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Diogo Pedroso www.paulomargotto.com.br Brasília, 4 de outubro de 2010
Hospital Regional da Asa Sul HRAS/SES/DF Infectologia Pediátrica Rotavírus Diogo Pedroso Brasília, 4 de outubro de 2010
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Introdução - Rotavírus
GECA - problema de impacto mundial 125 milhões/ano - episódios diarréicos a óbitos por ano Brasil - taxa média (<3 anos) 2,5 episódios por criança/ano 10% (0,25) se associam aos rotavírus
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Agente etiológico Família Reoviridae Único gênero Gênero Rotavírus
Espécie Rotavírus Partícula – 70 nm Simetria icosaédrica Não envelopada Triplo capsídeo viral 10 proteínas virais (VP 1 a 10)
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Genoma segmentado fdRNA
Capsídeo Médio (VP6) Capsídeo Externo Capsídeo Interno (VP2) Genoma segmentado fdRNA 11 segmentos VP7 (Sorotipo G) VP4 (Sorotipo P) VP1/VP3 – Proteínas do core }
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Rotavírus - Grupos 7 Grupos de A - G
Grupos A (95%), B e C = doença humana Maior importância epidemiológica Grupos A e B – crianças Grupo C – adultos
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Rotavírus – Subgrupos l Sorotipos
II I+II Não I-não II Sorotipos * glicoproteína VP7 (sorotipo G) 14 tipos G1 – G4 VP4 (sorotipo P) 20 genotipos
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Genoma segmentado fdRNA
Rotavírus Classificação sorotípica GnPn, exemplo: G1P[8], etc. Capsídeo Médio (VP6) Capsídeo Externo Capsídeo Interno (VP2) Genoma segmentado fdRNA 11 segmentos VP7 (Sorotipo G) VP4 (Sorotipo P) VP1/VP3 – Proteínas do core }
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Epidemiologia Faixa etária – 6 a 24 meses Neonatos
Assintomáticas Anticorpos maternos Amostras atenuadas em berçários Imaturidade anatomofisiológica intestinal Reinfecções inaparentes Adultos e crianças acima 2 anos Evolução clínica branda
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Epidemiologia Sazonalidade Temperadas – amplo período Tropicais
Outubro e primavera Tropicais Ocorrem durante todo ano Rotavírus grupo A Ampla distribuição geográfica Maior importância epidemiológica < 2 anos
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Epidemiologia Transmissão fecal-oral (classicamente descrita)
Alta excreção Cerca 1 trilhão de partículas virais por ml de fezes Dose mínina infectante de 10 vírions Via Aérea (sido investigada) Ocorrência universal Independente da condição socioeconômico Predomínio nos meses frios Coincide com maior número de viroses de transmissão respiratória
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Aumento da osmolaridade afluxo de líquidos
Fisiopatologia Eventos – precedem o aparecimento da diarréia Redução da atividade das dissacaridases Comprometimento da digestão final dos açúcares Acúmulo de carboidratos não absorvidos no lúmen intestinal Aumento da osmolaridade afluxo de líquidos Diarréia osmótica
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Fisiopatologia Alterações morfológicas resultantes da ação lítica viral Metaplasia epitelial vilositária Hiperplasia das criptas Dilatação mitocondrial Infiltração mononuclear da lâmina própria Enterócitos infectados – eliminados no sentido do lúmem intestinal
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Manifestações Clínicas
Curto período de incubação 24-48 horas Início abrupto Vômitos Febre alta Diarréia aquosa profusa, não-sanguinolenta Cólicas abdominais Desitratação
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Manifestações (cont.) Vômitos Mais intensos
Incoersíveis Preceder a diarréia 1 a 2 dias Sintomas isolado e com duração prolongada
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Manifestações clínicas (cont.)
Febre Principais sintomas entre as crianças Mais da metade dos casos Duração de 2 – 3 dias 39 – 40₫C
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Manifestações clínicas (cont.)
Diarréia Explosivo Alta frequência de evacuações Fezes aquosas, amareladas Muco 25% Duração – 5 a 8 dias Podendo tornar-se persistente Lactentes jovens e desnutridos
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Manifestações Clínicas (cont.)
