A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional"— Transcrição da apresentação:

1 Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional
Retratos da Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional Gabriela Calazans 11o. Congresso Mundial de Saúde Pública 8o. Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva Bom dia a todas e a todos. Eu gostaria de agradecer o convite feito pelo GT de Gênero e Saúde da Abrasco pelo convite para estar aqui hoje debatendo saúde sexual e reprodutiva de jovens no Brasil. Acho importante iniciar destacando que o trabalho que vou apresentar, um pouco diferente da proposta da mesa, não aborda uma intervenção social, mas reflete um retrato dos jovens brasileiros num determinado momento.

2 PROJETO JUVENTUDE Documento com recomendações para políticas de juventude Livro Juventude e sociedade – trabalho, educação, cultura e participação Livro Retratos da Juventude Brasileira – análises de uma pesquisa nacional Seminário internacional 11 Seminários locais 20 Oficinas temáticas Website Centro de documentação Com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento e a ampliação das políticas públicas focadas no jovem, o Projeto Juventude envolveu múltiplos agentes (grupos e organizações juvenis, técnicos e gestores de políticas públicas de juventude e pesquisadores do tema) e incentivou o diálogo entre pontos de vista divergentes, reunindo informações e disponibilizando bibliografia e documentação. Produziu ou realçou novos diagnósticos e interpretações por meio de estudos, debates e consultas. Reuniu contribuições nacionais e internacionais, explicitou pontos de controvérsia, incentivou o debate e avançou na produção de conhecimento sobre as condições e as perspectivas da juventude brasileira. O Projeto Juventude foi uma iniciativa do Instituto Cidadania, organização não-governamental fundada por Luís Inácio Lula da Silva com vistas à construção de propostas consistentes e viáveis para a proposição de políticas públicas que respondessem às carências resultantes da enorme dívida social brasileira. Ao se afastar da direção do Instituto para assumir a Presidência da República, Lula indicou o tema juventude como foco prioritário do trabalho do Instituto Cidadania em 2003 e 2004.

3 PERFIL DA JUVENTUDE BRASILEIRA
Universo : População de 15 a 24 anos, residente no território brasileiro – 34,1 milhões de jovens, ou 20,1% do total da população (Censo 2000 – IBGE) . Amostra : Amostragem probabilística nos primeiros estágios (sorteio dos municípios, dos setores censitários e dos domicílios), combinada com controle de cotas de sexo e idade para a seleção dos indivíduos (estágio final). Total de entrevistas, distribuídas em 198 municípios, estratificados por localização geográfica (capital e interior, áreas urbanas e rurais) e em tercis de porte (pequenos, médios e grandes), contemplando 25 estados da União. Expansão amostral nas 9 regiões metropolitanas e no Distrito Federal. Abordagem: Aplicação de questionário estruturado, com 158 perguntas, em entrevistas pessoais e domiciliares (tempo médio de uma hora de aplicação). Margem de erro: A margem de erro deste estudo é de 1,7 ponto percentual, para mais ou para menos, para os resultados com o total da amostra, e de ± 2,9 pontos para os resultados da sub-amostra metropolitana, com intervalo de confiança de 95. A pesquisa Perfil da Juventude Brasileira realizada no âmbito do Projeto Juventude buscou ofertar um conjunto de novas informações e conhecimentos estatisticamente representativos que contribuíssem para enriquecer diagnósticos e leituras que pudessem embasar melhor os debates que se processam sobre as políticas de juventude e sobre as abordagens que vêm sendo feitas por inúmeros interessados, notadamente estudiosos do tema – que poderiam se beneficiar dos seus resultados, aprofundando e ampliando as análises existentes. Vale ressaltar neste sentido que o acesso ao banco de dados produzido pelo Projeto Juventude é público e pode se dar por meio do contato com o Instituto Cidadania. A pesquisa Perfil da Juventude Brasileira foi coordenada por Gustavo Venturi por meio da Criterium Assessoria em Pesquisas.

