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PublicouRaphael D’Souza Alterado mais de 10 anos atrás
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PARASITISMO EM EQUINO POR Strongylus spp e Anoplocephala perfoliata :
CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA Costa, G.V.¹; Motta, A.C2; Alves, L.P.2; Poletto, J. 3; Vieira , M.I.B.2; Bondan, C.2; Canto, J.I.2; Gasparini, C.¹ Introdução O parasitismo intestinal esta relacionado como um dos fatores de risco de cólica em equinos. Embora não existam estudos sobre a incidência ou prevalência da cólica associada à trombose da artéria mesentérica por Strongylus vulgaris, a diminuição da ocorrência desta doença aparenta ser paralela ao número decrescente de indivíduos afetados devido ao uso generalizado de ivermectina. Entretanto, anti-helmínticos a base de lactonas macrocíclicas não são eficazes contra os cestóides como o Anoplocephala perfoliata. As cólicas resultantes de lesões associadas à infecção deste parasita são, geralmente, diagnosticadas em necropsia ou durante celiotomia exploratória. Nestes casos, as avaliações clínica e laboratorial pré-operatórias são favoráveis a um quadro inespecífico de obstrução intestinal. Relato de caso Eqüino, fêmea, cerca de 20 anos de idade, 400Kg, sem raça definida, proveniente da cidade de Passo Fundo, RS, foi encaminhada ao Hospital Veterinário da UPF (HV-UPF) apresentando caquexia, pelagem opaca e mucosas congestas. Devido à debilidade, o paciente entrou em decúbito, não respondeu a terapêutica de suporte instituída, optando-se, então, pela eutanásia. O cadáver foi encaminhado ao Laboratório de Patologia Animal do HV-UPF para realização de necropsia. Os achados macroscópicos consistiram de mucosas congestas e nos órgãos da cavidade abdominal foi observada ascite moderada, além de úlceras hemorrágicas na mucosa do estômago. Na abertura da artéria mesentérica, se constatou a presença de um espessamento da parede do vaso devido à fibrose indicando arterite verminótica. No íleo e no cólon maior havia presença de parasitas. No laudo de exame parasitológico realizado no Laboratório de Parasitologia do HV-UPF foram observados estrôngilos no exame de OPG ,e também, foram identificados os parasitas Anoplocephala perfoliata e Strongylus spp. Discussão Arterite verminótica não tem sinais clínicos patognomônicos, e ainda não foram desenvolvidas técnicas sensíveis para o diagnóstico definitivo ante-mortem, alem disso, os métodos coprológicos normais de sedimentação e flutuação disponíveis para o diagnóstico de Anoplocephala perfoliata têm baixa sensibilidade, o que dificulta o diagnóstico. Contudo o diagnóstico post-mortem é uma ferramenta importante no esclarecimento de casos clínicos de cólicas causadas por parasitismo. FIG. 1 - S. vulgaris – Artéria mesentérica FIG. 2 – A. perfoliata Conclusão Os achados de necropsia e os resultados do exame parasitológico de fezes, possibilitaram definir o diagnóstico de tromboarterite verminótica por Strongylus vulgaris e a presença de Anoplocephala perfoliata contribuiu para o óbito do paciente. FIG. 3 – A. perfoliata e S. vulgaris ¹ Médica Veterinária, Residente de Clínica e Patologia de Animais de Produção ( Equinos) FAMV-UPF ² Professor do Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (FAMV-UPF) ³ Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMV – UPF.
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