A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

História oral: alguns pressupostos

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "História oral: alguns pressupostos"— Transcrição da apresentação:

1 História oral: alguns pressupostos
Profª Lucy Rosane de O Vieira Raposo Jaboticatubas/MG – Out/2013

2

3 STATUS DA HISTÓRIA ORAL
. Amado e Ferreira (1996) apresentam as três principais posturas a respeito do status da História Oral: A primeira advoga ser a História Oral uma técnica; a segunda, uma disciplina; e a terceira, uma metodologia.

4 STATUS DA HISTÓRIA ORAL
os defensores da História Oral como técnica interessam-se pelas experiências com gravações, transcrições e conservação de entrevistas e o aparato que as cerca. Aqueles que postulam para a História Oral status de disciplina baseiam-se em argumentos complexos, por vezes contraditórios entre si. Entretanto, partem da ideia fundamental de que, [...] “ao inaugurar técnicas específicas de pesquisa, procedimentos metodológicos singulares e um conjunto próprio de conceitos,” conferindo-lhes significado e emprestando unidade ao novo campo do conhecimento, constitui-se em um corpus teórico distinto, diretamente relacionado às suas práticas. (AMADO&FERREIRA, 1996, p. 13)

5 a História Oral apenas estabelece e ordena procedimentos de trabalho, tais como, diversos tipos de entrevista, as várias possibilidades de transcrição dos depoimentos, diversas maneiras de o historiador relacionar-se com seus entrevistados e as influências disso sobre seu trabalho, funcionando como uma ponte entre teoria e prática. Mas, na área teórica, a história oral é capaz apenas de suscitar, jamais solucionar questões; formula as perguntas, porém não pode oferecer as respostas. (AMADO&FERREIRA, 1996, p. 13) a História Oral apenas estabelece e ordena procedimentos de trabalho, tais como, diversos tipos de entrevista, as várias possibilidades de transcrição dos depoimentos, diversas maneiras de o historiador relacionar-se com seus entrevistados e as influências disso sobre seu trabalho, funcionando como uma ponte entre teoria e prática. Mas, na área teórica, a história oral é capaz apenas de suscitar, jamais solucionar questões; formula as perguntas, porém não pode oferecer as respostas. (AMADO&FERREIRA, 1996, p. 13) a História Oral apenas estabelece e ordena procedimentos de trabalho, tais como, diversos tipos de entrevista, as várias possibilidades de transcrição dos depoimentos, diversas maneiras de o historiador relacionar-se com seus entrevistados e as influências disso sobre seu trabalho, funcionando como uma ponte entre teoria e prática. Mas, na área teórica, a história oral é capaz apenas de suscitar, jamais solucionar questões; formula as perguntas, porém não pode oferecer as respostas. (AMADO&FERREIRA, 1996, p. 13) STATUS DA HISTÓRIA ORAL os defensores da História Oral como metodologia, estão aqueles que, como as autoras, entendem que, como todas as metodologias,   a História Oral apenas estabelece e ordena procedimentos de trabalho, tais como, diversos tipos de entrevista, as várias possibilidades de transcrição dos depoimentos, diversas maneiras de o historiador relacionar-se com seus entrevistados e as influências disso sobre seu trabalho, funcionando como uma ponte entre teoria e prática. Mas, na área teórica, a história oral é capaz apenas de suscitar, jamais solucionar questões; formula as perguntas, porém não pode oferecer as respostas. (AMADO&FERREIRA, 1996, p. 13)  

6 O que é História Oral ? A História Oral é uma história construída em torno de pessoas. Ela lança a vida para dentro da própria história e isso alarga seu campo de ação. Admite heróis não só dentre os líderes, mas dentre a maioria desconhecida do povo. Estimula professores e alunos a serem companheiros de trabalho. Traz a história para dentro da comunidade e extrai a história de dentro da comunidade. (THOMPSON, 1992)

7 O que é História Oral ? Para Perez (2003, p. 10), ao incluir versões silenciadas/esquecidas de grupos sociais marginalizados, a História Oral privilegia aquelas histórias, irreconhecíveis como história – que não nos falam de fatos, mas de acontecimentos; que não se constituem em documentos, mas em signos, que não nos apresentam argumentos, mas sentidos.

