BELO HORIZONTE 2018 Enf. Intensivista Débora Soares Santos Araújo Especialista em Terapia Intensiva Adulto, pela Residência multiprofissional-SCBH Intitulada.

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1 BELO HORIZONTE 2018 Enf. Intensivista Débora Soares Santos Araújo Especialista em Terapia Intensiva Adulto, pela Residência multiprofissional-SCBH Intitulada Enfermeira Intensivista pela AMIB/ ABENTI Docente nas pós-Graduações de terapia intensiva e urgência e emergência com ênfase em cardiologia-IEP-SCBH Enf. na UTI Clínico agudo da SCBH.

2 OBJETIVOS  Compreender os princípios básicos da eletrocardiografia normal.  Identificar as características de um eletrocardiograma normal.  Realizar interpretação básica de Eletrocardiograma.  Aprender a técnica para realização de um eletrocardiograma.

3 Sistema Circulatório Bomba Cardíaca Excitabilidade Circulatório

4 Noções de eletrofisiologia  O coração é constituído 2 tipos de células: endocárdio Musculares (função contrátil) miocárdio Epicárdio Pericárdio

5 Noções de eletrofisiologia  Especializada do sistema de condução Excitabilidadeautomaticidadecondutividade Ritmo cardíacoimpulso elétricocoordenam a atividade

6 O ciclo cardíaco descreve o início de um batimento cardíaco e o início do próximo batimento. Tem duas fases:  + Sístole: Enchimento – Contração (despolarização);  - Diástole: Esvaziamento – Relaxamento (polarização). SISTEMA CARDIOVASCULAR

7 Sístole: Válvulas átrio-ventriculares (mitral e tricúspide) devem estar fechadas e as semilunares (aórtica e pulmonar) abertas. O mal fechamento das primeiras causa insuficiência e a má abertura das segundas, causa estenose. Diástole: Válvulas átrio-ventriculares devem estar abertas (má abertura causa estenose) e as semilunares fechadas (mau fechamento causa insuficiência). SISTEMA CARDIOVASCULAR

8 CICLO CARDÍACO

9 SISTEMA DE CONDUÇÃO CARDÍACA  Junção AV, outro componente importante do sistema de condução é composto de células especializadas distribuídas pelo:  Nódulo AV (NAV) localizado na parte inferior do átrio direito na base da válvula tricúspide, que continua com o feixe de His, o qual se situa na porção alta do septo interventricular.  O NAV retarda a velocidade do impulso em razão da disposição das junções intercelulares para dar tempo suficiente ao enchimento ventricular.

10 SISTEMA DE CONDUÇÃO CARDÍACA  O NAV e o feixe de His podem atuar como marca-passo (secundário) porque têm células que conduzem e criam o impulso cardíaco, e têm frequência entre 40 e 60 bpm.  Sistema His-Purkinge é o sistema de condução intraventricular por onde a excitação é transmitida rapidamente pelos ramos direito e esquerdo e suas subdivisões até a rede de Purkinje.

11 Introdução –Histórico ECG  100 ANOS DE EXISTÊNCIA: primeiro exame de abordagem ao cardiopata:  Simples;  Barato;  Não-invasivo;  Fácil execução  ECG: registra as diferenças dos potenciais elétricos entre eletrodos metálicos colocados na superfície corporal que são amplificadas, filtradas e registradas pelo eletrocardiógrafo Interpretação: considerar dados clínicos do paciente

12 -Kölliker-müller A cada sístole do coração da rã, a pata galvanoscópica contraía; - Waller (1887) Descobriu que era possível captar a atividade elétrica cardíaca na superfície corporal; -Eletroscópio capilar com eletrodos precordiais Introdução –Histórico

