêm as esferas siderais; pois incessantemente ainda dá à luz novas criações e recebe incessantemente os princípios reconstituídos dos mundos que se apagam do livro eterno.” Espírito Galileu Galilei.

3 ABORDAGENS O Espaço e o Tempo; A Matéria; As Leis e as Forças;
A Criação Primitiva; A Criação Universal; Os Sóis e os Planetas; Os Satélites; Os Cometas; A Via Láctea; As Estrelas Fixas; Os Desertos do Espaço; A Sucessão Eterna do Mundos; A Vida Universal; A Diversidade de Mundos.

4 O ESPAÇO E DO TEMPO

5 O ESPAÇO. O espaço universal é infinito ou limitado? Infinito. Supõe-no limitado: Que haverá para lá de seus limites? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina esfera em que vos achais que podereis compreendê-lo”.

6 “Supondo-se um limite ao Espaço, por mais distante que a imaginação o coloque, a razão diz que além desse limite alguma coisa há e assim, gradativamente, até ao infinito, porquanto, embora essa alguma coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria Espaço”. A sensibilidade do homem é limitada. Ele percebe pelos sentidos do corpo físico apenas as ondas cujas frequências estejam dentro de uma faixa muito estreita. Realidades com frequências superiores ou inferiores à faixa de sua sensibilidade não existem para a sua natureza. Assim sendo, o espaço se torna um axioma para homem.

7 Intui pela sua grandeza
Intui pela sua grandeza. Mas mesmo essa intuição se limita ao cabedal atingido, à evolução espiritual do observador. Escapa-lhe totalmente à capacidade de definição e racionalização. Esse fato evidencia o quanto ainda o homem é carente de aprimoramento intelectual e moral. A tecnologia atual ampliou enormemente a faixa da realidade perceptível.

8 Aparelhos sofisticados, ultrassensíveis, transmudam a emanação energética das coisas para a frequência que possa ser detectada pela sensibilidade da aparelhagem física do humano. Mas, limitado, o homem inventa limites para que possa ter referência mental. Diz-se então que “espaço é a extensão que separa dois corpos”.  No entanto, axiomaticamente ele concebe que a existência dos corpos é infinita. Deduz-se daí que o espaço também seja infinito.

9 Pelo pensamento o homem pode viajar pelo espaço com a velocidade da luz, e após milhares de milhões de anos, ele se verá no centro do universo, no meio do infinito. A Terra, o nosso querido Planeta Azul de Jesus onde estaria, perdido entre os milhões de bilhões de astros e estrelas que cintilam no incomensurável? 

10 O TEMPO. “Poder-se-á conhecer o tempo que dura a formação dos mundos: da Terra, por exemplo? Nada te posso dizer a respeito, porque só o Criador o sabe e bem louco será quem pretenda sabê-lo, ou conhecer que número de séculos dura essa formação”. Assim como o espaço, o tempo também é infinito, imutável, sempre presente. Qualquer definição que lhe seja dada é insuficiente e entra no rol das conjecturas humanas, limitadas, como o próprio homem.

11 Também para o tempo a referência é a sucessão de dois fatos como a gota d’água que cai da nuvem no oceano, o piscar dos olhos ou a formação e a extinção de um orbe sideral. Tudo está inserido na eternidade que existe e existirá para sempre, infinitamente. O homem, no entanto, é um ser em evolução no tempo.

12 Desde os primórdios atribuídos pelo nomadismo, transmigrando pelos Reinos da natureza, Mineral, Vegetal, Animal, atinge o Hominal com a benção da palavra, da razão e pensamento contínuo, habilitando-o a galgar o voo determinístico do aperfeiçoamento relativo, através dos milênios incontáveis. O processo de crescimento está diretamente ligado à co-criação. 

13 No início da escalada evolutiva, co-cria em plano menor, modificando o seu “habitat” físico ou espiritual ou mesmo seu veículo de manifestação no plano material, o corpo, pelo processo de seleção e adaptação que se lhe é impingido pela Sabedoria Divina ou ainda por procedimentos efetuados no perispírito no plano maior através dos prepostos do Mestre Jesus em favor da criatura em evolução.

14 Mais adiantado participa da elaboração de orbes siderais, e de estudos de projetos de formas astrais, aprendendo a trabalhar com a energia cósmica na formação de galáxias e sistemas de vidas siderais, no processo de co-criação em plano maior.  “Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de toda a Eternidade”.

15 A natureza material, portanto, insere-se como co-criação em plano maior.
Entretanto, além desses sistemas de co-criação impera a Criação Divina, no Plano da Criação, inacessível mesmo aos Espíritos Puros pois que é apanágio do Criador, a “Causa Primária de todas as coisas”. “O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou forças nervosas do Todo-Sábio.

16 Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano”. O tempo, esse ente indefinível, está, portanto, nos desígnios do Criador, ente que o homem, em sua pequenez evolutiva o não pode conceber pela razão, nem tampouco, intuitivamente, pois “lhe falta o sentido”.

17 A MATÉRIA

18 “Define-se geralmente a matéria como sendo o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas essas definições?” O Espiritismo, filosoficamente postula a existência de três Princípios na Natureza. 1 – O Princípio Material  2 – O Princípio Espiritual 3 – Deus, a Inteligência Suprema, Causa primária de todas as coisas; o Criador.

19 Há ainda um quarto princípio; o energético, ou o fluido cósmico universal que exerce o papel de intermediário entre o espírito e a matéria, sem o qual a matéria estaria em perpétua divisão. Embora o Espiritismo tenha como fundamento o estudo das leis que regem o princípio espiritual, ele não pode fazê-lo sem compatibilizá-lo ao conhecimento das Leis do Princípio Material. 

20 A investigação desses princípios embasados nas Leis Divinas, do Criador, aprimora e sublima os sentimentos do homem, constituindo-se assim, a Doutrina, em religião. Desse modo o Espiritismo é Ciência, Filosofia e Religião. A matéria foi concebida filosoficamente pelos pré-socráticos como constituída pelos quatro elementos primordiais; água, ar, terra e fogo. Uma concepção múltipla que suscitou concepções também diversas entre os vários pensadores.

21 Tales concebe que tudo se origina da água;
Parmênides do ar; Aristóteles vê na matéria o potencial que determina o que ela será; para Platão ela é a fonte do mal, tendo sido criada por um deus inferior - o Demiurgo. Parmênides concebe um princípio único, não identificado, imóvel, eterno. Ele a denomina de substância.

22 Demócrito acrescenta a essa substância uma estrutura formada de partículas indivisíveis, o átomo. Concepção também filosófica que não se relaciona ao modelo atômico hoje conhecido pela Ciência. Os estudos se aprofundaram com o desenvolvimento da Física principalmente e subdivisões do átomo foram descobertas; o elétron, o próton, o nêutron e o neutrino. Por muito tempo essas partículas foram consideradas as últimas descobertas sobre a formação da matéria, hoje, porém, surgiram outros elementos, como os quarks.