8 Alguns conceitos EXPERIÊNCIA pode ser definida como um contato epistêmico direto com uma fonte cognitiva de informações. Esse contato resulta marcas singulares que formam o sujeito. Algumas experiências podem ser “armazenadas” em nossa memória de forma a definir padrões de comportamento subjetivos.

9 Alguns conceitos MEMÓRIA é a capacidade de reter, recuperar, armazenar e evocar idéias, saberes, sensações, emoções, sentimentos, informações e experiências acontecidas anteriormente. O que a memória grava, recalca, exclui, relembra é o resultado de um trabalho de organização, portanto toda memória é seletiva.

10 Memória Individual Cada um de nós carrega dentro de si suas vivências, impressões, acompanhadas de suas aprendizagens. Não guardamos tudo, pois a memória é sempre seletiva. Vale ressaltar que nosso jeito de considerar o que é significativo ou não resulta do espaço e do tempo em que vivemos. A história de cada um de nós contém a história de um tempo, dos grupos a que pertencemos e das pessoas com quem nos relacionamos.

11 Memória Coletiva É o conjunto de registros eleitos pelo grupo como significativos, que estabelece sua identidade, seu jeito de ser e viver o mundo, e decorre dos seus parâmetros históricos e culturais. A possibilidade de compartilhar desta memória é que dá a cada um de nós o senso de pertencimento. Trata-se de uma relação criativa e dinâmica entre o indivíduo e o grupo. “Nossas lembranças permanecem coletivas, e elas nos são lembradas pelos outros, mesmo que se trate de acontecimentos nos quais só nós estivemos envolvidos, e com objetos que só nós vimos. É por que em realidade nunca estamos sós.” Maurice Halbwachs

12 Memórias: Individual e Coletiva
Importante lembrar dos conceitos de Halbwachs. Relação entre memória individual e coletiva.

13 Elaboração de Projeto em História Oral
A existência de um projeto é fundamental para a História Oral. Projeto é um planejamento articulado de investigação que inclui uma série de entrevistas que obedecem a tratamento específico de: Coleta Trabalho com o texto Relação entre as entrevistas

14 Etapas do Projeto Tema Justificativa Objetivos Hipótese de Trabalho
Metodologia Comunidade de Destino Entrevista Transcrição/ Textualização/ Transcriação Conferência Arquivamento

15 Entrevistas em História Oral
Conceito: As entrevistas são mais do que simples técnica, pois envolvem “... uma comunicação entre pessoas [...] é um método de cordialidade, um método de fazer perguntas com o único objetivo de compreender”. (MEIHY e HOLANDA)

16 Colaboração Co – labor- ação: ação de trabalhar junto no processo de constituição do conhecimento. O colaborador como parte fundamental do processo de transcriação e dos projetos em História Oral.

17 Colaboração “Colaborador e colaboração não se equivalem a informante e informação. Para a história oral, o resultado da colaboração e o sentido do colaborador em um projeto não se restringem às referências exatas de datas e fatos. Colaboradores são seres que ao narrar modulam expressões e subjetividades e a transparência disso é relevante aos exames decorrentes do texto estabelecido em análise com os demais.”

18 Processo transcriativo: a passagem do oral para o escrito
Transcrição Textualização Transcriação Conferência

19 Transcrição “A transcrição é literal, rigorosa, passando-se para o papel tudo que foi dito, inclusive as repetições, os vícios de linguagem, os sons, os momentos de riso e choro e os silêncios” “É a passagem fiel do que foi dito para a grafia”

20 Textualização: em busca do sentido do outro
- Reorganização do discurso, obedecendo à estruturação requerida para o texto escrito;

21 Transcriação Todo o processo (do "projeto", passando pelas entrevistas, com o trabalho de "criar o texto", até o texto "final") faz parte de uma transcriação hermenêutica, que não é apenas a "modificação" ou "fase final dos trabalhos dos discursos", mas concepção e visão de mundo, não somente de como se produz um texto, mas sobre o fundamento da própria realidade, sendo, portanto, parte inextirpável da própria estrutura interpretativa

22 Conferência Momento que dá sentido a colaboração e legitima a transcriação;

23 De onde surgem as narrativas?
As narrativas foram gravadas e seus textos construídos. Mas qual sua matéria prima? A constituição da narrativa é um ato de negociação das memórias pessoais (individuais) e de luta (coletivas). As narrativas, pelo ato discursivo, torna-se forma de construção de identidades.

