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GRAMSCI E A EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

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Apresentação em tema: "GRAMSCI E A EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS"— Transcrição da apresentação:

1 GRAMSCI E A EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO/ DECAE PROFESSORA: ROSEMARY DORE

2 GRAMSCI Um pouco da história de sua vida

3 Ales é a cidade onde nasceu Gramsci.
Fica na Sardenha, sul da Itália

4 SARDENHA Localizada ao sul da Itália

5 Francesco Gramsci ( ). Pai de Gramsci, cuja família era de origem albanesa e se mudou para o Reino das Duas Sicílias em Em 1881, Francesco se mudou para a Sardenha para trabalhar em Ghilarza.

6 Giuseppina Gramsci mãe de Gramsci, com a neta Mimma Paulesu, filha da irmã de Gramsci, Teresina.
Giuseppina Gramsci ( ) nasceu em Ghilarza, na Sardenha, e casou com Francesco em Depois, eles se mudaram para Ales, onde nasceu Gramsci, em 1891.

7 Gramsci na escola

8 Gramsci com 15 anos, em 1906. Entre 1905 e 1908, Gramsci frequentava as três últimas séries da escola secundária em Santu Lussurgiu, cerca de 15 km. de Ghilarza. Durante o ano escolar, ele ficava naquela cidade, numa casa de camponeses. Nos primeiros anos, Gramsci manifestou uma inclinação por ciências e matemática. Em torno de 1905, ele começou a ler publicações socialistas, incluindo o jornal Avanti!, que seu irmão, Gennaro, costumava enviar-lhe de Turim, aonde realizava serviços militares.

9 Gramsci, com cerca de 30 anos no início dos anos 20.
Quando tinha entre 20 e 30 anos, antes de sua prisão em 1926, Gramsci era politicamente muito ativo. Em 1919, ele ajudou a fundar o semanário socialista L’Ordine Nuovo, em Turim. Em 1920, ajudou o movimento dos trabalhadores a ocupar fábricas em Turim e Milão. Em 1921, era um dos delegados que participou da ruptura com o Partido Socialista Italiano e ajudou a criar o Partido Comunista Italiano. Em 1922, foi indicado como representante do PCI no Comunismo Internacional.

10 Foto da canteira de identidade do Comintern de Gramsci, setembro de Em maio de 1922, Gramsci viajou para Moscou e, em junho, ele se tornou membro do Comitê Executivo do Comintern. Ele morou em Moscou até novembro de 1923.

11 Foto de Gramsci em torno de 1922
Foto de Gramsci em torno de Provavelmente, a foto é do mesmo período daquela da carteira de identidade do Comitern.

12 A família Schucht, Enquanto Gramsci vivia em Moscou, ele encontrou Giulia Schucht (no centro) que se tornou sua esposa. Essa foto é da família, quando vivia em Roma.

13 Gramsci em Viena, 1923 Gramsci deixou Moscou e foi para Viena, em novembro de Sua esposa, Giulia, permaneceu em Moscou. Gramsci chegou em Viena em 3 de dezembro e não voltou para a Itália até maio de Essa é a única foto que mostra um sorriso de Gramsci.

14 Tatiana Schucht, em Tatiana Schucht ( ) foi a cunhada de Gramsci, irmã de Giulia, que viveu na Itália até a morte de Gramsci.

15 Tatiana Schucht, em meados dos anos 20.
Em maio de 1924, Gramsci voltou para a Itália e, em janeiro de 1925, ele encontrou Tatiana pela primeira vez em Roma. Depois da prisão de Gramsci, em novembro de 1926, Tatiana se tornou seu principal suporte, seja do ponto de vista emocional ou do bem estar físico.

16 Giulia Schucht, no final dos anos 20.
No outono de 1925, Giulia e Delio, filho de Gramsci, encontraram Gramsci em Roma. Eles não tinham se visto desde novembro de 1923 e foi a primeira vez que Gramsci viu o seu filho Delio.