4 SEXUALIDADE E SAÚDE REPRODUTIVA
Superar concepção “essencialista”, “naturalizante” e a-histórica Superar os sentidos de desvio e anormalidade Importante tomar como pano de fundo os interesses, preocupações e valores Tendo participado do desenvolvimento do Projeto Juventude desde o seu início, fui convidada a escrever sobre os dados referentes à sexualidade, saúde e direitos sexuais e reprodutivos a partir dos resultados do inquérito Perfil da Juventude Brasileira e são estes os dados que vuo apresentar hoje. Acredito que seja importante destacar os desafios enfrentados por nós pesquisadores e técnicos na análise de dados sobre sexualidade e saúde reprodutiva de adolescentes e jovens e na proposição de intervenções: Escapar de uma perspectiva de análise “naturalizante” e “essencialista” da sexualidade e da juventude, que restringe estes dois fenômenos a determinações hormonais associadas ao processo da puberdade: o chamado “poder dos hormônios”. Superar os sentidos de desvio e anormalidade com que nossa sociedade atribuído aos jovens. Acredito, assim, que nosso principal recurso neste exercício seja o de tomar como contexto das práticas sexuais e reprodutivas os interesses, preocupações e valores expressos pelos próprios jovens. Primeiro exercício diante dos dados proporcionados pela pesquisa Perfil da Juventude Brasileira foi o de: compreender a sexualidade dos jovens como diversa, contextualizada e complexa, longe, portanto, de uma experiência dada e natural. Os campos de estudos sobre gravidez na adolescência e prevenção de aids são paradoxais nesta discussão, dado que: O recurso às estatísticas produzidas pela saúde pública tenderam a reelaborar a sexualidade de adolescentes e jovens como um problema social, realimentando o controle social desta sexualidade à luz de suas conseqüências negativas, por um lado e, por ser também nestes campos de debates que encontramos os debates e a produção acadêmica com maiores avanços na área de saúde em relação à condição juvenil e à crítica destes processos de problematização, naturalização e essencialização da juventude e da sexualidade.

5 Assuntos que mais interessam aos jovens [espontânea, em %]
A pesquisa ofereceu uma enorme quantidade de informações sobre sexualidade e reprodução que abordei no artigo constante deste livro, destaquei para esta discussão alguns dos aspectos que me parecem mais interessantes para esta discussão. Os interesses e as preocupações dos jovens voltam-se predominantemente às temáticas do emprego e do mercado de trabalho, educação, segurança, violência e cultura. Esta escala de interesses reflete o contexto em que se dá a experiência da sexualidade juvenil.

6 Assuntos que mais interessam aos jovens [espontânea, em %]
Destaques por temas e segmentos (soma dos três temas preferidos): Relacionamentos amorosos: Acima da média (20%): rapazes: 25%, contra 14% entre as garotas. O interesse é ainda maior no grupo de meninos entre 15 e 17 anos: 31%. Abaixo da média renda familiar superior a 10 salários mínimos: 11%. no mercado formal de trabalho: 12% (contra 24% entre aqueles no mercado informal). Regiões: Sul 13% , Nordeste 16%, Norte e Centro Oeste 19% e Sudeste 24% Identificamos maior interesse na temática dos relacionamentos amorosos do que na sexualidade, o que pode refletir dissociação entre satisfação amorosa e satisfação sexual, como indicado por Jurandir Freire Costa em pesquisa com jovens universitários. Se hoje a satisfação sexual seria entendida como direito universal, a satisfação amorosa seria vivida como intangível, dada a contradição experimentada entre a liberdade sexual e a realização emocional nas relações afetivas. Algumas questões que nos instigaram e parece que deveriam ser mais estudadas são: se o maior interesse dos rapazes na temática dos relacionamentos amorosos (na qual se inserem respostas como namoro, relacionamento afetivo (amoroso), mulheres, namorado/a, rapazes e homens) reflete uma mudança no campo de seus repertórios valorativos? Estariam os rapazes reivindicando a oportunidade de manifestarem-se afetivamente, contrapondo ao imperativo machista que os obriga ao interesse constante na atividade sexual? se a ênfase dada à temática da sexualidade na mídia, na academia e nos programas governamentais e não-governamentais, no que se refere aos jovens, não seria, em vez de uma preocupação legítima dos jovens e das jovens, uma preocupação adulta em relação a este grupo populacional, ou seja, um reflexo do controle social adulto à sexualidade dos adolescentes atuando por meio dos discursos técnicos, acadêmicos e jornalísticos.

