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Viagens na minha terra Almeida Garrett

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Apresentação em tema: "Viagens na minha terra Almeida Garrett"— Transcrição da apresentação:

1 Viagens na minha terra Almeida Garrett
Romantismo português

2 Romance híbrido, pois é composto de relatos autobiográficos, anotações da viagem que o autor realiza, crônica histórica e social, reflexões literárias e filosóficas, além de novela sentimental (utilizada no final da obra como base para uma conclusão baseada em comparações – Frade x Barão ). Publicado em 1846 e em folhetins entre 1845 e 1846. Baseado em viagem verídica feita por Garrett em 1843 a convite de Manuel de Passos.

3 TÍTULO Se o livro trata de apenas uma viagem que vai de Lisboa a Santarém, por que o autor coloca viagem no plural? Estas “viagens” fazem referência a uma série de reflexões políticas, históricas, filosóficas e existenciais que o autor-narrador trabalha no texto. Assim, estas “viagens” não tratam apenas de um deslocamento físico, mas também de um “deslocamento psicológico”.

4 Momento histórico O pano de fundo em Viagens na minha terra é a Revolução Liberal. Grosso modo, as ideias liberais surgiram como oposição ao monarquismo, ao mercantilismo e ao domínio religioso. Portugal, na época um país monarquista com fortes raízes católicas, via qualquer ideia liberalista como antinacional. O país já estava enfrentando diversas crises (as invasões de Napoleão e crise do colonialismo no Brasil) e o embate entre Miguelistas (favoráveis ao monarquismo absolutista de então) e Liberais acabou por gerar uma guerra civil, em O embate terminou com uma vitória dos Liberais e a restauração da monarquia constitucional.

5 DOIS EIXOS NARRATIVOS No primeiro, o narrador conta suas impressões da viagem, que durou 6 dias, intercalando citações literárias, filosóficas e históricas das mais diversas, com um tom fortemente subjetivo e repleto de digressões e intertextualidades. Dentre as referências literárias, podemos levantar citações a Willian Shakespeare, Camões, Miguel de Cervantes, Johann Goethe e Homero. Já dentre as citações históricas e filosóficas, temos Napoleão Bonaparte, D. Fernando, Bacon e outros. Já o segundo eixo, que é interposto no meio dos relatos de viagem, conta o drama amoroso que envolve cinco personagens. Essa narrativa amorosa tem como pano de fundo as lutas entre liberais e miguelistas (1830 a 1834).

6 Focos narrativos A obra é narrada em primeira pessoa e o narrador é o que conhecemos por “narrador-protagonista”. Ou seja, a história é contada por um dos personagens principais (no caso, o autor-narrador que viaja pelo país) em primeira pessoa. Dessa forma, a história tem um ponto de vista fixo, centrado nessa personagem. Além disso, esse narrador-protagonista está quase inteiramente confinado a seus pensamentos, sentimentos e percepções. Na história da menina dos rouxinóis é em 3ª pessoa No final do Livro o A. utiliza-se da Metalepse (encontro do autor com a sua ficção – o autor torna-se parte da narração, conversa com as personagens e até lê a Carta de Carlos).

7 PERSONAGENS Personagens As personagens de "Viagens na Minha Terra" funcionam como uma visão simbólica de Portugal, buscando-se através disso as causas da decadência do Império Português. O final do drama, que culmina na morte de Joaninha e na fuga de Carlos para tornar-se barão, representa a própria crise de valores em que o apego à materialidade e ao imediatismo acaba por fechar um ciclo de mutações de caráter duvidoso e instável.

8 SIMBOLISMO DAS PERSONAGENS
Carlos: é um homem instável que não consegue se decidir sobre suas relações amorosas, podendo ser ligado às características biográficas do próprio Almeida Garrett. Georgina: namorada inglesa de Carlos, é a estrangeira de visão ingênua, que escolhe a reclusão religiosa como justificativa para não participar dos dilemas e conflitos históricos que motivaram sua decepção amorosa. Joaninha: prima e amada de Carlos. Meiga e singela, é a típica heroína campestre do Romantismo. Simboliza uma visão ingênua de Portugal, que não se sustenta diante da realidade histórica. D. Francisca: velha cega avó de Joaninha. Mostra-nos a imprudência e a falta de planejamento com que Portugal se colocava no governo dos liberalistas, levando a nação à decadência. Frei Dinis: é a própria tradição calcada num passado histórico glorioso, que no entanto, não é mais capaz de justificar-se sem uma revisão de valores e de perspectivas.

