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Estimulando os escritores de amanhã

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Apresentação em tema: "Estimulando os escritores de amanhã"— Transcrição da apresentação:

1 Estimulando os escritores de amanhã
Alexandre Lobão Perguntar: Número de escritores ou aspirantes a escritores Número de leitores ávidos Curiosos que estavam só passando Vendo o título da palestra, alguns de vocês devem estar pensando que finalmente a auto-ajuda finalmente chegou ao mundo dos escritores (“Como fazer amigos e influenciar pessoas”, “7 regras de ouro para ganhar dinheiro fácil”, etc. Bom, eu gostaria de perguntar a expectativa de cada um, mas como só temos 45 minutos, vou fazer o contrário: vou explicar logo de início do que se trata a palestra, assim, se alguém entrou na palestra errada, quando eu começar a falar pode se levantar e ir saindo de fininho...

2 Quem sou eu?

3 Quem somos nós? Como professor e escritor, posso dizer que os professores: Têm muita intimidade com livros Têm uma rotina sobrecarregada de atividades Precisam se esforçar para conseguir algum tempo para: Leitura = formação pessoal = melhoria como pessoa e como profissional Se preocupam com a formação de leitores… Ou seja, professores e escritores têm MUITO em comum!  3

4 Agenda Por que lemos? Como lemos? A relação entre ler e escrever
Leitura em 4 dimensões Leitura em 3 níveis A relação entre ler e escrever O que escrever? Como escrever histórias? Proposta de trabalho: Criação coletiva de histórias O professor como pesquisador Proposta de trabalho: Analisando uma história Conclusão

5 Por que lemos? Nos manter informados Para consulta
Realizar trabalhos acadêmicos Por prazer etc

6 Por que lemos? A leitura é requisito básico para sucesso social
Muitos anúncios de emprego pedem “escrita própria” Há profissões onde saber escrever BEM é essencial (advogados, professores, jornalistas, etc)

7 Como lemos? Ensinar uma língua é diferente de ensinar gramática!
Saber regras é diferente de saber se expressar! Alunos devem ser leiturizados, e não alfabetizados (Foucambert) Ler é mais importante que estudar (Ziraldo) A leitura transcende o texto É muito mais do que decodificar ou treinar o aluno na estrutura da língua! Envolve ajudar a compreender a relação língua/pensamento

8 Por que lemos? A leitura transcende o texto
É muito mais do que decodificar ou treinar o aluno na estrutura da língua! Envolve ajudar a compreender a relação língua/pensamento Alunos devem ser leiturizados, e não alfabetizados (Foucambert) Ler é mais importante que estudar (Ziraldo) Ensinar uma língua é diferente de ensinar gramática! Saber regras é diferente de saber se expressar!

9 Leitura em 4 dimensões Contexto: situa a texto no ambiente onde ele ocorre Texto: Coesão (termos de ligação), vocabulário e coerência (desenvolvimento) Infratexto: informações implícitas Intertexto: conexão com outros textos

10 Leitura em 3 níveis Leitura objetiva: decodificação
Mais simples, elementos explícitos Leitura inferencial: dedução Elementos implícitos Leitura avaliativa: impressão Opinião do leitor sobre o texto

11 A relação entre ler e escrever
Ao se estimular a criação de histórias, amplia-se também a capacidade de leitura Exercício das dimensões inferencial e avaliativa Toda criança já tem competência comunicativa ao entrar na escola O que falta é estabelecer a ligação entre pensamento e escrita / leitura

12 Como escrever? Escrever é fácil!
“Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não.” José Saramago “Escrever é fácil: Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.” Pablo Neruda 12

13 O que escrever? Há diversos tipos de textos
Cartas Redação oficial Artigo jornalístico Correio eletrônico Manual de instruções Receitas… Vamos aqui falar sobre estimular as crianças a produzir histórias

14 Como produzir histórias?
É possível fazer redações orais! São “mundos diferentes”, mas com diversas características em comum Vamos falar sobre criação de histórias Exercícios podem ser realizados oralmente, por escrito ou ambos A idéia é estimular o estudante a organizar suas idéias para entender as dimensões e níveis da escrita Este entendimento reflete-se em melhoria na leitura

15 Proposta de trabalho: Criação coletiva de histórias
Idéia geral: Explicar aos alunos elementos gerais sobre criação de histórias e personagens Dividir a turma em grupos Cada grupo cria sua história (oralmente ou por escrito) e a apresenta à turma Antes da atividade A turma deve conhecer o livro “O Menino Maluquinho”

