HUMANISMO (XV). O Homem Vitruviano - Conceito presente na obra De Architectura, do arquiteto romano Marco Vitruvio Polião. - Desenho de Leonardo da Vinci,

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1 HUMANISMO (XV)

2 O Homem Vitruviano - Conceito presente na obra De Architectura, do arquiteto romano Marco Vitruvio Polião. - Desenho de Leonardo da Vinci, 1490: representação gráfica mais difundida das descrições de Vitruvio. - Expõe proporções do corpo humano consideradas perfeitas e ideais, inserindo o conceito clássico e divino de beleza. - Aqui, representando os estudos humanísticos.

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4 Período de Transição Trovadorismo Classicismo Teocentrismo Medieval Antropocentrismo Clássico XIV XVI  Humanismo XV Movimento intelectual de valorização do homem e de suas potencialidades, por meio do conhecimento e estudo da cultura greco-romana.

5 PERÍODO HISTÓRICO Morte do rei D. Dinis (1325) Revolução de Avis (XIV) Conquista da costa ocidental da África, a passagem pelo Cabo das Tormentas, a chegada às Índias e o descobrimento do Brasil Início da expansão ultramarina

6 Contexto: - Fim da Idade Média, início da Idade Moderna; - a Igreja tem seu poder dividido com a burguesia e com a nobreza - renascimento comercial e urbano -> ascensão da burguesia; - avanços científicos-tecnológicos (Galileu e a teoria heliocêntrica, Paracelso e as drogas medicinais);

7 - A invenção da imprensa por Johannes Gutemberg; - criação da primeira biblioteca pública (Cosimo de Médici); - gradual intelectualização da Europa; - O pensamento torna-se mais lógico; - homem no centro das preocupações, priorização dos valores humanos sobre os religiosos;

8 -resgate do latim clássico; -valorização dos estudos clássicos e da razão; - separação entre música e poesia. - Os centros urbanos facilitam a circulação de conhecimento e a Igreja perde o monopólio cultural. - Predomínio do escrito sobre o oral, desenvolvimento da prosa literária e consolidação da língua portuguesa.

9 Grandes Humanistas Francesco Petrarca - Considerado o “pai do humanismo” - Propõe um estilo de educação que recupere o valor espiritual dos escritores clássicos. - Canzioniere - Análise minuciosa dos próprios sentimentos.

10 Dante Alighieri - Estudou os clássicos latinos e dedicou-se à filosofia. - Obra prima: Divina Comédia - Busca pela excelência moral e espiritual do homem.

11 A Divina Comédia propõe que a Terra está no meio de uma sucessão de círculos concêntricos que formam a Esfera armilar e o meridiano onde é Jerusalém hoje, seria o lugar atingido por Lúcifer ao cair das esferas mais superiores e que fez da Terra Santa o Portal do Inferno. Portanto o Inferno, responderia pela depressão do Mar Morto, onde todas as águas convergem, e o Paraíso e o Purgatório seriam os segmentos dos círculos concêntricos que juntos respondem pela mecânica celeste e os cenários comentados por Dante, num poema envolvendo todos os personagens bíblicos do Antigo ao Novo Testamento, que são costumeiramente encontrados nas entranhas do Inferno sendo que os personagens principais da Divina Comédia são o próprio autor, Dante Alighieri, que realiza uma jornada espiritual pelos três reinos do além-túmulo, e seu guia e mentor nessa empreitada, Virgílio - o próprio autor da Eneida.

12 Lúcifer no Nono Círculo do Inferno,

13 Purgatório, por Gustave Doré

14 Paraíso, por Gustave Doré

15 Dante e Virgílio no Inferno, por Bouguereau, no Museu de Orsay

16 Giovanni Boccaccio -Também foi um grande conhecedor da Literatura latina - Iniciou a prosa italiana com suas novelas. -Obra prima: Decameron -Grande inventividade, linguagem rica e expressiva. - Percorre toda a gama de sentimentos humanos.

17 Decameron é uma coleção de cem novelas escritas por Giovanni Boccaccio entre 1348 e 1353. O livro é estruturado como uma história que contêm 100 contos contados por um grupo de sete moças e três rapazes que se abrigam em uma vila isolada de Florença para fugir da peste negra, que afligia a cidade. Boccaccio provavelmente iniciou Decamerão após a epidemia de 1348 e o concluiu em 1353. Os vários contos de amor em Decamerão vão do erótico ao trágico; contos de sagacidade, piadas e lições de vida. Além do seu valor literário e ampla influência, ele fornece um documento da vida na época. Escrito no vernáculo da língua florentina, é considerado uma obra-prima da prosa clássica italiana precoce. A obra é considerada um marco literário na ruptura entre a moral medieval, em que se valorizava o amor espiritual, e o início do realismo, iniciando o registro dos valores terrenos, que veio redundar no humanismo; nele não mais o divino, mas a natureza, dita o móvel da conduta do homem. Foi escrito em dialeto toscano