17 Giuliano Gramsci Antes da prisão de Gramsci, em novembro de 1926, sua esposa Giulia voltou para a União Sloviética para ter o seu segundo filho, Giuliano, que nasceu em Moscou, em 20 de agosto de 1926, poucos meses depois da prisão de Gramsci. Devido à sua prisão e morte precoce, ele nunca teve a chance de encontrar Giuliano. Essa foto foi tirada em torno de 1930, quando Giuliano era um pequeno garoto, com seus colegas de escola em Moscou.

18 Giulia Schucht e os filhos de Gramsci, Delio e Giuliano

19 Cárcere de Turi 1928

20 Gramsci ficou preso em Turi (província de Bari, região da Puglia), de 19 de julho de a 19 de novembro de Quando ele chegou a Turi, recebeu a identificação número Em janeiro de 1929, ele obteve a permissão para escrever na sua cela. Ele planejou ler sistematicamente e concentrar-se em certos tópicos. Seu livro mostra a reflexão proposta em seus planos de trabalho. Em 1929, ele começou a escrever o que hoje é conhecido como os “Cadernos do cárcere”.

21 O Primeiro Caderno do cárcere, 8 de fevereiro de 1929
Antes de começar a escrever os “cadernos do cárcere”, Gramsci fez o esboço de um plano de estudos nas duas primeiras páginas de um caderno de estudos comum. No topo da primeira página, ele escreveu e sublinhou o título “Primeiro Caderno”, seguido pela data “8 de fevereiro de 1929”. O plano de estudos consiste de 16 itens numerados, listados sob o cabeçalho: Principais Tópicos.

22 Deliberação do Ministério da Justiça, 13 de novembro de 1930
Essa deliberação do Ministério da Justiça para o superintendente da prisão de Turi dá a Gramsci a permissão para ler um certo número de livros enquanto estivesse preso.

23 Clinica Cusumano em Formia (Provincia de Latina, Região do Lazio), dezembro de 1933.
Em outubro de 1933, por causa de sua saúde extremamente deficitária, Gramsci recebeu autorização para deixar a prisão de Turi e ir para a clínica Giuseppe Cusumano, em Formia. Gramsci entrou nessa clínica em 17 de dezembro, mas como ainda era considerado prisioneiro ficou sob a guarda da polícia e sob cerrada vigilância.

24 Formia - Provincia de Latina, Região do Lazio

25 Formia

26 Formia – 1935 Essa foto de Gramsci foi tirada enquanto ele estava na clínica Cusumano em Formia. Ali, Tatiana o visitava semanalmente e Gramsci também recebia visitas de seu irmão Carlo e de Piero Sraffa. Gramsci recomeçou a ler e, depois de um período, ele retomou seus escritos nos cadernos. Ele permaneceu em Formia até 24 de agosto de 1935, quando então foi para a Clínica de Quisisana, em Roma devido à piora de sua saúde.

27 Número e foto do Cárcere

28 Casa de Gramsci em Ghilarza - Sardenha

29 Tatiana Schucht no túmulo de Gramsci em 1937
A sentença de prisão de Gramsci expirou em 21 de abril de 1937, mas ele ainda era um paciente na clínica de Quisisana, quando sofreu uma hemorragia cerebral na tarde de 25 de abril. Tatiana permaneceu ao seu lado e Gramsci morreu na manhã de 27 de abril de A foto de Tatiana ao lado do túmulo de Gramsci é num cemitério inglês em Roma. Depois da morte de Gramsci, Tatiana voltou para Moscou.

30 Gramsci e a educação

31 Edição temática organizada por Palmiro Togliatti, iniciando em 1948, na Itália, e 1968, no Brasil

32 Cadernos do Cárcere organizado por Valentino Gerratana, 1975

33

34 Vol. 4: “Temas de cultura. Ação Católica. Americanismo e fordismo”.
Edição de Carlos Nelson Coutinho, em colaboração com Luiz Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira Vol. 1: “Introdução ao estudo da filosofia. A filosofia de Benedetto Croce”. Vol. 2: “Os intelectuais. O princípio educativo. Jornalismo”. Vol. 3: “Maquiavel. Notas sobre o Estado e a política”. Vol. 4: “Temas de cultura. Ação Católica. Americanismo e fordismo”. Volume 5: “O Risorgimento. Notas sobre a história da Itália”. Vol. 6: “Literatura. Folclore. Gramática. Apêndices: variantes e índices”.