7 Assuntos que gostaria de discutir com os pais ou responsáveis [espontânea, em %]
Se o maior interesse das meninas em discutir sexualidade com seus pais não está associado ao controle social e parental da sua sexualidade, quais estratégias de resistência a este controle têm sido utilizadas pelas jovens mulheres e quais a suas conseqüências em suas vidas e trajetórias afetivo-sexuais –

8 Assuntos que gostaria que fossem discutidos pela sociedade em geral [espontânea, em %]
Como podemos ver os meninos tematizaram mais que as meninas a discussão pública sobre a sexualidade. Nos questionamos se o interesse, crescente com a idade por parte dos rapazes, para que a sexualidade seja discutida publicamente está, ou não, associado à importância da sexualidade na construção da subjetividade masculina, bem como às pressões vividas pelos jovens em relação ao seu desempenho sexual.

9 Assuntos que gostaria de discutir com os amigos (as) [espontânea, em %]
E o fórum privilegiado para a discussão sobre sexualidade é o grupo de amigos e amigas.

10 Assuntos que gostaria de discutir com os amigos (as) [estimulada, em %]
E dentre este fórum, a sexualidade também se mostra como um dos temas privilegiados

11 Representações de Gênero
Ser homem: 58% Ser mulher: 32% Ao serem inquiridos em pergunta estimulada e única se “como jovem é melhor ser homem ou ser mulher”, do total dos entrevistados (ler slide) 58% referiram preferir ser homem e somente 32% preferiu ser mulher.

12 Representações de Gênero
Aspectos valorizados em ser homem: Liberdade Trabalho e vida profissional Menor preconceito Nos questionamos se a maior valorização de ser homem não estaria novamente associada ao maior controle sobre a sexualidade feminina dado que a valorização do ser homem se dá principalmente em função da liberdade, especialmente em relação à circulação, aos horários, à sexualidade e ao namoro. Também as referências de menor vivência de preconceito se relacionam com a maior liberdade moral dos rapazes comparativamente ao maior controle social experimentado pelas moças”. Como podemos observar em respostas categorizadas aí em que encontramos referências de que os rapazes: “pode não dar satisfação”, “podem namorar sem ficar falados”, “a sociedade cobra menos e não recrimina condutas”, entre outras. As referências ao mundo do trabalho, por sua vez, se devem a percepção de maiores oportunidades ofertadas aos homens nesta esfera da vida.

13 Representações de Gênero
Aspectos valorizados em ser mulher: Personalidade Trabalho e vida profissional Responsabilidade Entre os entrevistados que avaliaram ser melhor ser mulher como jovem, os principais valores se associam a características da “personalidade feminina” associada a estereótipos como serem menos impulsivas, mais delicadas, tranqüilas, sensíveis, intuitivas, corajosas, etc. Com relação ao mundo do trabalho é valorizado o fato de que as meninas podem adiar a inserção no mundo do trabalho, mas também o fato de conseguirem emprego com mais facilidade, mesmo que em piores condições de remuneração. Com relação à responsabilidade valoriza-se tanto características pessoais de serem mais caseiras e menos envolvidas com bebidas e drogas, como o fato de manterem-se por mais tempo livres da responsabilidade do sustento das famílias.

14 Orientação e preferência sexual
Muitas pessoas preferem ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. Você costuma ter relações sexuais:...? E se pudesse decidir livremente, você gostaria de ter relações sexuais:...?: Jovens do sexo masculino Práticas sexuais homossexuais: 3% Práticas sexuais bissexuais : 1% Não há diferenças entre prática e desejo Em relação à orientação sexual, foi perguntado aos jovens entrevistados: com quem você costuma ter relações sexuais e com quem você gostaria de tê-las, caso pudesse decidir livremente. Entre os rapazes não houve modificação entre a prática e a expressão do desejo por meio da livre decisão.

15 Orientação e preferência sexual
Jovens do sexo feminino Práticas sexuais heterossexuais : 97% Práticas sexuais homossexuais: menos de 1% Se pudessem decidir livremente: Práticas sexuais heterossexuais: 92% Práticas sexuais homossexuais: 2% Não manteriam práticas sexuais: 2% Observamos maior referência de dissonância entre práticas sexuais e decisão livre de seu desejo (p. 226) – tanto expressão de desejo homossexual como desejo de não manter relações sexuais.