23 A cada passo o homem percebe que está ainda muito distante do conhecimento pleno da matéria e a Física Quântica estudando a movimentação dos componentes atômicos adentra cada vez mais no desconhecido. Desconhecido esse que causa vertigens pelo vislumbre do inusitado. O Espiritismo, terceira revelação, compatibilizando Ciência, Filosofia e Religião, aguarda confiante que o homem, pelo trabalho, se aprimore intelectual e moralmente a fim de merecer dar mais passos rumo à comprovação dos princípios já postulados por Ele.

24 A LEI E AS FORÇAS

25 Lemos no item em estudo: 
"Se um desses seres desconhecidos que consomem sua existência no fundo das regiões tenebrosas do oceano, ( ) recebesse de repente o dom da inteligência ( ) como julgaria então suas teorias antecipadas sobre a criação universal?”. Hoje a Ciência sabe que a Terra é um grande magneto cuja movimentação das forças atômicas que o compõe forma o campo eletromagnético que caracteriza o Planeta na imensidão Cósmica.

26 Essa movimentação magnética se dá por ondas cujas frequências podem ser sintonizadas pelos sentidos humanos e de outras para as quais o homem é totalmente insensível.  As ondas eletromagnéticas contêm informações da sua causa, da sua origem. Neste oceano de energias e forças o homem vive e detecta apenas estreita faixa vibratória pelos seus sentidos naturais. A grande maioria das criaturas humanas Terrestres, portanto, não capta essas informações. É como se essa realidade não percebida não existisse. Há um grande vazio aguardando para ser descoberto.

27 “Na fronteira aproximada de pouco além de quinze mil vibrações por segundo, não raro, o ouvido vulgar atinge a zona limite. Há pessoas, contudo, que, depois desses marcos, ouvem ainda. Animais diversos, quais os cães, portadores de profunda acuidade auditiva, escutam ruídos no “ultrassom” para além das quarenta mil vibrações por segundo. Prossegue a escala ascendente em recursos e proporções inimagináveis aos sentidos vinculados ao mundo físico”.

28 Força é toda e qualquer causa capaz de modificar o estado de repouso ou de movimento de um corpo cuja incidência se representa por fórmulas matemáticas que lhe permitem sejam determinadas as Leis fundamentais do movimento. Quanto mais se aprimora a tecnologia mais o homem concebe a matéria como um feixe de energia em perpétua mutação. Atualmente aparelhos ultrassofisticados ampliam a sensibilidade humana e ondas e corpos antes não percebidos são catalogados dando ao homem uma palidíssima ideia da sua própria dimensão no contexto do Infinito.

29 Mesmo na condição de desencarnado, a grande maioria dos homens, mormente aqueles aferrados aos conceitos materialistas do que seja a vida, permanece vinculado às vibrações do seu Planeta de origem e pouco ou nada compreendem do novo estado em que se encontra. “A natureza não dá saltos” e a desencarnação não altera substancialmente o psiquismo humano. 

30 “Há então dois elementos gerais no Universo: a matéria e o Espírito?”
“Sim, e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a Matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela.

31 Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima.

32 Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá”. O Espiritismo compatibiliza Ciência, Filosofia e Religião.  Na primeira pergunta de “O Livro dos Espíritos”, o plano maior define o Criador como “ a Causa Primária de todas as coisas”.  Desse modo o acaso fica descartado e toda a criação se rege por Leis visto que tudo o que a sensibilidade do homem percebe é efeito da “Causa Primária”.

33 Observa-se que o Universo é uma realidade
Observa-se que o Universo é uma realidade. Que todo esse incomensurável mecanismo incompreensível aos homens existe, e se movimenta dentro de um campo magnético que ainda não foi detectado pelos estudiosos da Terra, mas que, axiomaticamente é dado como real, o éter, ou Fluido Cósmico Universal, na nomenclatura Espírita. Considerando que há três Princípios fundamentais, Deus, Espírito e Matéria, e que o Espírito une-se à matéria “para intelectualizá-la”. Dessa união nasce um quarto princípio, o éter ou o fluído cósmico universal acima referido.

34 O princípio vital ou essa junção dos princípios material e espiritual pode ser constatado existente pela verificação de que nos corpos inanimados existe matéria e energia pelo turbilhão de fenômenos constatáveis atualmente no átomo. Aliás, no Livro dos Espíritos o plano maior já revelara que “o arcanjo já foi átomo”  o que corrobora a teoria de que os seres se desenvolvem através dos Reinos da Natureza, incluindo o Mineral. Tais conjecturas, entretanto, dentro da classificação da Doutrina Espírita, pertence ao “Estado de Criação em Plano Maior”, inacessível na sua essência tanto pelos sentidos quanto intuitivamente pelos homens atuais.

35 “Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia Hindu, os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da imensidade, em serviço de Co-Criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa”.

36 Diante da Imensidade o que é o homem?
A sua morada Celeste, um ponto incrustado num canto da Via Láctea como uma Nave de Luz, viaja incessantemente com ele a bordo. Desfilam incompreensíveis aos seus sentidos, o infinito, o eterno; ora extático, ora dinâmico, ora estuante, ora imóvel. O Missionário da Terceira Revelação, observando o incomensurável, com sua lógica e bom senso indaga aos emissários do Mestre Jesus:  “Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?”

37 “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”. Depois, ele próprio complementa:  “Para Ele a denomina de substância. crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pode fazer alguma coisa”. A sábia pergunta suscitou a indicação de que tudo na Criação vige por Leis. Nada há ao acaso e a Providência Divina a tudo prevê e sustenta embalando a Sua Criação ao destino glorioso da Sua compreensão no infinito.

38 Os Princípios da Criação, Material, e Espiritual, vigem por Leis Divinas e adquirem estruturas e forças insuspeitadas ao homem no seu Casulo Sideral. “É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito. Cada galáxia, quanto cada constelação, guardam no cerne a força centrífuga própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, apropriado a certos fins.

39 A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento, e mantêm-se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes florestas de estrelas, cada qual transportando consigo os planetas constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro central, como os elétrons se agregam ao núcleo do atômico, em trajetos perfeitamente ordenados na órbita que lhes assinala o início”.

40 Valendo-se da mediunidade como instrumento de verificação o Espiritismo se ocupa da investigação das Leis do Princípio Espiritual com o mesmo método que as demais ciências se voltam para as pesquisas das Leis do Princípio Material.  “O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação”.

41 A CRIAÇÃO PRIMITIVA

42 Deus, “a Causa Primária de Todas as Coisas” por Sua Vontade cria o Princípio Material e o Princípio Espiritual. Estes três Entes, Deus, Espírito e Matéria formam a Trindade Universal, o foco gerador da realidade.  A união dos Princípios Material e Espiritual gera o princípio energético, um quarto ente sem o qual a matéria estaria em perpétua dissociação.