Imunodeficiência primária Mesma gravidade Mesmo tempo de excreção viral Condições associadas Doença de Kawasaki Enterocolite necrosante
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Diagnóstico Laboratorial
ELISA Aglutinação de látex Microscopia eletrônica (ME) Eletroforese de RNA l PCR l Hibridização
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Diagnóstico Laboratorial
Coleta do espécime fecal nos primeiros 2 a 5 dias do início dos sintomas (maior excreção viral) Detecção de antígeno viral ELISA (rotavirus grupo A) Custo acessível Detecção grupo B e C (Restrito centros de pesquisa)
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Diagnóstico Laboratorial (cont.)
Fundação Oswaldo Cruz Sistema imunoenzimático (EIARA) Rotavírus e Adenovírus
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Diagnóstico Laboratorial (cont.)
Aglutinação microesferas de látex sensibilizadas com anticorpos Sensibilidade comparável ao Elisa Resultados rápidos – 20 minutos Recomendado para uso em hospitais e consultórios pediátricos
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Diagnóstico Laboratorial (cont.)
Microscopia eletrônica Padrão-ouro Alta especificidade Morfologia típica dos rotavírus Rapidez diagnóstica Identificação de rotavírus atípicos Não pertencentes ao Grupo A
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Diagnóstico Laboratorial (cont.)
Eletroforese de RNA em gel de poliacrilamida (PAGE) Alta sensibilidade e especificidade Detecção de perfis genômicos (B, C, D, E, e F) Biologia molecular - PCR – carga viral - Hibridização
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Tratamento Reposição precoce das perdas
Manutenção do aleitamento materno Dieta habitual com correção dos erros halimentares Se – sintomas de intolerância a lactose 10-14 dias de inicio dos sintomas Fórmulas isentas de lactose
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Tratamento Imunoglobulina oral de origem humana AIDS Imunodeficiência
Rápida melhora da diarréia Declíneo da excreção viral Menor permanência hospitalar
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Tratamento Probióticos
Preparações constituídas de bactérias acidolácticas não patogênicas Lactobacilis Bifidobactérias Restaurador flora intestinal
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Tratamento Nitazoxanida Espectro de ação e eficácia Protozoários
Helmintos FDA – Crytosporidium sp. / Giardia lambia b Antiviral
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Tratamento Rossignol et al. (2006) Teran et al. (2008)
Pacientes acima de 12 anos Reudção significativa do curso de diarréia Teran et al. (2008) 90 crianças 28 dias a 24 meses Tempo de permanência hospitalar Duração do episódio diarréico
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Tratamento Racecadrotil Droga antisecretória
Redução dos números de episódios diarréicos
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Prevenção Medidas tradicionais de higiene e de saneamento básico
Vacina eficaz e segura no calendário de vacinação infantil
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Vacina contra rotavírus
A primeira vacina contra rotavírus - Estados Unidos em 1998 Vacina oral atenuada tetravalente (RotaShield®) G1 a G4 Aplicada - esquema de três doses aos 2, 4 e 6 meses Suspensa em 1999 Aumento de invaginação intestinal
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RotaShield® Incidência de invaginação em não vacinados
2,5/ crianças menores de um ano de idade (IC 95%:1,7- 3,5/10.000) Incidência de invaginação entre os vacinados 34/ crianças menores de um ano de idade (IC 95%:12,8 -90,6/10.000) Kramarz et al. PID 2001;410-6.
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Vacina contra rotavírus
2000 vacina oral atenuada monovalente, a RIX4414, na Finlândia, de origem humana (Rotarix®, GlaxoSmithKline Biologicals) Elevada imunogenicidade, eficácia e segurança Há também estudos publicados utilizando-se uma vacina oral atenuada pentavalente, com rearranjo humano-bovino, G1,G2,G3,G4 e P1(8) (RotaTeq®, Merck)
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Rotarix® Resultados: 20.000 vacinados
70% prevenção para todas as formas de diarréia, 84,7% (IC95%:71,7-92,4%), formas graves, 85% (IC95%:69,6-93,5%), hospitalizações. Proteção cruzada (diarréia grave): Todos os sorotipos de G1: 91,8% (IC 95%:74,1-98,4%), G3, G4, G9: 87,3% (IC 95%: 64,1-96,7) G2: 41,0% (IC 95%:-79,2-82,4)
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Rotarix® O esquema vacinal recomendado Duas doses
Aos 2 e 4 meses de idade Simultaneamente com as vacinas Tetravalente (DTP/Hib) e Sabin Intervalo mínimo entre as duas doses é de 4 semanas
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Rotarix® Restrições são recomendadas Para a aplicação da 1ª dose:
Deve ser aplicada aos 2 meses de idade - Idade mínima 1 mês e 15 dias de vida (6 semanas) - Idade máxima 3 meses e 7 dias de vida (14 semanas) Para a aplicação da 2ª dose: Deve ser aplicada aos 4 meses de idade - Idade mínima 3 meses e 7 dias de vida (14 semanas) - Idade máxima 5 meses e 15 dias de vida (24 semanas)
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Por que não deve ser aplicada fora das faixas etárias preconizadas?