13 Willeim Einthoven (1903) –Derivações bipolares dos membros ( I, II,III ) –Triângulo equilátero - centro elétrico do coração –Galvanômetro de corda (P. Nobel Medicina e Fisiologia em 1924) –Permitiu o emprego de eletrodos periféricos –Nomenclatura das ondas P, QRS, T1 –1895 – primeiro artigo com ECG – Entre 1903-1928 – publicou 79 artigos

14 Introdução –Aplicações do ECG  Isquemia miocárdica e infarto  Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares  Arritmias  Efeito de medicamentos Ex.Digital  Alterações eletrolíticas Ex. Potássio  Funcionamento de marca-passos mecânicos

15 Introdução –Ondas do ECG

16 Músculo Cardíaco O coração é formado por três tipos principais de músculo cardíaco: o músculo atrial o músculo ventricular especializadas fibras musculares excitatórias e condutoras Ritmicidade e velocidade de condução variáveis, formando um sistema excitatório para o coração Caráter Sincicial

17 ANATOMIA Os átrios ficam separados dos ventrículos por tecido fibroso que circunda os orifícios valvulares entre eles. Potenciais de ação só podem ser conduzidos, do sincício atrial para o sincício ventricular, por meio de um sistema especializado de condução, o feixe atrioventricular. Essa divisão do coração em dois sincícios é importante porque permite que os átrios se contraiam pouco antes dos ventrículos, fundamental para a eficácia do bombeamento cardíaco

18 ANATOMIA

19 ANATOMIA –SISTEMA DE CONDUÇÃO 1 2 4 3 SA AV Fibras de purkinje Feixe de HIS

20 CANAIS IÔNICOS A distribuição de potássio nas duas faces da membrana celular, mais concentrada no lado citoplasmático (interno): cria-se uma diferença de potencial entre os dois compartimentos: intra e extracelular. Essa é de fato a situação predominante na maioria das células em repouso: a distribuição desigual dos mesmos através da membrana gerando uma diferença de potencial, conhecida como POTENCIAL DE REPOUSO. -90mV negativo no interior da célula!!!

21 POTENCIAL DE AÇÃO  Quando o tecido miocárdico é adequadamente estimulado, o potencial transmembrana sofre uma rápida alteração transitória chamada potencial de ação (PA).  O PA em miocárdio foi registrado primeiramente por SILVIO WEIDMAN no início da década de 50 Esse pesquisador denominou as várias fases do PA como fases 0, 1, 2 e 3 e denominou o repouso como fase 4.

22 INTRODUÇÃO: ELETROFISIOLOGIA CELULAR -++-+ ++--- REPOLARIZAÇÃO -+ VETOR DE DESPOLARIZAÇÃO A Polaridade elétrica é mantida pelas bombas de membrana que garantem a distribuição de íons (Potássio, sódio, cloro e cálcio), necessária para manter o meio interno relativamente eletronegativa

23 POTENCIAL DE AÇÃO Diferença de potencial entre a parte interna e externa do miócito(105mV) –potencial de repouso transmembrana (gradiente de K+) 4 fases FASE 1: retorno inicial e rápido ao potencial intracelular de 0mV em virtude do fechamento dos canais de Na+; FASE 2: Platô decorrente da entrada lenta de Ca++para o meio intracelular e da saída lenta de K+ para o meio extracelular; FASE 3: retorno do potencial intracelular ao valor de repouso (-90mV), decorrente da saída de K+ para o meio extracelular; FASE 4: fase de repouso ou diastólica, restabelecendo o perfil iônico pela saída de Na+ e entrada de K+ pela bomba Na+/K+c om gasto energético e saída de Ca++

24 POTENCIAL DE AÇÃO

25 ELETROCARDIOGRAMA : REGISTRO DA ATIVIDADE ELÉCTRICA DO CARDÍACA

26 DIPOLO ELÉTRICO Um sistema formado de duas cargas elétricas de valores absolutos iguais e de sinais opostos (+q e -q), separadas por uma distância d, geram um dipolo elétrico. O dipolo pode ser representado por um vetor que apresenta uma grandeza infinitamente pequena, uma DIREÇÃO (linha que une os dois pólos), uma ORIGEM (corresponde ao ponto localizado a meia distância das duas cargas elétricas) e um SENTIDO (seta ou farpa), que é indicado a partir da origem em direção à carga positiva.