43 A inteligência do homem no atual estágio evolutivo não abarca esse conhecimento, nem racional, nem intuitivamente.  São entes que pertencem ao Plano da Criação, impermeável à razão humana. Entes que apenas podem ser abordados filosoficamente como, aliás, é feita no Livro dos Espíritos.   Todas Galáxias conhecidas e desconhecidas, todos os mundos e todos os seres se acham mergulhados no Princípio Energético ou Fluido Cósmico Universal. 

44 Por mais que o homem recue no tempo e adentre pela imaginação na Criação Divina jamais poderá conceber-lhe o início. Encontraria o Princípio Material abstrato, incomensurável, sem forma, sem espaço, sem tempo, uno. Do mesmo modo o Princípio Espiritual seria sem referência alguma, a “imagem e semelhança de Deus”. A razão humana se perde no impensável. O Fiat-lux pode, portanto ser concebido como o momento da Criação do Princípio Energético de onde partem as individualidades espirituais destinadas ao aperfeiçoamento relativo.

45 O que é ela? O que é essa individualidade?
Por ser indefinível ao homem, os Espíritos dizem que ela foi criada “simples e ignorante” do mesmo princípio energético e potencialmente destinada o aperfeiçoamento relativo. A existência desse primeiro ente deu causa ao tempo. A criação de outro indivíduo semelhante gerou o espaço. Espaço e tempo surgiram com a existência das individualidades espirituais. Antes desse momento o que ocorria? Estaria o Criador inativo por algum momento?

46 São perguntas sem respostas
São perguntas sem respostas.... ou melhor, o homem as responderia sábia e humildemente se dissesse que não sabe. Diante da reconhecida impossibilidade para tratar desse tema, aliás, comum a toda humanidade, permitam-nos uma jocosidade: Alguém pergunta a um grande filósofo o que faria Deus antes de criar a Sua Obra. A resposta foi de que certamente o Pai Amantíssimo estaria elaborando o Inferno para onde mandaria todos aqueles que fizessem esse tipo de pergunta...

47 Na necessidade de conhecer a si mesmo o homem busca compreender a Criação, a sua causa.
Recua infinitamente pelo pensamento e inevitavelmente surge a “Causa Primária” a Causa não causada, a Deus. Nota que tudo; constelações, sóis, mundos, espírito, matéria, energia, vibra e vige sob a égide do Criador. Hoje o homem através de seus inventos, constata essa realidade e testemunha a todo instante o nascimento e a extinção de estrelas e galáxias, de mundos e sóis, tudo harmoniosamente regido por Leis.

48 Leis Perfeitas que denunciam uma Causa Inteligente.
Observa que mesmo para os mundos e galáxias há infância e maturidade, envelhecimento e extinção. Realidades que o homem vai aos poucos aprendendo a compreender. Antes da formação do nosso Planeta no tempo e no espaço, mundos e galáxias já haviam se formado e se extinguido no dinamismo da Criação. “São habitados todos os globos que se movem no espaço?”  Pergunta judiciosamente o Codificador...

49 “Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição ()”.  Atualmente a concepção de humanidade está enormemente ampliada. Compreende-se que ela não se restringe aos habitantes do Planeta Terra.  “Estamos também no meio de uma dupla infinidade de períodos anteriores e ulteriores; que a Criação Universal não se limita apenas a nós, e que não podemos aplicar esta palavra à formação isolada de nosso minúsculo globo”. 

50 CRIAÇÃO UNIVERSAL

51 No Plano da Criação, Deus, a Causa não causada, cria e mantém a sua Obra por Leis cujo entendimento escapa totalmente ao homem no seu atual estágio evolutivo. Desse Plano partem os dois princípios constituintes de toda a existência: O Material; passivo, e o Espiritual; ativo. Ambos com Leis próprias, portanto irredutíveis entre si.  É o que se observa.

52 Uma vez que o Princípio Material é passivo, para que a vida se erija é necessária a inserção nele do elemento ativo, o princípio espiritual ou Inteligente, que “intelectualiza a matéria”. A Matéria e o Espírito se unem num dado momento e originam um outro Princípio; o Energético ou o Fluido Cósmico Universal, “sem o qual a matéria estaria em perpétua divisão”.  Toda a criação está mergulhada no Fluido Cósmico. Galáxias antigas ou em formação, mundos, sóis, espaços, tudo é gerado desse princípio e se rege por Leis materiais e espirituais, Criadas por Deus segundo a Sua Vontade. 

53 Essa expressão “Sua Vontade” exprime a incapacidade do homem em ao menos intuir sobre o plano da Criação. Também por um Ato da Vontade Divina, o princípio espiritual ou inteligente dá origem a Mônada; individualidade primordial já com seu corpo astral. Transmigrando pelos Reinos da Natureza, conhecidos e desconhecidos pelo homem, a mônada evolui e conquista gradativamente a sua individualidade eterna que se perpetua no corpo astral que após novas conquistas milenares é o mesmo corpo espiritual ou perispírito, molde de organismos físicos cada vez mais adequados as suas necessidades evolutivas.

54 Neste evoluir incessante a criatura co-cria, ou seja, participa da Criação Divina.
Inconsciente no início, nos reinos anteriores ao hominal, serve de instrumento para a elaboração dos ambientes, conduzidos pelos trabalhadores angelicais.  Depois, no reino humano, adquire consciência sempre crescente e participa co-criando em plano menor, para, posteriormente em plano maior capacitar-se a atingir os estágios evolutivos futuros também ainda desconhecidos pelo humano.

55 “Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?
O véu se levanta a seus olhos, a medida que se depura; Mas para compreender certas coisas, são lhe precisas faculdades que ainda não possui”.

56 OS SÓIS E OS PLANETAS

57 O Espiritismo concebe que o Fluido Cósmico Universal emana do Criador no Plano da Criação
“O plasma Divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo Sábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e seres, como peixes no oceano”. Compreende que este Princípio se compõe do Princípio Material, do Espiritual e do consequente Princípio Energético, e vige por Leis. Leis Divinas, Perfeitas, portanto.

58 As variações de suas combinações criam efeitos conhecidos na Terra como “gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios dos agentes são conhecidos sob o nome de som, luz, calor, etc”. Deus cria, os Espíritos co-criam. Sobre esse manancial de energia inexaurível, as Inteligências Sublimes  “co-criam em Plano Maior, de conformidade com os desígnios do Todo Misericordioso que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa”;

59 Ou seja, o universo não surge ao acaso, pela força das coisas, mas por ação Inteligente dos prepostos Divinos em processo de Co-Criação em Plano Maior. “Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma Divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes e obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a Leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de toda a Eternidade”.

60 Utilizando-se mesmo das propriedades do Fluido Cósmico Universal, de “gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa” as Inteligências Sublimes combinam as energias e forças que pelos movimentos rotatórios surge a força centrífuga e centrípeta, nascendo os aglomerados atômicos formadores dos sóis, dos planetas e universos. “Um desses Planetas será a Terra”. 

