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PublicouJonathan Vieyra Alterado mais de 9 anos atrás
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1. Descrição e Interpretação da Actividade Cognoscitiva
Filosofia IV Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica 1. Descrição e Interpretação da Actividade Cognoscitiva Jorge Barbosa, 2010
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1.2 Teorias Explicativas do Conhecimento
René Descartes Sumário René Descartes: A dúvida metódica e o acesso à certeza
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René Descartes e a dúvida metódica Descartes, na noite de 10 para 11
de Novembro de 1619, teve sonhos que o levaram a duvidar do conhecimento e mesmo da existência da realidade. Para ultrapassar essa dúvida, inspirando-se na matemática e utilizando a dúvida como método, escreveu o Discurso do Método com o objectivo de encontrar um fundamento capaz de resistir aos argumentos do cepticismo. DESCARTES
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Dúvida hiperbólica Argumentos que fundam o acto de duvidar
A experiência mostra que: Os sentidos podem errar algumas vezes, logo, não são dignos de crédito total Há homens que erram mesmo ao raciocinar Temos dificuldade em identificar a verdade, pois às vezes não distinguimos sonho e realidade Por nos enganarmos às vezes, não sabemos se existe alguma certeza Conclusão provisória: todo o conhecimento pode ser falso, por isso, vou duvidar de tudo (dúvida hiperbólica – global).
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– refutação da dúvida hiperbólica
A dúvida metódica – refutação da dúvida hiperbólica Utilizando a dúvida como um método para alcançar a verdade (é a utilização metódica da dúvida), Descartes parte à procura de uma verdade evidente e indubitável. Contudo, ainda que duvide de tudo, tenho de admitir que não posso duvidar sem pensar.
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Descoberta da verdade Ao usar a dúvida metódica, Descartes descobre que ao duvidar está a pensar. E afirma: «Se duvido, penso, e se penso, existo.» Eu penso, logo existo (cogito) é a primeira e irrefutável certeza. A certeza ou a indubitabilidade do cogito resulta do modo como a apreendemos: impõe-se-nos como evidente. E é evidente, porque o percebemos com clareza e distintamente.
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Critério de verdade, clareza e distinção Descartes generalizou
a descoberta: tudo o que é concebido muito claramente e muito distintamente tem a mesma evidência que o cogito, logo, é verdadeiro.
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Da ideia de Deus à existência de Deus
Tenho em mim a ideia de um ser perfeito. A ideia de um ser perfeito não pode ter origem em mim, porque sou imperfeito. Dado que conheço perfeições que não possuo, tenho de aceitar a existência de um Ser que seja a causa de mim e da ideia que tenho d’Ele.
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à existência do mundo material
Da existência de Deus à existência do mundo material Uma vez que Deus é bom e perfeito, não nos engana. O mundo material existe e é de natureza diferente do pensamento e de Deus. As coisas materiais ocupam espaço, possuindo características quantificáveis. Se não partirmos das informações sensoriais (por vezes enganadoras) e respeitarmos o critério de evidência podemos conhecer. Deus é a garantia de que é verdadeiro o conhecimento apreendido com evidência, isto é, com clareza e distinção, ou deduzido dele.
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Dualismo cartesiano Admitida a existência do pensamento (res cogitans, ou «coisa» que pensa), de Deus e do mundo material (res extensa, ou «coisa» extensa), Descartes considera que: o pensamento, ou espírito, ou, ainda, alma (res cogitans) é diferente e distinto do corpo (res extensa) o ser humano é constituído por alma e corpo – o dualismo cartesiano
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A existência de Deus e a verdade racional
Uma vez que os sentidos nos enganam (pelo menos, às vezes), o conhecimento não pode ter a sua fonte na informação sensorial a fonte do conhecimento é a razão, racionalismo a existência da alma e de Deus é mais certa do que a existência de coisas exteriores
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Exercício Diga quais são as afirmações verdadeiras e quais são as falsas. Afirmações Descartes utilizou a dúvida metódica. Descartes é defensor do cepticismo. Para Descartes, a informação sensorial é credível. Eu penso, logo existo (cogito) é a primeira e irrefutável certeza para Descartes. Segundo Descartes, a perfeição de Deus garante que são verdadeiras as noções ou ideias que a razão apreende com clareza e distinção.
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Exercício Diga quais são as afirmações verdadeiras e quais são as falsas. Afirmações Descartes defende o dualismo de substância. Para Descartes, a razão é mais credível que os sentidos. Descartes não é um filósofo racionalista. Clareza e distinção não garantem a verdade, segundo Descartes. Descartes, defensor do dualismo corpo-alma, é partidário do fisicalismo.
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