27 CORRENTE DE FLUXO DE EM TORNO DO TÓRAX COM VENTRÍCULOS PARCIALMENTE DESPOLARIZADOS

28 O CORAÇÃO COMO UM DIPOLO ELÉTRICO  A célula cardíaca em repouso (polarizada) é rica em potássio, e apresenta-se negativa em relação ao meio externo que é positivo e rico em sódio.  Quando ocorre a ativação de uma célula miocárdica característica (atrial ou ventricular): ▫ocorrem trocas iônicas ▫inverte-se a polaridade da célula ▫originando na superfície da célula uma região despolarizada e outra ainda em repouso, gerando uma frente de onda de despolarização/repouso, resultando portanto em um dipolo equivalente.

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31 VETORES E PROJEÇÃO VETORIAL

32 VISUALIZAÇÃO VETOR –TRAÇADO ECG

33 VETORES E PROJEÇÃO VETORIAL

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35 CONCEITO DA ATIVAÇÃO VETORIAL -EINTHOVEN

36 TRIÂNGULO DE EINTHOVEN

37 DERIVAÇÕES DE EINTHOVEN

38 DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS O ECG standarté constituído por doze derivações divididas em dois grupos Seis derivações dos membros Seis derivações precordiais O conjunto das diversas derivações permite obter uma representação tridimensional da atividade elétrica cardíaca.

39  3 derivações bipolares ou derivações de Einthoven  D I (+ BE, - BD )  D II (+ PE, - BD )  D III (+ PE, - BE )  3 derivações “unipolares”  a Vr ( braço direito )  aVl ( braço esquerdo )  aVf ( perna esquerda ) O potencial elétrico registrado é o mesmo com o eletrodo em qualquer local do membro Eletrodos na raiz do membro Pacientes engessados Pacientes com tremores DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS

40 1942 –Goldberger–Derivações no PLANO FRONTAL

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42 DERIVAÇÕES DOS MEMBROS

43 DERIVAÇÕES AUMENTADAS DOS MEMBROS

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46 Planos Cardíacos

47 Derivações eletrocardiográficas: Plano Frontal aVR aVF aVR aVL

48 Derivações dos membros –D1: braço direito e braço esquerdo –D2: braço direito e pé –D3: braço esquerdo e pé –aVR: eletrodo explorador no braço direito –aVL: eletrodo explorador no braço esquerdo –aVF: eletrodo explorador no pé BDBE D1D2 D3 aVRaVLaVF PÉ

49 DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL V1 - Quarto espaço intercostal linha para esternal direita V2 - Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda V3 - Entre V2 e V4 V4 - Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular V5 - Quinto espaço intercostal linha axilar anterior V6 - Quinto espaço intercostal, linha axilar média

50 DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL

51 –V1: 4o. EID –V2: 4o. EIE –V3: entre V2 e V4 –V4: 5o. EIE e linha hemi-clavicular esquerda –V5: 5o. EIE e linha axilar anterior –V6: 5o. EIE e linha axilar média BD BE BD BE V1V2V3 V4V5V6 DERIVAÇÕES PRECORDIAIS

52 DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL

53 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO  Com a evolução da eletrocardiografia surgiram as derivações  unipolares (Wilson): aVR, aVL, aVF, V1-V6. Assim:  D2, D3 e aVF “olham” a parede inferior.  V1-V4: a superfície anterior, incluindo o septo interventricular.  D1, aVL, V5 e V6: a parede lateral.  V1R-V6R: o ventrículo direito.  V7 e V8 quando registrados: face dorsal.

