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Língua e Cognição: Antes e depois da revolução cognitiva.

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Apresentação em tema: "Língua e Cognição: Antes e depois da revolução cognitiva."— Transcrição da apresentação:

1 Língua e Cognição: Antes e depois da revolução cognitiva.
Letícia Maria Sicuro Corrêa Dn. Christiane M. Martins

2 Objetivos do Texto: Traçar um panorama histórico relacionados à lingua/cognição, relatando os movimentos da primeira metade do século XX e resultados de pesquisas recentes; Delinear a abordagem e/ou paradigmas que definem um programa em ciência cognitiva Abordar como a psicolinguística e as teorias linguísticas compreendem a questão da aquisição do saber linguístico, considerando-se a idéia do inatismo.

3 Língua Ferramenta de interação entre os seres humanos que apresenta variações em cada sociedade e os grupos por ela formados; Forma como o indivíduo interage com o mundo exterior influenciando no modo como as experiências se organizam.

4 Cognição

5 - Instrumentos da cognição;
Conhecimento e aquisição - Instrumentos da cognição; - Exercício de pensamento : base para o gerenciamento de ações e desempenho de tarefas cognitivas complexas ou de alta ordem.

6 Característica cognitiva inerente à espécie humana

7 Principais objetivos do estudo relacionados à língua e cognição (pg
Caracterizar a língua como conhecimento e explicar o processo de aquisição são pontos fundamentais no estudo da cognição; Caracterizar e explicar a produtividade linguística e a compreensão da linguagem; Distinguir pontos comuns na cognição humana em detrimento da experiência linguística (vivência X apreensão de conhecimento);

8 Identificar e explicar o papel da língua (oral e escrita) na cognição humana de base biológica e social. Identificar as especificidades do domínio da língua de modo a intervir nos casos de déficits e de problemas no desempenho de tarefas cognitivas linguísticamente dependentes;

9 Premissa básica dos estudos cognitivos:
“Partindo do pressuposto de que a caracterização de entidades e processos mentais envolvidos em tarefas dependentes de conhecimento é o primeiro passo para o entendimento da atividade do cérebro no desempenho dessas tarefas, o estudo da língua como fenômeno cognitivo abre caminho para que se chegue a um entendimento do modo como os processos dela dependentes são implementados no cérebro, criando, dessa forma, um novo espaço de investigação.” (pg.106/7)

10 A Revolução Cognitiva Ocorre em meados do séc. XX (anos 50) quando há investigações sobre a relação língua-cognição. Origem da psicologia cognitiva: inter-relação com outros campos (ciência da computação, matemática, teoria da informação, linguística e psicologia); Subárea: Psicolinguística (intrínsicamente ligada ao gerativismo). Construção de teorias e processos mentais se dão em forma de MODELOS (inspiração algoritímica).

11 Impactos da Revolução Cognitiva:
A língua é um objeto da cognição e não somente um instrumento; Questiona a natureza do conhecimento linguístico; Distingue o domínio cognitivo da língua de outros domínios; Facilitou a integração entre linguística e biologia (contribui e é informada por teorias das ciências naturais); Permitiu a formulação de hipóteses em relação ao processamento neurofisiológico do processamento linguístico (processos mentais)

12 Saldos da Revolução Cognitiva:
Concebe-se língua enquanto objeto em interação com outros sistemas cognitivos em relação ao desempenho linguístico; Re-avaliar a tese do determinismo linguístico do início do século; Identificar com maior precisão o que provém da experiência cultural e linguística na cognição humana;

13 Reformulação de hipóteses concernentes ao inatismo;
Conhecimento linguístico em detrimento do estado de conhecimento do outro (sistema cognitivo de origem computacional) (deVilliers e deVilliers, 2003) Formular hipóteses acerca do déficit específico linguístico e o quão específico é este mesmo déficit ( Teorias gerativista e psicolinguística)

14 Língua e Cognição: apresentando questões
Humboldt(1836/1888) realça dois aspectos relacionados à questão cognitiva: “ a produtividade dos sistemas linguísticos, que fazem “uso infinito de meios finitos”, e o papel mediador da língua na interação do indivíduo com o mundo, introduzindo a tese do determinismo linguístico.” (pg.109)

15 Uso infinito de meios finitos
Característica fundamental dos sistemas linguísticos: o caráter computacional, ou seja, as “palavras são combinadas de forma a compor enunciados estruturados hierarquicamente que se apresentam nuna estrutura linear.” (pg. 109) Arte de Falar (Renascimento) Sanctius – Espanha Gramáticos de Port-Royal – França (caracterizavam a não-prescrição da arte do bem falar)

16 • Gramática com dois sentidos (concebida em relação ao desempenho linguístico dos falantes, cujo sistema computacional é regido pela Lógica): A arte de falar (capacidade cognitiva); Disciplina que apresenta os fundamentos dessa arte.

