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COMITÊ TEMÁTICO INTERDISCIPLINAR RIPSA NO ESTADO 2ª. Oficina de Trabalho: Ripsa no Estado Mesa Redonda: Processo de Formação Permanente das Equipes de.

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1 COMITÊ TEMÁTICO INTERDISCIPLINAR RIPSA NO ESTADO 2ª. Oficina de Trabalho: Ripsa no Estado Mesa Redonda: Processo de Formação Permanente das Equipes de Informação e Tecnologia de Informação em Saúde Rede Interagencial de Informações para a Saúde - RIPSA Ilara Hämmerli Sozzi de Moraes (Representante ENSP/Fiocruz - Coord. CTI Ripsa no Estado)

2 Ponto de Partida: Na medida em que aumenta a relevância da Informação em Saúde amplia-se pari passu a interdependência entre diferentes atores e contextos sociais, entre diferentes saberes e diferentes setores de produção econômica. Conjuntura: Intersetorialidade, Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade, Interoperabilidade, Interfaces, Intercampo. Essa realidade determina que as funções e atribuições de Gestão da Informação em Saúde tornem-se estratégicas necessitando de novos saberes, técnicas e tecnologias voltados para sua contínua qualificação em contextos diferenciados de governos, governança e governamentalidade. Faz-se necessário um novo estatuto epistêmico-político para a Informação em Saúde que fomente o desenvolvimento e implementação de novas práticas e saberes. Ó pensamento crítico não pode restringir-se a propor melhorias reduzindo seu enfreentamento a uma visão de deterioração de sistemas, com existência de longa data. Há que se compartilhar a necessidade de desenhar coletivamente um horizonte mais amplo, que seja apto para acolher a inovação, para além de pressões das forças anônimas de mercado, renovando questões formuladas poucas décadas atrás, mas que não atendem mais às atuais circunstâncias.

3 AÇÕES E SABERES DE INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: Objeto/Arena/Espaço de Gestão e de Política Pública Objeto/Arena/Espaço de um Programa de Formação Permanente de Informação e de Tecnologia de Informação em Saúde O Regime de Informação em Saúde... é o conjunto dos recursos, canais, atores e mensagens que possibilitam, agregam, segmentam ou dispersam os fluxos da informação sobre a Saúde e para a Saúde... [constituídas] pelas bases sobre ocorrências nos serviços de saúde (internações, nascimentos, mortes), pelo diálogo clínico entre paciente e médico, pelas relações entre a instituição de saúde e sua clientela, as quais estabelecem a mediação entre as biografias da saúde individual e os registros médico-hospitalares que as institucionalizam, e de cuja seleção, agregação e segmentação dependerão a natureza e a qualidade dos prontuários hospitalares e das mais sofisticadas bases de dados de ocorrências de atendimentos em saúde. (Gonzalez de Gómez, 1999)

4 AÇÕES E SABERES DE INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: Objeto/Arena/Espaço de um Programa de Formação Permanente de Informação e de Tecnologia de Informação em Saúde ESCOPO Saberes, Competências e Habilidades – em um contexto crítico e propositivo – relacionados à Gestão da Informação e Tecnologia da Informação em Saúde. Ação social, política e tecnicamente validada, contextualizada e institucionalizada, sempre em desenvolvimento (sujeito a mudanças) e associada a ações de integração e de relações transversais entre saberes e práticas nos planos epistemológico, normativo, ético, político e econômico.

5 Dimensão das instituições de ensino e pesquisa em saúde (IEPS) Análise do conteúdo programático de cursos de Saúde Pública, Saúde Coletiva, Epidemiologia, Planejamento em Saúde, Bioestatística, por exemplo, indica que abordam a Informação e suas tecnologias no escopo de ferramentas disponíveis e uso no âmbito da estatística vital, construção de indicadores, conhecimento de sistemas de informações em saúde de base nacional, alternando-se os pacotes ensinados, sejam comerciais (SAS, SPSS,...), abertos (R Project,... ) ou de utilização pública (Epi Info, Tab Win). É óbvio que são conteúdos necessários, mas não suficientes para os desafios postos pela complexidade da práxis em saúde no Brasil. As dimensões históricas, econômicas, políticas, éticas e sociais relativas à Informação e suas tecnologias, bem como conhecimentos relacionados a sua Gestão são temas em geral tangenciados nesses cursos.