61 OS SATÉLITES

62 A Cosmologia Espírita diz que o cosmo é co-criação em plano maior.
Desse modo, espíritos cuja evolução escapam a capacidade de entendimento para os homens atuais, elaboram as mais diversas variedades de astros e estrelas embasados nas Leis da Criação Divina. Emmanuel, no livro A Caminho da Luz, diz: “Nessa computação de valores cósmicos em que laboram os operários da espiritualidade sob a orientação misericordiosa do Cristo, delibera-se a formação do satélite terrestre.

63 O programa de trabalhos a realizar-se no mundo requeria o concurso da Lua, nos seus mais íntimos detalhes. Ela seria a âncora do equilíbrio terrestre nos movimentos de translação que o globo efetuaria em torno da sede do sistema; O manancial de forças ordenadoras da estabilidade planetária e, sobretudo, o orbe nascente necessitaria da sua luz polarizada, cujo suave magnetismo atuaria decisivamente no drama infinito da criação e da reprodução de todas as espécies, nos variados reinos da Natureza”.

64 Estudiosos encarnados apresentam outras teorias, porém, nenhuma delas ainda pode ser adotada com sendo a que explica todos os fenômenos cósmicos que envolvem o único satélite natural da Terra A Lua teria se derivado juntamente com a Terra, formando um conjunto duplo planeta/satélite, ou mesmo em pontos de aglutinação (redemoinhos) separados, porém muito próximos um do outro. O corpo menor teria, então, por atração gravitacional, entrado em órbita ao redor do corpo maior, formando os parceiros Terra/Lua.

65 2 - Hipótese alternativa foi apresentada pelo astrônomo inglês George Howard Darwin (1845-1912).
Este pesquisador sugeriu que a Terra e a Lua constituíam um único corpo. A Terra teria apresentado um movimento angular elevado e, por isso, uma rotação muito rápida que teria resultado na expulsão de parte da matéria de sua camada exterior, a qual teria formado a Lua.

66 O satélite teria se afastado paulatinamente até sua posição de equilíbrio atual, devido à fricção das marés planetárias, por efeitos gravitacionais.  Esta é a teoria apresentada Galileu Galilei em A Gênese. O astrônomo desencarnado acrescenta ainda que o fato da Lua estar sempre com a mesma face voltada para a Terra se dá pelo fato dela ter se solidificado na forma oval o que levou seu centro de gravidade localizar-se na parte mais densa fixando a mesma face para a Terra pela força gravitacional.

67 3 - Uma outra hipótese considera que a Terra e a Lua teriam sido formadas separadamente e em diferentes regiões do Sistema Solar. Posteriormente, por circunstâncias peculiares, não explicadas, a Lua teria sido capturada pela Terra. 4 – Outra é a Hipótese da Expulsão por Colisão, afirma, que a Lua originou-se do planeta Terra. Neste caso a Lua teria sido formada, pela aglutinação dos escombros lançados pela Terra quando da colisão de um corpo de dimensões comparadas às de Marte.

68 Juntamente com o Astrônomo desencarnado, o Espiritismo aguarda que os homens se aprimorem nas pesquisas acerca do conhecimento da origem do satélite terrestre a fim de que a teoria legal obtenha a comprovação.  Enquanto não se chega ao conhecimento dos mecanismos do surgimento da Lua, apesar de todo avanço das Ciências atualmente, o Espiritismo apresenta a sua teoria fundamentada no pensamento de que o acaso não existe e que as individualidades angelicais da criação laboram no incomensurável promovendo o seu próprio aperfeiçoamento infinito.

69 Até o momento não há um consenso entre os astrônomos e outros cientistas sobre a origem da Lua.
Espera-se que num futuro não muito distante, possa-se contar com uma teoria que venha a explicar com mais consistência a origem de nosso satélite. As observações feitas através dos inúmeros aparelhos de alta sensibilidade instalados na Terra e dos telescópios espaciais colocados em órbita, que conseguem sintonizar, fotografar e transmitir imagens de corpos celestes a centenas de anos-luz da Terra, deixam ver que há Planetas que não possuem satélites ao passo que outros os possuem em grande quantidade.

70 Um dos Planetas que mais chama a atenção dos estudiosos é Saturno por apresentar, não propriamente satélites em seu derredor, mas um anel composto de fragmentos de matéria em seu derredor. Esse fenômeno, segundo o estudioso desencarnado, comprova a universalidade das Leis Naturais e a teoria por ele apresentada de que os satélites se formaram pelo desprendimento de matéria na região equatorial quando da formação dos planetas.

71 Considerando a inexistência do acaso pela manifestação das inteligências co-credoras, tal fenômeno obedece a determinações de necessidade para aquele orbe, que, por enquanto, é inacessível para o homem saber quais sejam. “Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. – Há muitas moradas na Casa de Meu Pai. Se assim não fosse, eu vô-lo teria dito ( )“.

72 OS COMETAS

73 “Serão os cometas, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em vias de formação?” “Isso está certo; absurdo, porém, é acreditar-se na influência deles. Refiro-me à influência que vulgarmente lhes atribuem, porquanto todos os corpos celestes influem de algum modo em certos fenômenos físicos”. Atualmente a Cosmogonia tem conhecimentos bem avançados sobre os cometas. 

74 “Quanto as dimensões e estruturas de um Cometa, somente a partir de 1950 foi possível precisar a física e a química de sua constituição. O núcleo, ou caroço, de um cometa se assemelha a uma grande e suja bola de neve. Pensa-se que consiste de cerca de 25 por cento de pó e pedaços de material rochoso ou metálico e aproximadamente 75 por cento de gelo. Os núcleos dos cometas são ligeiramente menos densos que a água e são cobertos por uma crosta de poeira. 

75 Quando um cometa se aproxima do sol, e por causa do calor absorvido, seu gelo começa a derreter isso é, sublima-se, passando diretamente do estado sólido para uma forma de gás, liberando no espaço grande quantidade de gases e leva consigo as partículas de pó que estão soltas. Estes gases e poeiras formam as espetaculares caudas ou rabos dos Cometas que são afastados do Sol através do vento solar. 

76 Pode-se dizer que um Cometa é composto por quatro partes distintas: 
Núcleo: Segundo o astrônomo americano Fred Whipple, o núcleo do Cometa pode ser definido como uma ''bola de neve suja''.  Cabeleira: É uma parte transitória do Cometa. Aparece quando o Cometa se aproxima do Sol a menos de 5 UA (Unidade Astronômica), isto é, quando ultrapassou a órbita de Júpiter e o calor do Sol é suficiente para iniciar os processos de liberação de gases.