18 Humanismo em Portugal Contexto histórico: Dinastia de Avis. Com a morte de D. Fernando, D. João I é aclamado rei e começa um regime absolutista apoiado pela burguesia. Início: 1418, com a nomeação de Fernão Lopes como guarda-mor da Torre do Tombo. Fernão Lopes - “Pai da prosa portuguesa”; - em 1434, é encarregado de compor as crônicas dos reis de Portugal - narração ágil, dinâmica, que visualiza os acontecimentos

19 -Portou-se como um historiador na medida em que preocupava-se com a autenticidade das informações que escrevia, usando dos arquivos do Estado para comprovar ou desmentir memórias e tradições. -Diferente dos cronistas medievais, registra um amplo panorama da sociedade portuguesa dos séculos XIV e XV. -Obras: Crônica de el-rei D, João Crônica de el-rei D. Fernando Crônica de el-rei D. Pedro

20 Gil Vicente - Iniciou sua atividade teatral em 1502; - Foi colaborador do Cancioneiro Geral;

21 O teatro vicentino -É popular em sua origem, linguagem e personagens. -É satírico, na medida em que critica a sociedade medieval por meio da comédia para corrigir o povo (Ridendo Castigat Mores, ou seja, “ a rir criticam-se os costumes ” ). -É rudimentar, visto que Gil Vicente valoriza apenas a ação, negligenciando o tempo e o espaço (cenário improvisado).

22 O TEATRO MEDIEVAL GÊNEROS TEATRAIS: MISTÉRIOS: DA VIDA DE CRISTO MORALIDADE: REPRESENTAÇÃO DE CONCEITOS ABSTRATOS (BONDADE, DOR, VÍCIOS) MILAGRES: SITUAÇÕES DRAMÁTICAS DA VIDA DOS SANTOS EM QUE HAVIA INTERVENÇÃO MIRACULOSA.

23 ENCENAÇÕES PROFANAS (PRO= FORA E FORUM= TEMPLO) POPULAR (com intenção satírica representadas nas praças ou feiras) FARSAS: peças de caráter circense, debochadas, que tratam do cotidiano, de modo irônico.

24 Personagens: - Típicas (fidalgo, sapateiro..) -> estereótipos sem densidade psicológica - Alegóricas: elementos universais (anjo, demônio) Peças: - Narrativas (enredo linear, história) Ex: O velho da Horta - Alegóricas (cenas justapostas) Ex: O auto da barca do Inferno.

25 “A combinação do real e do fantástico, que por vezes se articulam em um contraste, como no Auto da Feira, e em outros casos simplesmente se misturam, como no Triunfo do Inverno, é a expressão mais completa do teatro vicentino” Tipologia das peças: -Autos pastoris -Autos da moralidade -Milagres

26 Linguagem: -Mista (português, castelhano, latim, saiaguês) -Popular (simples e com uso de palavrões) Algumas das Peças: -Auto da Visitação -Auto da Barca do Inferno -Farsa de Inês Pereira -Auto da Índia -Auto da Lusitânia -O velho e a horta

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28 O Auto da Barca do Inferno (ou Auto da Moralidade) é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em 1531. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respetivamente o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória). Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade. Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena – a do Inferno, com o seu Diabo, e a da Glória, com o Anjo – seguem na primeira. De fato, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.

29 Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramático, Gil Vicente consegue Auto numa peça teatral, dar unidade de ação através de um único espaço e de duas personagens fixas "diabo e anjo". A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa. Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens: Fidalgo, D. Anrique; Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados, um agiota); Sapateiro de nome, que parece ser abastado, talvez dono de oficina; Joane, um parvo, tolo, vivia simples e inconsciente dos seus atos; Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença; Brísida Vaz, uma alcoviteira; Judeu usurário talvez chamado Semifará(na obra diz-se que pode ser o nome do próprio ou de um conhecido); Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça; Enforcado; quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.

30 Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno (ao Judeu, por não se querer separar do bode que levava consigo, não lhe é permitido sequer entrar na Barca do Inferno -- este vai "à toa", ou seja, vai dentro de água, agarrado à barca por uma corda). O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objetivo pelo qual fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente. A presença ou ausência do Parvo no Purgatório aquando do fim da peça acaba por ser pouco explícita, uma vez que esta acaba com a entrada dos Cavaleiros na barca do Anjo sem que existissem quaisquer outros comentários do Anjo ou do Parvo sobre o seu destino final.

31 Referências História Ilustrada das Grandes Literaturas – Literatura Portuguesa 1º volume, Antônio José Saraiva. Manual de Pesquisa – Filosofia e Literatura, Eberth Santos e Josana Moura PEREIRA & PELACHIN, Helena Bonito e Marcia Maisa. Português Na trama do texto. Ensino Médio. Ed. FTD TERRA, ERNANI. Português para o Ensino Médio. Vol. Único. Ed. Scipione www. google.com.br


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