16 Fase de Motivação “Quem acha que desenhar é mais divertido que escrever?” Normalmente, os alunos preferem desenhar “Pois hoje vamos descobrir que escrever é mais divertido!” “Para provar isso, vou fazer um desenho”

17 Fase de Motivação “Quem acha que desenhar é mais divertido que escrever?” Normalmente, os alunos preferem desenhar “Pois hoje vamos descobrir que escrever é mais divertido!” “Para provar isso, vou fazer um desenho”

18 Fase de Motivação (desenhar um menino) O que é este desenho?
“é um menino”, “um garoto careca”, etc

19 (Completar o desenho com uma panela)
Fase de Motivação (Completar o desenho com uma panela) E agora? “É o Menino Maluquinho” Se a turma não conhece o livro e não responder, apresentar o livro à turma

20 Fase de Motivação Quando falamos que ele é o “Menino Maluquinho”, não estamos falando do desenho – estamos falando de uma história! O desenho é apenas um menino com uma panela na cabeça O que faz ele ser divertido é que conhecemos sua história! “Já pensaram se a gente pudesse criar nossas próprias histórias?” Por isso é que escrever é mais divertido que desenhar, porque ao escrever inventamos histórias!

21 Fase de Preparação Para criarmos histórias, precisamos entender dois elementos principais: A organização das histórias A criação dos personagens Se os estudantes entenderem bem estes dois elementos, a história é criada “naturalmente”

22 Fase de Preparação A organização das histórias
Uma história, para ser uma história, precisa ter: Começo Meio Fim

23 Fase de Preparação Explicando mais
Começo é onde temos a APRESENTAÇÃO dos personagens e de como eles vivem. Meio é onde sabemos o que aconteceu na vida destes personagens e o que eles fizeram para resolver seus problemas. É o DESENVOLVIMENTO da história. Fim é onde descobrimos o que eles aprenderam com tudo isso, e como viveram depois. É a CONCLUSÃO da aventura!

24 Fase de Preparação “Status Quo” é um termo em latim, que significa algo como o “Estado das coisas”. Como é a vida do personagem, o que ele faz, quem ele conhece, onde mora... enfim, a vida normal, no dia-a-dia, sem problemas. Toda história precisa ter uma mudança do status quo para ser interessante.

25 Fase de Preparação Vamos ver com mais detalhes as partes que toda história precisa ter, falando agora sobre o status quo e o conflito, com um exemplo bem conhecido! Começo (ou apresentação): Era uma vez 3 porquinhos, que saíram da casa da mãe e construíram suas casas para viver em paz (este é o status quo deles!) Mudança: Certo dia, aparece um lobo que quer comê-los! Meio (ou desenvolvimento): O lobo derruba as casas de palha e de madeira, dos porquinhos preguiçosos, que fogem para a casa de tijolos de seu irmão trabalhador. Resolução da mudança: Quando o lobo tenta entrar na casa de tijolos pela chaminé, os porquinhos acendem o fogo com uma panela de água, que fica bem quente... e o lobo cai na água, foge e nunca mais volta! Fim (ou conclusão): Os porquinhos preguiçosos aprendem a lição, e todos se tornam trabalhadores e felizes para sempre! 

26 Fase de Preparação A criação dos personagens
Além de entender a história, definir bem os personagens ajuda a tornar a história interessante Veja os exemplos: Porquinhos, Menino Maluquinho, etc – bons personagens sempre vivem boas histórias

27 Fase de Preparação O personagem deve ter: Características físicas, Gostos, objetivos (“o que quer da vida”), família, amigos, etc – seu status quo

28 Fase de Execução Dividir a turma em grupos de 5 alunos
Cada grupo vai executar as atividades em 3 passos Apresente um passo de cada vez! Passo 1: Definir (oralmente) um personagem e suas características Pode criança, adulto, animal, etc Dê um limite de tempo ou a conversa não termina! 