77 Cauda ou Rabo: As mesmas moléculas que se desprendem do núcleo e da cabeleira cometária são, parcialmente, deslocadas sob a ação do vento solar. Um fluxo de partículas é ionizado (privadas de elétrons) e arrastado para longe dele. Este é o motivo pelo qual as caudas aparecem sempre em direção oposta ao Sol. Halo: É um imenso envoltório de hidrogênio formado pela associação da água que cobre cada partícula do Cometa. Foi descoberto na década de 1970 pelos satélites artificiais lançados com finalidades científicas”. 

78 O escopo maior do nosso estudo é inserir esses corpos celestes na economia sideral, destacando a variedade das Leis Cósmicas ainda desconhecidas pelo homem em muitos aspectos. A influência mística atribuída aos cometas confere o estado ainda mágico que predomina em muitos segmentos da cultura humana, que se desmistificará à medida que o conhecimento das Ciências o desnuda. O autor espiritual dessa teoria inserida pelo Codificador na obra em estudo diz ainda que há cometas que tem sua rota desviada pela atração gravitacional de algum corpo celeste que o absorve. 

79 O homem, embora tenha calculado aproximadamente a sua órbita se frustrará pela não complementação do trajeto previsto, pois alguns cometas se extinguem.  Aliás, “o campo gravitacional de Júpiter desviou a órbita do cometa Shoemaker-Levy-9, quebrou seu núcleo e atraiu os fragmentos para sua superfície. Entre os dias 16 e 22 de julho de 1994, 21 fragmentos do cometa chocam-se com Júpiter produzindo, um espetáculo cósmico nunca antes presenciado pela humanidade. 

80 A sonda espacial Galileu, que navegou para Júpiter e encontrava-se a 240 milhões de quilômetros do planeta, conseguiu fotografar toda a série de choques. Além disso, todos os telescópios baseados em terra e no espaço voltaram suas lentes para acompanhar diuturnamente as ocorrências antes, durante e após os impactos”. Os homens, pela análise dessas formações espetaculares e lindíssimas almejam conhecer melhor a sua origem e a da sua moradia Celeste; 

81 Tendo já analisado várias amostras coletadas diretamente dos cometas através de engenhos espaciais enviados em rota de colisão para esse fim, ou de fragmentos que adentraram a atmosfera terrestre e caíram no solo do Planeta. Observando esse maravilhoso fenômeno sideral, os espiritualistas e em especial os Espíritas sentem toda a grandiosidade da Criação pois tem consciência de que são co-criadores, tanto encarnados quanto desencarnados, que, cada um no âmbito de suas possibilidades participa da elaboração da Natureza Divina obtendo assim condição de aperfeiçoamento e felicidade infinitas.

82 A VIA LÁCTEA

83 “Que se deve entender por infinito?”
“O que não tem começo nem fim: O desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito”. O Espiritismo tem como postulado que toda a realidade é Criação de Deus; “a Causa Primária de todas as coisas”, a Causa não causada.  Como?, quando?, são perguntas que o homem ainda não tem respostas. Ele só pode constatar a verdade da existência do Universo pela observação tecnológica, sensorial e extra-sensorial.

84 Uma vez que tudo obedece as Leis, cabe às Ciências determiná-las.
O Espiritismo se compatibiliza com as Ciências, como Ciência que é. Vale-se, portanto, das descobertas dos homens para fundamentar as suas revelações. A Astronomia afirma que o Universo é constituído de Estrelas que se formam ou explodem. Algumas dessas estrelas são até quinhentas vezes maiores que o nosso Sol. Ao olhar comum dos homens a luz das estrelas parece aproximar uma das outras formando uma faixa leitosa sobre suas cabeças, o que o levou a denominar essa linda imensidão de Via-Láctea.

85 Todo esse conjunto de Astros e Estrelas que o inebria e faz ver a sua dimensão no universo é a Galáxia onde ele se encontra. Os telescópios atuais já detectaram existir aproximadamente dez bilhões de Galáxias separadas entre si por distâncias superiores a um milhão de anos-luz.  As estrelas que formam a Via-Láctea estão separadas entre si por no mínimo quatro anos-luz. A Via-Láctea, onde estamos situados no Planeta Terra, tem oitenta mil anos luz de diâmetro e cerca de cento e cinquenta a duzentos bilhões de estrelas, entre elas o nosso Sol com seu séquito de planetas.

86 A distância do sol do centro da Galáxia gira em torno de vinte e cinco a trinta mil anos-luz.
Cientificamente o único sistema planetário que se tem conhecimento seguro é o Sistema Solar, embora haja indícios indiretos e muitas teorias acerca de outros sistemas. O Espiritismo, compatibilizando-se com a Ciência não afirma o que esta não pode comprovar e se coloca no campo das teorias aguardando o aprimoramento da tecnologia humana. 

87 As teorias apresentadas pelo Codificador obedecem a tecnologia de sua época.
Atualmente o conhecimento das Ciências em geral, e em especial da Astronomia, ampliou enormemente esse campo de estudos e novos dados foram acrescentados, sem, contudo, contrariar as teorias da Ciência Espírita.

88 AS ESTRELAS FIXAS

89 O Universo foi criado, ou existe de toda a eternidade, como Deus?
É fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a si mesmo. Se existisse, como Deus, de toda a eternidade, não seria obra de Deus”. A Astronomia nos revela que o Universo é incomensurável. Bilhões de bilhões de astros e estrelas vivem e se movem mergulhados nesse oceano de energias e magnetismos. Bem assim as bilhões de Galáxias compostas por esses infinitos mundos, se movem e se atraem do mesmo modo, mantendo a sapientíssima harmonia da Criação Universal.

90 A Astronomia atual, com seus possantes e moderníssimos telescópios varre constantemente o infinito angariando a cada dia novas descobertas que ampliam ao homem a consciência da sua significação, da sua individualidade, do seu destino. “Estudando o movimento dos corpos, Galileu Galilei ( ) descobriu através de experimentos que "um corpo que se move, continuará em movimento a menos que uma força seja aplicada e que o force a parar."

91 Galileu argumentou que o movimento é tão natural quanto o repouso, isto é, um corpo que está em repouso permanece em repouso a menos que seja submetido a uma força que o faça mover-se. Se um objeto já está se movimentando, ele continuará em movimento a menos que seja submetido a uma força que o faça parar.  Galileu descobriu os satélites de Júpiter e comunicou seus dados a Kepler, que os observou pessoalmente.

92 Sessenta anos depois, o inglês Isaac Newton ( ) foi quem deu uma explicação completa ao movimento e à forma como as forças atuam. A descrição está contida nas suas três leis: Lei da Inércia, Lei da Força, Lei de Ação e Reação. Newton pode explicar o movimento dos planetas em torno do Sol, assumindo a hipótese de uma força dirigida ao Sol, que produz uma aceleração que força a velocidade do planeta a mudar de direção continuamente, considerando o movimento da Lua em torno da Terra e as leis de Kepler.