16 Orientação e preferência sexual
Jovens do sexo feminino Há associação com experiências de violência sexual? Importante considerar as conseqüências da vivência de situações de violência doméstica nas trajetórias afetivo-sexuais das mulheres jovens. Nos questionamos se há uma possível associação desta dissonância com a maior referência de experiências de violência sexual, constrangimentos, violência física, doméstica, etc. por parte das moças.

17 Violência Doméstica e Sexual
Jovens do sexo feminino Mulheres referiram mais vivências de humilhação, desrespeito e discriminação Constrangimentos: 77% Violência física: 10% Entre os jovens que referiram ter vivido alguma situação de humilhação, desrespeito ou discriminação, que totalizam 33% dos entrevistados, as maiores freqüências destes eventos de desrespeito e discriminação ocorrem entre as mulheres. As situações de desrespeito vividas pelas mulheres jovens (36% delas) configuram-se em constrangimentos e violência física. 2% das moças de 15 a 17 anos referem ter passado por situações de constrangimento em função de discriminação pela opção sexual; não há referências desta situação entre os rapazes jovens de 15 a 17 anos.

18 Violência Doméstica e Sexual
Violência física referida por mulheres jovens Estupro ou assédio sexual: 4% Pais ou responsáveis: 2% Companheiros: 1% Violência doméstica: 9% Das situações de violência física vividas pelas mulheres jovens (10%), 4% configuram-se como violência sexista (assédio sexual ou estupro), 2% foram infringidas pelos pais ou responsáveis e 1% pelos companheiros (namorados, maridos ou ex-maridos) e, ainda, 9% das mulheres jovens referem ter sofrido algum tipo de violência por parte de algum familiar ou de alguém com quem estava se relacionando (o que podemos caracterizar como violência doméstica).

19 Violência Doméstica e Sexual
Violência doméstica referida por mulheres jovens Em suas casas: 56% Familiares: 62% Amigos, conhecidos ou parceiros amorosos: 25% Das moças que já sofreram algum tipo de violência doméstica, 56% viveram-no em suas casas, 62% dos agressores eram seus familiares e 25% eram amigos, conhecidos ou parceiros amorosos. Parece importante considerar as conseqüências da vivência de situações de violência doméstica e sexual nas trajetórias afetivo-sexuais das jovens. Uma dúvida surgida na interpretação destes dados é se há uma possível associação entre experiência de violência doméstica por parte das meninas com o casamento entre as mulheres mais jovens e com a opção de sair da casa dos pais.

20 Violência Doméstica e Sexual
Violência doméstica referida por mulheres jovens A adolescência foi o momento da vida no qual as mulheres jovens mais referiram ter vivido situações de violência doméstica 12 aos 17 anos A adolescência (dos 12 aos 17 anos) é o momento da vida no qual as mulheres jovens mais referem ter vivido situações de violência doméstica (51%).

21 Violência Doméstica e Sexual
Motivações referidas Motivações pessoais: 25% Ciúmes: 10% Acusações mentirosas: 3% Traições: 1% Gravidez: 1% Parcela significativa dessas situações de violência doméstica contra as mulheres jovens tem motivações pessoais (25%), ns quais destacam-se os ciúmes (10%), as acusações mentirosas (3%), a traição (1%) e a gravidez (1%), indicando relação com situações de controle da sexualidade feminina.

22 Violência Doméstica e Sexual
Diferença de padrão entre jovens dos sexos feminino e masculino Sexo masculino Mais freqüente na infância: 21% Entre os 2 e os 11 anos Por desavenças com os pais Ao indicar estes dados não queremos afirmar que as mulheres são as únicas vítimas das situações de violência doméstica, queremos apenas precisar que o padrão de violência vivido por elas, em muito difere do padrão de violência doméstica referido por rapazes. Os homens jovens vivem menos frequentemente situações de violência por parte da família ou de pessoas com quem se relacionam (6% dos rapazes ante 9% das moças), bem como situações de violência em suas casas (45% dos homens ante 56% das mulheres). As experiências de violência doméstica vividas pelos rapazes são mais freqüentes na infância, 21% dos rapazes viveram-nas entre os 2 e os 11 anos de idade, ante 13% das moças, e as motivações mais frequentemente citadas são as desavenças com os pais. Destacam-se, ainda, entre os rapazes as situações de violência doméstica associadas às condições sociais e à discriminação (24% dos rapazes ante 11% das moças)

