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CURSO INTRODUTÓRIO SOBRE OS UNIVERSAIS NA IDADE MÉDIA

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Apresentação em tema: "CURSO INTRODUTÓRIO SOBRE OS UNIVERSAIS NA IDADE MÉDIA"— Transcrição da apresentação:

1 CURSO INTRODUTÓRIO SOBRE OS UNIVERSAIS NA IDADE MÉDIA
06 – Interfaces do problema medieval frente à Filosofia Contemporânea Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

2 Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB
Recordando O problema colocado pode ser dito de muitas formas e mediante muitas classificações; Se quisermos buscar a origem do problema remontaríamos a aporias estabelecidas pelo diálogo dos pré-socráticos, especificamente pelo sistema de Parmênides e suas críticas aos filósofos da natureza; contudo, uma forma “irônica” de ver o problema e mudar o foco das investigações filosóficas remonta a Sócrates; Todavia, a primeira formulação clássica do problema, da forma como a entendemos hodiernamente, deriva de Porfírio. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

3 Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB
Recordando É justamente diante dessa confusão de análise das categorias aristotélicas mediante uma ontologia neoplatônica, a partir da leitura de Porfírio, que o problema é formulado por Boécio, que por muitos é visto como o primeiro dos medievais e o último dos clássicos; Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

4 A importância do Problema
O problema dos universais, contemporaneamente, têm muita importância; Alguns aspecto são imprescindíveis termos em mente para compreendermos essa importância: O problema da linguagem é complexo e reflete muito mais do que o simples fato de que sua função seria nomear coisas concretas, ela ultrapassa isso; No uso da linguagem encontramos expressões que nos remetem a entidades abstratas cuja explicação é complexa e difícil; Quando estamos inseridos no campo epistêmico, o uso dessas palavras abstrata exige uma explicação que implica não somente estabelecer a relação ente seu referente (denotatum), mas, efetivamente, nos impele a discorrer acerca do estatuto ontológico dessas palavras; São palavras que se enquadram dentro dessa visão que suscitaram o problema que ora investigamos: o Problema dos Universais Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

5 A importância do Problema
Alguns aspecto imprescindíveis: Embora o problema seja antigo, remontando à própria discussão de Aristóteles a Platão, devido ao embate epistemológico dentro da ciência, ele se transforma em um problema típico da relação travada entre a ciência e a filosofia hodiernamente; As postulações de Frege, Russell e o 1º Wittegenstein são exemplo disso no século passado, com todos os seus desdobramentos; As discussões entre Quine, Strawson, Putnam, Fodor, etc., é outro exemplo nos nossos dias; Mas independentemente desses elementos, qual seria a base substantiva que nos permitiria dizer que esse problema é ainda importante? Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

6 A importância do Problema
Independentemente dos critérios que podemos usar para determinar e examinar o problema, o que ele nos revela, neste caso específico por nós investigado, é: A imposição do problema coloca todo homem, no ato mesmo do seu pensar, diante de uma capacidade de ‘manipular’, de forma cognoscitiva, os objetos Usamos as palavras, sem nenhum problema, com conotações de transcendência dentro das locuções e sem nos dar conta de que estamos mudando, com o uso da linguagem, a realidade que nos rodeia; Quase nunca perguntamos, acerca de nosso pensamento, o que acontece quando pensamos, que tipo de coisas pensamos, qual a relação dessas coisas com o mundo externo à nossa mente? Normalmente nunca nos damos conta da diversidade de nossos conteúdos mentais e da forma com que eles se relacionam com o mundo externo à nossa mente. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

7 A importância do Problema
Outro ângulo para o problema, hodiernamente, está na forma com que abordamos a ciência, ou seja, ela apresenta uma linguagem mais precisa para descrever o mundo que a linguagem ordinária; Mas ambos sistemas lingüísticos são frutos do mesmo pensar: Analisando isso podemos ver que, apesar de dizermos que a ciência é isenta das coisas do mundo ordinário, grande parte de suas estrutura se refere a realidades ou acontecimentos concretos mas, de outro lado, existe uma enorme gama de concepções adotadas que seriam praticamente impossíveis de dizermos, efetivamente, a que se referem; Assim, se temos tais palavras, mesmo nas ciências, é necessário estudá-las pois seu caráter aporético se impõem tanto na Filosofia quando na ciência; Todavia, se tratar desse problema não é fácil, as possíveis respostas também acompanham essa dificuldade: estabelecem-se como opostas, contraditórias e o problema segue em aberto. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

8 A importância do Problema
A diferença entre a formulação do problema dos universais hodiernamente e no período Medieval radica-se num elemento: Hodiernamente, mediante uma nova estrutura lógica, podemos desenvolver novas análises acerca desses fenômenos lingüísticos e precisar as dificuldades com maior precisão; Os novos métodos da lógica são imprescindíveis para isso, conforme nos alerta Quine: A matemática clássica...está fundida até o pescoço em compromissos relativos a uma ontologia de entidades abstratas. Assim é como a grande controvérsia medieval sobre os universais tem surgido de novo na filosofia moderna das matemáticas.” (QUINE, W. V. O. From a Logical Point of View. 2ª ed. Cambridge, Mass.: Harvard university Press, 1961, 1961, p ) Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