93 Obviamente a Terra exerce uma atração sobre os objetos que estão sobre sua superfície.
Newton se deu conta de que esta força se estendia até a Lua e produzia a aceleração centrípeta necessária para manter a Lua em órbita. O mesmo acontece com o Sol e os planetas. Então Newton levantou a hipótese da existência de uma força de atração universal entre os corpos em qualquer parte do Universo. 

94 A força centrípeta que o Sol exerce sobre um planeta que se move com velocidade à uma distância do Sol assumindo neste instante uma órbita circular, que mais tarde será generalizada para qualquer tipo de órbita. Newton deduziu então que tanto o Sol quanto o planeta que se move em torno dele experimentam a mesma força, mas o Sol permanece aproximadamente no centro do Sistema Solar porque a massa do Sol é aproximadamente mil vezes maior que a massa de todos os planetas somados. 

95 Newton então concluiu que para que a atração universal seja correta, deve existir uma força atrativa entre pares de objetos em qualquer região do universo, e esta força deve ser proporcional a suas massas e inversamente proporcional ao quadrado de suas distâncias”.  Em 1923, Edwin Powell Hubble ( ), usando o recém instalado telescópio de 2,5m de diâmetro do Monte Wilson, na Califórnia, resolveu (conseguiu identificar) as estrelas individuais na galáxia de Andrômeda e, medindo sua distância, demonstrou conclusivamente que nossa galáxia não é a única no Universo”.

96 Tais citações, “an passant”, visam apenas ressaltar minimamente o conhecimento já existente acerca do Universo em que nos situamos. Concluímos que muito ainda temos que aprender.  Neste contexto o homem pode parafrasear o filósofo Sócrates e cada vez mais lhe compreender a sabedoria quando disse: “Só sei que nada sei”.  A Gênese – Uranografia Geral – Cap. VI. Encontrado em:

97 OS DESERTOS DO ESPAÇO

98 Um deserto imenso, sem limites, estende-se para além da aglomeração de estrelas de que acabamos de falar, e a rodeia. Solidões sucedem a solidões, e as planícies incomensuráveis do vácuo se estendem ao longe. Os amontoados de matéria cósmica se encontram isolados no espaço como ilhas flutuantes num imenso arquipélago; se quisermos apreciar de alguma forma a ideia da enorme distância que separa os aglomerados de estrelas do qual fazemos parte, das aglomerações mais próximas, será necessário saber que essas ilhas estelares são disseminadas e raras;

99 No vasto oceano dos céus, e que a extensão que as separa umas das outras é incomparavelmente maior que a que mede suas respectivas dimensões.  Ora, recordemos que a nebulosa estelar mede, em números redondos, mil vezes a distância das mais próximas estrelas tomadas como unidade, isto é, uns cem mil trilhões de léguas. Sendo muito mais vasta a distância que se estende entre elas, não poderia essa distância ser expressa por números acessíveis à compreensão de nosso espírito;

100 Unicamente a imaginação, em suas mais altas concepções, é capaz de franquear esta imensidade prodigiosa, essas solidões mudas e privadas de toda aparência de vida, e de encarar de alguma forma a ideia dessa infinidade relativa.  Entretanto, esse deserto celeste, que rodeia nosso universo sideral, e que parece estender-se como os confins recuados de nosso mundo astral, é abarcado pela vista e pela potência infinita do Altíssimo, que além dos céus de nossos céus, compôs a trama de sua criação ilimitada. 

101 Com efeito, além dessas vastas solidões, há mundos que irradiam em sua magnificência, tão perfeitamente como nas regiões acessíveis às investigações humanas; Além desses desertos, há esplêndidos oásis que vagam no límpido éter, e renovam incessantemente as cenas admiráveis da existência e da vida. Ali, desenvolvem-se os agregados longínquos de substância cósmica, que o olhar profundo do telescópio entrevê através das regiões transparentes de nosso céu;

102 São essas nebulosas que são denominadas irresolúveis, e que aparecem como ligeiras nuvens de poeira branca, perdidas num ponto desconhecido do espaço etéreo. Ali se revelam e se desenvolvem mundos novos, cujas condições variadas e diferentes das de vosso globo, lhes dá uma vida que vossas concepções não podem imaginar, nem vossos estudos constatar. É lá que resplandece em toda sua plenitude o poder criador; para aquele que vem das regiões ocupadas por vosso sistema, outras leis aí existem em ação, cujas forças regem as manifestações da vida;

103 Os caminhos novos que seguimos nestes países estranhos nos abrem perspectivas desconhecidas.  
Em Astronomia se dá o nome de nebulosas irresolúveis àquelas das quais ainda não pudemos distinguir as estrelas que as compõem. A princípio, elas haviam sido consideradas como amontoados de matéria cósmica, em vias de condensação para formar mundos, porém atualmente se pensa que esta aparência é devida ao afastamento, e que, com instrumentos bastante poderosos, elas seriam todas resolúveis. 

104 A SUCESSÃO ETERNA DOS MUNDOS

105 Temos visto que só uma lei primordial e geral foi dada ao Universo, para assegurar sua estabilidade eterna, e que esta lei geral é perceptível a nossos sentidos mediante diversas ações particulares, as quais chamamos forças dirigentes da Natureza. Hoje vamos mostrar que a harmonia do mundo inteiro, considerada sob o duplo aspecto da eternidade e do espaço, é assegurada por essa lei suprema. 

106 Com efeito, se remontarmos à origem primeira das primitivas aglomerações de substância cósmica, observaremos que, sob o império dessa lei, a matéria já passou por transformações necessárias, que a conduzem do germe para o fruto maduro, e que sob o impulso das forças diversas, nascidas dessa lei, ela percorre a escala de suas revoluções periódicas; a princípio, centro fluídico dos movimentos, a seguir, gerador dos mundos, mais tarde, núcleo central e atrativo das esferas que tiveram nascimento em seu seio. 

107 Uma comparação familiar pode dar uma ideia, embora imperfeita, das nebulosas irresolúveis: são grupos de faíscas projetadas por fogos de artifício, no momento de sua explosão. Cada uma das faíscas representaria para nós uma estrela, e o conjunto seria a nebulosa, ou grupo de estrelas reunidas num ponto do espaço, e submetidas a uma lei comum de atração e de movimento. Vistas de uma certa distância, estas faíscas mal se distinguem, e o seu grupo tem a aparência de uma pequena nuvem de fumaça. Esta comparação não será exata; trata-se de massa de matéria cósmica condensada. 

108 Nossa Via Láctea é uma dessas nebulosas; nela se contam aproximadamente 30 milhões de estrelas ou sóis, os quais não ocupam menos de algumas centenas de trilhões de léguas em extensão, e entretanto, não é a maior. Suponhamos somente uma média de 20 planetas habitados circulando ao redor de cada sol; isso nos daria um total aproximado de 600 milhões de mundos unicamente para nosso grupo.  Se pudéssemos nos transportar de nossa nebulosa para uma outra, ali estaríamos como no meio de nossa Via Láctea, porém com um céu estrelado de modo inteiramente diverso do nosso; 

109 E esta Via Láctea, apesar das suas dimensões colossais, em relação a nós, ao longe nos apareceria como um pequeno floco lenticular, perdido no infinito. Porém antes de atingir a nossa nebulosa, seríamos como o viajante que deixa uma cidade e percorre um vasto país desabitado, antes de atingir outra cidade; teríamos percorrido espaços incomensuráveis, desprovidos de estrelas e de mundos, aquilo que Galileu chama de desertos do espaço.

