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Serviços Geológicos nos trópicos: a experiência brasileira

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Apresentação em tema: "Serviços Geológicos nos trópicos: a experiência brasileira"— Transcrição da apresentação:

1 Serviços Geológicos nos trópicos: a experiência brasileira

2 Serviços Geológicos "geological surveys" – ‘marca registrada’ do desenvolvimento institucional das ciências geológicas no mundo durante o século XIX ↔ consagração do mapeamento geológico como forma de se fazer pesquisa científica neste campo disciplinar.

3 Práticas constitutivas da “Geologia” (~ 1800) (Rudwick, 1996)

4 Serviços Geológicos I Revolução Industrial + expansão impérios coloniais  contexto favorável ao levantamento e à cartografia de recursos naturais. Vetor positivo da expansão colonial: ∃ recursos naturais  devassamento e apropriação de novas terras. Interior desconhecido = terra de abundância, Eldorado Fundos territoriais = áreas não devassadas; estoques p/ apropriação futura (sertões, fronteiras).

5 Serviços Geológicos Objetivos: cartografia do território, levantamentos de terras para agricultura e projetos de colonização, levantamentos de recursos naturais, cadastro de propriedades agrícolas, de vias de comunicação e de núcleos urbanos Exemplos nacionais: Grã-Bretanha [(1824) 1832], Canadá (1842), Irlanda (1845), Portugal (1848), Áustria (1849), Espanha (1851), India (1851), Suécia (1858), França [(1825) 1868], Itália (1868), Hungria (1869), Saxônia (1872), Prússia (1873), Japão (1878), EUA (1879), Rússia (1882), Bélgica (1882), Finlândia (1886), China (1911). 126 Serviços Geológicos de 1824 a 1959 = 0,93 / ano

6 Modelos institucionais de Serviços Geológicos
Traço comum: acentuado caráter prático, de aplicação; estatais; financiamento público. Prússia: política colonial anterior à I Guerra Mundial; apoio à preparação e implementação da II Guerra Mundial Hungria: mapeamento de solos adequados à vinicultura ( França: dados para indústria e agricultura Grã-Bretanha: demandas sociais associadas à reforma da sociedade vitoriana [Serviço Sanitário]

7 Modelos institucionais de Serviços Geológicos (EUA)
EUA: U. S. Geological Survey criado apenas em 04/03/1879 Estados da federação possuíam seus surveys geológicos: 1º survey norte-americano = Carolina do Norte, 1824 (modelo) auxiliares na ocupação e exploração econômica (agricultura e mineração); praticamente todos os surveys incluíram levantamentos e análises de solos; enriquecimento da vida intelectual da população Projeto da Comissão Geológica do Brasil: "lá não se espera a população para explorar uma região: o geólogo precede o imigrante" (Ch. Fred. Hartt, 1874)

8 Modelos institucionais de Serviços Geológicos (EUA) (Aldrich, 2000)
Atividades realizadas: levantamentos topográficos e respectivos mapas, mapeamento de rochas, solos e ocorrências minerais; levantamentos botânicos e zoológicos voltados à agricultura. Intimamente associados às políticas de ocupação dos territórios conquistados no oeste. Um dos principais motores: "o desejo de homens com interesses científicos de fazerem carreiras por si mesmos". Instituições que se originaram a partir de um único geólogo contratado pelo governo estadual para desempenhar certas funções e realizar trabalhos considerados de interesse. Apoio de políticos tanto democratas quanto conservadores.

9 Serviços Geológicos no Brasil
Comissão Geológica do Brasil (CGB) Comissão Geográfica e Geológica de S. Paulo (CCG-SP) Comissão Geográfica e Geológica de Minas Gerais (CCG-MG) Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGMB) Contexto brasileiro do final do Império e da Primeira República (~ 1870 a 1930): economia agro-exportadora (café) Problemas: mão-de-obra; vias de transporte; terras. Cientificismo (Positivismo e Evolucionismo)

10 Comissão Geológica do Brasil
Criada em 30/04/1875 [Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas] Providências ministeriais já em para a “Carta Mineralógica” = minas conhecidas + concessões de exploração: "de grande conveniência é o levantamento de uma carta geológica e mineralógica para que não somente sejam bem conhecidas as riquezas do nosso solo, como também se regularize a concessão de minas. Está encarregado dos estudos necessários para esse serviço (...) o ilustre geólogo Ch. Fred. Hartt, professor da universidade de Cornell, (...) A esse distinto professor se reunirão alguns nacionais que, sob sua inteligente direção, poderão completar praticamente seus estudos sobre um objeto de tanto interesse para o país" .

11 Comissão Geológica do Brasil
.  Fredericton, New Brunswick (Canadá) a 23/08/1840 .  Rio de Janeiro, RJ (Brasil) a 18/03/1878 Museu de Zoologia Comparativa em Cambridge, Massachusetts – Expedição Thayer (1867) "Geology and Physical Geography of Brazil" – 1º professor de Geologia na Universidade de Cornell, NY

12 Comissão Geológica do Brasil
Objetivos: “realizar estudos preparatórios para o levantamento de uma carta geológica do Império; dirigir estes estudos de modo a conhecer a estrutura geológica do país, sua paleontologia, riquezas minerais e meio de explorá-las; completar estes trabalhos com a análise das rochas, minerais, terrenos e águas que puderem ser aproveitadas; finalmente, estudar a arqueologia e etnologia das tribos existentes, colhendo e classificando amostras que as ilustrem convenientemente”.