35 Contexto de produção da tese que resultou no livro:
superar interpretações da educação, então dominantes (Althusser, Bourdieu), fundamentadas em concepções deterministas, então e ainda dominantes, recuperar o conceito de hegemonia, confrontando concepções sobre a escola de Gramsci, que a confundem com o modelo soviético a contribuição teórica de Gramsci para a produção intelectual no campo educacional: . valorização da cultura . valorização da escola . valorização dos professores (intelectuais)

36 Superestrutura/ideologias
Conceito de bloco histórico Metáfora Base e superestrutura, para chegar no conceito de “bloco histórico” Estrutura/Economia Superestrutura/ideologias

37 MARX, Prefácio à Para a crítica da economia política (1859)
“O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência” (MARX, 1983, p. 24, grifo meu). Quando se estudam essas revoluções [sociais], é preciso distinguir sempre entre as mudanças materiais, ocorridas nas condições econômicas de produção e que podem ser apreciadas com a exatidão própria das ciências naturais, e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, numa palavra, as formas ideológicas em que os homens adquirem consciência desse conflito e lutam para resolvê-lo. (MARX, 1983, p. 25, grifo meu).

38 Marx, Teses sobre Feuerbach (1845)
A doutrina materialista sobre a mudança das contingências e da educação se esquece de que tais contingências são mudadas pelos homens e que o próprio educador deve ser educado. Deve por isso separar a sociedade em duas partes — uma das quais é colocada acima da outra. A coincidência da alteração das contingências com a atividade humana e a mudança de si próprio só pode ser captada e entendida racionalmente como práxis revolucionária. (MARX, 1985, p. 51, grifo meu).

39 BLOCO HISTÓRICO Sociedade política intelectuais Sociedade civil

40 «Reforma Intelectual e Moral»
Relação entre teoria/prática, idéias/ação, filosofia/história, intelectual/moral, espírito/matéria Questões de Gramsci: Como surgem as idéias, concepções de mundo? Como elas se transformam em práticas? Como se convertem em idéias dominantes? Como se tornam “hegemônicas”?

41 Reforma Intelectual e Moral
O trabalho para convencer as classes subalternas a aceitar o status quo não se realiza apenas no plano intelectual, não se restringe ao mundo das idéias. As concepções de mundo são acompanhadas de comportamentos: um modo de pensar tem um modo de agir que lhe é correspondente. Quando a classe dominante consegue dar uma direção intelectual para a sociedade, essa direção também é moral, isto é, implica formas de agir no mundo. Se as massas populares prestam o seu consentimento ao Estado capitalista, então o Estado se torna hegemônico: exerce a direção intelectual e moral da sociedade.

42 Hegemonia, intelectuais, reforma intelectual e moral Importância como referencial teórico para a educação e cultura Os intelectuais, entendidos por Gramsci como organizadores e difusores de determinadas concepções do mundo, promovem uma “reforma intelectual e moral” na sociedade. Através da política, eles modificam o conjunto das relações sociais e procuram adequar a cultura às exigências práticas, determinando efeitos positivos ou negativos, modificando a maneira de pensar e agir do maior número de pessoas, criando, portanto, uma “norma de ação coletiva”. A atividade política de direção cultural, realizada pelos intelectuais, é fundamentalmente pedagógica, pois visa a difundir ideologias entre as massas para engendrar uma ética adaptada a uma determinada ordem social que se quer preservar ou modificar. Assim concebida, a atividade política é educativa e “ética”: propõe-se a definir uma outra moral coletiva que entre em choque com aquela dominante e possa desagregá-la.

43 Constituição de um centro unitário de cultura e a escola unitária
propiciar a superação do “senso comum” vulgar e a formação do pensamento filosófico das classes subalternas filosofia da praxis como referência filosófica para orientar o confronto ideológico seja com o senso comum, seja com as concepções de mundo dominantes formulação de “um programa escolar, um princípio educativo e pedagógico original que interesse e dê uma atividade própria, no seu campo técnico, àquela fração dos intelectuais que é a mais homogênea e a mais numerosa (os professores, do ensino elementar aos professores de Universidades)” (GRAMSCI, 1977, p. 2047).