23 Comportamento Sexual Última relação sexual: uso de preservativo?
Todos entrevistados: 60% Parceria eventual: 74% No que tange ao uso de preservativo por jovens, como já vinha sendo mostrado nos resultados da pesquisa sobre Comportamento Sexual da População Brasileira observamos um grande uso de preservativos entre os jovens. Esta população tem se mostrado a que mais refere uso de preservativos no Brasil. Identificamos, no entanto, a manutenção do perfil de associação entre abandono do uso no contexto de relações estáveis, tal como tem sido relatado por adultos em outros estudos. Avaliamos que seja importante diferenciar o padrão e a concepção de relações estáveis na adolescência, juventude e vida adulta, bem como as distinções por gênero, para orientar as intervenções educativas com vistas à prevenção das DST e da infecção pelo HIV.

24 Comportamento Sexual Última relação sexual: uso de preservativo?
Motivações para o uso Prevenção de doenças: 50% Contracepção: 46% Motivações para o não uso Confiança, fidelidade, estabilidade: 21% Uso de outro contraceptivo: 11% Não gostar: 7% Nas justificativas para o uso a temática da prevenção e contracepção ganham destaque, mas na justificativa do não-uso aspectos relacionais como a confiança no parceiro, a fidelidade e a estabilidade da relação também chamam a atenção.

25 Comportamento Reprodutivo
22% têm filhos Gravidez e parentalidade entre jovens: Fenômeno feminino Razão Mulher/Homem 15 a 17 anos: 8,2/1 18 a 20 anos: 4,4/1 21 a 24 anos: 2/1 Gravidez e parentalidade entre jovens aparecem como um fenômeno predominantemente feminino, seria importante neste sentido conhecer melhor estas experiências de pais e mães adolescentes e jovens, especialmente em relação a como se dá sua experiência juvenil, tendo em vista que os aspectos mais citados como demarcadores do final da juventude por parte dos jovens entrevistados foi a assunção de responsabilidades (32%) e a constituição de uma família, filhos e casamento (31%);

26 Comportamento Reprodutivo
Idade em que teve 1o. filho Antes dos 17 anos: 23% Dos 17 aos 19 anos: 47% Depois dos 19 anos: 29% Idade média: 18 anos e 2 meses É ainda importante, no que tange à discussão sobre a gravidez na adolescência, considerarmos que a maioria dos adolescentes que têm filhos na adolescência os têm depois dos 17 anos. E mesmo entre os que têm menos de 17 anos quando por ocasião de ter o primeiro filho, esta experiência é mais freqüente a medida em que são mais velhos.

27 Comportamento Reprodutivo
Cuidados diários do filho Mulheres jovens Cuida sozinha: 72% Tem ajuda: 27% Homens jovens Mãe cuida sozinha: 67% Participam do cuidado: 26% Como se dá o cuidado com as crianças e a sua referência por mães, pais e avós? Pelo menos entre os jovens entrevistados não há referências de delegação dos cuidados aos seus pais (avós das crianças); A participação nos cuidados diários por parte dos jovens rapazes só é referido por eles mesmo, as meninas menos freqüentemente referem participação masculina nos cuidados diários com os filhos.

28 Comportamento Reprodutivo
Planejamento do 1o. filho Planejou: 40% Não planejou: 60% Mais referência ao planejamento entre moças, 21 a 24 anos, menor escolaridade e entre jovens nos limites da renda familiar Em relação ao planejamento da gravidez, sabemos que há limitações na percepção a posteriori referente à experiência de ter planejado uma gravidez, dado que a medida que a gestação seja mantida e a o filho tenha nascido imagina-se que a tendência das pessoas seja a de referir ter planejado a gestação tendo em vista a reconstrução do discurso incorporando a presença e a relação estabelecida com a criança, mas de qualquer forma chama a nossa atenção a grande referência ao planejamento das gestações entre os jovens entrevistados. Avalio que seja muito importante, para concluirmos esta apresentação, definir uma metodologia que permitisse a comparação do não-planejamento e não-desejo das gravidezes, entre adolescentes, jovens e adultos, permitindo rever o fenômeno de adjetivação das gravidezes de mulheres adolescentes.


Carregar ppt "Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google