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PublicouMatheushenrique De Mello Alterado mais de 9 anos atrás
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PERSPECTIVAS DOS MERCADOS MUNDIAL E NACIONAL PARA PRODUTOS AGROPECUÁRIOS DO RIO GRANDE DO SUL: PORQUE DEVEMOS MANTER OS INCENTIVOS À CADEIA DA SUINOCULTURA NO ESTADO
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A economia gaúcha vem passando por um processo acelerado e dramático de concentração espacial da renda e da riqueza. O mapa temático reproduzido no próximo slide nos oferece uma expressão clara e dramática deste processo. Nele estão representados os padrões de crescimento demográfico dos 496 municípios gaúchos atualmente existentes entre 1991 e 2007.
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Os 241 municípios representados em tom pastel (48,59% do total) apresentaram perda populacional líquida entre 91 e 07. Estes municípios ocupam 36,53% da área do Estado. Os municípios representados em tom alaranjado apresentaram crescimento populacional positivo, mas inferior à média do Estado, de 0,953% ao ano. 74,6% dos municípios do Estado – que ocupam 82,84% de sua área - apresentaram performance demográfica negativa ou inferior à média estadual
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O que este mapa traduz é a baixa capacidade de incorporação de mão-de-obra local de parcela expressiva das cadeias produtivas de base agrícola no território gaúcho. De forma particular, a coloração pastel da maior parte da região noroeste revela o esgotamento da opção soji-tritícola da região noroeste. E isto não é gratuito. A margem de rentabilidade por ha da produção de cereais e leguminosas é relativamente baixo. O que implica dizer, que esta é uma opção de especialização produtiva incompatível com a sustentação da renda e da dinâmica rural e urbana de uma região caracterizada pela pequena propriedade fundiária.
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O que se pode fazer para contornar esta crise? Se pretendemos enfrentá-la a partir de recursos endógenos – a partir do que temos aqui – será preciso estimular a reconversão produtiva da agropecuária. Mas, para fazê-lo, é preciso responder à pergunta: para onde vai a produção e o mercado nacional e mundial de alimentos? Mais especificamente, é preciso prospectar o mercado nacional e mundial para produtos intensivos em trabalho e relativamente pouco exigentes em terra e capital (leite, frangos, suínos, fruticultura, etc.)
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O leite já é, hoje, o principal produto agropecuário do mundo. Ele recebe 18% dos incentivos e subsídios destinados à agropecuária no mundo e é fortemente protegido. A inserção do Brasil no comércio mundial deste produto é – e deve continuar sendo – marginal. De sorte que seu mercado prospectivo é, essencilamente, o mercado nacional. Acreditamos que a taxa de crescimento da demanda interna não ultrapasse os 4,5% ao ano.
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A fruticultura é altamente promissora. Mas a abertura de novas frentes (para além da maçã e da uva-vinho, já consolidados no Estado) envolverá investimentos em pesquisas de varietais, reequacionamento logístico e elevados custos de reconversão, com retornos de médio e longo prazo. A fruticultura não é, pois, uma alternativa de retorno rápido.
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Diferentemente do setor de lácteos, a participação do Brasil no comércio mundial de carnes é expressivo e crescente. A FAO projeta que o Brasil será responsável por 1/3 das exportações mundiais de carnes em 2018. Mas nossa participação no comércio de carne suína ainda é modesto, a despeito do tamanho do mercado mundial
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Participação do Brasil no Comércio de Carnes e de Leite
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E as perspectivas para o crescimento do mercado mundial de carne suína e derivados são excelentes. O centro dinâmico do mundo está se transferindo para o Pacífico e o Índico. Justamente onde o consumo de carne suína é expressivo e crescente, e onde os déficits comerciais no setor são mais elevados. Além disso, nossa vizinha Argentina é importadora líquida de carne suína, e os grandes exportadores (Dinamarca, EUA, Canadá e Alemanha) estão estabilizando sua produção em função do impacto ambiental da mesma.
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Saldo Comercial em Carne Suína e Derivados de Países Selecionados
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O Rio Grande do Sul já tem tradição na produção suína, apresentando o segundo maior rebanho do país. O que significa dizer que temos condições de ocupar rapidamente as oportunidades que se abrem à frente. Desde que o Estado reforce as políticas de estímulo à cadeia e amplie os incentivos fiscais à mesma. Infelizmente, na semana passada, foram anunciadas medidas que vão na contra-mão do que se faz necessário. Urge repensá-las.
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