29 Fase de Execução Passo 2:
Sorteie em cada grupo papéis numerados, com cada “trecho” da história: Começo (ou apresentação) Mudança Meio (ou desenvolvimento) Resolução da mudança Fim (ou conclusão)

30 Fase de Execução Passo 2:
O aluno que tirou o “1.Começo” inventa, em voz alta, o início da história, apresentando o personagem que o grupo definiu O aluno que tirou o “2.Mudança” fará o mesmo, indicando o que mudou na rotina (“status quo”) do personagem

31 Fase de Execução Passo 2:
O aluno que tirou o “3.Meio” conta como o personagem reagiu à mudança O aluno que tirou o “4.Resolução” contará como o personagem resolveu o problema O aluno que tirou o “5. Conclusão” contará o que o personagem aprendeu da história

32 Fase de Execução Passo 3:
Dependendo da série e da quantidade de alunos, é possível realizar diferentes tarefas: Cada grupo apresenta sua história à turma, na forma de jogral. Na segunda vez, a história muda um pouco, mas não tem problema; isso faz parte da dinâmica de criação de uma história! Cada grupo escreve sua história Cada um escreve sua parte, começando pelo primeiro e passando adiante OU Todos escrevem a mesma história que criaram – neste caso, outra dinâmica interessante é deixar que leiam os textos uns dos outros

33 Fase de Avaliação Caso seja necessária uma avaliação é possível
Avaliar o trabalho do grupo (nota coletiva pelo trabalho) Avaliar a parte escrita, focando apenas nos erros gramaticais que envolvam assuntos sendo estudados no momento Apontar erros demais desestimula e atrapalha a absorção das informações! Pedir que os alunos sigam as idéias da atividade e produzam histórias individuais, para serem avaliadas

34 Fase de Avaliação Esta atividade não é necessariamente avaliada
O ideal é que os alunos se sintam em um ambiente onde: Ele possam errar à vontade, sem serem culpados de nada, para se sentirem à vontade para arriscar Os pontos fortes (imaginação, estruturação da história, etc) sejam elogiados, para estimulá-los a gostar de escrever

35 O professor como pesquisador
Fazer perguntas sobre as histórias criadas pelos alunos, envolvendo os três níveis de leitura Leitura objetiva: pergunte sobre elementos objetivos da história criada pelos alunos: “O que o personagem foi fazer em…?” Leitura inferencial: pergunte sobre elementos implícitos na história: “Por que o personagem fez …?” Leitura avaliativa: pergunte qual a opinião sobre algo da história: “O vocês acharam do personagem ter feito…? O que vocês fariam no lugar dele?” As perguntas podem ser feita para a turma ou para o grupo que contou a história Não deve parecer “sabatina”, mas sim uma curiosidade sobre a criação do grupo! O grupo deve se sentir importante por ter criado uma história que é interessante!

36 O professor como pesquisador
Explicar as diferenças dos níveis de leitura à turma, com linguagem apropriada Propor à turma fazerem estudo dos níveis também em histórias que eles irão ler Avaliar o nível de leitura / escrita de cada aluno através da atividade para poder dar assistência de acordo com a necessidade de cada um

37 Proposta de trabalho: Analisando uma história
Fase de Motivação Fase de Preparação Fase de Execução Fase de Avaliação

38 Fase de Motivação Propor texto (mostrar livro), fazer perguntas inferenciais Avaliar antecipações e hipóteses dos alunos Exemplo: “Qual será a verdadeira história do Papai Noel?” Quando esta história se passa? Quem deve ser o personagem principal? (uma criança, um adulto… características)

39 Fase de Preparação Pedir aos alunos que leiam, em voz baixa, o livro
Pedir que prestem atenção nos elementos estudados: Partes da história, características dos personagens, etc Exemplo: Começo: Menina em casa, na época do Natal Mudança: Ela quer descobrir se Papai Noel existe Meio: Pai conta a história do Papai Noel Resolução: Satisfeita, ela vai dormir Fim: Ela descobre a história no Natal, do Papai Noel, e o verdadeiro “espírito natalino”

40 Fase de Execução Após a leitura, pedir que alunos avaliem o texto
Oralmente ou por escrito, abrangendo os três níveis de leitura Exemplo: Leitura objetiva: Segundo o pai de Aninha, como era o nome do Papai Noel? Onde ele vivia? Leitura inferencial: O que você acha que os pais das crianças descobriram ao entrar na casa do Papai Noel? Quem deu os presentes para as crianças naquele Natal? Que idade deve ter Aninha? Leitura avaliativa: Como deve ser viver na terra onde vivia o Papai Noel, onde neva no inverno? Explique com suas palavras o que você acha que é o “espírito de Natal”?

41 Fase de Avaliação Avaliar o nível de leitura / escrita de cada aluno através das respostas Dar destaque aos pontos sendo estudados na sala de aula

42 Conclusão Para meditar e responder
O professor não precisa ser escritor Mas precisa ser leitor! Qual o último livro que você leu? É papel do professor de formar leitores (e não “alfabetizados”)? Ou formar escritores? Ou ser um escritor? Qual o limite entre estas coisas?


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