110 À medida que avançássemos, veríamos nossa nebulosa como que a fugir detrás de nós, ao mesmo tempo que, à nossa frente, se apresentaria aquela em cuja direção nos dirigíssemos, cada vez mais distinta, semelhante à massa de faíscas do fogo de artifício. Transportando-nos no pensamento a regiões do espaço, situadas adiante do arquipélago de nossa nebulosa, veríamos por toda a nossa volta milhões de arquipélagos semelhantes e de formas diversas, cada um deles encerrando milhões de sóis e centenas de milhões de mundos habitados. 

111 Sabíamos já que essas leis presidem à história do Cosmos; o que importa saber agora, é que elas presidem igualmente a destruição dos astros, pois a morte não é somente uma metamorfose do ser vivente, mas ainda uma transformação da matéria inanimada; E se é verdadeiro dizer-se, no sentido literal, que a vida só é acessível como contrafação da morte, também é justo acrescentar que a substância deve necessariamente suportar as transformações inerentes à sua constituição. 

112 Suponhamos um mundo que, desde seu berço primitivo, percorreu toda a extensão dos anos que sua organização especial permitiu percorrer; O foco interior de sua existência se extinguiu, seus elementos próprios perderam a virtude inicial; Os fenômenos da natureza, que para sua produção exigiam a presença e a ação das forças devolvidas a esse mundo, já não podem se apresentar, porque a alavanca de sua atividade já não tem mais o ponto de apoio que lhe dava toda sua força. 

113 Ora, poder-se-á pensar que esse planeta extinto e sem vida vai continuar a gravitar nos espaços celestes, sem fim, e permanecer como cinza inútil no turbilhão dos céus? Poder-se-á pensar que ele continue inscrito no livro da vida universal, quando nada mais é senão uma letra morta e desvestida de sentido? Não; as mesmas leis que o elevaram acima do caos tenebroso, e que lhe gratificaram os esplendores da vida, as mesmas forças que o governaram durante os séculos de sua adolescência, que firmaram seus primeiros passos na existência e que o conduziram à idade madura e à velhice;

114 Vão presidir à desagregação de seus elementos constitutivos para entregá-los ao laboratório de onde a potência geratriz extrai sem cessar as condições da estabilidade geral. Estes elementos vão voltar a essa massa comum de éter, para se assimilar a outros corpos ou para regenerar outros sóis; e essa morte não será um acontecimento inútil a esta Terra, nem a suas irmãs: Ela renovará, em outras regiões, outras criações de natureza diferente, e ali onde sistemas de mundos se tenham desvanecido, renascerá logo um novo canteiro de flores mais brilhantes e mais perfumadas. 

115 Tudo aquilo que pode nos identificar com a imensidade da extensão e da estrutura do Universo, é útil ao engrandecimento das ideias, tão restringidas pelas crenças vulgares. Deus cresce a nossos olhos, à medida que melhor compreendemos a grandeza dessas obras e nosso ínfimo lugar. Como se vê, estamos longe dessa crença implantada pela Gênese mosaica, que faz de nossa pequena Terra imperceptível, a criação principal de Deus, e de seus habitantes, os únicos objetos de sua solicitude.

116 Compreendemos a vaidade dos que creem que tudo foi feito para eles no Universo, e dos que ousam discutir a existência do Ser supremo. Daqui a alguns séculos, será motivo de admiração que uma religião feita para glorificar a Deus, o haja rebaixado a proporções tão mesquinhas, e que ela haja repelido, como sendo concebidas pelo Espírito do mal, as descobertas que não podiam ter outro resultado, senão aumentar nossa admiração pela onipotência divina, ao nos iniciar nos mistérios grandiosos da criação;

117 Ainda será motivo de maior admiração, quando se souber que tais ensinamentos foram repelidos, porque deviam emancipar o espírito dos homens, e obstar à preponderância dos que se diziam os representantes de Deus sobre a Terra.  Assim a eternidade real e efetiva do Universo é assegurada pelas mesmas leis que dirigem a operação dos tempos; Assim os mundos se sucedem aos mundos, os sóis aos sóis, sem que o imenso mecanismo dos vastos céus jamais seja afetado em suas gigantescas molas. 

118 Lá onde vossos olhares admiram esplêndidas estrelas, sob a abóbada das noites, lá onde vosso espírito contempla radiações magníficas que resplendem sob longínquos espaços, já de há muito tempo o dedo da morte extinguiu tais esplendores, já de há muito o vazio sucedeu a tais lampejos, e recebem mesmo novas criações ainda desconhecidas. O imenso afastamento de tais astros, pelo qual a luz que nos enviam leva milhares de anos para nos alcançar, faz com que somente hoje recebamos os raios que nos foram enviados há muito tempo, antes da criação da Terra, e que ainda os admiremos durante milhares de anos após a sua desaparição real.  

119 Que são os seis mil anos da humanidade histórica, ante os períodos seculares? Segundos em vossos séculos? Que são vossas observações astronômicas ante o estado absoluto do mundo? Uma sombra eclipsada pelo Sol. Logo, aqui como em nossos outros estudos, reconheçamos que a Terra e o homem são como nada, em confronto com aquilo que existe, e que as mais colossais operações de nosso pensamento não se estendem ainda senão por um campo imperceptível ao lado da imensidade e da eternidade de um Universo que não se extinguirá nunca.

120 E quando esses períodos de nossa imortalidade houverem passado sobre nossas cabeças, quando a história atual da Terra nos aparecer como uma sombra vaporosa, no fundo de nossa lembrança; Depois que tivermos habitado durante séculos sem conta nestes diversos graus de nossa hierarquia cosmológica; Depois que os mais distantes domínios das futuras idades tiverem sido percorridas por inumeráveis peregrinações, teremos diante de nós a sucessão ilimitada dos mundos e por perspectiva, a imobilidade eterna.

121 Isto é efeito do tempo que a luz tarda para atravessar o espaço
Isto é efeito do tempo que a luz tarda para atravessar o espaço. Sendo de léguas por segundo a sua velocidade, ela gasta do Sol à Terra 8 minutos e 13 segundos. Resulta disso que, passando-se um fenômeno na superfície do Sol, só o percebemos 8 minutos mais tarde e, pela mesma razão, o veremos ainda 8 minutos depois do seu desaparecimento. Se, em virtude de sua distância, a luz de uma estrela leva mil anos para chegar até nós, não podemos ver essa estrela senão mil anos depois de sua formação.