17 Variabilidade A variabilidade das línguas se dá nos “meios” (expressão fonológica e morfológica) e considera “limites”ou restrições: “Dado que a disposição natural para a língua é universal no homem, e visto que cada um tem de possuir a chave para o entendimento de todas as línguas na mente, têm-se como corolário que a forma de todas as línguas tem de ser essencialmente a mesma, e sempre alcançar um objetivo em comum. A variedade entre as línguas só pode residir nos meios, nos limites permitidos para que o objetivo seja atngido. ”(1836) (pg.110)

18 Restrições São um conjunto desordenado de elementos que serão em algum momento categorizados e estruturados. Posição empirista: a informação dos dados captados pelos sentidos garante o acesso ao real (Aristóteles, Locke e Hume) Posição racionalista: o conhecimento provem de idéias inatas, da própria razão humana. (Descartes) Posição “apercepcionista”: a experiência decorre da capacidade da mente em estruturar os dados da percepção. (Kant)

19 Posição de Wundt: Há distinção entre “percepção” (proveniente dos sentidos externos) “apercepção” (seleção e estruturação da experiência direcionada internamente – Kant) Contraria a idéia associacionista do behaviorismo; a sentença para ele é: “ a representação linguística da ordenação sequencial voluntária de uma impressão mental simultânea em segmentos logicamente relacionados” (Wundt, 1900) (pg. 112)

20 A língua como mediadora da relação do indivíduo com o mundo
Humboldt teoriza a cognição como determinada pela língua – categorias semânticas ou distorções gramaticais presentes na morfologia da língua estão ligadas a nova concepção de mundo (identidade cognitiva); Adaptou a teoria de percepção de Kant dando-lhe um versão linguística: falantes de diferentes línguas teriam diferentes sistemas de gerenciamento. Saussure, em linha com a perspectiva relativista, propaga que o “pensamento sem a língua é uma massa amorfa” (pg.113).

21 Whorf (1956) semelhantemente posiciona-se afirmando que “o mundo nos é apresentado num fluxo de impressões caleidoscópico, que tem que ser organizado pela nossa mente – e isso quer dizer, em grande parte, pelos sistemas linguísticos da nossa mente.”(pg.113) Hipótese Sapir- Whorf – focaliza o papel mediador da língua. Sapir(1949) – nova dimensão sobre língua-cognição: o fonema possui uma realidade psicológica.

22 Alguns Resultados de Pesquisa
Dificuldades morfológicas podem refletir no curso do desenvolvimento na fala inicial da criança (Clark, 1973; Bowerman, 1973; Slobin, 1970;1973); A percepção e à permanência de objetos ocorre por volta dos 5 meses (Spelke, 2003) e não aos 9 meses (Piaget); Não há distinção entre categorização de objetos (cor e forma) entre portadoras de deficiência auditiva sem contato com qualquer língua e crianças com audição normal. Conclusão: Há capacidades cognitivas básicas, independente da língua

23 Rejeição da Hipótese do determinismo linguístico
Pesquisas antropológicas (estudo com os Dani – Nova Guiné – palavras que designam cores); McNamara (1970) – Pesquisas com crianças de 18 meses revelam que elas fazem uso de categorias estabelecidas em relação a objetos com ou sem individualidade ligadas a uma pista linguística. Prevê a alteridade para o desenvolvimento conceitual em relação à sua expressão linguística, assim como a propossta de que capacidades de natureza conceitual alavacam (bootstrap) o desenvolvimento da sintaxe (Pinker, 1995) Hipótese da Cognição