24 Memória/Narrativa Só é possível apreender o que há na memória de alguém a partir do que é sistematizado em forma de narrativa. A memória narrada é uma seleção, uma organização entre possíveis. A memória e identidades são fenômenos construídos, social e individualmente. Sua construção pode ser consciente ou inconsciente.

25 Construção Identitária
Identidade se constrói sobre a base da experiência vivida, sentida e memorizada. Mas, não só. Constrói-se também pelo reviver ou recriar proporcionado pela narrativa.

26 Construção da narrativa
É preciso pensar a relação entre: Experiência; Memória; Narrativa; e Identidade.

27 Narrativa e Identidade
No caso de nossos trabalhos de pesquisa, somos mediadores da organização da narrativa, pois quem fala, fala para alguém. Ao ajudar o colaborador a ordenar sua própria memória, e assim também a se organizar como coletividade. Sendo assim, ao mesmo tempo que se estuda, constitui-se identidades.

28 Identidade para quê? As pessoas entrevistadas em suas narrativas mostram a necessidade de assumir a (re)construção das identidades como tarefa permanente, como projeto de vida, num contexto de resistência à exclusão e à marginalidade.

29 Globalização e Identidade
No panorama da globalização é radical e irreversível, afetando todas as estruturas sociais e as relações que correspondem a elas. Nesse sentido, as identidades passam a ser consideradas cada vez mais como processos em permanente movimento, e a emergência das comunidades e das políticas de identidades como fenômenos de resistência, conservadora ou progressista, às conseqüências das transformações da globalização.

30 Identidade e Pertencimento
O processo de formação de uma identidade é contínuo, sempre negociado entre coletividade e indivíduo. Dessas negociações constantes entre seus membros surge um sentimento de pertencimento à determinadas comunidades. Estudos de identidade devem se interligar a estudos de alteridade.

31 A dinâmica da identidade
Importante compreender identidade como processos em que a noção de pertencimento e de continuidade histórica dos grupos sociais são construídas em meio a lutas, contradições e ambigüidades. As escolhas e as decisões que um indivíduo toma são fundamentais tanto para definir identidade como pertencimento. As noções de pertencimento são negociáveis e revogáveis.

32 Exercício 2: a realização da entrevista
O que faz a HO diferente? Exercício 2: a realização da entrevista Exercício 1: a construção do projeto de História Oral a partir de diferentes comunidades

33 O desenvolvimento da entrevista
A seleção do colaborador/testemunha; O lugar da entrevista; O roteiro da entrevista; A transcrição – textualização – transcriação; Devolução; A publicação/divulgação; Projeto x Entrevista História Pública x Trabalho Acadêmico Voz x Eco Comprometimento Ético: Colaboração, Mediação, Devolução Conceitos importantes: Experiência, Memória, Identidade e Comunidade

34 Referências AMADO, Janaina e FERREIRA, Marieta de Morais (orgs.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. OLIVEIRA, Valeska Fortes de. Educação, memória e histórias de vida: usos da história oral. In: História oral: Revista da Associação Brasileira de História Oral, v.8, n.1, jan.-jun., 2005. RAPOSO, L.R.O.V. Notas de aula In: ALMEIDA,Juniele R.; RIBEIRO, Suzana L. S.História Oral: memórias, narrativas e identidades. VIII Encontro Regional Sudeste de História Oral/ABHO – Centros de Pesquisa em História Oral: trajetórias,abordagens e avaliações.BH: FAFICH/UFMG,2009. THOMPSON, Paul. A voz do passado: História Oral. (Trad. Lólio Lourenço de Oliveira) 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.


Carregar ppt "História oral: alguns pressupostos"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google