122 A VIDA UNIVERSAL

123 Esta imortalidade das almas, da qual é base o sistema do mundo físico, pareceu imaginária aos olhos de certos pensadores cheios de preconceitos; eles a qualificaram ironicamente de imortalidade viajora, e não compreenderam que somente ela era verdadeira diante do espetáculo da criação. Todavia, é possível fazer com que seja compreendida toda a sua grandeza; diria mesmo, quase toda a sua perfeição. 

124 Que as obras de Deus sejam criadas para o pensamento e para a inteligência;
Que os mundos sejam a habitação de seres que as contemplam e descobrem sob seu véu, o poder e a sabedoria daquele que as formou, esta questão já não é mais duvidosa para nós; Porém, o que importa conhecer é que as almas que os povoam sejam solidárias.  Com efeito, a inteligência humana não se satisfaz em considerar estes globos radiosos, que cintilam na extensão, como simples massas de matéria inerte e sem vida; 

125 Ela não se satisfaz em sonhar que haja, nessas regiões longínquas, magníficos crepúsculos e noites esplêndidas, sóis fecundos e dias cheios de luz, vales e montanhas nos quais as produções da Natureza desenvolveram toda a sua pompa luxuriante; Ela não se satisfaz em imaginar, digo eu, que o espetáculo divino no qual a alma pode se retemperar como em sua própria vida, seja despojado de existência e privado de todo ser pensante, que pudesse conhecê-lo.  Porém, a esta ideia eminentemente justa da criação, é necessário acrescentar aquela da humanidade solidária e é nisso que consiste o mistério da eternidade futura. 

126 Uma mesma família humana foi criada na universalidade dos mundos, e foram dados a estes mundos, laços de uma fraternidade ainda inapreciada por vossa parte. Se estes astros que se harmonizam em seus vastos sistemas são habitados por inteligências, não o serão por seres desconhecidos uns dos outros, mas sim por seres marcados em suas frontes com o mesmo destino, os quais devem se encontrar momentaneamente segundo suas funções na vida, e se reencontrar segundo suas mútuas simpatias;

127 É a grande família dos Espíritos que povoam as terras celestes;
É a grande irradiação do Espírito divino que abraça a extensão dos céus, e que permanece como tipo primitivo e final da perfeição espiritual. Por que estranha aberração ter-se-á chegado a pensar em recusar à imortalidade as vastas regiões do éter, fazendo-a ser encerrada num limite inadmissível, e numa dualidade absoluta?  

128 O verdadeiro sistema do mundo deveria pois preceder a verdadeira teoria dogmática, e a ciência da Teologia? Esta se afastaria tanto de sua base, que se colocaria apoiada na Metafísica? A resposta é fácil e nos mostra que a nova Filosofia se assentará triunfante sobre as ruínas da antiga, pois sua base se terá elevado vitoriosa, sobre os antigos erros. A Gênese. A Uranologia Geral. Cap. VI., KARDEK, Allan. Encontrado em:  

129 DIVERSIDADE DOS MUNDOS

130 Visitando as imensas regiões do espaço, através da descrição de Galileu, psicografada por Camilo Flamarion, vimos que sóis sucederam a sóis, os sistemas aos sistemas, as nebulosas às nebulosas. Desenrolou-se o panorama esplêndido da harmonia do Cosmo e antegozamos a ideia do infinito, que somente quando atingirmos a perfectibilidade poderemos compreender em toda a sua extensão. Os mistérios do éter nos desvendaram o seu enigma até aqui indecifrável e, pelo menos, concebemos a ideia da universalidade das coisas. 

131 É belo, sem dúvida, haver reconhecido quanto é ínfima a Terra e medíocre a sua importância na hierarquia dos  mundos; É belo haver abatido a presunção humana, que nos é tão cara, e nos termos humilhado ante a grandeza absoluta. Ainda mais belo, no entanto, será que interpretemos em sentido moral o espetáculo de que fomos testemunhas: O poder infinito da Natureza e a ideia que devemos fazer do seu modo de ação nos diversos domínios do vasto Universo.

132 Acostumados a julgar das coisas pela nossa insignificante e pobre habitação, imaginamos que a Natureza não  pode ou não teve de agir sobre os outros mundos, senão segundo as regras que lhe conhecemos na Terra.  Precisamente neste ponto é que importa reformemos a nossa maneira de ver. Observando os seres que pairam nos ares, descendo à violeta dos prados e mergulhando nas profundezas do  oceano, em tudo e por toda a parte teremos esta verdade universal:

133 A Natureza onipotente age conforme os lugares, os tempos e as circunstâncias.
Ela é una em sua harmonia geral, mas múltipla em suas produções; brinca com um Sol, como com uma gota d’água; povoa de seres vivos um mundo imenso com a mesma facilidade com que faz se abra o ovo posto pela borboleta. Se é tal a variedade que podemos observar neste pequeno mundo tão acanhado, tão limitado, imaginemos quão mais ampliado será nos mundos maiores, quão mais desenvolvida e pujante será, operando nesses mundos maravilhosos que, muito mais do que a Terra, lhe atestam a inapreciável perfeição.

134 Não vejamos, pois, em, torno de cada um dos sóis do espaço, apenas sistemas planetários semelhantes ao nosso. Não vejamos, nesses planetas desconhecidos, apenas os três reinos que encontramos na Terra. Pensemos, ao contrário, que, assim como nenhum rosto de homem se assemelha a outro, também uma portentosa diversidade, inimaginável, se acha espalhada pelas moradas eternas que vogam no seio dos espaços. Do fato de que a nossa natureza animada começa no zoófito para terminar no homem; de que a atmosfera alimenta a vida terrestre;

135 De que o elemento líquido a renova incessantemente; de que as nossas estações fazem se sucedam nessa vida os fenômenos que as distinguem, não devemos concluir que os milhões e milhões de terras que rolam pela amplidão sejam semelhantes à que habitamos. Longe disso, aquelas diferem, de acordo com as diversas condições que lhes foram prescritas e de acordo com o papel que a cada uma coube no cenário do mundo. São pedrarias diversificadas de um imenso mosaico, as diversificadas flores de admirável parque. Diversidade dos mundos. Encontrado em:

136 FONTES DE PESQUISAS O Livro dos Espíritos, KARDEC, Allan.
Evolução em dois mundos, XAVIER, Francisco C., pelo Espírito André Luiz. Mecanismo da Mediunidade, XAVIER, Francisco C., pelo Espírito Emmanuel. A Caminho da Luz, XAVIER, Francisco C., pelo Espírito Emmanuel. O Evangelho Segundo João, cap. 14 vers. 1 a 3. Os Cometas - O Satélites - A Gênese – Cap. 06 – Uranografia Geral. Encontrado em:


Carregar ppt "A URANOGRAFIA GERAL A GÊNESE – MÓDULO IV – AULA SLIDES"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google