54 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO CORAÇÃO: bomba que contrai ritmicamente para bombear sangue desoxigenado para os pulmões e oxigenado para a circulação sistêmica. NÓ SINUSAL: inicia o impulso cardíaco (situa-se no átrio direito –AD –próximo à desembocadura da veia cava superior) MARCA PASSO NORMAL DO CORAÇÃO!!!

55 ARRANJO DO TRAÇADO ELETROCARDIOGRÁFICO DERIVAÇÕES EXISTENTES

56 Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Ântero-Septal

57 Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Anterior

58 Arranjo do Traçado EletrocardiográficoParede Lateral Alta e ÂnteroLateral

59 ARRANJO DO TRAÇADO ELETROCARDIOGRÁFICO PAREDE INFERIOR

60 ARRANJO DO TRAÇADO ELETROCARDIOGRÁFICO

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63 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO

64 1. Linhas horizontais correspondem ao tempo (em segundos) 2. Linhas verticais correspondem à amplitude (em mv) 3. De 5 em 5 mm tem um traçado mais forte tanto na horizontal quanto na vertical 4. Velocidade de registro: 25m/s ou 50m/s 5. Velocidade padrão: 25 m/s→ cada mm é percorrido em 0,04seg

65 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO Papel milimétrico de ECG

66 REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO

67 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO Ondas características (P, Q, R, S e T) as quais correspondem a eventos elétricos da ativação do miocárdio. Onda P = despolarização atrial; Complexo QRS = despolarização ventricular; Onda T = repolarização dos ventrículos.

68 REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO

69 Analise simples do ECG 1. Calibração e características técnicas 2. Frequência cardíaca 3. Ritmo 4. Onda P 5. Intervalo PR 6. Complexo QRS 7. Eixo elétrico médio do QRS 8. Progressão da onda R nas Derivações Precordiais (não progressão: sinal indireto de isquemia) 9. Segmento ST 10. Onda T

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71 CONCEITOS/INTERPRETAÇÃO ECG: FORMAS DE ONDAS E COMPLEXOS  Forma de Onda: Movimento fora da linha de base em uma direção, positiva ou negativa.  Segmento: Uma linha entre as formas de ondas.  Intervalo: Uma forma de Onda e um segmento  Complexo: Várias formas de onda

72 ONDA P  Primeira Onda do ciclo cardíaco  Representa a despolarização atrial (contração) e disseminação do impulso elétrico através dos átrios.  Duração: Normalmente é lisa, arredondada comduração de 0,8 a 0,10 segundos (2 quadradinhos e meio);  Morfologia: arredondada e monofásica;  Amplitude: em DII de 0,25 mm a 3 mm (0,25 a 03 mV).  Polaridade: positiva em DII/ Variável em DI, DIII, aVL e aVF. Sempre negativa em aVR.

73 ONDA P Pode-se dividir a despolarização atrial em 3 etapas: 1. Ativação exclusiva do átrio direito (AD) – duração média de 0,03 s. 2. Ativação conjunta da parte final do AD, do septo e do início do átrio esquerdo (AE) – duração média de 0,04 s. 3. Ativação exclusiva do átrio esquerdo – duração média de 0,02 s. A área de interseção entre essas duas curvas ocupa cerca de 0,04 s e nela encontra-se a ativação do septo interatrial.

74 INTERVALO “PR”  Medir do início da onda P ao início do QRS- representa o tempo que o impulso elétrico gasta para – após sair dos limites do nó sinusal – viajar pela musculatura atrial, atingir e ultrapassar a junção AV, o feixe de His e as fibras de Purkinje, até alcançar o miocárdio contrátil ventricular.  Duração: de 0,12 a 0,20 (3 a 5 quadrados).  Menor que 0,12s (adultos) –Síndrome de pré exitação ou Wolff Parkinson White (estímulo não é sinusal).  Acima de 0,20 Bloqueio -Bloqueio- BAV de de primeiro grau  O intervalo PR não compreende a onda R, mas sim o inicio da onda Q, pois nem todos possuem onda Q, mas todos tem onda R.

