OS SABERES DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI Lucineide Barros Medeiros (UESPI;ISEAF)

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1 OS SABERES DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI Lucineide Barros Medeiros (UESPI;ISEAF)

2 Dois enfoques: Ecologia dos saberes (SANTOS, 2007, 2008) Colonialidade do saber (QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 2005)

3 Relatório da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI (Jacques Delors) Educação, um Tesouro a Descobrir: 4 pilares da educação - aprender a conhecer, - aprender a fazer, - aprender a viver com os outros, - aprender a ser.

4 Edgar Morin: Sete saberes necessários à Educação do Futuro, publicado no Brasil em 2001 (saberes para a agenda educacional) Maurice Tardif (2002): saberes docentes e formação profissional

5 Contexto: Pós-modernidade * Desorganização da sociedade moderna de base industrial e nacional; - Fim das grandes narrativas(historia, classes sociais, sujeito); - Emergência de novo padrão tecnológico na produção de bens e serviços; - Aperfeiçoamento do modo de acumulação do capital; - Novas sociabilidades e visões de mundo

6 Os Saberes no (Des) Encontro de Tempos : * Avanços extraordinários ao lado de grandes atrasos A liberdade, igualdade e solidariedade - grandes promessas da modernidade não foram cumpridas (demandas atuais da sociedade): * Pobreza, a fome, o analfabetismo clássico e funcional, o trabalho infantil e escravo, a falta de assistência, a violência generalizada, a destruição e esgotamento de reservas naturais... O futura já chegou???

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8 Geopolítica do Conhecimento Saber dominante x Saber subalterno * De base ocidental - Supremacia de territórios - Desconstrução e eliminação de identidades - Desigualdades e exclusões

9 Monoculturas - do saber e do rigor, - do tempo linear, - da naturalização das diferenças, - da escala dominante - do produtivismo capitalista. (produtoras de Grandes Ausências)

10 Monocultura do Saber e do Rigor se realiza pela ideia de que o único saber rigoroso é o saber científico; portanto, outros conhecimentos não têm validade nem o rigor do conhecimento científico. Essa monocultura reduz de imediato, contrai o presente, porque elimina muita realidade que fica fora das concepções científicas da sociedade, porque há práticas sociais que estão baseadas em conhecimentos populares, conhecimentos indígenas, conhecimentos camponeses, conhecimentos urbanos, mas que não são avaliados como importantes ou rigorosos. [...] Essa monocultura do rigor baseia-se, desde a expansão européia, em uma realidade: a da ciência ocidental. (SANTOS 2007, p. 29)

11 ECOLOGIA DOS SABERES

12 a) Intencionalidade ético-política: conhecer para que e para quem, ou seja, os saberes não são importantes em si, mas na relação com o que produzem na sociedade; b) Ecologia das temporalidades: permite a existência e convivência de diferentes formas de sociabilidades, com suas devidas temporalidade; transposição de barreiras territoriais e temporais, para conhecer o lugar do outro/a, o tempo do outro/a; c) Ecologia do reconhecimento: saber o que é produto das hierarquias e o que não é: as diferenças só são verdadeiramente possíveis depois de abolidas a hierarquia; d) Trânsito entre o local e o global: não existe conhecimento fora de processos históricos e que não projete o futuro; todo e qualquer aprendizado individual implica ações e posturas coletivas; e) Revisão na concepção de produtividade e de trabalho: saber para quem e para que – caráter ético da formação

13 Os Saberes do século XXI Saberes produzidos historicamente pela humanidade: Saberes formais Saberes utópicos - localizados no não- lugar, (devido à exclusão ou à apropriação indevida)

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