9 A personagem protagonista Carlos, aparece como símbolo deste embate entre tradição (monarquismo) e modernidade (ideias liberais). Carlos não consegue se decidir entre Joaninha (que representa o velho Portugal) e Georgina (representante do novo Portugal). Por fim, o protagonista acaba por desistir de ambas, perdendo sua identidade e sua moral. Carlos termina como uma representação de uma sociedade alienada e degradante.

10 DIGRESSÕES As digressões do narrador sobre os mais diversos temas, da literatura à política, servem para demarcar ideologicamente a obra. O discurso do autor-narrador revela o caótico estado em que se encontra Portugal, a corrupção da sociedade, a aristocracia decadente e o modelo familiar burguês corrompido por atitudes individualistas. Assim, pode-se dizer que para o narrador a crise moral coletiva tem origem na moral individual.

11 DESEJO DO AUTOR Assim, a preocupação de Garrett em Viagens na minha terra é tentar despertar na nação portuguesa a consciência da situação em que o país se encontrava e que direção pode ser tomada para tentar mudar o rumo decadente que Portugal estava tomando. Porém, o próprio autor-narrador não vê perspectivas de melhora, pois a imagem que o homem português tem de si mesmo não é positiva. Dessa forma, apesar de conseguir enxergar um caminho para a recuperação de Portugal, Garrett termina a obra com um tom pessimista. Interessante notar que a viagem vai da cidade para o campo

12 Recursos Metalinguagem Digressão Intertextualidade
Conversa com o leitor Mistura de coloquialismo e erudição Ironia Crítica Inaugura a literatura moderna em Portugal abrindo caminho para autores posteriores como Eça de Queirós

13 QUADRO SÍNTESE POR CAPÍTULO
CAPÍTULO ASSUNTO I O porquê do livro Partida na regata – Briga dos homens do norte X do sul II – A viagem representa o progresso Portugal III – Critica ao materialismo – Chegada à estalagem IV – Divagação sobre o filósofo e o ministro V Receita para se fazer um drama Transporte até Santarém na mula VI – Clássicos X Românticos Século das Luzes X Século das Trevas VII – Crítica aos lisboetas e ingleses VIII – Crítica às guerras IX – Comparação entre as íliadas

14 X Início da Menina dos Rouxinóis Interesse pela janela e pelos pássaros XI – Conversa com Yorick, personagem de Hamlet XII – Justificativas para a cor dos olhos de Joaninha XIII – Oposição aos frades XIV – Carlos desembarca no Porto XV – Frei Dinis e o Liberalismo XVI – História de Frei Dinis XVII – Dinis traz notícias de Carlos numa carta XVIII – D. Francisca diz que Carlos precisa saber a verdade XIX – Retirada de 11 de Outubro Porque menina dos rouxinóis XX – Um soldado desperta Joaninha. Era Carlos XXI – Outros soldados comentam sobre Carlos e Joana XXII – Carlos lembra-se de Georgina XXIII – Poesia de Carlos XXIV – Carlos e Joaninha conversam sobre a avô e o frei XXV – Carlos pede segredo a Joaninha XXVI – Referência a Macbeth e às bruxas XXVII – O autor chega Santarém

15 XXVIII – Descrição do Palácio de Afonso Henrique
XXIX – Trova justificando a formação de Santa Iria XXX – História de Santa Iria XXXI – Visita à Igreja de Alcaçóva (fechada) XXXII – Retorno ao capítulo XXV – Carlos ferido em batalha XXXIII – Georgina opina sobre Frei Dinis XXXIV – Frei Dinis pede para Carlos matá-lo XXXV – D. Francisca revela a Carlos seu verdadeiro pai: Frei Dinis XXXVI – Antecipação da conclusão XXXVII – História da Igreja do Santo Milagre XXXVIII – Visita à Ribeira – Comentários sobre módulos literários XXXIX – Visita ao colégio dos Jesuítas e a S. Domingos XL – Procissão das freiras – Mosteiro das Claras XLI – Autor deseja partir de Santarém XLII – Autor visita o túmulo de S. Fernando XLIII – Conversa de Garrett com Frei Dinis XLIV XLV XLVI XLII XLIII – Carta de Carlos à Joaninha XLIX – O autor entrega a carta a Frei Dinis e parte para Lisboa


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