75 INTERVALO “PR” O segmento PR corresponde entre o fim da onda P e o inicio do complexo QRS, representa o atraso normal que acontece quando o estimulo elétrico do coração alcança o nó AV. Este atraso, é necessário para que aja a contração ventricular logo depois de completada a contração atrial, para que aja harmonia da contração dos dois sincícios, com duração media de 0,8 s ( 2 quadradinhos).

76  O complexo é um conjunto de ondas. Que representa a despolarização ventricular tem a seguinte padronização:  Duração: 0,10 a 0,12 segundos. Maior que 012 s- Bloqueio de ramo D ou E ou feixe de His.  Polaridade: dependendo da orientação SAQRS ( que representa o vetor de despolarização).  Morfologia normal: de V1 a V6, nessa ordem diminui a amplitude.  Amplitude: baixa amplitude: 05 mm; R + S em V2< 9 mm  Toda primeira onda negativa é chamada de "Q". Toda primeira onda positiva é chamada de "R". Toda onda negativa após a inscrição de um "R" é chamada de "S".  Se houver a repetição de um "R" ou "S", chamaremos essa repetição de "R" ou "S“. COMPLEXO QRS

77  Complexo QRS normalmente mede de 0,06 a 0,10s.  QRS alargado acima de 0,12s.  Se o complexo QRS estiver alargado, isso representa algum bloqueio no ramo D ou E do feixe de HIS, ou a própria ausência do ramo- o ventrículo contrai de forma errada e ineficiente. RS qR Rs QS Qr R com rSr ’ R rS QR entalhe

78 Progressão da Onda R

79 Configurações do QRS

80 SEGMENTO “ST” Deve estar no mesmo nível do PR Alterações do ST Supra desnivelamento Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM) Pericardite aguda ▫Infra desnivelamento Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM) Ação digitálica

81 SEGMENTO “ST” O segmento ST começa no ponto "J" e termina de forma imperceptível no ramo ascendente da onda T. Importam aqui, os desníveis acima de 1 a 1,5 mm, em relação à linha de base do traçado, bem como sua forma. A concavidade do segmento ST acompanha sempre a polaridade da onda T, sendo superior onde a onda T for normalmente positiva e inferior onde a onda T for normalmente negativa, continuando- se de forma indistinta com a onda T, nunca devendo apresentar-se "em abóbada", como na figura abaixo.

82 O SEGMENTO “ST” Segmento ST Normal Infra desnivelamento de ST Supra desnivelamentode ST

83 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICOA ONDA “T ”  Representa a repolarização ventricular.  É ligeiramente assimétrica.  Geralmente não mede mais que 5mm de altura em qualquer  derivação torácica.  Pode ser positiva ou negativa nas derivações DIII e V1.  Nas outras derivações onda T invertida é sugestivo de isquemia  miocárdica.  Ondas T altas e apiculadas são comumente vistas na hipercalemia.  Ondas T de baixa amplitude podem ser vistas na hipocalemia.

84 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICOA ONDA “T ”

85 Onda P: reflete a despolarização atrial e mede menos do que 0,11 segundos de largura e 0,25 mV de amplitude. Intervalo PR: varia de 0,12 a 0,20 segundos.

86 Intervalo QRS: deverá ser menor do que 0,10 segundos. Segmento ST: a sua variação está associada com doença coronariana, pericardite e outras condições.

87 Onda T: Representa a repolarização ventricular. Intervalo QT: marcadamente afetado pela FC. Em FC de 60-100 bpm varia de 0,30 a 0,40 segundos.