44 A ESCOLA UNITÁRIA Gramsci debate com outras concepções de organização escolar: A. – dialoga com a escola humanista (tradicional): - recuperação de princípios da escola humanista: a) porque tem como objetivo formar dirigentes: o que é muito mais do que formar para a cidadania; b) o princípio do trabalho como o ensino de direitos e deveres: b1) a relação dos homens entre si: que cria os diferentes tipos de sociedade; as leis civis, a política, o governo, o Estado. b2) a relação dos homens com a natureza: que cria a ciência, a técnica.

45 A ESCOLA UNITÁRIA B. - critica a proliferação de escolas profissionais: divisões em castas chinesas entende que a escola única soviética é uma solução para a dualidade da escola, mas critica o modelo soviético, principalmente pela profissionalização precoce: «O homem moderno deveria ser uma síntese daqueles que podem ser ... imaginados como figuras nacionais: o engenheiro americano, o filósofo alemão, o político francês, recriando, por assim dizer, o homem italiano do Renascimento, o tipo moderno de Leonardo da Vinci transformado em homem-massa ou homem coletivo simplesmente mantendo a sua forte personalidade e originalidade individual. (...) Você pensa que o sistema educativo Dalton possa produzir Leonardos, seja tão somente como síntese coletiva?» (Carta à Giulia, n. 283, 1/08/1932, in GRAMSCI, 1965, p. 234, grifo nosso).

46 C. dialoga com a escola ativa (Gentile, Lombardo Radice)
A ESCOLA UNITÁRIA C. dialoga com a escola ativa (Gentile, Lombardo Radice) “re-apropriação” do conceito de atividade, da concepção da “escola ativa” (ou nova) e a formulação dos conceitos de Hegemonia, como uma relação pedagógica, para além do mundo escolar. Escola Unitária: é escola ativa Seu significado, suas possibilidades, sua necessidade de “aggiornamento”

47 A ESCOLA UNITÁRIA se insere no quadro de suas preocupações no sentido de tornar hegemônico um “centro unitário de cultura”, apresentando o que ele chama de “esquema de organização do trabalho cultural” (GRAMSCI, 1977, p ). Integrando um programa político em direção à igualdade social, a “escola unitária” é uma referência para a crítica às desigualdades sociais, produzidas pelo sistema capitalista, e que se exprimem nas diversas instâncias da sociedade e da cultura, como também na escola. O seu significado é muito amplo, parâmetro da análise de Gramsci sobre a organização da cultura. Refere-se à luta pela unificação do ser humano como possibilidade de realização, como devir.

48 Incompreensão da “escola unitária” de Gramsci na Itália e no Brasil
1. início da polêmica com a interpretação de autores brasileiros, com o conceito de “escola politécnica” 2. a chegada ao «nó» da questão: a incompreensão do conceito de hegemonia na Itália - a leitura da proposta educacional de Gramsci a partir da ótica do modelo soviético: Mario Manacorda 3. a ausência do conceito de “contra-hegemonia” e de resistência em Gramsci: a exigência de um projeto de sociedade e a importância da cultura A escola unitária não seria construída depois de uma suposta queda do capitalismo, mas a partir da própria escola que temos, patrimônio histórico e social.

49 Referências importantes
DORE Soares, R. Gramsci, o Estado e a escola. Ijuí : Unijuí, DORE, R. Gramsci e o debate sobre a escola pública no Brasil. Cadernos CEDES., v.26, n 70, p , Dec (Disponível no site: &lng=en&nrm=iso&tlng=pt) GRAMSCI, A. Lettere dal carcere ( ). (Sergio Caprioglio e Elsa Fubini org.) Torino : Einaudi, 1965. GRAMSCI, A. Quaderni del carcere. GERRATANA, Valentino (org. da edição crítica com 4 vols.). Turim : Einaudi, 1977. MARX, Karl. “Prefácio”. In: Contribuição à crítica da economia política; tradução de Maria Helena Barreiro Alves. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1983, pp MARX, Karl. Teses sobre Feuerbach (1845). In: Os pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1985, p


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