13 Comissão Geológica do Brasil

14 Comissão Geológica do Brasil
Início dos trabalhos: 10/06/1875 – Pernambuco, Pará, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Fernando de Noronha (até 1877). Aviso de 11/05/1877 informava extinção (efetivada em 01/1878) Hartt "falhou" em dois pontos de sua estratégia: . descompasso entre o que foi produzido e o que dela esperava o Governo; . incapaz de fornecer previsão a respeito do andamento das atividades: “acho-me extremamente embaraçado em formular uma proposta definitiva para o futuro. (...) Confesso que não me é possível marcar o prazo em que podia ser feito”.

15 Comissão Geológica do Brasil
“Falta de aplicabilidade”  corte $$$ = não foram privilégio do Brasil: 1892 – USGS: "quando a manhã da Ressurreição chegar, algum paleontólogo ainda estará buscando um novo espécime de seres extintos, até então desconhecido, e algum geólogo estará quebrando rochas ... Não há fim para isso” (senador Hilary Herbert) Relatórios ministeriais: CGB sempre mencionada como Carta Geológica Extintas outras comissões: Carta Geral do Império e da Carta Itinerária ($ $ $ $ $ $ $ $ $ )

16 Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo
27 de março de 1886 (proposta do Visconde do Pinhal) Objetivos: obtenção de informações "exatas e minuciosas" sobre a geografia, relevo, estrutura geológica, vias de comunicação, riquezas minerais e tipos de solo

17 Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo
.  Ithaca, NY (EUA) a 23/07/1851 .  Rio de Janeiro, RJ (Brasil) a 27/11/1915 . 1869: Universidade de Cornell (História Natural) . Aluno de Geologia e Paleontologia de Charles Frederic Hartt ( ) : Expedições Morgan : Museu Nacional, RJ . 1879: Comissão Hidráulica do Império (S. Francisco)

18 Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo
Orientação “naturalista” até 1905 Geografia, Geologia, Botânica, Topografia, Meteorologia, Zoologia, Arqueologia 1ª expedição: rios Itapetininga, Paranapanema e afluentes (navegabilidade + obras) (07/04/1886) carta geográfica, geológica e topográfica: "examinar as extensas erupções de rocha ígnea que pela decomposição fornece a terra roxa, fonte principal da atual riqueza da Província"

19 Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo
exploração do ‘sertão’ de São Paulo: “terrenos desconhecidos habitados por índios” João Pedro Cardoso 4 expedições: Rios Feio e Aguapeí – partida 10 de maio Rio Paraná – partida 19 de maio Rio do Peixe – partida 21de maio Rio Tietê – partida 24 de maio

20 Relatórios de Exploração do Sertão

21 Relatórios de Exploração do Sertão

22 Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil
10 de janeiro de 1907 (Miguel Calmon du Pin e Almeida ) Objetivos: "estudo científico da estrutura geológica, da mineralogia, meios e recursos minerais do território da República, (...), que possam servir de base à organização de projetos de vias de comunicação e outras obras públicas, especialmente as de prevenção contra os efeitos das secas" Orville Adelbert Derby

23 Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil
“em conferência realizada ontem entre o sr. Dr. Miguel Calmon, Ministro da Viação, e o sr. Dr. Orville Derby, ficou assentado que a idéia fundamental do serviço geológico que se pretende fundar no exercício vindouro será o estudo de materiais e distritos que oferecessem resultados de mais imediata aplicação prática, quer seja por particulares no aproveitamento de recursos naturais do solo e do subsolo, quer pelo Governo na solução das questões administrativas que exigem conhecimento da estrutura geológica e recursos naturais das diversas regiões do país. No primeiro plano figuram as referentes às jazidas de minerais utilizáveis, às regiões da seca com referência especial ao aproveitamento das suas águas superficiais e subterrâneas” (Jornal do Comércio, 26/12/1906)

24 Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil
Secas no Nordeste e irrigação Derby publica 9 artigos sobre o tema Acordo entre o Serviço Geológico e a Inspetoria de Obras Contra as Secas

25 Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil
Recursos minerais = SGMB assessor do governo federal Siderurgia 1908 = amplo levantamento das reservas de ferro e manganês de Minas Gerais  reservas brasileiras = 1/4 do total das reservas mundiais conhecidas

26 Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil
1915 – Luiz Felipe Gonzaga de Campos Carvão Energia hidráulica e hidrelétrica Petróleo 1934 – extinção e criação do Depto. Nacional da Produção Mineral (DNPM)

27 Pesquisa de carvão – Irati-PR

28 Considerações finais EUA  Modelo
Interesses da agricultura sustentaram e direcionaram a pesquisa e os resultados a serem obtidos Contribuição relevante ao desenvolvimento das Geociências e mineração no Brasil Altos & baixos mundialmente Aplicação + conhecimento “útil” Estatais Indivíduos  Equipes  Escolas de pesquisa “The first Big Science”


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