88 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO Determinação da frequência cardíaca  Frequência cardíaca normal entre 60 e 100 bpm.  QUADRADO GRANDE, 300BPM  2 QUADRADOS GRANDES, 150BPM 3 QUADRADOS GRANDES, 100BPM 4 QUADRADOS GRANDES, 75BPM 5 QUADRADOS GRANDES, 60BPM 6 QUADRADOS GRANDES, 50BPM DIVIDIR 1500 PELO NÚMERO DE QUADRADINHOS ( MM) (Cada quadradinho dura,04s, o que dá em 1 minuto (60s) 1.500 quadradinhos)

89 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO Determinação da frequência cardíaca  FREQUÊNCIA  Se o intervalo entre 2 batimentos for 1s  60 bpm  1s 5 quadrados grandes  Bradicardia FC < 60 bpm  Taquicardia FC > 100 bpm

90 O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICORITMO  Ritmo Sinusal  onda P antes do complexo QRS  onda P com posição espacial normal (positiva em DI, DII e aVF)  Frequência adequada ao Nó sinusal

91 Método de Dubin - Rotina de interpretação do ECG 1.AVALIE A FREQUÊNCIA : MEMORIZE 300, 150,100,75,60,50!!! VERIFIQUE SE HÁ FREQUÊNCIAS DISTINTAS (ATRIAL E VENTRICULAR) 2. AVALIE O RITMO: - MEÇA INTERVALOS RR 3. EXAMINE ONDAS P 4. MEÇA INTERVALO PR ( UM QUADRADO GRANDE) 5. MEÇA DURAÇÃO DOS COMPLEXOS QRS ( 3 QUADRADINHOS) 6. ANALISE SEGMENTO ST 7. ANALISE ONDA T 8. PROCURE ONDA Q PATOLÓGICA ( MAIOR QUE UM QUADRADINHO)

92 Regra para verificar a FC: Regra dos 300 Pegue o número dos “ boxes grandes” entre os complexos QRS, e divida por 300 este número. O resultado pode ser aproximadamente igual a FC Entretanto, este método somente pode ser usado para ritmos regulares.

93 Qual é a FC? (300 / 6) = 50 bpm

94 Qual é a FC? (300 / ~ 4) = ~ 75 bpm

95 Qual é a FC? (300 / 1.5) = 200 bpm

96 A Regra dos 300 É fácil memorizar a tabela abaixo: # box grandeFC 1300 2150 3100 475 560 650

97 Regra dos 10 segundos A maioria dos ECGs imprimem 10 segundos do ritmo por página, uma conta simples pode ser feita, contando-se o número de batimentos presentes no ECG e multiplicar por 6 para obter o número de batimentos por 60 segundos. Este método é bom para ritmos irregulares.

98 Qual é a FC? 33 x 6 = 198 bpm The Alan E. Lindsay ECG Learning Center ; http://medstat.med.utah.edu/kw/ecg/

99 ELETROCARDIOGRAFIA

100 Realização do ECG - Exame Para obter um traçado qualidade, em primeiro lugar, deve-se explicar ao cliente, de forma rápida, em que consiste o exame e pedir a sua colaboração. O local em onde se vai realizar o exame deve ser confortável, para que o cliente esteja relaxado e não apresente tremor muscular, os quais podem interferir produzindo um traço vibrado.

101 A posição ideal para fazer um ECG é com o cliente em decúbito dorsal, se o cliente apresenta ortopneia, o registo deve-se fazer com a menor elevação possível na qual o cliente esteja cômodo. REALIZAÇÃO DO ECG - EXAME

102 MATERIAL: 01- eletrocardiógrafo; 01- rolo de papel termossensível; 04- braçadeiras de borracha; 04- eletrodos metálicos; 01- eletrodo universal ou seis precordiais; Pasta condutora; Álcool à 70 %. REALIZAÇÃO DO ECG - EXAME

103 1. Explicar o procedimento ao paciente e solicitar sua colaboração; 2. Atentar para a privacidade do paciente; 3. Lavar as mãos; 4. Posicionar o paciente em decúbito dorsal (de preferência deitado); 5. Colocar os eletrodos sobre o paciente. Realização do ECG - Exame