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Por que não deve ser aplicada fora das faixas etárias preconizadas?
Não deve de forma alguma ser aplicada fora das faixas etárias preconizadas Estudos realizados com a vacina RotaShield suspensa em 1999, foi demonstrado um risco aumentado de invaginação intestinal em relação à idade de aplicação da vacina Portanto, nos estudos realizados com as novas vacinas, como precaução, foram aplicadas apenas nas faixas etárias estabelecidas.
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Por que não deve ser aplicada fora das faixas etárias preconizadas?
Se ocorrer esta situação, preencher a Ficha de Notificação de Procedimento Inadequado Acompanhar a criança por 42 dias Na vigência de eventos adversos Ficha de Notificação de Eventos Adversos
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Uma criança recebeu a 1ª dose da vacina contra Rotavírus com 2 semanas de vida. O que fazer? Pode-se fazer a 2ª dose?
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Uma criança recebeu a 1ª dose da vacina contra Rotavírus com 2 semanas de vida. O que fazer? Pode-se fazer a 2ª dose? A idade mínima de aplicação da primeira dose é de 6 semanas. Como precaução - esta criança deverá ser acompanhada ambulatorialmente por 42 dias para afastar a possibilidade de ocorrência de eventos adversos. Preencher a Ficha de Notificação de Procedimento Inadequado e Ficha de Notificação de Eventos Adversos, se necessário. Não ocorrendo evento adverso grave, a 2ª dose poderá ser aplicada na faixa etária preconizada.
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Reações adversas - Notificar
Reação alérgica sistêmica grave (até duas horas da administração da vacina) Presença de sangue nas fezes até 42 dias após a vacinação Internação por abdome agudo obstrutivo até 42 dias após a aplicação
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Contra–indicações - aplicação da vacina
Imunodeficiência congênita ou adquirida Uso de corticosteróides em doses elevadas (equivalente a 2mg/kg/dia ou mais, por mais de duas semanas), ou crianças submetidas a outras terapêuticas imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia) Reação alérgica grave a um dos componentes da vacina ou em dose anterior (urticária disseminada, broncoespasmo, laringoespasmo, choque anafilático), até duas horas após a aplicação da vacina
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Contra–indicações - aplicação da vacina
História de doença gastrointestinal crônica Malformação congênita do trato digestivo História prévia de invaginação intestinal.
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Eventos Adversos Bem tolerada e pouco reatogênica.
As incidências de febre, diarréia, vômitos, irritabilidade, tosse ou coriza foram semelhantes, comparando-se o grupo vacinado e o controle.
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Quando não aplicada no mesmo dia, qual o intervalo para aplicação?
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Quando não aplicada no mesmo dia, qual o intervalo para aplicação?
Vacina Sabin quando não aplicada no mesmo dia da vacina contra Rotavírus, é a única vacina que deve se aguardar um intervalo de 15 dias. Nos estudos realizados com a aplicação simultânea da vacina contra Rotavírus e Sabin, observou-se uma discreta redução na resposta da primeira dose da vacina contra Rotavírus. Após a aplicação da segunda dose, não foi observado prejuízo na resposta.
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Criança com refluxo gastro-esofágico pode ser vacinada?
Sim Não há contra-indicação
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Se a criança apresentar vômitos após a aplicação da vacina contra Rotavírus, ela pode ser revacinada? Se a criança vomitar ou regurgitar a dose não deve ser repetida
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