6 Análise da Oferta Docente - 1996 Pós-Graduação stricto sensu - duas disciplinas: "Serviço de Arquivo Médico e Estatística" da FSP/USP (desde 1979); "Informação e Informática em Saúde" da ENSP/Fiocruz (desde 1993). Pós-Graduação lato sensu - Uma disciplina: "Informática e Processo de Planejamento" no Curso de Especialização em Saúde Pública, da FSP/USP (desde 1982); Pós-Graduação lato sensu – Especialização: Estatística de Saúde, desde 1985 ministrados cinco cursos até 1996 - FSP/USP (situação atual?) "Gerência de Sistemas de Informações em Saúde", apenas no ano de 1995 - Escola de Saúde de Minas Gerais/FUNED; e "Informação e Informática em Saúde – ENSP (desde 1991) Teixeira et Castilho Sá (1996) Outros Cursos citados: Atualização em Gestão de Serviços de Saúde, Módulo de Informação em Saúde - Convênio da FSP/USP - SES de S. Paulo – em 1997; TAB (DOS e WIN), Fundação SEADE; Atualização de Estatística de Saúde – Conv.FSP/USP e SES/SP, 1993; Atualização de Informações em Saúde (nos anos de 1990 e 1993), Convênio Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura de São Paulo; Treinamento no uso da (CID) (principalmente em multiplicadores em codificação), Centro Brasileiro de Classificação de Doenças em Português, desde 1979.

7 Rede Integrada de Informações para a Saúde (RIPSA) Objetivos: "(i) dispor de bases e dados consistentes, atualizadas, abrangentes, transparentes e de fácil acesso; (ii) articular instituições que possam contribuir para o fornecimento e crítica de dados e indicadores, e para análise de informações, inclusive com projeções e cenários; (iii) implementar mecanismos de apoio para o aperfeiçoamento permanente de produção de dados e informações;... Esta Rede integra as entidades representativas dos segmentos técnicos e científicos nacionais envolvidos na produção e análise de dados, viabilizando parcerias capazes de propiciar a disponibilização de informações voltadas ao conhecimento e à compreensão da realidade sanitária brasileira, de suas tendências e de seu contexto. TÉCNICOS CIENTÍFICOS FORMADORES

8 Análise da Oferta Docente Não tem como apoiar o aperfeiçoamento permanente de produção de dados e informações sem um permanente processo de formação de suas equipes gestoras. Lacunas temáticas importantes são identificadas nas grades curriculares, tais como: qualidade da informação, credibilidade da informação, autoridade cognitiva, relevância da informação, acuidade ou retidão do testemunho, evidência e verdade do factum, entre outras. A epistemologia do testemunho é fundamental pois a grande quantidade de informação que temos acerca do mundo vem dos outros antes que de nossa observação direta. (Second Hand Knowledge e critério de evidência). Em Nietzsche: o factum de uma evidência irresistível não é prova de sua verdade, mas sinal de um interesse apaixonado visando à conservação ou desenvolvimento de uma forma de vida. Em Decartes, a evidência (a idéia clara e distinta) é critério distintivo de verdade.

9 Formação Permanente em Informação em Saúde desafio estratégico para o SUS A qualidade da gestão das informações e de suas tecnologias está diretamente relacionada à qualidade do produto/resultado final produzido. A qualidade da gestão da informação em saúde implementada é pré-requisito pelo qual o uso da informação em processos decisórios pode contribuir para aumentar a verificabilidade de uma informação e efetivamente apoiar a gestão em saúde. As questões acerca da precisão e credibilidade da informação associam-se, assim, a um projeto amplo e coletivo: solidariedade pragmática (Farmer, 2005). A solidariedade pragmática corresponde, nesta perspectiva, à construção colaborativa de novas configurações de saberes e de formas de ação social – que inclui como questão estratégica a formação de equipes técnicas a serem avaliadas, em última instância, pelas conseqüências do seu processo de trabalho para os mais vulneráveis (Freire, 1992).