104  Colocar os fios nos eletrodos, conforme indicação do fabricante:  1. Amarelo - braço esquerdo.;  2. Vermelho - braço direito;  3. Verde – MIE;  4. Preto – MID;  5. Azul - no eletrodo usado para as precordiais. Hoje, existem cabos com de marcações específicas para cada região precordial. REALIZAÇÃO DO ECG - EXAME

105 1.Posicionar os eletrodos numa superfície lisa, acima dos punhos e dos tornozelos, com uma pasta de condução (dependendo do aparelho); 2.Ajustar sas fitas fixadoras firmemente, sem apertar ou machucar a pele do paciente; 3.Ligar o aparelho e verificar os sinais de cada eletrodo; 4.No caso de aparelhos mais antigos, as derivações precordiais são obtidas movendo-se os eletrodos torácicos nas seis posições. REALIZAÇÃO DO ECG - EXAME

106 5.Realizar o exame conforme indicado pelo fabricante; 6.Após término do exame, retirar as pás e eletrodos, limpar a pele do paciente e em seguida os partes do aparelho com álcool a 70%; 7.Orientar e agradecer a cooperação; 8.Realizar anotação em prontuário, contendo as seguintes informações: nome, prontuário, idade, sexo, data e horário; 9.Anotar a realização do ECG no relatório de enfermagem. REALIZAÇÃO DO ECG - EXAME

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108 Realização do ECG - Exame

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110 INTERPRETAÇÃO BÁSICA DE UM ECG Frequência cardíaca – Calculada pela divisão de 1500 pelo número de quadrados pequenos entre duas ondas R. A FC normal situa-se entre 60bpm e 100bpm. 18 quadradinhos entre as ondas R- R 1500/18 = 83,33 FC = 83bpm

111 INTERPRETAÇÃO BÁSICA DE UM ECG Ritmo Cardíaco: Avaliado pela medida dos intervalos entre os ciclos cardíacos, mais facilmente aferidos entre as espículas dos QRS - os intervalos R-R. O ritmo cardíaco é regular quando estes intervalos são iguais ou constantes 4 444 Todos os intervalos R-R tem 4 quadrados grandes – Ritmo Regular!

112 INTERPRETAÇÃO BÁSICA DE UM ECG Verifica-se que o complexo QRS para ser considerado normal, deve durar até 0,12s. Uma alteração neste complexo pode indicar uma arritmia ventricular

113 RITMO SINUSAL Ondas P precedendo cada QRS; Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS); Frequência entre 60 e 100 bpm.

114 RITMO SINUSAL

115 ARRITMIAS CARDÍACAS Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade na frequência, regularidade ou na origem do impulso elétrico, ou uma alteração na sua condução causando uma sequência anormal de ativação do miocárdio.

116 Originadas no nodo SA Bradicardia Sinusal Frequência cardíaca abaixo de 60 bpm; Ritmo regular, intervalo entre “R” são maiores, ou seja, há uma demora na contração ventricular; Pode levar a desmaios ou Insuficiência Cardíaca Congestiva. Arritmias Cardíacas

117 Taquicardia Sinusal Frequência acima de 100 bpm; Ritmo regular; Há as ondas P, T e complexo QRS. ARRITMIAS CARDÍACAS

118 Bloqueio ou Parada Sino-atrial  A frequência geralmente é baixa (40 a 70 bpm);  O ritmo é normal, o que falha são os batimentos;  As ondas P não aparecem quando o batimento falha. ARRITMIAS CARDÍACAS

119 Originadas no Átrio Taquicardia atrial Frequência cardíaca entre 150 a 250 bpm; A onda P pode ficar escondida na onda T pela frequência grande de batimentos; Os complexos QRS são normais. Arritmias Cardíacas

120 Flutter atrial Frequência cardíaca de 200 a 350 bpm; Ritmo regular e rápida do átrio, “dente de serra” da onda P. Os complexos QRS são normais e as ondas P chegam muito rápido. ARRITMIAS CARDÍACAS