24 Duas tendências da hipótese da Hipótese Sapir- Whorf
Hipótese Sustentável – há uma inter-relação entr cognição não-linguística e conceitualização da fala (Clark e Slobin, 2003) Hipótese não sustentável – a espécie humana possui habilidades perceptuais semelhantes não afetadas pela língua fora de seu domínio (Dupoux e Pepperkamp, 2000)

25 A língua como instrumento ou reflexo da cognição
Vygotsky – Inserção social do indivíduo no pensamento cognitivo: - a posse da língua irá atuar no desenvolvimento das habilidades linguísticas – léxico; - internalização da fala; - o pensamento verbal (planejamento de ações complexas)

26 Reflexos dos postulados de Vygotsky
Spelke(2003) – sistemas nucleares (senso de número/numerosidade e direção apoiados em uma geometria intuitiva); deVilliers e de Villiers (2003) – “raciocínio dedutivo se dá a partir do que se toma como sendo do conhecimento do outro”(pg. 118)

27 O hiato behaviorista Ocorre na primeira metade do sec. XX – introdução aos fenômenos humanos e sociais – metodologia de caráter empirísta. Manifesto behaviorista de Watson (1913) – na psicologia se exclui a mente e os processo mentais, que serão objetos da metafísica. Objeto de pesquisa: - formação de hábitos - tentativa e erro - condicionamento, reforço e punição (Skinner, 1957; Verbal Behaviour)

28 Bloomfield (1933) – posição empirista onde a formulação de hipóteses para uma teoria de línguas se dá pela coleta extensa e diversa de dados. O behaviorismo não se estabeleceu na Europa; a idéia predominante no âmbito da cognição é a de Piaget. Na linguística predominam os trabalhos do Círculo de Praga, de caráter saussuriano e funcionalista. Roman Jakobson (1971) – afasia e traço distintivo ( unidade mínima de distinção linguística)

29 A idéia de uma ciência cognitiva e a língua como parte da cognição
“Uma ciência unificada que permitisse descobrir as capacidades representacionais e computacionais da mente humana e sua realização estrutural e funcional no cérebro”(pg. 121) A computação simbólica está ligada ao procedimento algorítmico (input-output-input). Tal conceito levou à concepção de “gramática em termos de um procedimento explícito (algorítmico).”(pg.122)

30 Chomsky (1965) atribui um significado cognitivo a gramática - um falante produz e compreende um número infinito de enunciados linguísticos em sua língua e reconhecer tais enunciados como pertencentes ou não à sua língua. Meta da linguística: apresentar um modelo (representação teórica do conhecimento intuitivo) – formulador sintático (concepção abstrata de enunciados linguísticos) Meta da psicolinguística: apresentar modelos explícitos (algorítmicos) – parser – (analisador sintático da sentença)

31 Ponto em comum entre a linguística, psicolinguística, psicologia cognitiva e neurociências: “teorização na forma de modelos que permitam testar hipóteses acerca da natureza de entidades e processos mentais” (pg.124)

32 Restrições cognitivas à forma e ao funcionamento das línguas humanas
Chomsky “propõe que há restrições ao tipo de conhecimento linguístico que a criança irá adquirir..., de modo a convergir para a gramática da língua.”(pg. 124)-relacionadas a GU. Idéias inatas levam a uma gramática cartesiana, codificada no genoma humano. Três momentos importantes: 1- De 1965 –fim dos anos 70 – “a gramática de cada língua apresenta um conjunto de regras específico que compartilha propriedades com as gramáticas do conjunto de línguas humanas possíveis.” (pg.125)

33 2- Chomsky, 1981 até inicio dos anos 90 – as regras da gramática são vistas como um epifenômeno, a GU apresenta princípios e variações possivelmente com valores pré-especificados. 3- A partir dos anos 90 – Programa Minimalista – recupera a concepção de Humboldt (domínio do léxico), a proposta de Port-Royal (sistema linguístico se realiza na fala). Como consequência questiona-se as restrições impostas pelos sistemas de desempenho.

34 Conclusão Concepção de língua como sistema cognitivo:
“Sistema computacional universal ( disponível no estado inicial da aquisição e posto em operação a partir do processamento do material linguístico ou ele mesmo sujeito a maturação) e um léxico, constituído no curso da aquisição da língua.”(pg. 126)


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