10 Convicta de que a práxis em saúde se constrói na ação cotidiana de sujeitos históricos, torna-se estratégico um redirecionamento nas relações entre as instituições de saúde e as instituições de ensino e pesquisa em saúde. Não a partir de iniciativas pontuais, espasmódicas, mas sim em um processo permanente, alicerçado em um novo patamar de interlocuções contínuas, onde sejam respeitadas as vocações institucionais das duas dimensões. É nesse sentido que surge a proposta de fomento a um processo de Formação Permanente em Informação e Tecnologia em Informação em Saúde, contemplando diferentes e inovadoras modalidades pedagógicas nos diversos níveis de ensino-aprendizagem: atualização, aperfeiçoamento, especialização, mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado. Objetivo Geral: A partir de um trabalho em Rede, contribuir para um processo intensivo e continuado de qualificação das equipes técnicas e gerenciais da informação em saúde voltadas para a ampliação da capacidade de governança do SUS, para a melhoria das ações de saúde, para o exercício do controle social e para a garantia do direito ao mais amplo acesso às informações e aos benefícios de seus avanços tecnológicos. SOLIDARIEDADE PRAGMÁTICA

11 Levantamento das Grades Curriculares hoje ofertadas pelas instituições formadoras do país. Estabelecimento de mecanismos de interlocução com as instituições componentes da RIPSA, incluindo outras instituições de ensino ampliando o debate em torno do perfil, das competências, habilidades e respectivos conteúdos fundamentais a serem ofertados em uma estratégia de formação permanente. Fomentar a constituição de uma Rede de Centros Formadores em Informação e Tecnologia de Informação em Saúde. Diante da magnitude do desafio, sugere-se que sejam definidas prioridades. Nesse sentido, como primeira etapa desse processo, o CTI Ripsa no Estado recomendou a organização do Curso Uso da Classificação Internacional de Doenças, Décima Revisão (CID-10) em Mortalidade e Morbidade. Atenderam a essa recomendação: a FSP/USP – CBCD, a ENSP/Fiocruz e a OPAS, sob a coordenação do Prof. Dr. Ruy Laurenti, tendo como meta formar, com a adoção da modalidade de educação a distância, 1.500 codificadores em 3 etapas: 1ª etapa - 250 codificadores inseridos nos projetos-piloto da Ripsa no Estado, a saber: TO, BA, MG, SC e MS. 2ª etapa – 250 codificadores inseridos nos próximos projetos-piloto da Ripsa no Estado: PI, CE, RO, AL e PR. 3ª etapa – 1.000 - demais 17 UF. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO

12 O desafio é adequar a oferta docente de forma a garantir o atendimento da diversidade que caracteriza hoje o panorama nacional da informação em saúde. Sem artificializar a organização de propostas docentes não-compatíveis com a vocação institucional oriunda da experiência acumulada por seus docentes. A curto e médio prazo a proposta é fomentar um trabalho em rede – solidariedade pragmática: Rede de Instituições Formadoras de Profissionais de Informações e Tecnologias de Informação em Saúde, a partir das experiências já existentes entre as instituições componentes da RIPSA e, paulatinamente, expandir, procurando envolver, em um esforço colaborativo, os núcleos docentes que se disponham a concentrar esforços nesta estratégia, incluindo, quando for o caso, a formação de docentes. DESAFIO

13 A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda... Tudo quanto ela faz é Retribuir e transferir...Tudo aquilo que nós lhe oferecemos. Albert Einstein

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15 Eliminando de vez as perversas desigualdades humanas ainda prevalentes...

16 Gosto de confiar que o ser humano descobrirá que a cooperação fraterna é melhor que a competição fratricida...

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