9 A importância do Problema
Mas antes de delimitarmos nosso campo de investigação dentro do medievo, precisamos estabelecer uma noção mínima do que é a definição de “universal” e uma caracterização mínima do que é seu problema dentro da Filosofia e das Ciências contemporâneas; Iremos trabalhar em duas linhas: uma que visa instruir a etimologia da palavra em português, outra que localiza o problema e as noções dentro do campo da lógica. Assim, iremos delimitar, brevemente, esses dois aspectos e, depois, partirmos para nossa investigação dentro da Idade Média. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

10 Definição de Universal
No dicionário Aurélio: Do latim universale: Em Português, quando é um adjetivo de dois gêneros: Na cadeia de denominações no dicionário Aurélio, algumas são importantes: 3. Comum a todos os homens, ou a um grupo dado: história universal; língua universal. 10. Lóg. Diz-se de atributo que convém a todos os indivíduos de uma classe. 11. Lóg. Diz-se de termo (14) tomado em toda a sua extensão. ~V. Componedor -, proposição – afirmativa, proposição – negativa, quantificador -, sufrágio – e tempo -. Em português, quando é um substantivo masculino: 13. Filos. O conjunto dos seres ou das ideias que, numa dada circunstância, estão tomados em consideração. 14. Jur. Complexo de coisas singulares, suscetível de apreciação econômica, e que constitui um ser coletivo totalmente distinto dos seus elementos componentes. ~V, universais. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

11 Definição de Universal
Para os termos lógico-filosóficos: Divide a totalidade das entidades ou dos objetos em duas grandes categorias mutuamente exclusivas e conjuntamente exaustivas: Universais: objetos que são em essência repetíveis, exemplificáveis, ou predicáveis de algo (ex.: objetos abstratos como propriedades e atributos – a propriedade de ser sábio e o atributo da brancura); Particulares: objetos que em essência não são repetíveis, exemplificáveis, ou predicáveis do que quer que seja (ex.: meu relógio, o atual papa). Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

12 Definição de Universal
A distinção feita anteriormente tem sido útil para as discussões em ontologia; Contudo, o foco do sistema está nas discussões de caráter linguístico, especificamente no âmbito das relações entre a semântica e a pragmática; Tais discussões postulam-se em pelo menos duas correntes: nominalismo e realismo, essa última com duas vertentes diversas. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

13 Definição de Universal
Hodiernamente: NOMINALISMO: 1º) Uma doutrina segundo a qual não há universais: Doutrina que prega que, numa ontologia razoável, todos os objetos são necessariamente particulares; 2º) Doutrina segundo a qual só há particulares concretos, objetos de algum modo localizáveis no espaço-tempo: Doutrina que prega que não há objetos abstratos pois, em uma ontologia razoável, todos os objetos são necessariamente concreta. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

14 Definição de Universal
Hodiernamente: REALISMO: 1º) universais ante rem: objetos completamente auto-subsistentes, cuja natureza e existência são independentes da circunstância de serem exemplificáveis por particulares (concepção platônica dos universais); 2º) universais in rebus: objetos cuja natureza e existência são dependentes da circunstância de serem exemplificáveis por particulares; os universais apensas existem nos particulares 9concepção aristotélica dos universais) Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

15 Definição de Universal
Pensar o problema dos universais engloba várias tendências que precisam ser esclarecidas para a delimitação do que iremos estudar: Cosmológico: centra-se na busca do modo como se formam a unidade dos diferentes grupos de entes físicos e como podemos buscar, via fator de unidade conjuntural, um elemento de universalidade; Psicológico-epistemológico: efetivamente centra-se na forma com que o intelecto chega ao conhecimento do universal a partir de entes particulares e sensíveis (problema vinculado á abstração), sem a necessidade dos sensíveis (problema vinculado à intuição); Lógico: refere-se á forma com que o uso do sujeito e do predicado do universal pode ocorrer nos esquemas operacionais do discurso lógico (relação com as funções quantificadoras); Ontológico: refere-se ao status entitativo do universal, ou seja, ao tipo de essência que ele tem para poder existir. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

16 Definição de Universal
Os planos lógicos e ontológicos são o principal foco de nossa investigação; Contudo, alguns elementos valem a pena serem esclarecidos quanto ao plano ontológico: O famoso Status ontológico do problema dos universais refere-se à pergunta, de cunho aristotélico, acerca dos objetos enquanto seres, ou acerca da onticidade do universal mediante a pergunta: que gênero de realidades existem? O âmbito da resposta já pressupõe a sua existência e deve focar-se, explicitamente, em como é a existência dos universais e o que são. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB


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