121 Fibrilação atrial  É a mais rápida das arritmias atriais. Pode atingir 600 bpm;  As ondas P são substituídas por ondas irregulares e rápidas, com configurações diferentes. ARRITMIAS CARDÍACAS

122 Arritmias ventriculares Taquicardia ventricular Há contração prematura e consecutiva do ventrículo provinda de um foco geração do impuldo ectópico, abaixo do nó AV; Os átrios batem independente, a frequência é rápida e o QRS é amplo; Trtamento: compressão torácica, choque e ventilação. Arritmias Cardíacas

123 Fibrilação ventricular Não há nenhuma atividade elétrica e nem resposta mecânica; Tratamento: compressão torácica, choque e ventilação. ARRITMIAS CARDÍACAS

124 Assistolia Não há nenhuma atividade elétrica e nem resposta mecânica. Tratamento: compressão torácica e ventilação. ARRITMIAS CARDÍACAS

125 AESP – Atividade Elétrica sem Pulso Existe geração desordenada do impulso elétrico, mas sem resposta mecânica. Tratamento: compressão torácica e ventilação. ARRITMIAS CARDÍACAS

126 Elevação do segmento ST - esta alteração indica que o infarto está acontecendo. Esta alteração pode ser também chamada de supradesnivelamento ou, infradesnivelamento quando ocorrer para baixo. ECG – IAM com supra ST

127 Aparecimento da onda Q anormal - está onda significa que uma área miorcárdica está eletricamente inativa, ou seja infartada. A característica desta onda é que ela pode ficar maior do que 1/3 da altura total do complexo QRS. Normalmente esta altura não chega a 1/3 da altura do complexo QRS; Onda T invertida - esta alteração ocorre depois de alguns dias do infarto e indica que houve isquemia de uma região miocárdica. ECG – IAM com supra ST

128 BAV 1 o Grau: todos os estímulos atriais conseguem despolarizar os ventrículos com algum retardo, havendo apenas um aumento do intervalo PR, além do normal. De modo geral, considera-se haver bloqueio AV de 1ºgrau quando o intervalo PR é fixo e igual ou superior a 0,21 segundo. Bloqueio AV de 1ºgrau. PR = 0,36 s BAV

129 BAV 2 o Grau tipo Mobitz I: É caracterizado por intervalos PR progressivamente mais longos, até que surge uma onda P não seguida de QRS. O intervalo PR seguinte é novamente mais curto e os subsequentes vão aumentando progressivamente até surgir nova onda P não seguida de QRS. BAV 2 o Grau tipo Mobitz II: Nessa eventualidade, observamos, vez por outra, uma onda P não seguida de complexo QRS. Contudo, os intervalos PR nos batimentos conduzidos são fixos BAV

130  BAV 2 o Grau tipo 2:1: Ao eletrocardiograma observa-se a presença de duas ondas P para um QRS.  BAV 3 o Grau ou BAVT: Nessa eventualidade, não existe condução de estímulo entre átrios e ventrículos. Assim, nenhum estimulo originário dos átrios consegue despolarizar os ventrículos. É necessário então que os ventrículos sejam despolarizados por um marca-passo situado abaixo da zona bloqueada. As ondas P são em número bem maior que o de complexos QRS, sem qualquer relação entre si. BAV

131 Referências AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. Editora Guanabara Koogan.1991 ANDRIS, Deborah A. et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2006. DANGELO, J. G., FATTINI, C. A. Anatomia Humana Básica. 1ª ed. Rio de Janeiro. Editora Atheneu DUBIN, Dales. Trad Ismar C. da Silveira. Interpretação rápida do ECG. 1.ed. Rio de Janeiro. Editora Publicações Científicas, 1993 PORTO, C. C., Doenças do Coração – Prevenção e Tratamento, 1ª ed., Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 1998


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